Acidental, <i>é claro</i>



Oie!
Viram? Eu não sou tão malvada assim^^!
Obrigado pelos comentários!!! Fico feliz que estejam gostando!


Capítulo 21 – Acidental, é Claro

[Flash-Back]
-Oi Harry – ela disse com um sorriso insinuante.

O rapaz ergueu a sobrancelha – Olá...?

-Alicia – completou. – Fui eu que entreguei aquela caixa de bombons para você.

-Ah! Sim! Como pude me esquecer – sorriu galantemente. – Você é monitora da Lufa-lufa não é?

-Sim – ele a olhou interrogativo. – Bom. Desculpe-me – falou rapidamente. – mas pode me responder uma coisa?

-Seria um prazer.

-Você e Hermione Granger, terminaram não é? Perdoe-me ser tão atrevida, mas eu quase não pude acreditar. Pelo menos não até ontem... – completou franzindo a testa. – Quando soube que o Justino da minha casa... Do sétimo ano, havia convidado a Srta. Granger para sair.

Harry estreitou os olhos, voltando ao estado normal segundos depois. – É verdade sim – falou forçando um sorriso; este saiu tão bem feito que a garota retribuiu. - Hermione e eu terminamos, mas ainda somos bons amigos.

-Ah. Certo!

-Bom, desculpe-me a pressa – ele disse. – Mas estou indo para o café-da-manhã. Acompanha-me?

-Oh. Sim! Será um prazer.

A garota se despediu de Harry quando se aproximaram da mesa da grifinória. E ele se sentou ao lado de Gina.

-Tudo bem, Harry?

-Hã?

Ela ergueu a sobrancelha. – Você está legal?

-Sim. Por que?

-Está distante. Não cumprimentou ninguém.

-Gina. Desculpe-me, é que estou pensando em novas táticas de quadribol. E por falar nisso, avise ao pessoal que teremos treino hoje à tarde? – indagou já se levantando.

-Tudo bem. Ei! Espera, você não vai comer?

Ele se voltou para ela. Pegou algumas torradas, pondo-as em um guardanapo e bebeu rapidamente um copo de suco de abóbora. – Pronto! Problema resolvido – sorriu e correu para fora do salão, deixando uma Gina sem nada entender para trás.

Ele estava completamente desconsertado quando entrou no salão comunal. Não deu ouvidos a ninguém e dirigiu-se para seu quarto.
**

“Ótimo” pensou ele. “A final contra a Lufa-lufa é daqui a apenas duas semanas!” completou com ironia descendo as escadas.

Harry podia ouvir a voz de Hermione e Rony, mas não sentia necessidade de entender o que discutiam. Querendo ou não apenas faziam isso mesmo: discutir.

Ele nem se aproximou do ruivo. Rony estava o querendo dissuadir sobre este treino de quadribol, entretanto, Harry não abriria mão deste por nada.
Era sabe orgulhoso ferido. Não agüentaria perder para a Lufa-lufa...

-Tudo bem. Vamos lá – e o time o seguiu de modo obediente. O rapaz só voltou a falar quando estavam às portas do castelo. – Ok. Eu não quero ninguém aqui doente. Então escutem bem, porque também não quero repetir – falou voltando-se para o pequeno grupo as suas costas. E assim, ele explicou o feitiço que queria que todos fizessem, lançando este mesmo feitiço em si. – Tudo certo? Ótimo – e sem mais, dirigiu-se sob a chuva para o campo de quadribol.

Ele usava um tom de voz duro enquanto advertia Rony sobre este estar muito precipitado em relação ao aro da direita. Gritou com um de seus batedores por este ter quase deixado um balaço atingir Gina. E lembrou, secamente, a Gina que ela tinha companheiros de time e que a Goles não era só dela.

-Merlim, Harry! O que deu em você? – Gina indagou assim que conseguiu deixar a vassoura próxima dele, quase uma hora e meia depois.

-Do que está falando? Estou em um treino, o que queria?

Ela ergueu a sobrancelha. – Eu? Nada. Mas você, você parece que ficará satisfeito apenas quando alguém daqui cair desmaiado de cansaço.

O rapaz suspirou. – Creio que tenha entendido o recado – disse antes de dar o treino por encerrado.

A garota girou a vassoura e estava descendo quando reparou em Harry, imóvel. – Você não vem?

-Depois. Quero treinar um pouco mais.

-Você não acha que já está bom? – perguntou franzindo a testa. – Você já pegou esse pomo umas quatro vezes...

-Quero treinar mais um pouco, Gina.

-Mas...

-Gina. Não se preocupe – suspirando resignada a ruiva assentiu e se dirigiu ao solo.

Assim que todo o time sumiu de vista, Harry guardou o pomo e logo depois, voltando a vassoura, retirou o feitiço que o protegia da chuva.

Já estava a mais de meia hora sob aquela chuva quando viu algo se mover lentamente no ar.
“O que é isso?”. A resposta não tardou a chegar, assim que se aproximou um pouco, percebeu ser uma pessoa. Aproximando-se mais ele distinguiu ser uma menina, de cabelos castanhos e cacheados. Ele estreitou os olhos, incrédulo. Era Hermione.

[Fim do Flash-Back]

-Mal posso acreditar que esteve em uma vassoura há dez metros de altura, numa tempestade – Hermione estremeceu, Harry ergueu a sobrancelha.

-Nem eu. – Murmurou. Eles subiam as escadas para a ala hospitalar.

-A Gina também pediu que fizesse isso?

Hermione parou, olhando-o. – Realmente. Fui lá fora porque a Gina me pediu. Mas ela não pediu que eu subisse numa vassoura para ir atrás de você, o fiz porque fiquei preocupada. Satisfeito? – indagou por sua vez, virando os olhos.

Harry a olhou de lado. – Soube que o Justino a convidou para sair.

-Parece que as notícias correm mais rápido que pólvora por aqui – retrucou sarcasticamente, voltando a andar.

-E é verdade? – indagou logo atrás dela.

-Por que quer saber? – inquiriu franzindo a testa.

-Curiosidade – disse gesticulando.

-É verdade. Esse sábado.

-Você... Aceitou?

Hermione parou. - Por que quer saber? – ela riu. - Está com ciúme, Harry?

-Pra falar a verdade, estou sim.

A morena se voltou para ele, incrédula. Ele sorria. “Mais uma das brincadeiras de Harry James Potter”. Ela suspirou. – Eu aceitei.

O sorriso de Harry morreu em seus lábios. Hermione não pôde perceber, estava olhando para baixo, arrumando a saia. – Er. Legal! – exclamou dando uma tapinha em suas costas. – Espero que se divirta.

-Não tenho tanta pretensão assim – murmurou fitando-o.

-O que há? – perguntou segurando um de seus ombros.

-Ah. Não é nada.

-Mione! O que há? – insistiu puxando seu queixo para que ela o encarasse.

-Não estou certa se devo ir a esse encontro.

“Então não vá!” Ele pensou. E por um segundo Hermione viu em seus olhos verdes aquelas palavras, em letras enormes e grifadas. Eles balançaram levemente a cabeça. – Hã... Por que exatamente? – Harry vislumbrou dor nos olhos dela. – O que há, Hermione?

-Não é nada.

-Então o que está te deixando assim? Machucada? – a jovem o fitou assustada.

-N-não sei do que está falando.

-Olhe pra mim enquanto responde! – ela o fez.

-Harry, o que você sente quando me olha? – Hermione indagou repentinamente, atordoando-o.

-E-eu – ele franziu a testa. – Você é minha amiga.

-Exatamente – falou com um sorriso pequeno. – É assim que tenho Justino, entende? – ele assentiu. Ela suspirou – Vamos, se continuarmos parando a cada minuto não chegaremos à madame Pomfrey tão cedo.
****

Harry não estava com seu melhor humor. Ele poderia implodir todo o castelo apenas com um olhar naquele fim de semana. Talvez, se soubesse que conseguiria atingir apenas Justino, da lufa-lufa, ele até o faria...
Estava assim porque era sábado, isso significava que, logo mais pela tarde, Hermione sairia com aquele paspalho.

Ah! Mas se Justino fizesse qualquer coisa a ela, se tocasse em um fio que fosse de seu cabelo... Estaria morto antes que pudesse chamar Hermione ou qualquer outra garota para sair novamente. Que estivesse certo disso.

-Você está linda – disse assim que ela se aproximou.

Sorrindo, ela deu uma volta em si mesma. – Você acha? – estavam no salão comunal, cercados de primeiranistas.

-Certamente Srta. Granger – falou fazendo uma pequena reverência.

-Você me acompanha? Até Hogsmead?

Harry franziu a testa. – Você não vai encontrar Justino no saguão?

-Sim. Mas eu pensei que fosse a Hogsmead – ela retrucou sem entender.

-E eu vou.

-Então?

-Desculpe, Mione – ele riu. – Mas eu não posso. Vou contigo até próximo a escada mais próxima à entrada. Mas não vou acompanhá-los a Hogsmead. Não, eu não quero segurar vela alguma... – continuou fingindo um ar maroto.

Hermione virou os olhos. – Não seja tolo.

-Imagine... Também ia pegar muito mal – falou como se estivesse ponderando. – Você levando seu ex para um encontro com outro? É, acho que não seria nada legal – disse pondo uma das mãos no queixo.

Hermione riu. – Tem razão - tomando seu braço, ela disse. – Vamos então, Potter.

Eles saíram do retrato da mulher gorda, seguindo em uma conversa animada para as escadas. E até continuariam assim se Harry acidentalmente não tropeçasse num dos inúmeros degraus da deserta escada do segundo andar e tivesse que se segurar em Hermione, que se desequilibrara com a surpresa de ter uma quantidade maior de peso em cima de si...

Então, agora, Harry estava prendendo Hermione entre o corrimão da escada e seu corpo, segurando sua cintura firmemente enquanto a puxava para si, com medo que esta – Hermione – pudesse cair.
O que não deixava Hermione numa posição agradável. Já que, aterrorizada, se aproximava mais de Harry, mas ainda assim, segurava com firmeza o corrimão atrás de si.

-Você está bem? – ele perguntou procurando o olhar dela. – Merlim... Por um minuto tive medo que caísse - suspirou, murmurando ainda fitando-a.

-Estou bem – disse tão incerta que fez Harry erguer a sobrancelha. – O que? Digamos que-

Ela parou de falar quando a escada passou a se movimentar, e na ponta dos pés, suas mãos enlaçaram o pescoço de Harry. O moreno, imediatamente, largou a cintura dela e passou a segurar o corrimão atrás da garota, com o movimento se inclinou um pouco sobre ela. Estranho, enquanto a escada se movimentava não percebera que seus lábios estavam juntos... Talvez porque o tempo parara naquele momento ou talvez a escada ainda estivesse em movimento.

Harry nunca iria esquecer os olhos dela fitando os seus. O pavor momentâneo de Hermione dando espaço a algo que ele não pôde acreditar. Não nela...
Ele não quis compreender. Apenas fez o que tinha vontade, tomando aquela boca como se já fosse sua.
Aquilo poderia até ter começado de uma brincadeira que dera errado, mas ele não iria se importar, não agora... Porque estava a sentindo como nunca fizera antes.
Enquanto ele passeava lentamente com suas mãos pelos ombros e braços nus dela, a sentia arrepiar-se. Era a sensação mais maravilhosa que poderia experimentar.
Hermione suspirou, a boca dele na sua a deixava completamente fora de estação, órbita, ou seja lá onde quer que estive... Ela perdia o chão. De repente suas mãos não estavam mais enlaçando o pescoço de Harry, estavam revoltando ainda mais o cabelo do rapaz. Ele não parecia se importar enquanto explorava sua boca e a tocava como Rony nunca fizera...

-Desculpe-me... – Harry disse. Eles nem souberam quando a escada voltou ao lugar certo.

Comprimindo os lábios, Hermione suspirou pesadamente. – Ok – respondeu lhe oferecendo um sorriso. – Isso já aconteceu antes não é? – indaga dando de ombros. – Até mais, Harry – falou lhe dando um beijo rápido nos lábios e logo depois desceu as escadas com uma rapidez surpreendente aos olhos de Harry.

-Mione! – ele chamou alto. A garota estacou onde estava e virou-se para ele. – Bom... Boa Sorte. Com... o Justino – Hermione assentiu com um sorriso e voltou a correr escada a baixo.

O rapaz fechou os olhos assim que a amiga desaparecera de vista. “Idiota! Você é um idiota de marca maior!” pensou balançando a cabeça. “Eu nunca vou perdoar você por isso, Potter” ele suspirou resignado voltando a andar. “Por que você simplesmente a deixou ir? Ela não deveria! Talvez nem quisesse... Seu estúpido. Idiota!”
**

Enquanto ouvia Justino falar de algo como: “Você está linda”. A voz de Harry ecoou em sua cabeça:
“Estou dizendo que nada ocorre “acidentalmente”. Ou melhor, que um beijo não ocorre acidentalmente! Ou você quer, ou não. No caso, certamente, Justino planejou! Ele queria beijá-la e armou para que parecesse um acidente. Um ótimo acidente, devo acrescentar”

Ela sorriu tão radiante que fez Justino a acompanhar.
Mas não se engane. Ela não estava feliz pelo comentário do rapaz – como deve saber. – De fato nem ouvira muito bem o que este lhe dissera. Além do que, não poderia se importar. Alguém já havia lhe dito isso: que estava linda. E não tinha porque duvidar desse alguém.

Com isso, eles seguiram para Hogsmead.
***

Ah! Deus. Não conseguira se concentrar em nada que Justino dissera...
“Bendito Potter” pensou com um sorriso.
Nesse momento estava no salão comunal, já era bem tarde, mas não sentia sono, mesmo sentindo-se exausta. Tivera novamente aquele pesadelo, na verdade. E enquanto deixava-se esquecê-lo, voltava a sua tarde.

Deitada em uma das poltronas maiores, lembrava de Justino com um certo desconforto. O dia até poderia ter sido agradável, ela não conseguia se lembrar de uma conversa que tivera, ou o que é pior, se tivera... Estava no mundo da lua, pra ser sincera consigo mesma. E se estive saindo com um trasgo ou com Justino não lhe faria grande diferença...

“Pobre Justino” pensou. E realmente sentia pena, mesmo depois de uma tentativa frustrada sua de beijá-la na despedida.
Ela não poderia beijá-lo... Certo, ela não queria. Não depois de ser beijada por Harry e mesmo que não o tivesse sido. Não queria mesmo.

Para sua surpresa, o retrato da mulher gorda se abriu e ela observou, de olhos semi-cerrados, quem entrava. Era Harry, de certo fizera a ronda.
A garota fechou os olhos por completo assim que o moreno ficou mais próximo. Talvez Harry nem a tivesse visto. Estava enganada.

-Hey. Mione – ele chamou em tom baixo. – É melhor você ir para seu quarto – continuou tocando levemente em seu ombro. – Mione.

Harry se empertigou. A amiga não poderia dormir ali...
A chamou mais uma vez, sem sucesso. Ponderou por um momento e se agachou novamente.

-Bom. Srta. Granger você deve estar bastante cansada – disse baixinho em seu ouvido. – Mas não posso deixá-la aqui... – completou assim que a pôs no colo. Surpresa, a morena suspirou pesadamente, encostando seu rosto no peito do rapaz. – Deixe-me levá-la até seu quarto? – indagou olhando a escada a sua frente um tanto quanto nervoso. Só falta caírem ambos dali... – Você deixa, Mione?

Ela se mexeu e resmungou algo, que ele quis entender – e desejou profundamente que fosse - como um “ahrã”. Harry subiu as escadas pé-antepé e, por sorte – pensou ele -, nada aconteceu.
Com certa dificuldade abriu a porta, que “graças a Merlim” não estava trancada. O rapaz pôs a amiga na cama e a cobriu.

-Durma bem – murmurou antes de lhe dar um beijo leve no topo da cabeça e fechar o cortinado.

De repente ele se viu parado de fronte ao cortinado da cama da amiga. E por um segundo ele quis acordá-la, indagar como fora seu encontro, saber o que fizera o dia inteiro ao lado de Justino e se...

Harry suspirou. Estava morrendo de ciúmes.
Havia tantas garotas... Por que apenas Hermione o fazia agir sem pensar duas vezes? O que lhe deu para armar aquilo da escada? Ele se viu querendo que tudo se explodisse e que conseguisse contar a verdade para ela.

Ele só não o fazia por saber que não seria justo com Hermione. Não queria que ela se sentisse culpada por algo que existia há muito tempo. Não queria correr o risco de perder sua amizade. Não conseguiria se afastar dela.

Balançando a cabeça, ele se retirou do lugar com ar cansado.
**
(continua)
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Um capítulo grande para os patrões de Uti Possidetis...
Espero que curtam. Desculpem-me os erros.
Comentem, votem, reclamem, opinem... Por favor^^

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