Você, de novo....



Dois anos depois que eu tinha saído de Hogwarts Franklin não estava mais na minha vida. Ele tinha perdido totalmente a graça quando eu não podia mais me exibir com ele pra Severo.
Pra falar a verdade dois anos depois minha vida era bem diferente.
Eu tinha uma vida comum e pacata, vivendo num quarto alugado no Caldeirão Furado e fazendo um trabalho simples e burocrático no Gringotes, tudo muito diferente do luxo e glamour que minha vida sempre tinha sido. Mas isso tinha um propósito, é claro.
Foi a maneira mais fácil que eu encontrei de me dedicar ao que eu realmente queria: estudar profundamente as artes das trevas.
O trabalho no banco não exigia muito de mim e eu tinha bastante tempo pra estudar, e o Caldeirão Furado era a porta de entrada para o centro econômico e Social de toda Londres Mágica: o Beco Diagonal.
No bar eu tinha acesso a pessoas interessantes com informações interessantes e que eu queria ter pra mim. Inclusive a que eu mais desejava poderia vir de algum viajante que passasse pelo bar, e ela era o paradeiro do Lord das Trevas.
Mas eu tinha minha descrição é claro. As coisas ainda estavam muito frescas na cabeça das pessoas, Comensais ainda poderiam ser jogados em uma fogueira se encontrassem um. E eu não estava disposta a arriscar meu lindo pescoçinho, não tão cedo.
E eu nunca mais tinha visto Severo. Desde que sai de Hogwarts nunca mais tinha ouvido falarem dele também. Até que aquela manhã de verão aconteceu.
Eu tinha tomado meu banho e tinha me vestido sobriamente como sempre e peguei a pilha de papéis que eram o trabalho que eu tinha levado pra casa na noite anterior. Selei meu quarto magicamente e ia descendo as escadas para o bar quando alguém carregando uma mala passou por mim bruscamente me fazendo derrubar os papéis. Meu sangue, como sempre, ferveu de raiva.
- Que tipo de ser idiota e abissal anda por aí desse jeito?!?! – eu perguntei quase aos gritos sem olhar pra pessoa, agachada pegando os papéis. O sem educação nem me ajudou! Me levantei e o olhei. Era Severo que me observava pasmo. – Ah! Só podia ser esse idiota abissal!
Eu ia descendo as escadas de novo quando a voz dele me alcançou.
- O que você faz aqui? – ele perguntou
- Eu moro aqui. – eu falei seca – acho que a pergunta é: o que você faz aqui?
- Passar uns dias. – ele disse me olhando de cima em baixo. Parou por um tempo nos meus cabelos ainda negros – vim a negócios.
- É uma pena. Lá se vai a vizinhança....
Eu disse e sai para o Caldeirão Furado.
Mas meu coração estava aos pulos.

Passei o dia todo me sentindo estranha, não sabia o que sentir e a única coisa que me passava pela cabeça (por mais que eu negasse) é que eu queria me jogar nos braços dele e me render.

A noite alguém bateu na minha porta. Abri a portinhola que tinha nela e encontrei o rosto de Severo me fitando.
Fechei a portinhola e ignorei. Ele bateu de novo.
- Lily Potter não mora aqui. – eu disse cínica lá de dentro – tente o cemitério mais próximo...
Depois disso ele não voltou. Não naquela noite.

Mas na noite seguinte ele bateu de novo na minha porta:
- Não vou sair daqui até você abrir. – ele disse decidido.
Resisiti por minutos, depois abri.
Ele entrou e fechou a porta.
- Não pedi que você fechasse a porta. – eu falei autoritária.
- O que você faz morando aqui? – ele perguntou mais autoritário ainda
- Não é da sua conta. – eu respondi tentando parecer displicente. Mas por dentro eu tremia sob a força da minha paixão adolescente.
Eu percebi que ele olhava curioso pros livros, mapas e objetos sob minha cama: eu estivera trabalhando até pouco na tentativa de poder determinar onde o Lord das Trevas estava com base em algumas informações colhidas no bar. Corri até lá e cobri tudo com uma capa que estivera jogada por ali. Isso pareceu desviar a atenção dele e ele me observou sob minha pequena camisola de seda cinza.
Meu corpo nunca tinha sido totalmente um segredo pra ele, mas ele me olhava como se nunca tivesse me visto.
- O que você quer aqui? – eu perguntei o encarando
- Te ver. - Ele disse sério.
- Mesmo...? – eu perguntei com sarcasmo – me ver ou visitar a copia viva de Lily Potter?
- Você fica melhor calada. – ele disse fazendo que ia me beijar
Eu tirei meu rosto do alcance dele:
- Claro! – eu emendei – calada eu me pareço mais com ela não é? Ela não devia ser tão petulante quanto eu sou!
- Ela era tão petulante quanto você. – ele disse segurando meu rosto e parecendo disposto a me beijar.
- Ótimo! – eu disse chateada – o que aconteceu?! Ela reencarnou em mim?!
- Posso dizer que você tem algum charme próprio. – ele disse me segurando fortemente.
E me beijou a força apesar da minha resistência ser mínima.
Me jogou na cama e deitou sobre mim. Mas com uma das mãos ele levantava a capa que eu tinha colocado sobre minhas coisas e espiava o que eu andava fazendo.
Minha reação foi chuta-lo no meio das pernas e ele saiu de cima de mim, gemendo de dor.
- Tática nova Severo?! – eu perguntei cinicamente enquanto o arrastava pela gola das vestes até a porta – dê um beijo na idiota enquanto xereta na vida dela!
Eu escorracei dali, fechei a porta e tremendo (não sei se de raiva ou decepção) fui me deitar.

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