A misteriosa mulher sob as vi
Algo muito estranho estava acontecendo com Harry e Ron. Até mesmo Sra. Weasley havia notado algo de estranho nos jovens – para ela, ainda eram como jovens rebeldes, pois apesar de ainda ser a mais velha, eles ainda agiam com tal.
A investigação de Hermione pela cidade ainda não havia começado, e eles não sabiam quando iria ser iniciada. A mulher estava em seu alojamento desde que aquele sapo misterioso cuspiu o anel. Ela não fazia mais contatos com o meio exterior.
Devia estar observando toda a vizinhança com algum feitiço que só o Ministério pode usar. Não, não faria isso. Faria? Dúvidas e mais dúvidas corroíam a mente do ruivo e do moreno. Eles não conseguiam conter mais sua ânsia e nervosismo.
Harry permanecia sempre pensativo e Ron permanecia sempre agitado. Dores de cabeça eram notáveis no rosto de Harry. Ele não queria ir para Azkaban. Ou melhor, nenhum bruxo, nem o mais vil deles, gostaria de pelo menos fazer uma visita de minutos ao lugar ao qual os dementadores podem sugar seu espírito em questão de segundos.
Harry não poderia passar esse péssimo exemplo aos seus filhos. Lily poderia relutar no começo, mas entenderia depois. Agora o caçula, George, poderia odiá-lo para sempre. Oras, nem mesmo Hermione começou a investigar e ele já estava pensando em como seria se fosse preso.
Claro, obviamente quem não ficaria? Mas logo agora, quando ele consegue fazer uma família e fixar-se num lugar tão bom como aquele – apesar dos pesares. Ron estava como ele, preocupado também. Mas este não tinha filhos. Harry sempre refletia que mesmo não sendo o culpado pela morte daquelazinha, ele também poderia ser preso, pois havia participado do crime.
É, estava sendo difícil... Triste, infeliz e arduamente difícil.
Algo muito estranho estava acontecendo com Ron e Harry. Até mesmo Sra. Weasley havia notado algo de estranho nos jovens – para ela, ainda eram como jovens rebeldes, pois apesar de ainda ser a mais velha, eles ainda agiam com tal.
A investigação de Hermione pela cidade ainda não havia começado, e Ron não sabia quando iria ser iniciada, o que o deixava mais apreensivo, pois os vizinhos já não sabem de sua vida, então aí sim é que falaria coisas... Coisas não muito agradáveis, na falta de um termo melhor.
E se Hermione estivesse esperando chegar a hora em que, de tanto nervosismo e ansiedade, ele explodisse e saísse gritando pela rua “Eu matei minha namorada” várias vezes? Bem, por mais estranha que essa hipótese fosse não deixava de ser uma hipótese.
Seu emocional estava abalado, o que deixava o físico pior ainda. Andava de um extremo ao outro procurando por comida. E quando via Harry com dor de cabeça ou refletindo, aí sim é que comia mais. Sabia que Harry tinha uma família, e isso o deixava triste, pois se ele fosse para Azkaban ele sabia que Harry iria também. Infelizmente.
Se Harry tivesse sua vida desfeita, não se perdoaria jamais. Não se perdoaria e talvez não fosse perdoado. A situação já estava crítica, e sua imaginação fértil deixava tudo ainda mais crítico. Ele pegava-se imaginando os dementadores sugando seu espírito e rapidamente lavava o rosto.
Tudo dependeria das circunstâncias que se seguiriam de agora em diante. Logo agora, quando havia conseguido livrar-se da “escravidão” – de uma forma totalmente diferente do que costumamos ver – de e tornar-se um homem solteiro novamente. Isso tudo significa o quê? Que ele deve permanecer solteiro para o resto de sua vida?
É, estava sendo difícil... Triste, infeliz e arduamente difícil.
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Saindo um pouco dos pensamentos de nossos personagens, Sra. Weasley havia recebido à notícia de que Gui havia voltado para casa e não estava passando muito bem, então teria que ausentar-se da casa de Harry por alguns dias. Era madrugada, e mesmo assim teria que partir.
Preparou suas coisas e seguiu para o quarto das crianças. Despediu-se com um beijo e um abraço fortemente apertado e deu para cada um dos pimpolhos uma pulseira feita de fios de cabelo de unicórnio para proteção dos meninos.
Sonolentos, apenas concordaram balançando suas cabeças e voltaram aos seus sonhos. Rapidamente dirigiu-se para a lareira e sumiu entre as chamas deixando um pouco de fuligem entrar na sala.
- Como é que é? Ela disse pra onde ela foi? – perguntou Ron ainda descabelado, pois havia acordado há poucos minutos.
- Ela não disse, mas ela mandou dizer uma coisa pra vocês. – disse George comendo seu cereal.
- E o que ela disse garotão? – sorriu seu pai.
- Ela disse: “Limpem o que vocês sujaram.” – disse Lily, olhado pela janela da cozinha para o jardim.
- Limpar o que... Será que ela...? – iniciou Ron, mas foi interrompido pelo olhar de Harry.
- Gente, por que não vamos tomar o café no jardim? Que acham da idéia? – disse Harry sorrindo para os filhos.
- Eu não vou enquanto ela estiver lá fora. – disse Lily apertando sua pulseira prateada.
- Quem está lá fora? A Hermione? – perguntou Ron seguindo rapidamente para a janela junto de Harry.
- Querida, onde você está vendo ela? Onde ela está? – perguntou Harry, com um ligeiro tom de preocupação em sua voz.
- Ali. – apontou ela, encostando o indicador no vidro. Sobre as violetas.
Lily não entendia por que seu pai não conseguia enxergar aquela mulher. Ela estava sorrindo maliciosamente para a janela e estava encostada na cerca. Era como um espectro azul-acizentado. Sorria fortemente... Apenas sorria e encarava.
- De onde surgiram aquelas violetas? – perguntou Ron, rançando um outro olhar de Harry. – Violetas... Ah Deus!
Os adultos correram rapidamente para fora e viram que não era ilusão de ótica. Havia violetas por toda a cerca e elas cobriram quase tudo o que estava perto. Até mesmo as outras flores. Só havia um lugar onde elas não estavam: o lugar onde nasceram, o lugar onde enterraram Violet.
- O que nós faremos agora? – perguntou Ron quase num sussurro enquanto Harry agachava-se.
- Nós... Nós iremos... – disse ele enquanto arrancava algumas violetas da terra. – Nós iremos conseguir, confie em mim.
Harry e Ron passaram à manhã toda cortando e arrancando as violetas. Tiveram que cortar as outras flores pois as violetas ficaram entrelaçadas nas outras flores impedindo-as de ficaram expostas. Quando Ron havia saído para beber água, Harry encontrou com Hermione observando-o do outro lado da cerca.
- Bom dia, Hermione. Resolveu sair um pouco? – perguntou, gentilmente, quase caindo para trás ao puxar um pedaço de raiz que não queria sair por nada.
- ‘Dia. É, vim apenas olhar o movimento. Depois de tanto trabalho no Ministério... – disse ela apoiando-se na cerca branca e olhando Harry mais de perto.
- Ah, você não estava aqui? – perguntou, colocando a mão na frente dos olhos de modo que a luz solar não o atrapalhasse.
-É... Tive que ir apresentar uns relatórios. – disse ela.
- Relatórios? Já? Não está cedo demais não? – perguntou arrancando mais outra raiz.
- Está querendo dizer que algo irá acontecer então? – disse ela, sorrindo.
- Eu? Quem sou eu para dizer o que acontecerá no futuro...
- Bem, de qualquer maneira, vou indo. – disse ela, afastando-se. – Ah, e por que você está fazendo isso?
- Digamos que estas aqui não são... Desejáveis.
Hermione sorriu e seguiu rumo. No instante seguinte, Ron chegou. Viu Hermione andando na direção oposta e foi rapidamente perguntar a Harry. Já à noite, quando Harry preparava-se para o banho, notou a linda lua-cheia. Ainda possuía o círculo vermelho ao seu redor.
Suspirou cansado, e foi para o banheiro. Do lado de fora, no jardim, violetas cresciam rapidamente para, no dia seguinte, serem arrancadas também rapidamente.
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