Quando nós começamos a nos sim
Janine pensou, talvez ele não fosse tão ruim ou chato assim, sorriu e disse – Sou Janine Farquedah, prazer!
- Humm, prazer, Farquedah. Você é o que?
- Sou empresaria, resolvi trabalhar como trouxa, por motivos pessoais, mas sou bruxa, tenho até uma varinha. E você?
- Sou mestre de poções, leciono em Hogwarts já ouviu falar?
- Ah, claro que sim, Hogwarts, como eu gostaria de ter ido para lá. Meu sonho era poder vê-la, coisa que nunca poderei não é? Sou cega.
- Não exagere, Hogwarts não é grande coisas e..
Severus, não sabia porque estava a tratando tão bem, não era de sua natureza ser bom com os outros. Janine, era interessante, uma pessoa de personalidade. No entanto, ele ainda estava estranhando a si mesmo. Talvez, fosse porque sua mãe sempre dissera que ele deveria ajudar pessoas deficientes, não, não era isso. Alguma coisa nela o atraíra, ele só não sabia o que.
- Não tente me acalmar, ou me confortar, já estou acostumada. Bem, orbigada, de qualquer forma.
- Eu não a confortei. – Ele afirmou meio que com um terror na voz. – Você que entendeu errado!
- Homem esquisito! – Ela resmungou para si mesma.
Os dois trocaram algumas poucas palavras e cada um comeu seu pedido calmamente. Na hora de ir embora, bem, os dois juntos foram pagar o que deviam. Janine fez questão de pagar tudo, já que ela que sentara na mesa sem ser chamada e tudo mais. Mas Severus, dizia que ele não gostava de deixar favores com os outros, o que de fato a irritou. Essa pagou sua conta, e não vendo outro jeito melhor de o chatear, pois ela realmente queria o chatear, por ter pagado a conta sem que ela pudesse para-lo pois não podia ver, o seguiu falando
- O que você faz, Severus? Você trabalhou no ministério?
- Porque me segues? Porque desejas saber o que faço da vida?
- Oh! Porque eu gostei de você! – Ela riu e o abraçou, fazendo esse tomar um susto. – Oras, não sei! Estou tentando manter uma boa relação!
- Não me convenceu. – Ele disse enquanto retirava os braços em volta do pescoço.
- Está bem! É o seguinte, porque esse ódio é instalado em você? Eu sinto uma amargura quando você fala e... – Ela parou de falar e com um pequeno sorriso. – Estou te chateando demais não é?
- Não tenho amargura na voz. E o porque de eu ser assim não é algo que te interesse. E sim, você realmente está incomodando!
- Sim, eu sei que estou te irritando, até porque, eu te achei uma pessoa bem interessante sabia? Não é aquele tipo de cara todo bonzinho. Você parece ter uma historia, uma historia bem marcada.
- Olhe, minha historia realmente é marcante, mas não te interessa. E eu realmente não sou bonzinho, pergunte aos meus alunos!
- Oras! Você dá aulas! É professor do que? – Questionou Janine sem se importa com o que ele dissera antes.
- Mais você é impossível! – Ele disse indignado. – Eu já te disse isso! Se esqueceu?
- Eu sei, meus colegas de trabalho comentam sempre isso! Ora! Vamos o que tem de mal, você me contar de novo, eu não ouvi direito – Janine pediu com uma voz suplicante, então Severus cedendo respondeu:
- Aulas de poções, contra minha vontade. Satisfeita agora? – Ele ironizou.
- Muito! Vamos tomar um sorvete, que tal? – Ela sugeriu querendo conversar mais.
- Acabamos de lanchar e..
- Ora! Vamos um sorvetinho! – Ela suplicou.
- Está bem.. – ele cedeu, era melhor do que ela fazer um escândalo.
- Bem, e ai? Você dá aula aonde?
- Em Hogwarts, Escola de Magia e bruxaria.
- Hogwarts! Ahh... Hogwarts. – Ela disse sonhadora. – Meu sonho era ir a Hogwarts, na verdade ainda é. Oras, eu já disse isso também.
- Porque? Não é bruxa? Podes ir muito bem lá.
- Não, não posso. Por que? Porque eu sinto isso? Porque desde que eu fiquei assim. – Ela apontou para os olhos. – Eu não fui mais a Hogwarts, como eu iria.
- Mas... porque você virou cega? Como? – Severus perguntou sem pensar no que estava perguntando.
- Ahh... você quer mesmo saber? – Ela perguntou tristonha, deu um suspiro e continuou. – Quando pequena, estava brincando com meus amigos, até que um deles me empurrou, e conseqüentemente eu cai numa possa de algo químico que logo me cegou, minha mãe tentou varias poções, mas não adiantou. Então... eu virei isso aqui!
- Eu não tenho nada a ver com isso! Não fale assim comigo! Eita, mas que mulher revoltada!
- Revoltado é você! Seu professor de poções metido a besta! Seu feioso! – Janine disse brincando. – Você quem pediu pra saber como eu fiquei cega!
- Sobre minha parte física, não te interessa você nem pode ver mesmo não é? – Snape disse sem pensar mais uma vez.
Janine parou começou a bater o pé fortemente no chão, e Severus percebendo se virou para ela.
- O que é agora?
- Sabia, que a resposta seria essa, não sei porque esperei outra coisa, a propósito, me chame pelo meu apelido se quiser, meus amigos que inventaram, me chame de “cobra-cega”. Hum... qualquer dia desses eu irei visitar Hogwarts, okay? Espero te encontrar, até logo... Severus. – E ela passou na frente dele e sumiu na rua tumultuada do beco.
- Mulher estranha! Mas, tenho que admitir que de um certo modo lembra, mamãe... Que horror! Comparar minha mãe com essa.. essa.. – Severus se calou ficando irritado consigo mesmo. Tinha que admitir adorara aquela mulher! Tinha uma personalidade cativante.
Balançando a cabeça ele voltou para o lado que precisava seguir, resmungando as mesma palavras:
- Mulher maluca...
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