No Antro



Bom, só pra avisar: esse capítulo não tem nada demais. Ele, pelo menos para mim, ‘tá uma droga...
Eu não dei ênfase à festa do Slughorn. Nem falar dela direito eu falei... Mas espero que curtam o capítulo.


Capítulo 17 – No Antro

Eles saíram do salão comunal com Gina, ao encontro da sala do professor de poções.

-Parece que não estão muito animados com a ida até lá.

-Ele quase nos obrigou a comparecer – Harry disse impaciente.

-Não é de todo ruim.

-Espero mesmo que não. Quanto mais cedo chegarmos, mas cedo podemos ir embora - eles estavam a uns dez metros do lugar e Harry ainda pensava seriamente em fugir dali.

-Até parece que não conhece Slughorn... – Gina riu.

Quando eles entravam, foram recebidos com festa pelo professor. – Estava pensando que não vinham... – havia alguns alunos lá, “o nosso grupo seleto”, o rapaz pensou irônico.

Harry se afastou um pouco, indo até a mesinha de bebidas, Slughorn o seguiu. Hermione ia fazer o mesmo percurso quando Gina a impediu.

-Posso falar um minuto com você? – a morena deu de ombros. – Queria pedir desculpas, por tê-la acusado. Eu sinto muito Hermione, não foi minha intenção julgá-la, é que eu fiquei possessa só de imaginar Harry magoado... Eu o prezo muito, - Hermione ergueu a sobrancelha. – Mesmo você achando o contrário.

-Eu não disse nada, Gina.

-E precisa? – disse abaixando a cabeça. - Toda vez que me olha, sinto um ar de reprovação estendido para mim.

-Acho que está enlouquecendo. Eu não tenho nenhum olhar de reprovação guardado exatamente para você – disse franzindo a testa.

A ruiva sorriu amargamente. – Tudo bem, Hermione. Eu só queria que soubesse que eu sinto muito – dizendo isso ela se afastou.

-Onde está a Gina – Harry perguntou.

-Conseguiu ludibriar Slughorn? – indagou ignorando sua pergunta.

-É o que parece – retrucou lhe oferecendo um copo. - Por hora, basta – ele olhou a sua volta. – Escute. Sobre ontem...

-Não acho que aqui seja um bom lugar para conversar sobre isso, Harry – ela murmurou.

Ele suspirou. – Você está certa. Mas, ainda assim, me desculpe está bem? Não tinha o direito de ser grosseiro com você.

-Você foi grosseiro? Nem percebi – ele sorriu.

-Você é um doce – disse se aproximando para beijar seu rosto. Hermione virou seu rosto para encará-lo, foi o suficiente para seus lábios se encontrarem. Logo, no entanto, eles se afastaram, ruborizados. – Eu sei que isso não significa que mudou de idéia – ele continuou a observando. – Mas, nós podemos resolver isso depois, como você mesma disse, aqui não é o lugar mais apropriado.
**

A terça-feira havia chegado. Na verdade, ela já estava terminando e Harry e Hermione ainda não havia resolvido nada, eles nem tocaram no assunto. A morena estava no salão comunal, repassava a matéria de DCAT, o que menos precisava era de mais assunto para repassar junto a Harry.

Levantou a cabeça a tempo de ver Gina entrar pelo retrato da mulher Gorda. A maioria do time da grifinória havia chegado do treino há meia hora – Rony fora o primeiro a aparecer, mas parecia alheio demais a tudo. O que significava que a garota não conseguiria fazer pergunta alguma sem que a resposta fosse: “o que?” – E, ainda assim, cada vez que a passagem era aberta, ela não encontrava aquele cabelo completamente revoltado e negro.

Hermione a examinou uns segundos, parecia exausta. – Como foi o treino? - indagou assim que a ruiva estava em uma distancia razoável.

-Cansativo – disse fazendo uma careta. – Rony estava péssimo... Eu não sei, parecia estar em outro planeta hoje – murmurou lançando um olhar duro ao irmão. Este parecia estar mais preocupado em abraçar Lilá.

-Não se preocupe. No jogo, ele estará bem.

-É bom mesmo! – reclamou. - Eu vou para o dormitório... – falou coçando os olhos. – Preciso esquecer o fiasco do Rony.

-Gina... – Hermione a chamou. - Onde está o Harry?

-Ah. Bom. Ele ficou, estava muito irritado com Rony, você tinha de ver. Preferiu ficar mais um tempo lá, voando – ela franziu a testa. – Isso faz mais de meia hora. Eu pensei que já havia chegado... – disse subindo as escadas.

-Mas você não estava com ele?

-Não. Não... – respondeu balançando a cabeça. – Estive tentando me acalmar um pouco. Se eu visse Ronald Weasley na minha frente... Não responderia por mim. Ele fez o time inteiro levar um belo dum esporro do Harry. Ainda to com dor de cabeça – disse num suspiro irritado, procurando mais uma vez Rony no lugar. – Ele deve ta por aqui daqui a pouco, Mione. Vai ver ficou para treinar mais um pouco.

-Mas está anoitecendo. Não creio que seja muito eficiente procurar aquela bolinha minúscula no escuro.

Gina bocejou dando de ombros. – Talvez ele quisesse relaxar, o Rony foi realmente um terror hoje... Boa Noite M-mione – disse em mais um bocejo.

-Você não vai comer nada?

Ela sorriu. – Dei uma passada na cozinha antes de vir para cá. Agora eu só quero duas coisas: Banho e cama – falou finalmente sumindo de vista.

Hermione voltou a sua leitura, ficou ali por cerca de cinco minutos. Depois o fechou e saiu do lugar.
**

-Eu sinto muito, Harry...

O rapaz encarou a menina a suas costas. – Parvati? O que você está fazendo aqui? – indagou confuso. – Pensei que esse era seu horário de adivinhação – disse pegando a caixa onde guardava o material do time.

A menina corou. – Bom, eu matei a aula – disse dando um pequeno sorriso. – Você está legal?

Harry ergueu a sobrancelha enquanto se dirigia ao vestiário, seguido por ela. – Certamente. Mas por que a pergunta? Eu nem recebi um balaço desta vez.

-Você estava bravo hoje no treino.

-Você viu o treino? – perguntou suspirando.

-Não poderia perder – contrapôs gentil. – Mas você está legal?

-Acho que sim – ele lhe ofereceu um sorriso. – Eu meio que “explodi”, perdi a paciência – disse finalmente parando para olhá-la.

Ela corou quando o rapaz a olhou nos olhos. – Isso acontece. Afinal, o garoto-que-sobreviveu também é humano, não é?

-Sim eu sou – respondeu num sorriso de gracejo.

-Mas o que houve? Digo, para que ficasse tão alterado...

-Um péssimo treino - retrucou voltando a andar, entrando no vestiário. – Um mau dia. Uma semana péssima.

-Você precisa relaxar mais.

-É o que eu sempre tento fazer. Só é um tanto difícil quando se é capitão de um time e monitor-chefe, tento que conciliar essas obrigações com o estudo – retrucou rindo-se.

-Eu não havia pensando nisso, me desculpe.

-Que nada. Tenho certeza que quer apenas ajudar.

Ela afirmou com a cabeça. – S-soube que você e a Herm brigaram – disse fazendo grande esforço para demonstrar pesar.

-É?

-Aham. Sinto muito – disse bem atrás dele. - Espero que não seja nada demais - o rapaz acabava de por a caixa no chão.

-Ah – franziu a testa. – Obrigado pela preocupação.

-Para isso que os amigos servem – ela disse dando uma piscadela. Harry riu. – Mas está tudo bem não é? – perguntou tocando seu ombro. Certamente com um tanto de nojo. - Quero dizer, entre você e a Herm?

-Nós es-

-Harry, você está aqui...? – Hermione acabara de entrar no local. Primeiro ela franziu a testa, depois ergueu a sobrancelha e cruzou os braços. – Espero não estar atrapalhando.

Parvati tirou rapidamente a mão de cima de Harry. – Hermione? O que está fazendo aqui?

A morena a olhou sarcasticamente, mas quando respondeu, sua voz estava calma, firme e completamente natural. – Meu namorado me chamou aqui – Hermione não se lembrava de já ter usado esse “adjetivo” para Harry. “Namorado”. – E você Parvati, o que faz aqui? – indagou como se a outra pudesse lhe dar uma ótima explicação para estar no lugar e hora errados, com a pessoa errada, principalmente.

-Estava conversando com Harry. Falando sobre o treino de hoje e sobre você.

-Fico lisonjeada – dessa vez, a morena não escondeu o sarcasmo. Hermione olhou para o amigo, se dirigindo a ele. – Você está exausto, não é? – indagou tocando seu rosto, afastando o cabelo de sua testa suada. Parvati fez uma careta.

-Nada que um bom banho não possa resolver.

-Eu soube sobre o Rony.

-Ele foi desprezível – o rapaz murmurou olhando-a de lado. – Se continuar assim, serei obrigado a retirá-lo do time.

-Não acho que será necessário. Ele apenas precisou um pouco mais de Lilá.

Ele riu. – Obrigado por estar aqui, sei o quanto odeia quadribol.

-Ah. Eu só não queria um Potter soltando fogo pelas narinas – retrucou irônica. – E eu nem fiz tanto... Creio que Parvati tenha sido muito mais útil.

-Ora, o que é isso Herm – a outra disse. – Você ainda é namorada aqui. É claro que sempre faz bem, sempre é útil.

Hermione não gostou da atitude de Parvati, especialmente como pronunciara “ainda é”. – Tem razão Partavi, ainda sou. E acho que mereço mais crédito que qualquer outra – retrucou virando-se novamente para Harry. – Você não acha? – mesmo olhando nos olhos verdes, ela falava com a outra garota.

-Com toda certeza – grunhiu.

Hermione sorriu ainda olhando o amigo. Ela tinha uma desculpa muito boa, tinha sim. – É. Acho que vou cobrar meu crédito agora – comentou displicente.

-E o que você deseja Srta. Granger? - ela mordeu o lábio inferior, seus olhos decaindo para a boca dele.

-Eu desejo – murmurou. – Desejo... Seus lábios. É válido? – indagou levantando os olhos.

-Creio que sim.

Ela sentiu, por um minuto, uma vontade insana de azarar Parvati até sua milésima geração. E era por isso que agora estava entre a cruz e a espada. Não deveria ter ido tão longe, mas já que fora...
A morena postou sua mão na nuca de Harry, trazendo-o para si. Seus lábios se encontraram segundos depois de uma pequena brincadeira entre ambos, onde apenas instigavam-se.
Parvati ficou ali, sem saber direito onde por a vista. Talvez ela devesse sair, mas de algum modo, estava presa àquele chão.

–Certo – Hermione disse depois de tomar fôlego. - Nossa briga termina aqui, se você não se importa, senhor Potter.

-Eu não me importo... se você não se importar com meu suor.

-Então vem aqui – disse antes de beijá-lo mais uma vez. Parvati achou que fosse uma boa hora para ir.
**

Depois daquele encontro no vestiário, Parvati pouco se aproximava de Harry quanto este estava em companhia de Hermione. O que de certa forma era um bom para Harry, já que muitos acreditavam que Partavi não se aproximava por causa de ciúmes da parte de Mione. E fora isso, o mês correu sem mais problemas.

A partida contra a Corvinal havia acabado há minutos com um espetacular mergulho de Harry. Rony fora bem na partida, o que foi um alívio para a grifinória.
Nesse instante o time era carregado para o castelo, sobre os ombros dos colegas de casa que urravam em felicidade.
Entretanto, um dos jogados não estava naquela festa, ele escapara. O que não era tão surpreendente, já que todos os grifinórios – ou quase - estavam mais que interessados em comemorar a grande vitória. Vitória esta, que lhes aproximava ainda mais da taça das casas.

Ele entrou no vestiário enquanto o tumulto entrava no castelo.

-Meus parabéns – disse a jovem. – Fez um bom treinamento com seus jogadores.

-Obrigado – falou num sorriso pequeno. Eles se calaram por um instante, se observando.

-Então está acabado – ela ouviu-se dizer. Aquilo era tão estranho...

O mês havia passado bem depressa para a concepção de Hermione. E a encenação finalmente chegara ao fim. Talvez Gina não o tivesse esquecido completamente... Bom, paciência.
A questão é que Hermione já não precisava mais de aulas extras e Harry já estava achando que aquele plano estava indo longe demais. Ele não queria chegar na parte de perder a amizade dela por causa de uma atitude que ele deveria ter coragem de tomar: dizer a Gina que não a amava mais.
Além do que, ele sabia que se Hermione pudesse mudar de idéia, em relação ao amor, ela teria que “prová-lo”. E, estando com ele, certamente não conseguiria encontrá-lo, porque, antes de tudo, eles eram melhores amigos e ponto.
Porque também, para ela, o amor que Harry lhe demonstrava, querendo ou não, era apenas de fachada. Não que não acreditasse em sua amizade. Mas para ela, o amor que o rapaz lhe nutria era um modo distinto, como de todo bom amigo: era platônico. Estranho, não aceitava o amor, porém, ela nunca repudiou a amizade, que não deixa de ser um tipo de amor...

-Acabado – ele repetiu com um sorriso, lhe estendendo a mão.

-Certo – ela apertou a dele. - Eu só queria uma coisa – ela riu nervosamente. – Pra guardar de recordação.

-Diga – ele falou, ainda apertando sua mão.

-Isso – ela deu um passo a frente, sorriu ligeiramente pela surpresa dele e lhe deu um leve beijo em seus lábios. Rapidamente se afastando.

-Já que você pediu... – ele murmurou e então a puxou pela mão que ainda segurava, a outra mão dele ao encontra da cintura dela, apertando-a contra si. Hermione ofegou antes que pudesse pensar – Acho que não vai se importar de eu também tiver um pedido... – e a beijou.
**
(continua)
**
Nhá! Eu sei... Não me azarem!!! Rsrsrsrs.
Obrigado, obrigado, obrigado¹²³ pelos comentários! Fico feliz que tenham gostado!
Quero mais comentários, viu?
E, não sei se você percebeu, o nome do capítulo ficou voando pelo próprio capítulo... () Deixa quieto. Desculpe os erros, eu não corrigi, pra variar.
Beijo!
P.s: Uma coisinha antes de ir: Não esperem um encontro romântico entre esses dois daí de cima não, para não se decepcionarem, ta? Só isso^^
Tchau.

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