O que faz aqui em Hogwarts?
Severus dava aula a seus alunos do 7° ano de Corvinal, quando o sinal tocou, anunciando a hora do almoço. Mandou o dever de casa e saiu da sala depois dos alunos. Sorriu ao pensar que não tinha nenhuma aula para dar nessa tarde, odiava seus alunos, só gostava dos Sonserinos, afinal, eram Sonserinos, alunos da sua casa. Não eram metidos a inteligente que nem os Corvinais, nem pulantes e saltitantes como os estúpidos Lufa-Lufa e muito menos arrogantes e metidos a corajosos como os Grifinória. Foi até seu quarto e pegou uns papeis que deveria entregar a Dumbledore.
Janine desceu de um trem em Hogsmeade e com a ajuda de um sinalizador que ganhara, que indicava com sonidos até a onde deveria ir, foi dirigindo-se a Hogwarts. Sim, finalmente conseguira permissão para ir. Oferecia ajuda a Dumbledore, mesmo com a guerra acabando alguns comensais ainda insistiam em achar que Voldemort não morrera, ou estava preso numa tocha como todos achavam. Tocha essa que Harry Potter prendera Voldemort a custo de sua própria vida. Janine afastou esse pensamento da cabeça quando um apito soou avisando que ela chegara aos portões de Hogwarts, ouvi rapidamente alguém falando:
- Quem deseja?
Era uma voz grossa e rouca. Janine apenas disse:
- Sou Janine Farquedah, vim visitar Dumbledore, sim? Disseram-me que não podia aparatar!
Ela ouviu então largos passos se dirigirem até ela, e então um barulho de portão se abrindo, andou para frente e ouviu novamente a voz:
- Prazer, srta! Sou Rúbeo Hagrid guardião das chaves de Hogwarts, me acompanhe, mas, humm, não é melhor...
- Eu consigo te acompanhar com seus passos. – Janine disse acabando com o problema.
- Ah, claro que sim! Desculpe-me a minha ignorância.
Janine sorriu, se simpatizara por ele parecia ter um coração enorme, o seguiu. Ele não hesitava em descrever o que ela tinha que fazer, subir um degrau, tomar cuidado com tal degrau que estava podre, tomar cuidado com alguma poça. Finalmente chegaram, Hagrid disse a senha e os dois subiram a escada, assim que entraram Dumbledore já falou:
- Prazer, em vê-la srta. Farquedah, dê dois passos e terá uma cadeira, sente-se para que possamos conversar melhor, obrigado por traze-la Hagrid.
Hagrid saiu e Janine se sentou. Se virou para Dumbledore que começou:
- Antes de mais nada, gostaria de lhe agradecer por se oferecer, mas a missão que temos é de espionagem, pretende efetua-la? Tem certeza?
- Sim, claro. Pode até mesmo me dar a poção Verictassuem, já pensei em tudo. Direi a seguidores de Voldemort que me tornarei comensal para se conseguir deixar de ser cega, o impossível! O que acha?
- Devo confessar que é inteligente, está bem, sem mais perguntas. Severus cuidará disso, será seu parceiro.
- Severus? Desculpe-me, Severus Snape?
- Sim, conhece-o?
- Pra falar a verdade sim..
- Então creio que se darão bem.
- Ah, claro! – Janine não pode deixar de sorrir irônica.
- Vamos, vou leva-la até ele.
Janine deu um suspiro, reencontrar ele? Bem, no fundo ela queria. Mas ele com certeza não:
- Não sen...
- Dumbledore? – Snape entrou na sala - Desculpe interromper seus papeis estão aq.. – Viu Janine - Você aqui?
- Muito bom revê-lo também. – Janice fez uma reverência.
Severus revirou os olhos.
- Como vejo que se conhecem, deixarei com que discutam sozinhos a missão. Tenho coisa a fazer. – Dumbledore se retirou de sua sala.
Janine ficou atenta aos passos de Dumbledore até ouvir o barulho da passagem se abrindo e depois fechando. Depois voltou sua atenção aos barulhos de Snape:
- Faz um tempo desde a ultima vez que nós vimos, não? – Sua voz tinha uma certa ironia.
- Eu presumo que sim. – No mínimo três meses, ele contou na cabeça.
- Então, primeiro de tudo, gostaria de já tranqüilizá-lo, sei que não vai com minha cara, mas a missão é curta. Logo estará livre de mim. – Janine esperava um resposta digna de um cavaleiro, por alguns minutos ficaram ambos quietos, então ela prosseguiu. – Eu irei, ainda hoje, a tal reunião. Se tudo der certo...
- Eles a dirão um lugar aonde devem começar sua iniciação junto a outras pessoas. E começarão a discutir maneiras de libertar seu lorde.
- Exatamente, você apenas tem de me ajudar, estando perto e falando alguma coisa, talvez. Podemos utilizar equipamentos trouxas, mas temo que não seja possível, devido a forte concentração de magia que deverá estar na hora.
- Certo. – Snape confirmou com a cabeça.
- Acho que podemos começar agora. – Janine esboçou um sorriso. – Eu tenho de parecer totalmente maravilhada com o lorde e seus feitos. Estive pensando, em explicar meu "suposto" ódio por trouxas veio pelo fato de ter sido um trouxa que me cegou. Eles cairiam nessa?
- Sim, mas ainda falta mais coisa. Ouvi dizer que Bellatrix que os comanda, ela é forte, desconfiada e boa. Não é burra não, arrisco a dizer que se iguala ao ex-lorde das trevas.
- Bellatrix... essa mulher é odiosa, por tudo o que fez. Ela e os outros, mas se depender de mim eles vão pagar.
- E eu poderia saber porque quanta aversão por comensais se você parece que não viveu no mundo bruxo muito tempo.
- Porque? Porque foram eles que mataram uma amiga minha, e porque eu odeio eles com suas idéias de se acharem superiores, no fim são um bando de complexado que a única forma de se dizer a si mesmo que é bom é fazendo isso.
Snape sentiu o estômago revirar. Sentiu vergonha, porque reconheceu nas palavras dela, ele mesmo. Mas depois sentiu raiva, o que ela sabia?
"Mulher chata..." – Resmungou mentalmente.
- Ouvi dizer que você foi comensal, seria muito perguntar porque?
- Receio que sim.
- Então paciência, mas ia ajudar. Você... bem, o que o fez voltar ao "bem"? Poderia me responder isso?
- Foi uma vítima.
- Uma vítima? – Janine se interessava cada vez mais.
- Ela me fez muitas perguntas assim com você, depois, foi o apoio de Dumbledore que finalmente me convenceu que eu podia sim, deixar de ser um comensal. – Snape deu um suspiro disfarçado, não deveria tê-la contado, ela podia vir com perguntas ou até mesmo gozar da cara dele. Mas alguma coisa, alguma energia o fizera contar. Era incrível com ela conseguia arrancar coisa da boca dele.
- Hm... hmmm... eu lamento.
- Lamenta o quê?
- Se te causei aborrecimento com essa pergunta. – Janine sorriu fracamente. – Acho que agora é melhor eu procurar Dumbledore. Você deveria vir, temos de marcar um lugar e hora para nos encontrarmos antes e depois de eu realizar minha tarefa.
- Claro. – Snape a observou se levantar e caminhar com o sinalizador. Seguindo a atrás se ouviu perguntando – Porque você quer fazer isso.
- Eu prometi a minha amiga que vingaria a morte dela. – Janine sorriu – E também, eu quero mostrar, que eu não sou inútil. Cegos podem ser tão eficazes em uma missão de aventura e riscos quanto pessoas normais. Mas claro, só cegos mágicos como eu e meus colegas outrora na escola especial que cursei na Grécia.
Snape arregalou os olhos. Ela realmente tinha uma personalidade forte. Sentiu de repente uma preocupação sobre o que aconteceria nessa missão. Se repreendeu.
"O que é isso, Severus? Morrendo de compadecimento pelos deficientes? Ou você está de certa forma se afeiçoando a ela? Não, não, é impossível. Devo está mesmo, compadecendo pela deficiência dela. Eu? Gostar dela? Jamais!"
Afugentou os pensamentos da mente pensando na lição que tem que dar para os alunos do quarto ano, dali há meia hora. Enquanto isso seguia Janine e sem querer admitir observava-a atentamente, pronto para socorre-la caso caiasse ou escorregasse.
(Continua...)
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