Os Weasley



_Não, mãe, foi Gina quem transformara em tijolo aquela geléia! É sério!!!
_Ronald Weasley, você fará outra agora mesmo. Sei que foi você, ela ainda é menor de idade, e tem juízo na cabeça, coisa que você não tem - Molly Weasley estava ralhando com Rony, quando Gina entra na sala comendo um pedaço de geléia. - Gina?
_E-está vendo m-mãe?! - protege-se Rony.
_Gina Weasley, você transformou em pedra a geléia?
_Claro que não, mãe, se não eu não estava a comendo agora - diz a garota.
_M-mas então?
_Foi Rony quem transformou - Rony fecha a cara para ela -, mas eu destransformei. A senhora poderia ter feito isso.
_Eu sei que poderia, mas... Gina, você é menor de idade, não pode fazer magia!
_Ah, mãe, o Ministério só detecta onde e quando a magia é feita... ele não detecta por quem, não é mesmo papai?
O sr. Weasley que estivera sentado em uma poltrona, lendo o Profeta Diário, responde:
_Sim, querida...
_ARTHUR WEASLEY! - ralha Molly. - Que exemplo você está dando à sua filha!!!
_Não, querida! - completa Arthur, devido à fúria de sua mulher.
_Ah, pai! - diz Gina, saindo da sala.
Um estalo alto como um tiro e quatro pessoas aparatam dentro da sala. Molly se assusta, mas rapidamente se recompõe.
_HARRY! - saudam Molly e Gina.
_Harry!!! - Rony se levanta e abraça o amigo.
_Olá, gente - diz a eles.
_E vocês são os Dursley? - cumprimenta Molly.
Petúnia ainda estava caída, agarrada ao corpo do filho e chorando assustada, enquanto Válter segurava a mulher pelo calcanhar e tinha Harry agarrado ao pulso da outra mão.
_Não! - se assusta Molly ao ver Duda caído duro.
_Foi Voldemort quem fez isso - diz Harry.
_Meu Deus! - exclama Gina que também acabara de ver o corpo. Rony e Arthur ficam em silêncio.

Foi uma tarde muito triste em que Harry narrou aos Weasley (Fred e Jorge acabaram de chegar) o ocorrido. Fora o primeiro jantar desanimado de Harry na casa dos Weasley. Harry se desculpara por ter estragado o fim de semana deles, mas ressaltou o fato de que não tinha outro lugar para aparatar, e que fora um milagre ter aparatado inteirinho, pois nunca o fizera antes. À noite todos se deitaram cedo e na manhã seguinte Harry sugeriu que fisessem um Feitiço da Fidelidade para protegê-los de Voldemort e seus Comensais. O funeral de Duda fora no mesmo dia nublado e muito triste. Os tios de Harry, com razão, não paravam de chorar. Petúnia em um momento quase jogou a culpa da morte do filho em Harry, mas ela sabia que fora pelo fato de ter levado Harry a Voldemort que ocorrera o assassinato de seu filho. No funeral, tio Válter revelara em meio aos prantos que Dudley não era bruxo, eles haviam combinado isso para que Petúnia se comovesse e não sacrificasse Harry. Harry ficou espantado, pois agora ele poderia se culpado pela morte do primo. Mas a culpa não era de Harry, a culpa era de um homem que não tinha coração, que tirava vidas sem pensar, como se isso fosse normal como respirar. Seu nome era Lord Voldemort.
Somente no terceiro dia na Toca foi que Harry bateu a mão na testa e disse:
_O retrato de Gryffindor!
Gui percebera a aflição de Harry e ele he contou a triste história das Horcruxes e que esquecera o retrato de Gryffindor na casa dos Dursley. Gui aparatou no quarto de Harry, e voltou a aparatar na Toca, com o retrato, o malão de Hogwarts (com a firebolt, a capa, o mapa...) e a coruja de Edwiges - vazia. Harry ficou radiante diante de suas coisas e agradeceu sem parar. Gryffindor adorara ir para a casa de uma família inteira da Grifinória, e não parava de falar que tinha ouvido muito falar dos Weasley... chefes do time de Quadribol, monitores, monitores-chefe... os Weasley adoraram também receber tais elogios.
E fora também, somente no terceiro dia que Harry dera o primeiro beijo em Gina durante essa estadia na Toca.
Estavam sob um enorme carvalho ao pé de uma colina, de onde dava para ver o topo de umas balizas. Gina deitara no colo de Harry, e estavam conversando.
_...e segui minha tia até uma casa em Little Hanglenton... ela fora encontrar Voldemort, e esse lhe falara que tinham de ser rápidos...
_Ele realmente queria que ela te matasse? - interroga Gina.
_Não, depois que ele dá à minha uma varinha, ele a lembra de que não podia me matar...
_Por quê? Quero dizer, será que ele pensa em fazer outro ritual... tipo aquele no fim do Torneio Tribruxo...
_Não faço nem idéia, mas agora que estamos falando, me lembrei de que quando minha tia me levou até ele, ele dissera... "Como esperei esse momento, querido... Agora o terei para mim" - diz Harry, sentindo calafrios.
_Nossa...
_Na conversa que ele teve com tia Petúnia, no casarão, ele citou as Horcruxes... ele sabia que as estava buscando?
_Acho que sim... ele tem muitos informantes... talvez o próprio Snape tenha lhe contado enquanto aindda trabalhava em Hogwarts...
_Snape...
_Aquele... monstro! Eu sempre levantei a Dumbledore meus pensamentos sobre ele. E aquele... traidor, sanguinário... mestiço...
Gina se surpreende, mas sabia que Harry falava disso pelo fato do livro de Poções.
_Como pudera, um "sangue-ruim", como os próprios sonserinos chamam os nascidos trouxas, entrar para a Sonserina, que sempre teve só "sangue-puros"?
_Snape...
_Eu ainda tremo quando me lembro do sacrifício em vão, feito na margem do Lago Negro... Dumbledore perdera suas forças por aquela Horcruxe falsa.
_Nós temos que fazer logo o feitiço de Gryffindor para tentar encontrar a outra Horcruxe. Então faltarão quatro... - disse ela, seus sedosos cabelos vermelhos esparramados sobre o colo até o joelho de Harry.
_Talvez encontremos Voldemort. Talvez o feitiço tenha sido desfeito...
_Temos que tentar - Gina se senta ao lado de Harry lhe dá outro longo beijo que é retribuido e se levanta. - Vamos chamar Rony, ele pode executar o Feitiço...
Eles caminham até a entrada da Toca e sobem até o terceiro andar, até o quarto de Rony.
_Rony?
_Oi, Harry!
_Vamos fazer agora o feitiço de Gryffindor, quanto mais rápido, melhor. Não fizemos antes por que...
_Sim, ok - Rony pega o quadro de Gryffindor e o acorda ("Ahn? Quem, por que?").
_É melhor não contarmos aos outros, ou eles vão querer interferir, ou proibir-nos - aconselha Harry.
_OK - concordam os irmãos.
_Vamos lá, Godric.
_Para facilitar... peguem um mapa. Uma bússola será nessessária, pois é um feitiço para localização.
_Rony abre o "História da Magia" bem no fim, onde havia um mapa bem detalhado da Grã-Bretanha. Gina vai a um armário e pega uma bússola velha, que foi preciso dar-lhe um tapinha para funcionar normalmente.
_Muito bem, Ronald, agora ponha a bússola sobre o mapa - Rony obedece. - Marque... pode ser com a ponta da varinha mesmo... o local onde estamos - novamente Rony faz o mandado, riscando o mapa em um ponto da Irlanda com a ponta de sua varinha. O local brilhou com uma cor verde-esmeralda. - Muito bem! Agora aponte a bússola com a varinha e diga "Guie-me ao local certo! Leve-me ao elmo da Armadura de Gryffindor! Guie-me ao local certo, mostre me onde ela está!" Muito bem, diga.
Rony põe a ponta da varinha encostada no centro da bússola, toma fôlego e diz:
_Guie-me ao local certo! - a setinha da bússola começa a girar freneticamente. - Leve-me ao elmo da Armadura de Gryffindor! - A bússola para de girar numa freada brusca e aponta para o norte da Irlanda. - Guie-me ao local certo! Mostre-me onde ela está! - do ponto verde feito no mapa, é traçada uma linha azul-safira que pára em um ponto ao norte, que fica vermelho-sangue. - Deu certo!!! Voldemort, seu imbecil, nós te pegamos.
_Espere aí... - disse Gryffindor olhando o mapa.
_Isso não é em... - gagueja Gina.
_Hogwarts! - diz Rony, apontando para uma legenda num ponto do mapa, logo abaixo do ponto escarlate.
_Não... é em Hogsmeade! - diz Harry, mostrando o ponto do mapa coberto pelo ponto mágico vermelho, onde a legenda dizia "Hogsmeade".
_Por que Voldemort esconderia o elmo em Hogsmeade? - pergunta Gina.
_Não seria o último lugar onde você iria procurar? - diz Harry. - Agora vamos. Aparatando?
_Sim, eu treinamos muito nesse verão, Harry - diz Rony.
_E eu não aparatar!!! - diz Gina.
_Nós te levamos - diz Rony.
_Com certeza. - diz Harry, que se lembrava de que seu teste seria na próxima semana, quase duas semanas antes de seu aniversário e ia fazê-lo com Rony. - Nós vamos levar Gryffindor?
_Acho melhor... ele poderia reconhecer o elmo - diz Rony pegando o retrato e enfiando no bolso. - Nós já vamos?
_Ah, Harry, Hogsmeade fica muito longe, é muito perigoso aparatar para lá...
_Mas, Gina, se formos à vassoura chegaremos só amanhã - diz Rony. - E eu não quero ficar com o traseiro doendo...
_É melhor do que ficar SEM o traseiro, seu tonto! Hogsmeade é muito, muito longe! É muito arriscado... - continua Gina.
_Ah, vamos logo. - finaliza Rony.
_Sim, é melhor sermos rápidos - diz Harry, abrindo o malão que havia sido colocado aos pés da cama de Rony e pegando a capa da invisibilidade. - E é melhor nos prevenir...

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