O coaxo do sapo
Nota do Autor: Oi pessoas! Tudo bem? Peço desculpas pela demora. Sei que demorei muito, mas todos nós temos problemas e talz... Enfim, eu queria pedir desculpas também pois o final desse capítulotalvez possa não sermuito satisfatório para vocês. ... Só isso.Prometo atualizar mais.Podem cobrar, pois é uma dívida que tenho com vocês.
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- Hermione... – disse ele olhando para fora da janela em seu quarto, pensativo.
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- Harry... – disse Hermione analisando a carta que Harry havia escrito uns dias antes para Ron.
A caligrafia continuava a mesma, o jeito meio deitado. Nossa isso tudo é saudade ou...? Vamos esquecer isso, certo? Harry é um dos suspeitos neste caso, e, portanto não podemos ter distrações.
Por outro lado...
Ainda assim Hermione podia, toda vez que olhava dentro das jazidas esverdeadas dos olhos de Harry, arrepiar-se toda. Seu perfume continuava o mesmo, seu sorriso, o jeito como deixava os cabelos despenteados. Era o garoto Harry num corpo de um homem.
Ela tem que parar de pensar nele. Mas se bem que ELE é o trabalho dela, então não teria problema. Teria?
No dia seguinte, um pouco mais cedo do horário do dia anterior, Hermione foi à casa de Harry novamente. Sra. Weasley estranhou o fato de depois de um bom tempo passar a visitá-los diariamente, então foi quando soube sobre a morte de Violet, namorada de seu filho Ron.
Após saber disso ficou furiosa por Ron não ter lhe contado, mas ainda assim abraçava-o e mimava-o com deliciosas guloseimas que só ela sabia fazer. Logicamente Ron não mencionara nada sobre o fato de ter participado da morte da namorada. Apenas aceitava, de muito bom grado, os mimos e comidas que sua mãe lhe empurrava.
Sra. Weasley havia ajudado Harry a preparar o café da manhã, e como estava um dia quente de verão, foram tomar a primeira refeição diária atrás da casa, no jardim. Hermione, ao chegar, ficou como convidada para o café, deixando Harry meio nervoso.
Ele já estava nervoso, pois naquele dia seria a vez de Ron ser entrevistado, e pelo que parecia, este não demonstrava preocupação nenhuma quanto a isso. Harry estava ansioso por si mesmo e por Ron. Não só pela entrevista, mas ultimamente, ao ficar perto de Hermione, sentia coisas inexplicáveis.
Sentia um sufoco, mas também sentia alívio. Era uma mistura estranha onde por mais que sofria, queria continuar sofrendo. É isso? Bem, não sabia ao certo, mas quando via os olhos de Hermione, perdia-se num mar azul-sem-fim onde o pôr-do-sol o guiava ao encontro dos lábios de...
- Hermione, fique à vontade. Eu vou precisar dar uma saída. Harry, querido, volto em minutos. Ron cuide-se. – disse ela para, em seguida, sumir num instalo, aparatando.
E lá estavam os três. Hermione ainda permanecia de pé próximo ao seu assento. Harry fez um gesto desconcertado para sua convidada sentar-se, e em seguida, sentou-se também desconcertado. Ron chegou, passado pequenos instantes, instantes esses que perduraram longos minutos para Harry, com uma jarra de vidro cheia de suco.
- Bem... Vamos? – disse Ron interrompendo o transe de olhares entre seus outros dois amigos. Hermione, encabulada, sentou-se instantaneamente.
As crianças chegaram ao instante seguinte. Ficaram observando o jeito de Hermione ficar sentada, o jeito de comer, o que nenhum dos três adultos (é a palavra adequada?) percebeu. Para as crianças, parecia ser uma mulher sem imperfeições.
Pelo pouco tempo que passaram com ela, perceberam que tinha o coração puro, e extrema simplicidade, único adjetivo que superava sua inteligência capacitada. Porém...
Flashback
- Tio Rony, o que você ‘tá fazendo? – perguntou George, aproximando-se da bancada onde Ron estava de costas, parecendo socar alguma coisa muito resistente, pois seus cabelos balançavam e o corpo forçava-se para a bancada.
- Fala baixo, seu anão. Quer que papai escute? – sussurrou Lily, correndo em direção à porta à procura do pai.
- Eu estou fazendo, ou pelo menos tentando, uma poção para a nossa convidada. – disse Ron jogando o ingrediente, já reduzido à migalhas esverdeadas, dentro da branca molheira à sua frente.
- Ah, a Srta. Granger? Por quê? – perguntou George, observando Ron pegar mais uma erva estranha e socá-la fortemente.
- Digamos que... Ela não é lá muito bem vinda. – disse ele virando-se e dando um sorriso cansado para o “sobrinho”.
Ron estava um pouco suado, e socava cansadamente. George, inocentemente esperto, opinou para o ruivo fazer tudo usando magia. Ron adorou a idéia, mas em seguida, lembrou-se de que não era aconselhável, caso contrário a poção poderia ter efeitos colaterais. E mesmo que pudesse, ele já não era bom usando magia, imagine-se usando magia com uma receita de poções.
No instante que percebeu, xingou sua consciência por ter se auto-rebaixado. Após socar, moer, espirrar e entornar ingredientes dentro da molheira limpou a bancada e pegou um jarro de suco para levar para a mesa.
As crianças ficaram para levar o restante da refeição. Quando chegaram, perceberam como seu pai Harry e Hermione se comportavam. Hermione já era linda, com os raios de sol tocando seus cabelos e iluminando seu rosto podia-se contemplar ainda mais aquela bela visão.
Eles ficaram observando a mulher, cheios de dúvidas em suas mentes. O que quer que estivesse presente ali naquele molho para panquecas, faria mal à Hermione. E eles infelizmente sabiam das travessuras que Ron poderia armar. Poderia passar mal? Poderia ficar com seqüelas irreversíveis? E se morresse?
Não. Estavam decididos de que não a deixariam provar daquilo.
Fim do flashback.
- Então Hermione... Como você está hoje? Eu ainda posso te chamar de Hermione não é? Porque, afinal, você agora é do... – disse Ron pegando duas panquecas.
- Ah, claro! Ainda sou eu, embora eu saiba que não parece. – disse ela interrompendo o ruivo. Ron, ao ver suas panquecas no seu prato diante de si, lembrou-se rapidamente dos tempos de escola, engoliu seco e pegou a molheira.
- Ah Hermione, eu me esqueci. Eu preparei um molho especial só para você. Vamos, prove! – disse ele pegando a molheira no meio da mesa e estendendo-a no ar.
- Nossa, obrigada! Mas não pense que não o entrevistarei hoje. – sorriu ela, forçando-o a rebater um sorriso forçadamente amarelo e seco.
Harry apenas observava tudo, comendo. Era melhor ficar calado, pois vai que dissesse algo que não deveria?
- NÃO! Hehe... Você não quer isso! Não é George? – disse Lily pegando a molheira na frente de Hermione.
- É isso aí. É... Acredite em nós. Panquecas são melhores sem molho. – disse George que rapidamente pegou a molheira das mãos de Ron e sai correndo seguido por sua irmã mais velha.
- Ahn.. Eu... – disse Ron levantando fazendo um sinal para Harry e Hermione esperar-no ali mesmo.
As crianças foram correndo até chegarem às grandes rochas no fim do jardim da casa, onde dava para o mar. Ron, estranhando, ia atrás, mas parou na metade do caminho não só pelo fato das crianças serem mais rápidas, mas também por terem jogado a molheira nas rochas.
Depois disso, Ron voltou vagarosa e raivosamente ao encontro dos outros dois, que vinham em sua direção rindo. Ele olhava para trás e quando via as crianças sorridentes, bufava.
- Deve ser brincadeira de criança. – disse Hermione para Harry.
Todos riam, exceto Ron. Harry desconfiava de algo, então deixou para perguntar à Ron o que tinha naquele molho mais tarde.
- Seus dois pestinhas... – disse Harry para os filhos ao se aproximarem.
Em seguida, quando todos estavam já reunidos, houve um ruído breve que parecia ser um sapo coaxando. E realmente, ao procurarem de onde tinha vindo aquele pequeno ruído, encontraram um grande e verde sapo em cima de um toco de madeira, onde antes havia sido uma enorme árvore.
Todos se aproximaram do animal vagarosamente e curiosos para observá-lo mais de perto. Era um sapo muito grande, de olhos pretos penetrantes e suas perninhas eram quase do tamanho do dedo médio. Ele olhava todos sem nem mesmo precisar virar os olhos.
- Mas o que... – começou Ron, porém foi interrompido por mais um coaxo daquele enorme sapo. No instante seguinte, o sapo vomitou um anel prata.
- Eca! – disse George.
Todos trocaram olhares até Hermione se aproximar do anel recém-vomitado. O anel veio ao seu encontro, flutuando. Lily e George, especialmente George, observavam Hermione fazer o anel flutuar sem nem mesmo precisar de sua varinha boquiabertos.
“Exibida...” – pensou Ron naquele momento.
- Esse anel pertenceu à Violet Elliot. – virou-se Hermione para encarar um moreno e um ruivo assustados. – Algo muito estranho está acontecendo aqui. E eu vou descobrir. – disse ela para no próximo segundo, sumir aparatando.
- Nossa, ela é demais! – disse George rodopiando em seus calcanhares tentando aparatar.
- É... – disse Harry.
Do jeito que ele conhecia Hermione, ele podia apostar uma boa quantia de galeões que Hermione começaria sua investigação naquela mesma tarde. Ou até mesmo dali a alguns instantes. No máximo até amanhã!
- Estamos ferrados. – disse Ron depois das crianças terem se afastado. – Estamos mortos. Já posso ver minha alma sendo sugada pelos...
- Não fale uma besteira dessas. Ela não seria capaz de fazer tal coisa. – disse Harry mais próximo do amigo.
- Não sabemos mais como ela é Harry. Temos que pensar em tudo agora! – exclamou Ron, segurando os ombros de Harry.
Por mais que não quisesse aceitar, Ron estava mais que certo. Ele podia falar que conhecera Hermione um dia, pois não sabia se ela havia mudado ou continuado a mesma pessoa de sempre. Bem, se ele mudou no fato de não aceitar sua magia... Por que ela não iria mudar, não é mesmo?
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