Por Que Não Você?



Capítulo desaconselhável para menores de 13 anos.

Capítulo 22 - Por que não você?

Harry estava estudando novamente as táticas de quadribol, procurando ver se havia esquecido de algo, se havia alguma falha no plano. O relógio apontava onze horas da noite e sabia que, nesse momento, muitos deveriam estar dormindo, foi nesse pensamento que sua pedrinha brilhou. Ele franziu a testa, olhando-a, então aconteceu mais uma vez e outra...
O rapaz se levantou de supetão e desceu as escadas de seu dormitório com rapidez, para encontrar o salão comunal escuro e vazio. A pedrinha brilhou novamente e então com mais intensidade. Ele olhou a volta, seus olhos parando nas escadas que levavam ao dormitório feminino.

-Accio capa de invisibilidade – ele murmurou tirando a varinha do bolso.

Quando a pegou, Harry se cobriu com ela e foi ao encontro das escadas, murmurou um feitiço de levitação e logo estava no topo da escada.
Continuou com a capa por precaução e quando chegou ao quarto de Hermione movei a maçaneta, como esperava, estava trancado. Ele pegou novamente a varinha. – alohomora – suspirou aliviado por ter dado certo.

Harry entrou e rapidamente trancou a porta atrás de si e jogou a capa de invisibilidade no chão. A pedrinha ainda continuava brilhando, ela era uma das únicas coisas que lhe davam luz naquele lugar. Além da lua, que, àquela noite, estava mais que brilhante e cheia. Iluminando grande parte do quarto, talvez fosse por isso que Mione havia fechado seu cortinado.
O rapaz se dirigiu até a cama da amiga e puxou uma parte do cortinado, seu coração falhando uma batida quando a virou. Em seu sono, Hermione arfava angustiada, suspirando seu nome, ela se movia como se segurasse algo nos braços. Ele se sentou na cama.

-Mione eu estou aqui – ele disse segurando sua mão, ela se afastou parecendo ainda mais nervosa. – Hermione, acorde... É apenas mais um pesadelo. Mione... – chamou baixinho tocando em sua face. – Hermione, por favor...

Como se ouvisse seu pedido, a garota abriu os olhos e recuou de um pulo ao canto da cama. Sua testa franzida enquanto tentava focalizar o intruso. – H-harry? – como resposta a pedrinha dele brilhou mais uma vez e Hermione se atirou em seus braços choramingando. – Foi horrível... Estive naquele lugar novamente – ela murmurava entre soluços.

Ele a abraçou de volta, acariciando suas costas. – Já passou... está tudo bem agora - Harry sabia o que era aquele lugar, ele dominou um ano inteiro de sua vida.

-Eu vi você – ela disse se afastando, tentando encontrar os olhos dele, mas com a escuridão do quarto, era quase impossível. – Eu vi – soluçou saindo do abraço e segurando o rosto dele com as mãos. – Você não se mexia Harry, e eu o chamava... Você não respondia! – ela prendeu seu pescoço, voltando a abraçá-lo.

-Shii... Eu estou aqui está bem? – beijou sua face. – Aquilo tudo já é passado, não se preocupe – ele se afastou e a deitando na cama, a cobrindo. – Não há problema algum, foi apenas um pesadelo – murmurou secando seu rosto. – Tente dormir, Ok? – ela assentiu tentando parar de chorar. Harry se levantou.

Hermione segurou sua mão - Aonde vai? – ele a olhou. – Fica aqui, por favor? Apenas até eu dormir?

-Está bem Mione, – a morena ainda mantinha sua mão segura na dele. - Deixe-me apenas guardar meus óculos e varinha – ela o soltou lentamente.

Harry conjurou um travesseiro, guardou a varinha e os óculos e se sentou na cama, limpou os pés e os pôs para cima, fechou o cortinado e se deitou, ele pôde perceber que Hermione ainda estava ofegante. Ela estava de lado, de fronte para ele, Harry fez o mesmo, virando-se para ela. Então a jovem os cobriu.

Hermione o abraçou firmemente, seu rosto entre o pescoço e ombro dele. – Obrigado por estar aqui – ela murmurou de modo abafado, já que seus lábios estavam na pele dele. Seus olhos abertos enquanto inalava o cheiro de Harry, sua boca, ela tinha certeza, estava prestes a mordiscá-lo.

-Mione... – ele pensou em se afastar mais desistiu. Sua mão ao encontro da cabeça dela, acariciando-a levemente. Os corpos deles estavam tão próximos, que era até torturante para si. A respiração dela, ainda ofegante, o estava descontrolando.

A morena não se moveu, talvez por não tê-lo ouvido. - Você me acalma... – murmurou suspirando. - Me desculpe, está bem? – completou alguns minutos depois.

-Pelo que?- indagou se afastando. Mais uma vez procurando seu rosto.

-Você deveria estar no seu quarto, descansando... Eu sinto muito por deixá-lo preocupado.

-Só me prometa que não vai chorar mais – retrucou a puxando mais para si, e, se havia algum espaço entre eles, ele se acabou.

-Harry – ela gemeu.

-Sim? – ele podia sentir o ar que a garota expirava, mesmo não conseguindo ver mais que seu tracejo.

-O que? – ela indagou, se aproximando um pouco mais, sem entendê-lo.

-Eu disse: “Sim” Hermione? – só então ele pode perceber que falando, estava com a boca na dela. De algum modo, quando parou de falar os lábios ainda se encontravam.

Não, eles não se moveram. De fato, o que Harry queria era beijá-la. Ele ponderou... Por cerca de três segundos. Logo depois ele abriu os lábios dela, sua língua na dela, no beijo que ele queria. No beijo que ela queria.
De algum modo, ele estava em cima dela e suas mãos, ah... Elas também. Harry Potter levantou a camisola de Hermione e deixou sua mão escapar por lá, ela, de alguma forma, perpassou pelo seio da garota. E a jovem parou. Parou de beijá-lo.

-Me desculpe! – murmurou afastando seu rosto, tentando decifrar, no escuro, a expressão dela, assustado com o próprio atrevimento.

Ela puxou o cabelo dele para frente, trazendo-o para si, e o beijou duramente. – Por que você sempre pede desculpas?

-Achei que fosse o que queria ouvir.

-Eu não quero ouvir “desculpe” depois que um garoto me beija ou me toca, Harry.

-E o que você quer ouvir?

-Dependendo do garoto que o tenha feito, eu saberia o que ele deveria dizer – Harry sorriu marotamente, o qual a amiga no pôde ver.

-Vou lhe dar um exemplo. Se o Justino lhe beijasse.

-Ele não me beijaria, eu não iria deixar. Mas, se isso viesse a acontecer, ele não diria nada porque estaria duro no chão com um soco ou, mais provavelmente, um feitiço meu.

Ele riu. – A srta. Granger é violenta – ele murmurou em seu ouvido, se afastando logo depois. – Vamos a pergunta de dez mil galeões... o que eu deveria dizer? Se deveria dizer...

Hermione ficou calada por um momento. – Você, Harry James... Você deveria dizer: “Mione. Oh Merlim... Eu...” e deveria me beijar novamente – ela riu zombeteira enquanto apenas se deixava estar presa por Harry.

-Eu não sei se está falando a verdade.

-Por que você não prova? – disse corando, mas Harry não pôde perceber. - Talvez possa descobrir...

A jovem pôde sentir a respiração do moreno cessar por uns quinze segundos e depois percebeu que ele se aproximava. –E o que isso iria significar? – ele murmurou em seu ouvido. Mas, talvez, ele soubesse o que poderia significar.

Harry pôs uma mão, delicadamente, na cintura da amiga. Ele queria poder vê-la... – Hermione – chamou levemente, a pedrinha dela brilhou e, assim, ele a viu. Seus olhos se encontraram até que a pedrinha parar de emanar seu brilho e neles havia muito carinho.

Ela suspirou quando sentiu finalmente os lábios dele nos seus. Aquela era a sensação que nunca cansaria de provar. O gosto dele lhe era estranhamente familiar, assim como o próprio rapaz. E ela adorava aquilo.
O cheiro dele parecia impregnar em sua pele. Ela podia ouvi-lo murmurar seu nome enquanto virava o olho em prazer com os beijos dele em seu pescoço.
Ela poderia deslizar suas mãos pelo corpo dele, ela queria o fazer. E, como se já não bastasse apenas a boca de Harry, Hermione o fez. Ligeiramente trêmula, é verdade, mas, ainda assim, coberta de certeza.

-Eu quero ver você – ela sussurrou, beijando-o levemente nos lábios. Harry recuou, não antes de mordisca-lhe o lábio inferior. Ele abriu o cortinado novamente, deixando a luz da lua entrar na cama.

Hermione esteve no mesmo lugar. Então Harry aproximou seu rosto do dela, mas não a beijou, pôs a mão nele, perpassando a bochecha. A morena fechou os olhos, sua respiração lenta, como se estivesse em letargia. Ele pôde observá-la, bem de perto, cada traço, toda a maciez de sua pele.

-Eu sei que eu devo ter dito milhares de vezes e que você já deve estar cansada de ouvir. Mas você é linda – ela abriu os olhos, sorrindo. Mordendo o lábio inferior, ansiosamente.

A garota se sentou, sem desviar os olhos dos verdes intensos que não lhe fugiam. Ela afastou os cabelos negros do rosto dele, deixando sua cicatriz a mostra. Ela amava mexer em seu cabelo. Ela adorava o contraste que eles tinham com seus olhos.
Hermione se ajoelhou na cama, uma das mãos apoiada, agora, no ombro dele, tirando-a logo em seguida, quando se equilibrou. Ela, então, beijou sua testa e desceu, como num rastro, até a sua bochecha e, com leves beijos, chegou a sua boca.
Sem ar, ela se afastou somente um pouco, ainda de olhos fechados, suspirando. Então ela voltou a sua boca e depois a sua bochecha como se refizesse o caminho, mas, ao chegar à bochecha, ela se desviou da rota anterior e se dirigiu ao pescoço dele.

-Mione eu... – Harry arfou tentando se controlar.

Hermione não o deixou terminar, ela apartou sim o contato entre o corpo deles. Mas o fitou, enquanto calma e vagarosamente desabotoava a camisa do rapaz. Inutilmente ele lhe perguntava o que estava fazendo, uma vez que ela não respondia, ainda olhando-o nos olhos.
Ela não precisava responder, ele sabia. Porque, de fato, sabia o que ela estava fazendo e o que pretendia. E ela sabia que Harry queria aquilo, tanto quando ela mesma...
Depois que ela terminou, o abraçou, sentindo-o mais agora. Harry ficara sentado na cama enquanto a morena o abraçava. Ele, retribuindo o abraço, a enlaçou pela cintura e beijou seu ombro, eles sabiam que poderiam ficar horas assim. Harry sabia que a tinha naquele momento. Hermione sabia que era dele naquele momento e que ele lhe pertencia também. Entretanto, não era um modo egoísta de ver as coisas... eles apenas sabiam que, naquele momento, estavam juntos, estavam sós e eram um. Naquele momento...

Eles se afastaram, Harry sorriu enquanto a olhava nos olhos. Talvez tentando disfarçar todo desejo que sentia. Hermione, no entanto, não ignorava nenhuma centelha que se encontrava nos olhos verdes dele e ele sabia disso.

-O que foi Harry? Eu consigo ver e-

O rapaz a silenciou com um beijo vagaroso, como se já houvesse estudado o modo que ela ficava quando ele fazia assim. Ele sabia que a morena estava concentrada no beijo, mas só o suficiente para deixá-lo ir aonde ela quisesse.
Ele deslizou novamente suas mãos ao encontro do corpo dela. Tocando seu calcanhar, subindo, a panturrilha, subindo... Ele as elevou e as deixou sobre uma das coxas dela, logo acima ao joelho – onde, um pouco mais acima era o início da camisola dela. - A morena introduziu mais uma vez sua língua nos lábios dele e então quebrou o beijo.
Quando ele estava preste a retirar suas mãos, ela murmurou – Tudo bem.

Harry, então, massageou o lugar, a olhando. Sorrindo quando a garota desviou o olhar, mordendo o lábio. Ele se voltou para a perna de Hermione, suas mãos subindo e apalpando lentamente, como se procurasse um ferimento.
Hermione, que olhava para baixo, observou que Harry parou em um certo ponto, quase ao meio de sua perna. Ela levantou mais a camisola, afim de deixá-lo prosseguir um pouco mais. Comprimindo os lábios, ela poderia impedir que qualquer som saísse de sua boca, mas não conseguia controlar suas mãos ou pernas... Umas guiavam Harry para mais o próximo de seu corpo, a outras se arrepiavam ao toque dele.

Ele começou a se inclinar lentamente sobre ela, a fazendo deitar, seus olhos nos dela. A jovem passou a acariciar a nuca dele, seus lábios se curvando num sorriso.
Qualquer palavra, agora, era desnecessária.
**

Abriu os olhos preguiçosamente, um sorriso lento surgindo em seus lábios. Sua mão entrelaçando-se a que se encontrava em sua cintura. Ela suspirou fechando os olhos ao reparar nas horas, abrindo-os novamente em seguida. Era tarde.

-Harry... – chamou baixinho virando-se para encará-lo. – Harry acorde... São nove e quarenta – disse acariciando seus cabelos. – Harry - ele abriu os olhos, sorrindo logo depois. – Bom dia.

-Oh sim. Certamente um bom dia – ela riu quando o rapaz lhe beijou o pescoço.

-Harry vohumm – Hermione respirou antes de lhe corresponder. Inclinando-se sobre ela, passou a lhe beijar o colo, acariciando sua coxa.

Antes que perdesse o controle, a morena postou suas mãos no peito nu dele, afastando-se gentilmente. – Você está atrasado.

-Estou? – murmurou a trazendo para si novamente.

-Harry James! Não crehumm... – Hermione percebeu com uma ponta de divertimento que ele não iria desistir fácil. - Harry... Me escute... Você... Ah. Merlim... Harry!

-Sim? – perguntou cinicamente.

-Seu jogo de quadribol. Vai acabar o perdendo.

-A Gina pode re...

-Não – exclamou cruzando os braços. – Você é o capitão do time – continuou dessa vez mais suavemente. – É essencial para ele.

-Tudo bem – murmurou passando a mão no cabelo. Quando o rapaz saiu da cama, ela se deitou, um sorriso perpassando por seus lábios enquanto o observava trocar de roupa, ou melhor, por a sua roupa. – Você estará lá? – Harry perguntou se aproximando enquanto terminava de abotoar a camisa do pijama.

-Não perderia um jogo seu por nada.

-Nós ainda temos que conversar, Mione.

-Assim que o senhor capitão ganhar aquela taça para a Grifinória – ela retrucou erguendo a sobrancelha. Sorrindo, o moreno se aproximou e espalmou um beijo em sua testa.

-Tenha um bom dia – ela disse assim que ele desapareceu sob a capa de invisibilidade.

-Eu terei – respondeu e a porta foi aberta.

Ela esperou cinco minutos para sair da cama, organizou seu quarto e se dirigiu ao banheiro.
**
(continua)
**
Bom, explicando... isso já é na sexta, véspera do jogo de quadribol e no começo do sábado.
Capítulo bizarro, né?
Desculpem algum erro... Quero comentários viu? Espero que tenham gostado... Porque, detalhe:
Eu não gostei não (¬¬’).


Só mais uma coisa:
Eu to com um novo fic... Bom, pPra quem tiver interessado, aqui está o end do fiction: http://www.floreioseborroes.com.br/menufic.php?id=10345

É uma comédia romântica - ou quase... - e, é óbvio: É H²; e D/G.
O nome do fiction é: "Meu Marido, Até a Poeira abaixar"
Meio idiota, mas ainda estou procurando um nome decente, enquanto isso...

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