Ódio e desespero...



Galerinha... desculpem-me... o capitulo ficou meio grandinho... hehe... é meio chato... mas tem uma pista importante... espero que gostem...


Hermione ficou ali, encolhida, chorando por horas quando sentiu novamente, os passos de alguém de aproximar.
Ela se sentou, enxugando as lágrimas, quando alguém segurou uma de suas mãos. Com habilidade, Harry pronunciou um feitiço que curou instantaneamente as feridas em seu pulso, massageando-os com delicadeza.
- Está melhor? – perguntou ele, parecendo mais calmo.
Hermione não respondeu, apenas afastou suas mãos das deles.
- Pois bem! Eu vou sair um minuto! – disse ele, sem se importar muito. - Mas voltarei logo. Não adianta forçar seus pulsos, Hermione. Eu amaldiçoei essas algemas, quanto mais tentar tirá-las, mas estreitas ficarão. Não quero que se machuque, então não tente nada estúpido.
Harry levantou-se e começou a se afastar, quando escutou a voz de Mione:
- Harry, espere! – implorou ela. – Por favor, me liberte! Eu estou cansada...
- Sua gente não teve piedade com os Weasleys... por que teria com você?
Hermione ficou em silencio por alguns segundos. Parecia sinceramente triste quando, enfim, perguntou:
- Como estão... Rony e Gina... os gêmeos...?
- No que isto pode te importar...? – perguntou Harry, cruelmente.
- Por favor!
- Foi horrível dizer a eles que os Weasleys estavam loucos. – Harry desabafou, num tom distante e frio - Gina chorou, Rony estava calado e abatido, mas são os gêmeos que me preocupam. Eu juro que nunca os vi tão pálidos em minha vida. Acho que vão cometer uma loucura... Carlinhos e Gui estão tentando manter as pontas. Fleur está vindo da França para ajudar também.
- Eu sinto muito! – disse ela, aparentando sinceramente.
- Sei! – disse Harry, ceticamente e abandonou Hermione depois.

Quando adentrou Hogwarts, Harry percebeu que a catástrofe já era notícia, já que todos os estudantes pareciam apavorados, ainda mais quando o viram.
Harry não ligou e foi diretamente para a ala hospitalar.
Macgonagal estava do lado da cama de Dumbledore enquanto o bom velhinho parecia dormir tranqüilamente.
- Professora Minerva! – disse Harry, chamando a atenção de Macgonagal que, quando se virou, deixou os olhos vermelhos à mostra.
- Ah... Harry! Entre... Alvo gostaria de vê-lo... tenho certeza... ah... meu querido Alvo... – disse a professora segurando firmemente a mão de Dumbledore.
- Como ele está? – perguntou Harry, preocupado. – Não seria melhor que ele fosse para St. Mungus?
- Oh, não! Alvo desejava passar seus últimos momentos aqui em Hogwarts.
- “Seus últimos momentos”? – repetiu Harry com tristeza, constatando o pior. – Quer dizer que... ?
MacGonagal balançou a cabeça negativamente. Não havia mais esperanças para Dumbledore. E o pior é que ele havia descoberto algo... uma coisa importante para dizer-lhe...
- Eu fiz tudo errado! – disse Harry, de repente, sentindo o pesar cair sobre seus ombros. - Eu acreditei em Hermione e por isso, todas as pessoas que amo estão sofrendo.
- Não se culpe, Harry. Todos nós confiávamos em Hermione. Lutamos com você para ajudá-la. É Hermione quem tem culpa. Se eu colocasse minhas mão nela... eu a mataria... com certeza... mas dizem que ela fugiu. Menina ingrata! Eu sempre gostei dela... minha melhor aluna... tão parecida comigo... – A professora parecia estar absorta. – Engraçado... Mione é tão parecida comigo, como Alvo é parecido com você, Harry... parece a mesma história se repetindo...
A professora baixou a cabeça na cama de Dumbledore e começou a chorar copiosamente. Curioso, Harry, deu umas batidinhas nas costas da velha professora tentando consolá-la, embora fosse desajeitado.
- Como assim, professora MacGonagal.... “a mesma história se repetindo”... ?
- V-voldemort foi o pior bruxo das trevas, mas não foi o único, Harry. Há muito tempo atrás, antes mesmo de Tom nascer, um grande bruxo, amigo de Alvo, rebelou-se contra o Ministério. Dumbledore teve de matá-lo. Eu era apaixonada por Dumbledore que era muito mais velho do que eu. Alvo nunca me deu bola, dizendo que a missão de sua vida era defender a humanidade até que nascesse alguém para substituí-lo neste fardo. Eu o odiei por muito tempo, Harry, mas depois, percebi que minha missão era ficar ao lado dele, ser uma professora ao lado do homem que sempre amei esses anos todos... mas não foi fácil, Harry. Às vezes, sacrificamos muita coisa pelo bem de quem amamos.
Harry abaixou os olhos, prestando atenção nos cadarços soltos de seu tênis. Era estranho pensar em Dumbledore e Macgonagal como um casal apaixonado um pelo outro, mas agora algumas coisas faziam sentido, como a quase-adoração de Minerva por Dumbledore. A semelhança era mesmo grande entre eles e Harry e Hermione. Enquanto ele era aventureiro e ousado, experimentando a vida, Hermione era meticulosa e rígida...
- O que vou fazer sem ele, Harry? – disse a professora, tirando os óculos redondos para enxugar as lágrimas.

Harry precisava de Dumbledore mais do que nunca naquele momento. Gostaria de poder contar com MacGonagal, mas achava que ela estava bastante abalada para que ele pudesse confiar nela. Claro, Minerva ERA de confiança, mas estava ficando velha e estava fraca, não seria justo com ela, principalmente, depois do que acontecera com o diretor.
Harry virou as costas, decidido, deixando sutil e silenciosamente a ala hospitalar com a professora de Transfiguração chorando sobre o professor Dumbledore.
Sem restar mais ninguém a quem recorrer, Harry procurou por Snape muito relutantemente.
O professor estava em sua sala, muito sério e preocupado, usando faixas brancas enrolada pela cabeça e tampando a órbita ferida do olho arrancado enquanto escrevia cartas a algum destino desconhecido.
- O que quer, Potter? – perguntou rispidamente, sem tirar os olhos do pergaminho. – Já tenho problemas demais.
- Com Dumbledore mal e Krum morto, não há mais ninguém a quem recorrer. – disse Harry, mal-humorado – Já está na hora de deixarmos as nossas diferenças de lado para podermos trabalhar juntos.
- Está bem! O que quer? – repetiu o professor, levantando os olhos para ele, mas demonstrando pouca disposição para ajudá-lo.
- O que vai acontecer com Hogwarts? – perguntou Harry, preocupado.
- Os alunos estão indo para casa. A professora Minerva liberou todos! Em poucas semanas restarão apenas os professores e os membros do ministério. Você sabe o que vai acontecer então, não é, Potter?
- Um novo ataque... – sentenciou Harry, enquanto os pêlos de seu braço ficavam em pé.
- Vão matar a todos nós! – confirmou o professor calmamente, enquanto enrolava um pergaminho. – O terror vai voltar, Potter, nas mãos da herdeira de Lord Voldemort. E você sabe quem era o homem de negro em Dante Village, não?
- Voldemort! – falou Harry, automaticamente.
- Voldemort? – repetiu o professor Snape, incrédulo – Claro que não! Voldemort está morto! Malfoy! Era Malfoy o tempo todo!
- O que? Quer dizer que...
- Como pôde ser tão idiota, Potter! Achei que convencera os Weasley a adotar Draco porque queria ficar de olho nele.
- Não pode ser Draco! Simplesmente não pode! Era Voldemort!
- O lord das Trevas está morto! E Draco não está fazendo isso por mal. – replicou o professor - Hermione o está controlando! O que precisamos é matar Hermione e tudo ficará bem.
Harry ficou paralizado. Achou que o professor estava equivocado. Era Voldemort. O homem de negro era Voldemort que voltara da morte de alguma maneira e que controlava Hermione. Hermione não podia ser o cérebro de tudo, simplesmente não podia!
- Professor. O corpo de Voldemort nunca foi encontrado! Hermione fugiu no ano passado, logo após a grande explosão. Em minha opinião, eu acho que Voldemort não morreu e tirou Hermione de Hogwarts antes que eu acordasse e o liquidasse de uma vez. Também tenho uma teoria sobre a profecia: “A filha do Lord das Trevas ressuscitará o exercito do mal...” . Acho que é uma metáfora, que quer dizer que ao passar para o mundo do mal, Hermione dará força e ânimo aos comensais que se erguerão como um grande exército. Não vê, professor, como tudo se encaixa?
- Está obcecado com a idéia de Voldemort ser o autor disso tudo, não é? – disse o professor irritado. – Voldemort foi o maior bruxo das trevas, mas não foi o único... nem será...
- MacGonagal disse isso! – disse Harry, interrompendo Snape. Era muito gozado que escutasse a mesma frase duas vezes no dia por duas pessoas diferentes.
- Como?
- A professora Minerva me disse isso: ela disse que ela e Dumbledore enfrentaram um grande bruxo do mal há muito tempo atrás, antes mesmo de Voldemort nascer...
- Bem, deve ser verdade... para você ver, Harry. Não atribua o que está acontecendo a Voldemort. Voldemort está morto, mas Hermione está viva e é ela que precisamos liquidar agora... e... eu acho que você sabe onde ela está! – insinuou o professor.
- Não... não sei! – mentiu Harry, esperando ser o mais convincente possível.
- Em Dante Village, você disse para mim que Hermione não faria nada por hora... que quer dizer que...
- Que quer dizer que eu a conheço muito bem e consigo prever seus passos. – mentiu ele novamente, agradecendo por pensar rapidamente. – Hermione fugiu. Quando eu acordei eu fui atrás dela, mas a perdi...
Snape se aproximou com um estranho brilho no olhar. Harry sabia o que ele poderia fazer em seguida.
- Não me legitime! – gritou Harry, evitando a ação do professor. – Já estou com dor de cabeça. Não sei onde está Hermione! Estou falando a verdade, mas pode ter certeza de que quando a encontrar eu vou matá-la pessoalmente. Não a perdoarei depois do que aconteceu a Dumbledore e aos Weasleys!
- Espero que sim! – respondeu o professor, parecendo estar finalmente convencido. – Bem... o departamento de aurores está liderando o ministério por hora, mas o conselho ministerial se reuniu e votaram em você para suceder Krum.
- Eu? Ah, não! Não mesmo! Sou muito jovem para isso e já tenho muitas coisas para me preocupar. Coisas IMPORTANTES! Além disso, eu não quero nada com o Ministério. Na minha opinião, eles vêm atrapalhando desde o início.
- Ótimo! Então não se aborrecerá se eu o assumir, não é?
- Você! Quero dizer... o senhor? – Harry perguntou, incrédulo. Já não se dava bem com Snape enquanto ele era professor o que diria quando ele fosse ministro?
- O conselho está apavorado. Querem pessoas fortes no comando. O Ministério votou em mim, em segundo lugar, caso você não aceitasse... ou morresse. – continuou Snape, naturalmente – Não que desejasse sua morte, Potter, mas achei que tivesse ido atrás da Srta. Granger e dos comensais, o que é muito perigoso. Aliás, porque demorou tanto para vir para Hogwarts. Seu amigo disse que você partiu cedo do largo Grimmauld. Rony já chegou faz alguns minutos, bem antes de você.
- Porque... eu fui mesmo atrás de Hermione e dos comensais! – mentiu ele, novamente, rezando para que Snape não lhe legitimasse. –E é o que continuarei fazendo!
- Tem alguma pista? – Snape perguntou, inquiridor.
- Algumas, mas quero caçá-la sozinho, por enquanto. Não quero que tentem me impedir... nem mesmo o ministério.
- Não vou! – disse Snape, já falando como se fosse o ministro. – Mas você disse para trabalharmos juntos. Acho que precisamos discutir uma estratégia de defesa. Creio que os comensais atacarão Hogwarts mais dia, menos dia.
- Sim, sim, precisamos mesmo discutir. Quantos aurores sobraram?
- Doze... no máximo! – sentenciou Snape com uma expressão de nojo em seu rosto macilento.
- DOZE? – repetiu Harry, sentindo-se como se uma bigorna caísse sobre seu estômago. – Precisamos de alianças, professor. Precisamos fazer alianças, desesperadamente ou não teremos chances.
- Potter.... que alianças faremos? Os comensais já fizeram todas as alianças possíveis. Não sobrou ninguém para trazermos para nosso lado: Lobos, duendes, minotauros, sereianos, harpias, gigantes... ei... por falar em gigante... seu amigo Hagrid já retornou do St. Mungus... Ele está bem... com dificuldade para respirar, mas está melhor do que eu... pelo menos ele não precisará usar um olho mágico pelo resto da vida... meu Deus... espero que não me chamem de Olho-Tonto Snape.
Harry resistiu à tentação de rir de Snape. Não queria pensar em castigo, mas o próprio Snape havia provocado Moody, Sirius e Lupin. Agora, a situação parecia ter se invertido.
- E os centauros, senhor? E as acromântulas? – indagou Harry, preocupado com a situação, tentando pensar numa solução. - Há vários deles na floresta proibida... se eles usam o espaço de Hogwarts talvez concordem em defendê-la.
- Bem... Potter... se quiser entrar pessoalmente na floresta proibida para falar com Centauros brigões e Aranhas Gigantes carnívoras... fique a vontade...


Harry saiu da sala de Snape mais abatido do que quando entrou. Com Snape no Ministério os aurores não descansariam enquanto não vissem Hermione morta. Ele podia mantê-la, por algum tempo, mas logo as pessoas desconfiariam. E não poderia deixá-la ir, pois sabia que ela retornaria aos comensais e a quem a controlava, pois Harry não havia se convencido de que Hermione era a cabeça.
Enquanto perambulava pelos corredores de Hogwarts, Harry topou com Dobby, o elfo domestico.
- Dobby! – disse Harry, alegre em vê-lo.
- Os Weezzles chegaram há algum tempo, senhor – falou o elfo na sua vozinha esganiçada. – Estão todos na sala comunal da Grifinória, senhor!
- Você quer dizer os Weasleys? – Harry perguntou, achando que o elfo estava mais agitado do que de costume.
- Sim, Senhor... mas não é disso que Dobby quer falar, senhor... – assentiu o elfo. – Dobby sabe onde tem mantido menina Granger! Harry Potter tem que acreditar na menina Granger. Ela é boa com os elfos... quer nos libertar... a todos...
Harry se abaixou, olhando apavorado para os lados, esperando que ninguém tivesse escutado o elfo e repousou a mão sobre o ombro da pequena criaturinha, a qual Hermione gostava e defendia tanto!
- Dobby! Não pode falar a ninguém sobre Hermione, está bem! Se você gosta dela, vai ficar quieto, ou outras pessoas vão machucá-la.
- Não, Harry Potter! Dobby gosta de menina Granger. Dobby vai ficar quieto. Mas o senhor precisa escutar Dobby. Dobby sabe que menina Granger é boa! Dobby sabe que menina Granger ama Harry Potter.
- Dobby! – disse Harry, emocionado – Eu realmente agradeço, mas muitas coisas estão acontecendo. Eu vou tentar proteger Hermione de todas as maneiras, mas se o pior acontecer... eu terei...- uma embrulho no estômago atacou-o, de repente, enquanto sentia-se mais triste do que jamais estivera antes. – ...eu terei de matá-la!
- Não! Harry Potter não pode matar Menina Granger... ou ... ou tudo vai acabar... Harry Potter tem que escutar Dobby.
- Eu preciso ir agora, Dobby!
Harry deixou o elfo irrequieto no corredor do sétimo andar e foi direto para a torre da Grifinória.
- Harry! Oh, meu Deus, Harry! – Gina veio correndo para se jogar em seus braços. Rony e os gêmeos estavam muito próximos a ele. Harry nunca viu Fred e Jorge tão sérios em sua vida.
- Já a pegaram? – Jorge perguntou, num tom grave.
- Como?
- Já pegaram aquela traidora.... Granger? – desta vez foi Fred quem perguntava. – Eu a mataria pessoalmente se tivesse a oportunidade, nem que eu passasse os meus últimos dias em Azkaban.
Rony pareceu ainda mais pálido depois disso.
- O que você acha, Rony? – perguntou Harry, ansioso.
- Sinceramente... se Hermione morresse agora, eu não ficaria triste...


Harry saiu totalmente abalado da sala comunal, descendo a torre da Grifinória sem saber que rumo tomar. Não poderia julgar os Weasleys. Era de seus pais de que estavam falando em primeiro lugar. Era normal querer vingança. Ele mesmo quis sempre vingar seus pais. Os Weasleys estavam certos. Mas o que Harry poderia fazer? Revelar onde Hermione estava para ser entregue ao ministério. Com tudo o que acontecera, seria um milagre ela chegar viva em Azkaban. A situação era muito pior que a do ano passado. Ter matado “Gina/Belatriz” acidentalmente, antes mesmo de se tornar adulta era uma coisa. Agora, adulta, acusada de traição e responsável por diversas mortes... Hermione não teria chance.
O pior é que todas as pessoas ao lado de Harry estavam com raiva de Hermione. Ele mesmo estava com raiva de Hermione, mas jamais a machucaria. Ainda era difícil conceber a idéia de que Mione era a traidora.
Com tudo o que houve, Harry resolveu visitar Hagrid antes de voltar ao cárcere de Mione. Hagrid tinha o maior coração que alguém podia ter em Hogwarts, literal e metaforicamente. Ele, com sua generosidade, saberia aconselhá-lo naquela hora ingrata. Ele lhe diria que Hermione era e sempre fora uma garota boa e que haveria uma razão para tudo o que acontecia. Hermione sempre o ajudara, mesmo quando todos o esqueceram. Ela sempre ficou do lado de Hagrid, ajudando-o no momento que ele mais precisou, na época da acusação de Bicuço por Malfoy. Hagrid não ousaria caluniar Hermione...
- Hermione? – repetiu Hagrid, alguns minutos mais tarde, contrariado, enquanto servia chá numa xícara que mais parecia uma jarra. – Eu juro que socaria aquela menina mais de mil vezes se eu a encontrasse! Tudo o que aconteceu de errado é culpa dela!
- Mas Hagrid... eu... bem... eu estava muito mal... mas escutei antes de desmaiar ela dizendo para alguém com capuz preto que parasse, que deixasse-nos em paz. Acho que ela estava tentando nos defender.
- Harry! – disse o meio-gigante, colocando um de seus braços por sobre o ombro do garoto. O outro braço estava completamente enfaixado. – Sei que gostava dela, mas não se iluda! Você desmaiou, não viu o que aconteceu depois.
- E o que aconteceu depois? – perguntou Harry, curioso.
- O homem de preto, que eu penso que seja Malfoy...
- Você também acha que é Malfoy? Snape acha isso! Eu acho que é Voldemort...
- Ah, Harry, Voldemort está morto! Era o danado do Malfoy. Confesso que ele também me convenceu no ano passado, lutando contra o próprio pai para te defender.... balela... aquele traste nos enganou direitinho... como Hermione...
- Tudo bem, Hagrid... continue...
- Bem... continuando então... Malfoy disse a Hermione para matar você, mas ela disse que não poderia mata-lo, já que é muito mais forte que ela. Então Malfoy quis matá-lo, mas ela impediu dizendo que ele estava fraco demais. Parece que ele está morrendo... com aquela doença que causa hemorragia, não é?
- Não está mais! – revelou Harry, revoltado consigo mesmo. – Dumbledore e eu conseguimos entrar em contato com Nicolas Flamel, antes que ele morresse, já que não consegue mais produzir o exilir da vida. Flamel conseguiu para Malfoy e Hermione uma lasca da pedra filosofal. Aquela que foi destruída no primeiro ano... você se lembra?
- Sim... mas.. então quer dizer que...
- Sim, Hagrid. Se Malfoy e Hermione são mesmo culpados, eu tenho uma parcela da culpa, já que lhes consegui a cura para sua doença. Uma cura temporária... mas não deixa de ser uma cura... – Harry abaixou a cabeça, triste, lembrando de quando colocou a correntinha no pescoço de Mione. Segundos depois, vencido pela curiosidade, reergueu a cabeça para escutar o final do relato. – Bem... continue, Hagrid!
- Sim, sim... continuando... os dois começaram a discutir. Foi então que percebi que era o Malfoy. Eu estava tendo problemas para conseguir me livrar do Dragão, mas escutei bem o que ele disse em seguida.
- O que foi? – Perguntou Harry, indo um pouco mais à frente na cadeira para escutar.
- Malfoy disse que Hermione estava fraquejando. Que ele estava desconfiado de que ela estava se apaixonando por Harry. Hermione disse que não ligava, mas achava que a hora não havia chegado para você, Harry, que eles ainda não estavam fortes o suficiente. Foi então que ela disse: “já que está com tanta sede para matar alguém, satisfaça-se com os Weasleys...Harry é meu!”... foi o que ela disse, Harry. Harry?
Harry não estava mais escutando. Havia um monstro dentro de que falava mais alto do que Hagrid, dizendo para matar a mulher que ele amava, para fazer cessar os suspiros nos lábios que ele mais deseja beijar... para acabar com uma estória de amor que jamais começara...
Enquanto isso, sentia uma dor intensa no peito e achava que não poderia mais haver felicidade para ele... tristeza era consolo para o sentimento que ardia em sua alma naquela hora... era uma mistura de ódio e desespero... ódio pois fora totalmente enganado por Hermione... desespero... porque sabia o que teria que fazer...

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