Encontros nas Masmorras
humf....! consegui, finalmente digitar mais um pedaço dessa fic....!!!
Não sei se o pessoal tá lendo e gostando, mas como dizem por aí.... "existo por que insito!!!"
Então lá vai......:
Eu ainda não sei muito bem o que aconteceu depois disso. Nós voltamos ao castelo logo depois de nos beijarmos.
Durante o caminho nós continuamos juntos, eu jogada nos braços dele e ele me fazendo carinhos e me beijando, mas nenhum de nós falou uma palavra.
Não me lembro se me despedi quando saí da carruagem na porta do castelo, só sei que fui pra sala comunal da Sonserina e me isolei num canto.
A verdade era que eu estava encantada por ele e loucamente atraída pela idéia perigosa de manter um caso com um professor.
Eu passei a procurá-lo. E ele sempre cedia aos meus encantos e meu jeito petulante. Nas últimas semanas de aula quando eu e Kurt íamos passar o relatório dos monitores eu sempre dava um jeito de ficar sozinha com ele, sempre precisando falar algo em particular no final das reuniões, ou esquecendo algo na sala dele e tendo que voltar e então nós nos beijávamos por breves momentos antes que ele me conduzisse até a porta me sufocando com beijos repetidos e mandava que eu fosse embora.
Ele nunca deixou que eu discutisse. Quando estávamos sozinhos geralmente ele me mandava ficar calada e eu obedecia por estar pateticamente apaixonada.
Mas a fatídica noite não tardou a chegar.
Eu havia tirado Kurt da sala após a reunião falando que tinha algumas dúvidas sobre a matéria de Defesa contra as Artes das Trevas e que ele podia ir na frente, depois eu iria.
Quando o menino saiu da sala eu me joguei no colo dele o beijando freneticamente e ele me retribuindo.
Estávamos sem palavras como sempre, só nossos corpos falavam através das carícias. Carícias essas aliás que estavam íntimas como nunca naquela noite. Até que aconteceu.
Ele parou, olhou meus olhos verdes naquele estranho transe hipnótico em que ele ficava às vezes ao me olhar. Aquela sensação de que ele pensava em seu passado me ocorreu de novo e ele me abraçou com sofreguidão e deixou escapar uma única palavra:
- Lily... – e murmurou enquanto acariciava meus cabelos.
E eu fiquei em choque. Levantei do colo dele num pulo e o observei. Então era isso! Ele estava comigo se lembrando de outra! Por isso me mandava tanto calar a boca: pra não quebrar o encanto da lembrança dela...!
Explodindo de raiva eu disse:
- Errou Severo. – peguei minha mochila e fui até a porta – meu nome é Lavínia.
E ele não disse nada, só me olhou partir.
No outro dia, na sala de aula, quem teve um choque foi ele: eu havia me livrado dos cabelos ruivos. Sentei-me na primeira carteira mexendo nos meus cachos negros que tinha conseguido preparando uma poção pra tingi-los permanentemente. Eu sabia que meus cabelos eram algo que o fazia se lembrar da “Lily”por ele gostar tanto de toca-los e olha-los e por isso me livrei deles.
Severo me olhou tão chocado que me chamou pelo primeiro nome:
- Lavínia....? – ele murmurou me observando
- Sim professor?! – eu perguntei, me fingindo de prestativa. Ele fez um gesto qualquer com a mão, me dizendo que não era nada.
Mas eu não o procurei mais. Não ia me rebaixar a isso. Mas passei a ter outro objetivo com relação a Severo: infernizar a vida dele.
E minha diversão durante o fim do meu sexto ano e o todo o meu sétimo foi fazer com que a vida dele naquela escola fosse o total e mais puro inferno, como nunca antes tinha sido.
Eu vivia fazendo as aulas dele parecerem uma bagunça total e depois espalhava aos quatro ventos que ele era um professor que não sabia controlar os alunos.
As aulas dele eram minhas preferidas: fazia delas o palco pro meu show. Desmaiava constantemente e o culpava, falando que ele exigia muito de nós durante a pratica dos feitiços defensivos. Quando ele resolvia dar somente aula teórica pra ver se eu parava de desmaiar eu dormia nas aulas falando que estava muito chato só ouvir ele falar. “Eu preciso de ação” falava com um sorriso maroto nos lábios.
Costumava dar um jeito de pegar constantes detenções com ele, mas quando chegava pra cumpri-las não fazia nada do que ele mandava. Simplesmente me sentava lá e lia um livro, ou fuçava nas coisas dele, invadindo seu quarto e sua privacidade.
E ele não brigava comigo, é claro, nem me impedia.
Por que eu sempre salientava que poderia contar a todo mundo que fui “vitima de assédio sexual cometido pelo malvado professor”. E ele não ousou duvidar de mim, por que ele sabia que eu faria.
Eu gostava de provocá-lo também, bancar a doce e fingir que o queria de volta, fingir que queria ficar em seus braços mais uma vez. E uma vez ou outra ele caiu... E eu fugi o deixando só na vontade.
Mas o que mais o irritou e o infernizou aconteceu mais ou menos no meio do meu sétimo ano: eu comecei a namorar com Franklin. E isso foi totalmente intencional.
Eu explico... depois que ouvi Severo me chamar de Lily eu fui saber quem poderia ser. Olhei nos arquivos da escola e descobri. Lily Evans. Da mesma turma que ele em Hogwarts.
Me lembrei que uma vez ou outra o professor Flitwick já tinha comentado que eu me parecia muito com uma antiga aluna, mas nunca falou o nome dela.
Resolvi pesquisar mais e acabei descobrindo que ela era Lily Potter.
Isso mesmo. A mãe do “Menino que Sobreviveu”.
Ela havia se casado com James Potter depois que terminaram o colégio. Tentei ficar sabendo mais sobre ele e descobri algumas coisas: alto, bonito, cabelos castanhos, ótimo aluno, apanhador do time da Grifinoria, além de capitão do time também.
Todas essas características me lembravam muito Franklin, todas batiam com ele. E eu aproveitei isso.
Me agarrava a Frank (como passei a chamá-lo, quando não usava “meu amor” ou “querido”) sempre que via Severo, dava um jeito de sempre marcar encontros com ele perto das masmorras, do jeito que ele sempre nos encontrava em cenas de amasso típicas dos adolescentes do colégio. E não gostava nada disso.
- Detenção pros dois. – ele disse furioso uma noite, tendo nos encontrado agarrados meio escondidos entre algumas estátuas do castelo.
- Qual o problema Professor Snape? – eu perguntei ainda abraçado a Frank. Ele me segurava com uma das mãos pela cintura, e a outra andava descaradamente pelas minhas costas, descendo sempre. Minha boca estava borrada de do batom vermelho que eu usava antes, assim como a de Frank também estava toda borrada. Minha blusa do uniforme estava torta e eu acariciava distraidamente os cabelos de Frank, os bagunçando. – Nós não estávamos fazendo nada que outros alunos já não fizeram antes por aí... com esse castelo enorme eu imagino que já tenham feito até mais que só uns amassos...!
- Eu disse que os dois estão em detenção. – ele falou mau-humorado, me jogando um olhar tão gelado que poderia me matar de hipotermia – E saiam daqui agora. Pra sua sala comunal, Beckforth. Você Martin, eu te acompanho até Grifinoria.
- Eu sei o caminho, obrigado. – Frank disse me soltando devagar.
- Fale assim comigo mais uma vez e você ficará de detenção pelo resto da semana.
- Com que acusação você faria isso?!?! – Frank perguntou indignado
- Acho que vou ter o desprazer de te ter em minha sala por toda a semana Sr. Martin. – ele disse olhando Frank com a mesma fúria gelada – isso evitará que você e a Srta. Beckforth se aventurem nos corredores do castelo por algum tempo.
- Falou certo... por algum tempo... – eu disse a ele antes de sair – Depois nós faremos tudo de novo!
Mesmo sem vê-lo eu podia sentir seu olhar de raiva quando eu dei um beijo em Frank antes de sair. E eu sabia por que: ali, bem na sua frente ele via como se perdesse sua “amada Lily” mais uma vez. E pra um garoto muito parecido com James Potter.
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