O milagre
CAPITULO X: O MILAGRE
Draco não dormira naquela noite, aquela historia fixou-se em sua cabeça como se fosse um enigma para ser descoberto, os beijos de Kitty deixavam sua boca e seus olhos sorrirem por quaisquer motivos que fosse.
Certa hora da manha, ele desceu para o Salão Comunal da Sonserina, e ficou mirando as chamas recém-acesas da lareira a sua frente, tão vermelhas, vivas, estourando os galhos em faíscas de fogo, consumindo-os lentamente, assim como cada dia de nossas vidas que nos é tirado.
O garoto ficou mirando as chamas como se elas fossem capazes de aquecer seu coração frio, quando de repente pela enorme janela antiga do lado superior ao da lareira, uma coisa passou voando rapidamente e mergulhou na lareira, desaparecendo quase por completo no fogo. Draco chegou mais perto para observar o acontecido, e viu que o que se transformava em cinzas era uma borboleta, o animal queimava, ardia, sofria, mas as suas asas continuavam intactas.
Ele, mesmo confuso ficou mirando aquela cena como se fosse a ultima bolacha do pacote, quando uma voz suave disse por trás dele:
_A vida é cheia de altos e baixos, mas nunca se deve esquecer que cada um de nos temos um par de asas, para nos libertarmos do sofrimento.
O menino virou para ver quem havia dito a frase, porem não havia ninguém, apenas ele se encontrava naquela sala deserta e aconchegante para os olhos de terceiros.
Quando voltou seu olhar para a borboleta, ela não estava mais lá. Seria apenas sua imaginação?Não poderia... Fora tão real...
Draco incandescente ficou olhando as chamas, esperando ver se o inseto apareceria de repente, e apurava os ouvidos, para tentar escutar aquela voz de anjo ressoar novamente, mas nada aconteceu, e os alunos já haviam começado a descer as escadarias dos dormitórios.
Malfoy não iria tomar o Lanche da Manha enquanto Kitty não acordasse, apesar de seu estomago estar arranhando de fome e seu cérebro sendo tomado por pensamentos que nem mesmo ele compreendia.
Não tardou muito e a garota desceu, quando viu Draco, o cumprimentou com um abraço, e como se já soubesse o que havia acontecido, falou:
_Não fique assustado.
_Assustado com o que?- respondeu o garoto surpreso.
_Com o que acontece a sua volta, milagres podem acontecer, basta acreditarmos que eles existem.
_Do que você ta falando?
_Não estou falando de nada, só estou te dando um conselho que um dia uma amiga me passou, e hoje me é muito útil. Às vezes nossaa fraqueza nos faz ter medo da realidade, de correr atrás dos nossos sonhos, ideais, e ate mesmo do que parece ser impossível.
_Vamos comer? Estou faminto - disse Draco, assustado, como ela poderia saber?
Parecia que Kitty havia esquecido o desentendimento com Harry, pois hoje conversava animadamente enquanto seguiam o caminho para o Salão Principal.
Após o café, foram para a Aula de Trato das Criaturas Mágicas, o meio-gigante Hagrid, já os esperava perto da Floresta Proibida, Com um enorme sorriso no rosto.
_Bom dia classe! Hoje nos vamos estudar os Pompomps, alguém poderia me dizer o que são?
Uma garota da Corvinal, de cabelos castanhos claros, disse:
_Os Pompomps são uma mistura de ovelhas e pôneis, geralmente possuem a cor branca ou rosa-claro, no século XIII eram muito utilizados para fazer casacos e outras peças de roupa com seu pelo macio e abundante, e o chifre dourado era usado para a fabricação de brincos e outros acessórios femininos, porem atualmente a caça desses animais esta terminantemente proibida por estar em extinção.
_Muito bem! 5 pontos para a Corvinal!- disse Hagrid alegre, balançando a longa juba preta-Rubi, fiiiiiiiiiiuuuuuuu!- assoviou.
Neste exato momento uma criatura muito peluda cor de morango desidratado projetou-se diante deles, era muito belo, tinha a estatura e aparência de um pônei, porem possuiu cachos longos e sedosos, seu chifre dourado no centro da testa, refletia o sol da manha.
_Não é lindo?_ disse Hagrid sorrindo e acariciando a cabeleira do animal.
Ouviu-se pelo jardim murmúrios de concordância e de alivio, Hagrid não tinha um gosto muito apurado para criaturas, já que a maioria eram monstruosos e aparentemente perigosos, mas este era uma exceção.
_Bom- continuou ele- Os Pompomps são criaturas muito dóceis, porem se assustam rapidamente, qualquer movimento brusco poderá ser levar ao fim dessa aula, alguém quer acaricia-lo?
Varias meninas se aproximaram, porem a maioria dos meninos se mostrou indiferente.
Draco percebeu que o animal o observava, portanto virou o rosto, mas para a sua surpresa, o Rubi se aproximou dele.
_Acho que ele gostou de você, Malfoy - disse Hagrid meio desgostoso, a experiência com o hipogrifo ainda o alarmava.
Malfoy não disse nada, apenas ficou percebeu que os grandes olhos azuis do animal agora estavam brilhantes, e uma lagrima cristalina caiu nos ombros das vestes do garoto, que em seguida ficou revestida de diamantes.
Todos observavam o garoto, que parecia intimidado com a situação que ocorrera, ate Hagrid parecia surpreso, então a criatura saiu galopando, e sumiu no meio das gigantescas arvores da Floresta Proibida.
_E... –continuou Hagrid quebrando o silencio mortal - como vocês podem ver, os Pompomps são uma grande fonte de fortuna... Porem o que viram não é normal de acontecer...Classe dispensada!
Hagrid ficou mirando Draco ir embora, porem não o chamou, provavelmente porque tinha o receio de ser tratado com grosseria, já tivera desavenças com a família dos Malfoy, e a fama de esnobe do garoto aprimorava este fato, porem o meio-gigante parecia ansioso para trocar umas palavras com ele.
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