Dudley Dursley



Tia Petúnia agira como se nada tivesse acontecido. Respondeu a Tio Válter que fora ao supermercado, mas a fila no caixa estava grande. Enquanto tia Petúnia preparava o almoço, Harry chamou tio Válter e disse-lhe para manter Petúnia na cozinha, pois ia procurar algo no quarto deles. Tio Válter diz que faria o combinado e desce à cozinha. Harry sai do quarto sem fazer barulho, passa pelo quarto de Duda - que estava jogando no computador - e chega à suíte dos tios, em frente a porta do outro banheiro.
Harry adentra o quarto, acende a luz e se aproxima de um grande armário ao lado de uma imensa cama. Abre uma das portas. Os imensos ternos do tio Válter. Abre a outra, roupas do casal. A outra, roupas de cama. E a outra, vestidos finos de tia Petúnia. Haviam gavetas embaixo das portas centrais, Harry abre a primeira, lenços e gravatas impecavelmete dobrados. Na segunda, emormes roupas de baixo para homens, e na terceira para mulheres. Harry pensou ter visto lingeries, mas ignorou. Abriu a última. Era bem bagunçada, tinha algumas bijouterias espalhadas, perfumes velhos, porta-jóias... e uma caixinha fina e longa. Harry sorri. Ele abre a caixinha e puxa uma indiscutível varinha mágica. Tia Petúnia era uma bruxa. Harry ouve passos apressados e leves pelo corredor em direção ao quarto. Ouve a voz de tio Válter, como querendo conevencê-la disfarçadamente a voltar à cozinha. Harry botou a caixinha na gaveta e fechou-a. Só teve tempo de se deitar no chão até Petúnia entrar no quarto, e rolar para debaixo da cama até ela acender a luz. Harry percebeu alguns brinquedos velhos do Duda ali debaixo do móvel e viu os pés de tio Válter chegarem logo atrás dos de tia Petúnia. Tia Petúnia estava tremendo.
_O que foi, benzinho? - perguntou ele.
_Um rato amor, um rato enorme embaixo da cama! - gritou ela, chamando a atenção do próprio Duda, que veio correndo, Harry viu seus enormes pés, ele ia se abaixar quando outro grande par de pés o impede e diz:
_Não, Duda querido, deixe papai cuidar disso - Harry viu os pés de Válter seguirem até o banheiro da suíte e voltar com um grande rodo. Harry assustou-se na hora, mas quando tio Válter disse. - Bom, agora vou matar esse grande RATO, não se preocupem com esse RATO, para mim ele é de BRINQUEDO, de tão inofensivo. - Harry percebeu que ele estava falando de um rato de brinquedo, e procurando ali embaixo, ele encontrou realmente um rato de brinquedo, que parecia muito com um de verdade. Era óbvio que Válter sabia da existência desse rato. Harry afastou o corpo de onde estava tio Válter e este começou a bater o rodo debaixo da cama, como se setivesse acertando o rato. Logo depois da encenação digna de um Oscar, Harry dá para à mão de tio Válter o rato de brinquedo e ele o leva embora dizendo. - Viram? Não era nada demais.
Tia Petúnia ainda estava razoavelmente abalada e saiu do quarto, dando a Harry a chance de sair de baixo da cama. Harry se compõe e volta com cuidado ao seu quarto. Logo tia Petúnia estava chamando a todos para almoçarem, mas Harry não vai, temendo o conteúdo da refeição dela. Válter passa pelo quarto e pergunta:
_E então? O que descobriu?
_Petúnia realmente é uma bruxa.
_E ela quer te matar?
_Certamente.
_Você não está com fome?
_Sim, estou, mas não como nada feito por tia Petúnia, ela pode envenenar.
_Ora, por que Petúnia envenenaria a comida se Voldemort quer você vivo?
_Humm... ela pode botar sonífero... ou qualquer coisa que Voldemort tenha lhe dado. É questão de segurança.
_Eu busco algo para você comer.
_OK, mas cuidado com tia Petúnia.
E Válter desce novamente à cozinha.
_Bom sujeito, esse seu tio - diz Gryffindor.
_Recentemente tem sido, o senhor não o conheceu alguns anos atrás...
Edwiges pia longa e tristemente e volta a dormir.

A semana passou vagarosamente e Harry só comera coisas que tio Válter lhe trazia. Harry soltara Edwiges, e estava feliz de que ela estivera fora, pois assim não ficava presa tanto tempo. Harry esperara alguma carta de Hogwarts, mas nada de corujas batendo na janela de seu quarto. Era uma sexta feira quando tia Petúnia acorda Harry e diz:
_Vista-se para o café! - tia Petúnia à mais de cinco anos não o chamava para o café. Harry, obviamente, estranhou o ato. Ele não queria comer algo preparado por ela, mas se ela o chamara, ele teria de ir. Um instinto o levara a guardar a varinha em um bolso fundo na calça, bem escondida. Harry desceu as escadas e percebeu que Válter e Dudley não estavam ali.
_Onde estão tio Válter e Duda? - perguntou Harry sem se sentar à mesa.
_Foram à Londres, comprar os materiais de Duda. Sente-se, eu preparei bacon, torradas e ovos... - disse tia Petúnia pondo à mesa três pratos com os respectivos alimentos.
_Não estou com fome - disse Harry se virando e pensando em voltar ao quarto.
_Sente-se agora, rapazinho! - tia Petúnia se enfurecera, mas Harry não se sentou, se voltou a ela e disse:
_Já disse que não vou comer!
_Eu tive o trabalho de preparar para dois, eu não vou comer sozinha! - Harry sabia que não era esse o motivo. Então ele vira, presa à alça do avental, a varinha que Voldemort lhe dera. Ela não seria muito boa para fazer azarações, afinal ficara muito tempo sem praticar. Harry então se lembra de que talvez ela estivesse sob a Maldição Imperious.
_Desculpe, tia Petúnia, mas realmente hoje eu não quero comer.
_Meu querido, há dias você não come nada direito, você pode emagrecer...
_Tia, eu não quero...
Petúnia pega a varinha e a aponta a Harry.
_Sente-se, agora!
_O que você pôs na comida? - Harry pega a sua varinha também. - Que poção Voldemort lhe deu, não pode ser uma mortal, ele não me quer morto...
Tia Petúnia se demonstrara surpresa com tal afirmação e de repente cordas finas amarram Harry, juntando-lhe os braços ao corpo, ele tenta executar um feitiço, mas Petúnia grita bem a tempo:
_Expelliarmus! - e a varinha de Harry voa, gira, gira e cai aos pés da escada, muito fora do alcance de Harry.
Petúnia pega um bacon e o leva até Harry, tentando o fazer comer.
_Petúnia! - disse Válter, ao lado de Duda que empunhava a varinha de Harry, o que fez Harry estranhar.
_Válter? - surpreende-se ela.
_Essas cordas são firmes, mas o problema delas é que são finas, Petúnia, agradeça à Deus, você tem marido e filho com dentes muito fortes - diz Válter, se aproximando e guiando Duda pelo pescoço. - Que coisa feia, amarrar-nos à cama...
_V-você não vai me impedir, você não p-pode me impedir... - diz Petúnia.
_Mas eu posso - diz Duda se aproximando. - Mãe, eu herdei seu sangue bruxo... e aprendi magia em uma repartição especial na minha escola.
Petúnia e Harry ficaram estupefatos. Harry não fazia idéia de que seu primo, seu primo tão idiota também era bruxo.
_Mamãe, desista ou passe sobre meu cadáver - continuou Dudley.
Petúnia começou a chorar.
_Eu não queria isso para o meu filho... o que corre em nossos sangues é uma praga! Eu odiava esses poderes, por isso não fui para Hogwarts, e tive de aturar Lílian transformando objetos nos verões lá em casa... V-Voldemort disse que me faria perder esses malditos poderes... eu fiquei tão feliz... nunca mais veria coisas estranhas acontecerem ao meu redor, evidências de que essa praga ainda corria em meu sangue - Harry percebeu que Petúnia não estava sob a Maldição Imperious. - Duda, Dudinha querido vamos unir à Voldemort nossas forças e arrancar de nós essa perdição.
_Não, mãe, deixe Harry em paz - reclama Duda.
_Mas filho...
_DEIXE - HARRY - EM PAZ!!!
_Estupefaça! - tia Petúnia acerta a perna de Duda, fazendo-o cair. - Mobillicorpus! - Harry é arrastado para fora de casa, ouvindo Petúnia, enlouquecida, conversar sozinha. - Se ele não quer perder os poderes... é para o seu próprio bem... - E Harry é levado para fora dos jardins, até o meio da rua... Voldemort estava do outro lado desta, rindo enlouquecidamente.
_Não, NÃO!!! - gritava Harry inutilmente em seu pavor. - Não, Petúnia, tia Petúnia, me leve para dentro, vamos voltar! ME LEVE DE VOLTA!!!
Voldemort se aproxima e toca o queixo de Harry, fazendo-o sentir uma dor enorme na testa, como facas transpassando-lhe a cabeça.
_Como esperei esse momento, querido... - disse Voldemort com sua voz gélida. - Agora o terei para mim - e ri mais.
Harry se contorcia freneticamente, buscando cortar as cordas com os dentes, como fizeram tio Válter e Duda, que agora estavam perplexos, na calçada do n° 4, Dudley apoiado no pai. Tia Petúnia não tinha cara de que estava gostando do que fazia, mas de que estava sendo obrigada.
_Obrigado, Petúnia, você é uma bruxa muito melhor que sua irmã... aquela megera...
_Estupore!!! - tia Petúnia ataca Voldemort, este somente perde o equilíbrio, enquanto Petúnia tenta arrastar novamente Harry de volta para casa, Harry cai. Voldemort aparata em frente a ela antes de chegarem em seu destino e diz:
_Você morrerá! AVADA KEDAVRA!!! - um grande corpo cai, era Duda que correra a proteger a mãe.
_NÃO!!! Seu monstro!!! Expelliarmus!!! Estupore!!! Estupore!!! - gritou Petúnia enlouquecida, e se joga sobre o corpo de Duda. Nenhuma azaração fez grande efeito em Voldemort. Harry que estivera se esperneando, tentando voltar à calçada, vê com horror seu primo cair ao seu lado. Válter se aproxima, Harry sussura rápido:
_A varinha! Pegue Petúnia! - em um segundo a varinha estava em suas mãos, Harry pega tio Válter, e este tia Petúnia, e desaparata de onde meio décimo de segundo depois seria um raio de dois metros explodido.
_NÃO!!! Não!!! - grita Voldemort totalmente enfurecido.

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