Hogsmeade



O silêncio é cortado por um estalo como o de um tiro, e três jovens aparatam em um lugar escuro e sombrio, que lembrava muito um aposento, porém muito mal arejado. As paredes, cobertas por estantes, e as estantes, repletas de objetos sinistros. Caveiras adornavam a maioria. E haviam livros, com capas pretas entiltulado com letras garrafais "A Magia das Trevas e Seus Antepassados", "O Sombrio Livro das Sombras" e "Faça Você Mesmo - Seu sucesso engarrafado - O Fracasso de seus amigos - A Morte de seus inimigos..." Eles andaram lentamente pelo quarto, observando aquelas coisas horríveis por alguns segundos.
_O-onde estamos? - perguntou Gina.
_Há quarenta e sete milhas de Hogsmeade...- respondeu Rony para o assombro de Gina. - Estou brincando, não sei onde estamos, mas acho que não muito longe, ouçam - ele se calou, fazendo ser possível ouvir conversas indistintas e gente passando do lado de fora do aposento. - Na Casa dos Gritos não estamos.
_Vamos sair daqui então - sugere Harry, se direcionando até uma porta. Gina e Rony o seguem. Eles passam por um pequeno corredor, onde havia outra porta, que dá em uma escada, e descem por ela, vagarosamente tentando não fazer barulho. Quando possível, Harry põe a cabeça para fora e imediatamente reconhece o lugar. O balcão, as prateleiras atrás dele com coisas horripilantes, os frequentadores não muito normais...
_No Cabeça de Javali! - sussurra Harry aos outros dois, logo atrás de si. Eles lembravam muito bem do dia em foram até ali, organizar o encontro da A.D. "Armada de Dumbledore"... Harry tivera vontade de reunir novamente o grupo no ano letivo que acabara, pois Snape, apesar de conhecer - até de mais - as Artes das Trevas, seria bom lecionar Defesa novamente. Harry se lembrou do dia, após um encontro da A.D., que beijara Cho. Com um pouco de arrependimento e tirando rapidamente aquela péssima lembrança da cabeça, ele pega a capa da invisibilidade e tenta cobrir-se com Rony e Gina, mas era impossível, metade das pernas ficavam de fora.
_E agora? - diz Rony entrando em desespero.
_Calma Rony, tem um jeito - diz Gina.
_É, vão os dois, depois um me busca - e assim Rony e Gina o fazem. Harry os ajuda a cobrir com a capa, que serviu perfeitamente com nenhuma polegada de sobra, e espera ao pé da escada. Mas uma voz se aproxima, Harry vê um homem se aproximando dali e a sobe rapidamente, corre pelo corredor e entra no mesmo quarto sombrio de onde aparatou, escondendo-se atrás da porta esxatamente quando o homem terminou o lance de degraus e saiu no corredor. Harry o vê, pela brecha da porta, entrando na porta à esquerda e logo depois Gina subir a escada, trazendo a capa nas mãos. Harry se precipita do esconderijo e gesticula freneticamente para ela vestir a capa. Gina entende bem a tempo e quando a capa cobre a última polegada de seu comprimento, o homem sai do quarto em que entrou, levando um pacote, e quase esbarra em Gina. Ela vêm até Harry e sussurra quando o homem sai de vista.
_Rony disse que eu era menor - ela o cobre e eles vão, cautelosamente até o bar. O bar estava movimentado, pois era domingo, e os dois quase esbararraram naqueles frequentadores "exêntricos" algumas vezes, tendo de se desviar como bailarinos para não perderem o equilíbrio. Atravessando o bar, eles saem naquele beco escuro e seguem até uma rua onde estava Rony bem mais adiante, em frente ao Correio. Os dois se aproximam e sussuram:
_Estamos aqui.
_Ótimo - diz Rony, e Harry e Gina entram no Correio, onde escondidos pelas estantes com muitas gaiolas cheias de corujas de todos os jeitos, tiram a capa, Gina a guarda muito bem presa à sua roupa, e saem livremente. Harry olha radiante para a rua, para aquele lugar maravilhoso que se chamava Hogsmeade. Os três seguem a rua e viram à esquerda, avistando logo o Três Vassouras.
_Vamos lá - diz Harry, louco para beber cerveja amanteigada e ver a bonita Madame Rosmerta. Percebendo a expressão dos dois irmãos, ele continua. - Eu pago.
E vão os três até o bar. Passam sob o letreiro "Três Vassouras", e se aproximam do balcão.
_Olá, Madame Rosmerta! - cumprimentam os três. Rosmerta se vira e se demonstra ligeiramente surpresa, mas os responde com educação.
_O que vão querer?
_Três cervejas amanteigadas - diz Harry. Os três se sentam em uma mesa isolada e Rony tira Gryffindor, mal humorado, do bolso.
_Eu pensei que tinham se esquecido de mim! - diz ele.
_Quieto - diz Rony. - Bom, o que fazemos agora?
_Ora, você esqueceu a bússola? Siga-a - Rony bota a velha bússola em cima da mesa, e esta indiscutivelmente não apontava para o norte. Rosmerta tráz as canecas e os três bebem.
_Vocês acham que Voldemort está vigiando a Horcruxe? - começa Harry, depois de um longo e delicioso gole que tanto esperara.
_Eu acho que não, acho que tivemos sorte, ele nem percebeu o feitiço que a envolvia - diz Gina tomando fôlego de seu gole e bebendo outro.
_Não devemos demorar, V-Voldemort pode ficar sabendo que viemos para cá... - diz Rony bebendo de sua caneca.
_Então vamos? - diz Harry terminando a sua e passando pelo balcão para pagar. Rony e Gina o seguem e Rony pega a bússola, analisando a direção para qual esta apontava.
_Até mais, Harry Potter! - despede-se Rosmerta.
_É para lá, vamos - diz Rony, apontando rua abaixo, e eles correm. Bem adiante, quase no final da rua, passam diante a Dedosdemel deliciosamente enfeitada, fazem uma curva à direita e logo passam pela Zonko's, aquela loja tão interessante. Bufando, eles diminuem a velocidade e bem a frente viram à esquerda, encontrando uma rua fechada por uma parede. Rony e Gina retardam, mas ao verem Harry seguir, prosseguem.
Adiante Harry analisa a parede e Rony, quando o alcança, diz:
_Deixe que eu a quebre - Ele tira a varinha, a empunha e hesita, pensando num feitiço.
_Qual quer um, Rony! - Gina diz. Rony arregaça as mangas. Dependendo do feitiço precisava ter um forte efeito.
_INCÊNDIO! - uma esfera de fogo estoura de sua varinha e acerta em cheio os tijolos, fazendo-os amolecer.
_Está bom - diz Harry, empurrando a parede, fazendo-a ceder, revelando uma ruela deserta e descalçada à direita. - Vamos diz Harry pegando empulso para uma corrida.
Rony e Gina o seguem, novamente correndo. A rua ia descendo rapidamente, e quando ela estava contornada por altos barrancos, chegam à uma fenda.
_Essa não é aquela fenda onde Sirius se escondeu a mais de dois anos? - diz Rony observando-a.
_Não - diz Harry analisando o lugar. - É outra... - os três adentram o local. - Lumus! - devido à escuridão, e Gina e Rony o imitam.
_Harry, não sei se devíamos... - hesita Gina, observando as paredes da fenda, todas riscadas de sangue. Harry não esperava Inferious. Mas ele fazia idéia do que haveria ali dentro... eles seguem rapidamente, cada vez mais para o fundo, dezenas de metros abaixo da terra. O lugar ficava cada vez mais escuro, como se o efeito da luz das varinhas fosse dimiuindo... Harry tivera péssimas experiências com escuridões densas demais. O caminho pára de descer e bem mais à frente, saídas para os lados aparecem e logo o caminho reto que seguiam se fecha, obrigando-os a voltar e escolher uma delas. Essa bifurcação-fechamento ocorre também nesse novo caminho, e no outro e no outro.
_Avante, jovens cavalheiros, prossigam firmes! - diz Gryffindor. - Não deixem que um escurinho de nada os faça tremer!
_Harry... - diz Rony. - Estamos em um labirinto...
_Eu imaginei isso - responde ele. Harry começa a andar alisando as paredes, buscando tochas... mas não havia nenhuma... como o próprio Voldemort vencia a escuridão?
_Harry, estou com a impressão de que estamos dando voltas - diz Gina, que ia pela outra parede com o mesmo intento de Harry.
_Talvez sim - diz Harry, desistindo de alisar as paredes. - Vamos escolher o caminho da direita na próxima bifurcação. - e assim fizeram. Mas ainda não chegavam a lugar algum. Será que Voldemort usara a mesma estratégia do Lago, mas com um labirinto antes? Será que Harry iria passar pelos sacríficios do episódio no Lago mais uma vez? Quando começara a entrar em desespero, Harry nota para seu grande espanto, que saíram em um salão.
_O que será que fizeram com meu elmo? - gagueja Godric. - Essa escuridão está me deixando irritado.
Eles se embrenharam no Salão Negro e perderam o alcance das paredes, então de repente uma luz quente e amarelada brilha atrás deles e se apaga rapidamente. Eles ouvem respiração. Se viram. Harry sente um frio passar-lhe pela nuca...
Estavam diante a uma tropa de dragões.

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