Conclusao



CAPITULO XII:CONCLUSAO

Era hora da aula de poções, Draco atravessou o Salão Comunal indiferente a qualquer coisa que pudesse acontecer. Caminhou pelas masmorras se sentindo em casa, aquele lugar sombrio e gélido parecia a ele aconchegante agora. A porta da classe de poções já estava entreaberta, alguns alunos haviam chegado, e conversavam animadamente uns com os outros. O professor Snape estava sentado em sua cadeira de madeira acolchoada, lendo pelo que parecia, anotações para as aulas do dia.
O garoto ficou parado a porta por um instante, observando o movimento, quando percebeu, havia vários alunos por trás dele, aparentemente zangados, estava impedindo o caminho.
_Da licença Malfoy!- gritou um menino alto da Lufa Lufa.
_E se eu não quiser?- respondeu ele abrindo um sorriso maldoso..
_Ai você apanha!- disse o garoto, puxando a manga das vestes.
Draco não discutiu mais, arredou para o lado e sentou-se em uma mesa ali perto, característica de sonserinos... Salvar a própria pele?
Kitty entrou alguns minutos depois, caminhou ate Draco meio insegura, e sentou-se ao seu lado.
_Oi!- disse ele
_Oi...
_Tudo bem?
_Tudo e você?
Draco sentiu uma fraqueza, uma mão segurou seu coração.
_Não é da sua conta.
_Não me trata assim!- disse Kitty tentando esconder um choro.
_Desculpa, não fui eu... Eu não queria... – Falou ele confuso
_Você esta bem?
_Não é da sua conta!
A garota começou a chorar e arredou um pouco.
Draco não sabia porque a tratara assim, se sentia um completo idiota, sua vontade era de dar um soco em sua própria testa, ele a amava... Não tinha mais controle sobre si próprio... E se a perdesse de novo? Mataria-se com certeza.
Seus pensamentos foram interrompidos pela voz grave de Snape.
_Quero que todos abram na pagina 789, leiam o texto e preparem a poção Nightmare.
_Para que ela serve professor?- perguntou uma menina da Lufa Lufa.
_Serve para repelir pesadelos e espíritos.
Aos poucos as conversas foram cessando, sendo substituídas somente por virar de paginas.
Draco lia o texto em vão, não entendia uma única palavra, uma vez que pensava o que estaria acontecendo com ele... Regredira para o Draco rebelde de antes? Agora ele reconhecia, vendo por dentro de si próprio, o humano que sempre fora.
Terminada a aula de poções, Draco entregou o seu frasco ao professor Snape, sabia que fizera a poção completamente errada, já que ela se tornara um rosa pink e não um roxo metálico, mas o que uma nota ruim se compararia a um descontrole completo sobre si próprio? Se não conseguia produzir suas próprias palavras, seus próprios passos, imagina prestar atenção em uma simples aula?
Kitty não falara nada com ele o resto do dia, a sos estavam Ele e ele, um lutando contra o outro, mas a abundancia de sentimentos e acontecimentos ruins na vida de Draco eram maiores, sufocando o lado contrario.
O garoto só era ele mesmo nos seus sonhos, onde o irreal era a realidade, e ele podia ser o que quiser, sem a interferência de sentimentos, que de certo modo, apenas complicaram a sua vida sofrida. Para que existir?
A única consciência que Draco agora tinha, era que queria morrer, pois quem não é feliz, não tem motivos para viver. Sua conclusão? Que nunca havia vivido de fato ate pouco tempo, na pratica, sempre estivera enterrado, e agora, uma luz entrava por sua cova durante todo aquele tempo que ele a tampou com a peneira.

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