Quando a máscara cai



Pra começa, queria avisar que essa música abaixo se chama EVERYBODY’S FOOL e é do Evanescence. A tradução esta abaixo de cada frase. Eu coloquei porque achei realmente MUITO linda e fora que tem tudo a ver com o capítulo de hoje (a meu ver), agora, aproveitem aê, e espero que gostem. BOA LEITURA!



Depois de correr os olhos rapidamente pelo objeto que ela tinha nas mãos, Harry não pôde deixar de lançar um olhar desconfiado a Hermione, como se perguntasse se aquilo era realmente o que ele pensava que era.

- O povo ainda está jantando? – ela perguntou, depois de responder o olhar dele apenas afirmando com a cabeça e entregar o objeto em suas mão.

- Sim, eu passei por lá... Ainda estão todos lá em baixo, ou, pelo menos, a maioria de Hogwarts. – respondeu a menina.

- Então vamos pra lá, rápido. – disse, correndo para fora da sala, logo atrás de Alyne, mas parando ao ver que Harry ainda encarava aquilo surpreso.

Hermione voltou até o garoto e o puxou pela mão, quase o derrubando, mas o forçando a correr com ela.

- Vamos logo, Harry, não sei se você notou, mas é meio urgente. – disse impaciente, correndo de mãos dadas com o rapaz.


Perfect by nature

Perfeito por natureza

Icons of self indulgence

Icones da própria indulgência

Just what we all need

Apenas o que todos nós precisamos

More lies about a world that

Mais mentiras sobre um mundo que…


- Rony... Tem certeza que posso me sentar aqui? – perguntou Luna, sentando-se a mesa da Grifinória, ao lado de Rony e de frente para Gina.

- Claro que sim. – ele disse, dando-lhe um selinho rápido. – A Mione e a Alyne mesmo, há meses vêm almoçando e jantando juntas na mesa da Grifinória.

Luna sorriu aliviada.

- Falando em Hermione e Alyne, cadê elas? – perguntou Gina, correndo seus olhos pelo salão.

- Não sei, mas o Harry também andou sumido hoje. – observou Rony.

Um discreto sorriso passou pelos lábios de Gina ao refletir sobre os dois “desaparecimentos”.

- Vocês acham que foi a Mione quem atacou aqueles alunos? – perguntou Luna.

Rony e Gina se entreolharam.

- Bem, nós a vimos atacando a Pansy... Por mais estranho que isso seja vindo da Hermione... – ponderou o namorado.

Luna arqueou as sobrancelhas, encarando os dois a sua frente que pareciam não conseguir tratar o assunto com a mesma naturalidade que ela.

- Esses meses têm passado de um jeito tão estranho, não? – ela disse e viu o namorado confuso. – Digo, passaram tão rápido... Tão... Desanimados.

- Agora que você falou. – disse Gina, ajeitando-se na mesa, não mais parecendo entediada. – Sabe, você tem certa razão, Luna... Esses últimos meses têm sido tranqüilos demais...

- Então, vocês não acham que antes de toda essa confusão, dessa briga, o ano era mais legal? – a loira perguntou, vendo os dois ruivos consentirem.

Rony não quis dedicar o resto do seu tempo de janta pensando sobre isso e logo voltou a comer. Gina, contudo, se perdeu em memórias, deixando os olhos marejarem sem ao menos que percebesse.

Luna, da sua maneira estranha, tinha razão. A amizade de Hermione tinha lhe feito muita falta. Era tão bom poder confessar seus maiores segredos para ela.

Gina sentia-se segura com Hermione, talvez por ela ser mais velha ou talvez por ser mais ajuizada...

Aliás, não era só ela que devia sentir-se assim, Hermione era, definitivamente, o tipo de pessoa que sempre te passava tranqüilidade. Ela e Harry, numa mistura de inteligência, calma, coragem e ousadia, sempre conseguiam, juntos, passar segurança a quem estivesse perto, mas nos últimos meses, com a separação dos dois, essa segurança parecia ter quebrado. Era como se fosse um equilíbrio que mantinha a rotina daquela escola e esse equilíbrio, ao ser corrompido, havia trago incerteza para cada um dos alunos ali.

Tanto que nem as maiores pattys daqui notaram a falta do baile... E nem os maiores nerds pessimistas ficam pensando em você-sabe-quem o dia inteiro”, a ruiva concluiu.

Ela voltou os olhos para a comida e fez menção de voltar a comer, mas recuou o garfo ao ouvir um estrondo no salão.

Um sorriso formou-se instintivamente ao ver, pela porta do salão principal, Hermione e Harry entrarem juntos com um ar de imponência e determinação.

Cada um dos alunos ali voltou seu olhar para os dois grifinórios.

O salão, antes cheio de burburinhos, agora caiu em silêncio profundo. Os olhares eram, por parte, de expectativa, e por outro lado, de obediência.

Será possível?”, Gina se perguntou. “O equilíbrio está restabelecido”.


Never was and never will be

Nunca foi e nunca será

Have you no shame don't you see me

Você não tem vergonha? Não me vê?

You know you've got everybody fooled

Você sabe que você fez todo mundo de tonto

Segundos ates de entrar de supetão no salão principal, Hermione sentiu a mão do moreno atrás de si, apertar a sua, tentando transmitir-lhe confiança. Ela, pela primeira vez em muito tempo, sorriu para ele.

A morena não tinha certeza se ele sabia ou não do que se tratava tudo aquilo, mas tinha certeza que ele tinha ao menos, uma pequena noção. Harry podia não ser um gênio, mas não era nenhum idiota.

Quando se deu por si, todos no salão principal os encaravam com um olhar tão curioso, que sentiu como se ela e Harry estivessem expostos em cima de um palco.

Ela analisou cada rosto daquele salão a procura do que queria achar.

Viu no rosto de Gina um sorriso amarelo e sorriu de volta. Rony tinha os olhos arregalados em medo, ou talvez surpresa, o que a fez lembrar-se do porque estava ali e apagar o sorriso da face. Luna tinha apenas uma expressão satisfeitíssima.

Olhou para o outro lado do salão.

Viu Malfoy com os olhos grudados nela, não era possível detectar qualquer tipo de emoção nos olhos dele, exceto por curiosidade.

Viu Pansy Parkinson, olhando-a com ódio e Edward Cloote, com medo.

Na mesa da Corvinal, Cho parecia ter o mesmo receio que o rapaz.

Depois de um susto inicial, os professores, sentados no fundo do salão, se deram conta da atitude nada comum e foram apressados até Harry e Hermione no meio do salão.

- O que vocês dois pensam que estão fazendo? – perguntou Snape, em um tom de desprezo.

Hermione, antes de responder, encarou o rosto neutro de Dumbledore, vendo apenas um leve balanço positivo.

Depois de meses sentindo-se rebaixada perto dos outros alunos, ela lançou um olhar frio e desafiador ao professor. Levantou a cabeça e disse:

- Provando quem foi que realmente atacou aqueles alunos!

O salão inteiro se chocou com a resposta alta e clara.

- Hoje eu vou provar que, uma das várias pessoas que estão jantando nesse salão, atacou Padma Patil, Edward Cloote e Pansy Parkinson somente para me incriminar. – ela continuou.

Look here she comes now

Veja, ela esta chegando

Bow down and stare in wonder

Comprimentem e a encarem com adoração

Oh how we love you

Oh, como nós te amamos

No flaws when you're pretending

Nada flui quando você está fingindo

But now I know she

Mas agora eu sei que ela…

Os alunos fizeram menção de debater o assunto, mas Harry os cortou com o mesmo ar severo.

- Não foi Hermione quem atacou vocês três. – ele disse às três vitimas de ataques.

Nesse momento os alunos pulavam de suas mesas, desesperados para conseguir uma visão melhor do que acontecia. Antes que Harry notasse, ele, Hermione e os professores estavam em um espaço vazio, no meio de uma roda de alunos.

Alunos como Gina, Luna, Rony, Cho, Draco, Padma, Edward, Pansy e Alyne conseguiram, respectivamente, entrar nesse espaço vazio, no meio da roda.

McGonagal deu um passo à frente, mas foi novamente Snape quem se pronunciou.

- Se está tão segura disso, então porque não prova?

- Quer mesmo que eu faça isso? – ele tornou a perguntar, começando um lenta caminhada por todos que haviam conseguido um lugar no meio daquela roda, professores e alunos.

O tom de suspense tomou conta do lugar... Alguns roíam as unhas compulsivamente, outros coçavam a cabeça...

- Senhorita Gran... – Minerva foi novamente interrompida.

- Vamos logo... Mostre-nos quem é o aluno que atacou todos, segundo a sua palavra, que não é confiável. – o professor tornou a alfinetar.

Hermione estancou o passo atrás de Cho, e colocou a mão sobre o ombro da oriental.

Todos ali já tumultuavam, gritavam, especulavam, perguntando o que Cho teria a ver com tudo aquilo. Os que acreditavam na palavra da morena, chegavam a arriscar que havia sido por causa do fato de Hermione roubar o namorado de Cho.

Contudo, no segundo seguinte, a morena colocou a outra mão sobre o ombro da pessoa ao lado de Cho e a esta, empurrou com força.

- Ai está, professor Snape. – Hermione disse com um sorriso triunfante. – Ai está o criminoso.

Não só os alunos que formavam a rodinha, como também Gina, Rony, Alyne e os outros professores ali soltaram exclamações chocadas, ao verem Draco Malfoy caído no chão.

- Srta. Granger, eu posso saber o porquê desse comportamento? – perguntou McGonagal, irritada – A senhorita não costumava ser assim antes de...

- Antes de sentir todas as pessoas que sempre foram importantes para mim me olharem com nojo? – ela indagou, quase cuspindo aquela palavras na professora. – Antes de me sentir caída no chão, sem uma mão amiga pra me levantar? Ou seria antes de sentir que minha palavra não valia nada, sendo que eu dizia a verdade?

Os olhos da menina queimavam em raiva e mágoa. Seu semblante exibia uma certeza, misturada a uma superioridade e a sede de vingança.

Never was and never will be

Nunca foi e nunca será

You don't know how you've betrayed me

Você não sabe como você me traiu

And somehow you've got everybody fooled

E de alguma maneira você fez todo mundo de tonto

- Eu realmente não era assim antes de todos vocês me ensinarem o que é ter raiva, o que é querer vingança. Foram todos vocês que me ensinaram a ser assim... – ela sacou a varinha e apontou para Malfoy, que, no chão, observava tudo confuso. – E principalmente você.

- Ele foi um dos únicos que ficou do seu lado... – começou Snape, mas Hermione não o deixou terminar.

- Um dos únicos que fingiu ficar do meu lado.

- Hermione, querida, se acalme. – disse a Allison, aproximando-se. – Você deve estar equivocada.

- Não estou equivocada. – ela gritou.

- O Draco te apoiou, se lembra? – a professora tornou a dizer. – Ele te defendeu na confusão do jogo de quadribol...

- Ela está certa. – disse o loiro, com uma expressão indignada. – Eu te ajudei, te defendi!

Ela lançou um olhar de puro ódio ao loiro; todos ali viam a cena assustados, alguns suando frio de ansiedade.

- Você me defendeu porque sabia que não ia adiantar, o valor da minha palavra ia “cair” de uma maneira ou de outra.

O olhar de McGonagal, pela primeira vez em muito tempo, amoleceu para a garota.

- A senhorita poderia explicar melhor, Hermione? – pediu a mulher.

- Professora, você não vê que ela está transtornada? – disse Malfoy. – Ela nunca me acusaria em sã consciência. – o loiro se levantou e ia até a morena, antes de Harry entrar em seu caminho.

- Você não vai chegar mais um passo perto dela! – urrou Harry.

- Parem todos! – bradou Dumbledore; o salão caiu em um silêncio absoluto. – Deixemos a senhorita Hermione falar.

Os olhares voltaram-se para ela, apreensivos.

- Afinal, o que quis dizer com “me defendeu porque sabia que não ia adiantar”? – indagou Snape.

- Eu não quis dizer, eu disse! O Malfoy foi quem me mandou sabotar as vassouras e eu aceitei porque, em troca da vitória sonserina, ele me daria provas de que a pessoa que atacou os alunos fora... – seus olhos se prenderam em Cho. – Você, Cho!

Cho levou as mãos à boca, enquanto via todos os olhares voltarem para si. Uma onda de sussurros horrorizados encheu o salão, mas Hermione não demorou a prosseguir.

- Mas não foi a Cho quem fez isso... Foi ele! Malfoy queria se aproximar de mim para que eu nunca desconfiasse dele e ao mesmo tempo me afundar mais diante de todos... O jogo foi a oportunidade perfeita... – ela encarou o sonserino. – Não foi, Draco?

- Não sei do que você está falando.

- Sabe sim! Você me mandou enfeitiçar os balaços justo no momento que sabia que a Madame Hooch me pegaria no flagra, depois me defendeu, sabendo que ninguém acreditaria em você, de maneira que eu continuasse uma comensal aos olhos dos outro e te considerasse um amigo.

Without the mask where will you hide

Sem a sua mascara, onde você irá se esconder?

Can't find yourself lost in your lies

Não consegue achar a si mesmo, perdido em suas mentiras

Gina levou a mão no queixo, intrigada.

- Isso faz sentido. – ela disse. – Mas como nós vimos você atacando a Pansy.

- Isso, eu creio que o professor Snape possa responder! – o professor arregalou os olhos. – Claro que você não sabia, professor, mas lembro das suas reclamações sobre roubos de certos ingredientes da sua sala. – ele confirmou. – Pois então, são exatamente os necessários para fazer uma poção polissuco, não?

- E-ela... Ela tem razão! – disse Snape.

- E porque não supor que Malfoy tenha me feito uma visita na enfermaria no começo do ano, quando eu estava inconsciente, para pegar alguns fios de cabelo?

- Você está supondo! – Draco retrucou.

- Que seja, não seria difícil pra você, depois de arquitetar um plano tão... quase perfeito, pegar um fio de cabelo meu, não é?

- Sabe... – disse Rony, lembrando-se do segundo ano em Hogwarts. – Ela está certa!

- Pois então... Cho, na noite do primeiro ataque, você viu o Malfoy, não viu?

- Vi, ele estava vagando por um corredor escuro, cerca de maia hora antes do ataque...

Hermione sorriu em agradecimento à corvinal.

- E se eu dissesse que estava no salão comunal, no momento exato em que Pansy fora atacada?

- Eu confirmaria. – anunciou-se Parvati. – Eu vi Hermione subir para quarto dela, fiquei lá pelo resto da noite e ela não mais desceu, apenas vi o Harry correr atrás dela e depois voltar revoltado do quarto... Me ofereci para dar algum tipo de depoimento, mas você mesma me disse que queria que eu fizesse isso em outro momento.

McGonagal sentiu um prévio arrependimento a corroer por dentro, já estava quase certa de que julgara erroneamente sua melhor aluna. Allison abriu um discreto sorriso.

- Você não pode provar. – protestou Malfoy.

O sorriso que Hermione tinha no rosto se tornou ainda mais maldoso. Ela foi até Harry e ele lhe entregou um pequeno bolo do que pareciam ser cartas.

- Será que não, Malfoy? – disse Harry, com um sorriso triunfante.

- Vejamos... – continuou Hermione. – Que tal essa? “Querido Draco...”

“Fiquei contentíssima ao saber que você conseguiu o livro que o Lorde das Trevas lhe pediu, ele disse que irá te compensar bem”.

“Mudando de assunto, tenho outra missão para você, meu filho... Você sabe aquela sangue-ruim grifinória, Hermione Granger? Pois então, o Mestre quer que você faça um trabalho relacionado a ela, ele não quis me revelar o motivo, mas afirmou que é de extrema importância”.

“O plano é o seguinte, você terá que dar um jeito de fazer cada uma dessas almas medíocres de Hogwarts desprezarem a palavra dessa garota. O Mestre quer que não exista uma alma viva capaz de acreditar no que ela diz, e também assegurou que você não deve medir esforços para que isso aconteça”.

“Outra coisa que vale ressaltar, nem o Potter deve acreditar nela. Aliás, faça ele a odiar como ele odeia a você, ou até mais...”.

“Por enquanto é só. Cuide-se. Mamãe.”.

Hermione baixou os olhos, da carta para Malfoy. Todos os alunos ali presentes cochichavam, agora xingando o loiro, enquanto os professores olhavam estupefatos.

- Que feio, Draquinho, trocando cartas com a mamãe comensal dentro de Hogwarts?

- Sua mal...

- Cala a sua boca asquerosa porque eu ainda não terminei. – ela urrou, autoritariamente. Jogou umas três cartas no chão e começou a ler mais uma. – Olha essa, que interessante. “Draco, meu filho...”

“O Lorde está satisfeitíssimo com seu desempenho. Ficou felicíssimo em saber que a Granger e o Potter se odeiam como nunca. Ele disse que você terá, logo, logo, a sua recompensa”.

“Agora só precisa se aproximar dela, para que ela não suspeite de você”.

“Mantenha contato e não deixe que a Granger dê a volta por cima até o dia combinado. Faça o que for preciso, mas faça com que ela seja uma inútil aos olhos alheios”.

“Até mais, sua mãe...”.

A tensão ali aumentava a cada palavra lida. As dezenas de faces pálidas começavam a realmente ficar com medo.

McGonagal parecia ainda perdida em seus pensamentos, agora certa que fora injusta com Hermione e, infinitamente, arrependida por isso.

Dumbledore fez menção de quebrar o silêncio, mas Allison foi mais rápida.

- Bom... – ela disse com simplicidade, se aproximando de Malfoy e o agarrando pelo braço. – Parece que já é mais que certo o fato de nós todos termos errado em relação à Hermione, e além disso...

- Espere! – pediu Hermione, não mais no seu tom autoritário. – Há uma última carta que precisa ser lida.

I know the truth now

Eu sei a verdade, agora

I know who you are

Eu sei quem você é

And I don't love you anymore

E eu não amo mais você

- Mas, Herm...

- Deixe-a falar... – interrompeu Dumbledore, calmamente.

Hermione agradeceu mentalmente e foi até o professor.

- Creio que não saiba o conteúdo desta última, senhor, mas sinto que em algumas horas ela não será mais importante. – ela sussurrou de maneira que só ele a ouvisse. Lágrimas formaram-se rasas nos olhos da morena.

Ela depositou todas as cartas na mão do professor, deixando apenas um em sua mão.

Seus olhos analisaram cada pequeno canto do salão, como se fosse a última vez que os olhasse. Depois ela os abaixou para a carta e começou a ler em um tom quase fúnebre.

“Olá, Draco. Sou eu novamente.”

“Dessa vez não tenho ordens, apenas passo a você as congratulações do Lorde das Trevas. Ele ficou muitíssimo satisfeito com seu desempenho, ficará mais ainda quando, depois de amanhã, você passar a perna em Dumbledore e deixar Hogwarts vulnerável ao ataque do mestre. A invasão ocorrerá à meia noite em ponto, garanta que nada de anormal aconteça, para que cada aluno já esteja dormindo e nada nos atrapalhe”.

“Quando terminarmos não haverá ninguém para contar história. Alvo Dumbledore e Harry Potter serão apenas passado. O dia 20 de março deste ano se tornará um marco, o dia em que a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts foi destruída”.

“Beijos, Narcisa Malfoy.”

O silêncio que durou durante toda a leitura não se quebrou no final da mesma. Algumas pessoas buscavam na própria cabeça a data daquele dia, enquanto outras não tinham condições de raciocinar.

- Um plano quase perfeito, Malfoy. – disse Hermione, com uma expressão neutra, mas um tom de voz vitorioso. – Teria sido mais se eu não tivesse descoberto.

- Quase? – ele perguntou em deboche. – Acorde, Granger, faltam apenas 10 minutos para a meia noite!

- Para Alvo Dumbledore 10 minutos são mais do que suficiente. – ela retrucou. – Diferente de você, que precisou de mais de sete meses.

Hermione deu as costas ao sonserino, indo buscar conforto em um abraço de Alyne.

- Sua vagabunda... – gritou ele, livrando-se da mão de Allison. – Avada...

Harry adiantou-se para frente da varinha do loiro.

- Expeliarmus! – bradou, vendo seu feitiço impedir o de Malfoy.

- Saia da minha frente, Potter!

Harry sorriu, divertido. – Não se preocupe, Mione, esse loiro banhado em água oxigenada não vai mais te incomodar. – disse sem desgrudar os olhos da varinha de Malfoy.

- Seu idiota!

Malfoy avançou em direção a Harry, mas um tremor na terra o fez perder o equilíbrio e cair no chão.

Never was and never will be

Nunca foi e nunca será

You don't know how you've betrayed me

Você não sabe como você me traiu

And somehow you've got everybody fooled

E de alguma maneira você fez todo mundo de tonto

Hermione soltou-se do abraço de Alyne e apertou a varinha na sua mão.

- Vamos logo, todos para o fundo do salão! – ela gritou, mas não houve reação. – Vamos logo! O que vocês estão esperando? Voldemort entrar por aquela porta disposto a matar cada um de nós?

O nome do bruxo dito com tanta firmeza fez todos os alunos correrem para o fundo do salão, gritando assustados.

McGonagal, despertada de seus devaneios, ordenou silêncio absoluto e o conseguiu.

- Harry, se você pensa em lutar contra eles, pode desistir... Não temos chance. – disse Hermione.

- Temos sim... – disse a voz de Gina, ao mesmo tempo em que uma mão quente repousava no ombro de Hermione.

- Afinal, você não está sozinha. – disse outra pessoa.

Hermione pode ver os cabelos loiros de Luna iluminados pela luz da lua, que entrava pela janela.

- Desculpa a gente, por favor. – implorou Rony.

Hermione trocou um olhar com Alyne, que apenas sorriu para a amiga, dizendo:

- Eu sei que eu sou a melhor, a demais, a ponto de ver que você nunca quis matar ninguém... – disse divertida. – Mas convenhamos, eles merecem o que nós chamamos de “segunda chance”.

Hermione sorriu e fez menção de dizer alguma coisa, mas foi interrompida por um vento forte, que entrou pelas janelas e apagou todas as velas flutuantes, deixando o lugar mergulhado no breu.

Sem que se dessem conta, agarrou forte a mão de Harry.

Ela sentia um calor enorme percorrer seu corpo, como se estivesse transbordando em energia.

Hermione levantou a varinha levemente.

- O que você vai fazer? – perguntou Harry.

- Defender a escola. – Ela respondeu. – Lux Difen...

- Mas não mesmo. – gritou a voz de Draco Malfoy. – Estupefaça!

Num ponto longe de Hermione, a sua esquerda, uma luz vermelha brilhou forte na ponta da varinha de Malfoy e depois avançou velozmente até a garota.

A rapidez do momento fez com que ninguém ali tivesse alguma reação e antes que piscassem, o feitiço tinha atingido Hermione em cheio, arremesando-a para o lado oposto do salão e fazendo-a bater com as costas no mesa de Corvinal.

- Hermione! – gritou Harry, correndo no escuro, na tentativa de chegar até ela.

Quando chegou ao ponto onde tinha a visto cair antes da luz vermelha se apagar, notou que alguém já havia a pegado no colo.

- Professora McGonagal? – Harry perguntou, querendo certificar quem era a pessoa a sua frente.

A professora não respondeu. A luz da lua refletia nas lágrimas que escorriam pelo seu rosto.

Madame Pomfrey não demorou a chegar e se ajoelhar ao lado do corpo desfalecido de Hermione. Ela apalpou o corpo da garota, tentando achar algum ferimento. Quando chegou à região do ventre, sentiu algo úmido molhar seus dedos.

- Oh Mérlin, ela está ferida.

- O que? – perguntou Harry, desesperando-se.

- Pode estar sofrendo uma hemorragia, mas não há como ter certeza nesse escuro.

- E a criança? – perguntou a voz rouca de Dumbledore.

- Tenho a impressão de que se não fizermos um parto de urgência, poderá morrer junto à menina.

Harry sentiu o coração bater forte em seu peito, quase lhe causando dores. Hermione não podia morrer, nem ela, nem seu filho.

Harry tomou Hermione dos braços de McGonagal e a levantou.

- O que pensa que esta fazendo, Potter? – perguntou Madame Pomfrey. – Não pode sair daqui com ela, fora deste salão o castelo já deve estar cheio de comensais.

- Então vamos enfrentá-los. – disse McGonagal, subitamente.

- Como?

A vice-diretora se levantou, sacando a varinha.

- Precisamos tirá-la daqui... E só há um lugar onde ela estará segura! – ela disse, buscando os olhos de Dumbledore em meio à escuridão.

- E onde seria? – perguntou Pomfrey.

McGonagal encarou Dumbledore por um instante e ele mesmo respondeu:

- No Largo Grimmauld, número 12.

McGonagal sorriu e conjurou, na ponta de sua varinha, uma luz branca brilhante.

- Saia daqui pela porta dos professores... – disse Dumbledore. – E lembre-se, a senha é biscoito de ervilha.

Minerva assentiu e foi abrindo espaço até o fundo do salão, onde ficava a mesa dos professores.

Seguida por Madame Pomfrey e Harry, que segurava Hermione, saiu sorrateiramente pela porta dos fundos, por onde os professores entravam e saiam para almoços e jantares.

Dumbledore, ao ver a luz da varinha de McGonagal desaparecer pela porta, voltou sua atenção à porta do grande salão.

- Allison. – Dumbledore chamou.

- Estou aqui, Alvo. Não se preocupe, o metidinho a comensal da morte já esta parado como uma pedra, literalmente.

Dumbledore sorriu. – Ótimo, então use os minutos que nos restam para evacuar a escola.

- Como?

- Mande os professores mandarem os alunos de volta para suas casas. Se formos rápidos podemos tirar todos daqui pela porta dos fundos.

- Sim senhor, garanto que todos chegarão seguros em suas casas.

- Mande os outros professores fazerem isso, pode ser até mesmo pelas lareiras dos dormitórios, mas quero você, Severo e Hagrid aqui, comigo.

Allison novamente assentiu, e começou a dar ordens aos outros professores.

O plano era levar pequenos grupos de alunos pelos corredores mais escondidos e sombrios do colégio até seus dormitórios, de onde poderiam usar pó-de-flú para ir para casa.

It never was and never will be

Isso nunca foi e nunca será

You're not real and you can't save me

Você não é real e não pode me salvar

Somehow now you're everybody's fool

De alguma forma, agora, você é que é o tonto de todo mundo

Os professores que estavam ali há mais tempo e conheciam melhor as passagens do castelo começaram logo a evacuação, enquanto, em um corredor totalmente banhado pelo breu, não muito longe dali, Harry, Madame Pomfrey e McGonagal corriam contra o tempo, na tentativa desesperada de salvar Hermione e a criança dentro dela.





N/A -> gente, primeiro lugar, apesar de dessa vez não ter demorando tanto como na ultima, eu vou pedir desculpas mesmo assim, o capítulo que eu tava escrevendo era pra ter ficado pronto a muito mais tempo, mas como eu estava em semana de provas, nem deu.


N/A -> outra coisa, eu queria predir mais e mais e mais comentário, como de costume. POR FAVOR, NÃO É PEDIR DEMAIS.


N/A -> agradecimentos a minha beta, novamente, e também à Evanescence, por essa música simplesmente perfeita entre tantas outras... Até a proxima, espero bastante comentários e bastante votos.

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