Raptado!
- Vocês os três! Preciso de falar convosco! – chamou Harry.
Ron, Hermione e Ginny avançaram até ele, foram até uma sala vazia.
- Têm alguma ideia do porquê de eu estar sempre a atravessar-me no caminho de Voldemort?
- Hum-hum! És um íman para sarilhos!
- Também, Ron, também, mas não é só isso. Sabem porque é que ele me tentou matar, quando eu tinha um ano?
- Nop! – respondeu Ginny – porquê?
- Há dezoito anos atrás, no Cabeça de Javali, Dumbledore encontrou-se com uma candidata para o lugar de professora de Adivinhação.
- Prefossora Trelawny – adivinhou Hermione.
- Ya, bom, era totalmente inapta e até um muggle o saberia… Mas o professor estava a ir embora algo lhe mudou a opinião, alguma ideia do quê?
- Harry!
- Ok, ok! Acontece que afinal, a nossa querida professora Sibilla sempre tem um talento! Dumbledore estava quase a ir embora quando ela entra em transe! O que ela disse:
Aquele com o poder para derrotar o Senhor das Trevas aproxima-se… Nascido daqueles que três vezes o desafiaram, nascido quando o sétimo mês finda… e o Senhor das Trevas vai marcá-lo como igual, mas ele possuirá um poder que o senhor desconhece… e um terá de morrer às mãos do outro, pois nenhum pode viver enquanto o outro sobreviver… aquele que detém o poder para derrotar o Senhor das Trevas vai nascer quando o sétimo mês findar…
- Harry! O teu aniversário!
- Ya… Eu ou morro, ou mato! E sinceramente… não me apetece fazer nenhuma das duas!
- Harry, ele matou os teus pais, e tantos outros! Como assim, não te apetece matá-lo! – espantou-se Ginny – Eu arrancar-lhe-ia a cabeça se tivesse no teu lugar!
- Não é assim tão simples! Por muito que eu o odeie, vou sempre tar a matar alguém!
- Alguém que não merece viver!
- Eu sei que não. Mas… não é bem isso, pensando melhor. É que… ele merece mais que a morte! Morrer para ele não é suficiente.
- É sim, é o maior medo dele!
- Mesmo assim, é demasiado rápido, num segundo pensas no outro já não… puf!
- Então, dá-lhe uma morte lenta! – sugeriu Ron.
- Como? O Avada Kedavra é morte instantânea.
- Não o mates com isso!
- Nem sequer sei se lhe acerto com uma única maldição, quanto mais dar-me ao luxo de o matar com outra coisa qualquer!
- Harry, não podes pensar assim! Tu tens um poder que ele não conhece! Tu tens o poder para derrotar! – ralhou Ginny.
- Por falar nisso… Que poder é esse?
- Não tenho a certeza, mas tem algo a ver com o amor.
- Então usa! Usa o amor!
- Ron! Não posso simplesmente mandar-lhe um jacto cor-de-rosa cheio de amor e felicidade e transformá-lo num hippie!
- Porque não?!
- Porque nem sequer sei mandar jactos de sentimentos, para além de que ele tem de morrer. Ou ele ou eu!
- Oh, pois…
- Sabes, Harry, antigamente não se usavam varinhas, a magia era feita com as mãos, porque é que não tentas?
- Eu consigo… Em certas e determinadas situações. De qualquer forma, ontem, sem querer, adormeci sem praticar oclumência, felizmente o Tio Voldie fez o mesmo… Entrei na mente dele (ele não reparou), e descobri que o gajo está planear o fim para cedo. O mais tardar nas férias. Preciso da vossa ajuda, os feitiços e maldições que eu conheço não chegam, chegaram da outra vez porque ‘tava lá o professor.
- Queres ajuda na pesquisa?
- Yap. Hermione, eu sei que os exames são já dia 2, mas assim, ficas a saber do que realmente importa para te defenderes!
- Eu sei, e não é preciso pensar duas vezes, eu alinho!
- Também!
- Não duvides, meu!
- Óptimo! Não podia ter amigos mais porreiros!
- É melhor começarmos JÁ! Vamos para biblioteca…
Em três horas de pesquisa o pergaminho já tinha quase um metro e meio e era escrevinhado por toda a gente, ao encontrar um novo feitiço!
- Oh, meu, vais gostar disto!
- Sim?
- “ A maneira mais eficaz, de nos protegermos de qualquer, incluindo a três maldições imperdoáveis, é espelha-la, assim, o feitiço, ou maldição, retornará ao feiticeiro que a lançou, sem qualquer meio para se proteger!” – leu Ron.
- Boa! Mas isso significa que vou ter de andar com um espelho para trás e para a frente?
- Yap… - desanimou-se Ron.
- Ok, continuem!
O dia seguinte foi dedicado à prática!
- Harry, isto é extraordinário, tu fazes tudo o mais tardar à terceira tentativa! Formidável!
- ‘Brigado, continuando a mandar feitiços ao Ron, que era agora a cobaia! (sistema rotativo.)
Assim, continuaram até ao jantar! Em vez de aproveitarem o fim-de-semana para revisões, utilizavam-no para pesquisas e pratica…
No dia seguinte depois das aulas Hermione veio ter com Ginny, completamente irritada!
- Viste o Harry? Faltou o dia todo! Vai levar cá um discurso!
- Não, não vi! Mas podes sempre ver no mapa.
- Boa ideia.
Dez minutos mais tarde, a rapariga voltou a entrar pela biblioteca adentro e a arrancar Ginny da sua leitura.
- Ginny, não vais gostar disto!
- O que?
- Harry não está na escola!
- O quê?
- Ele não tá cá! Vi e revi o mapa! Ele não está cá! Para além de que, ainda pior, é o facto de o mapa estar la´! Ele nunca sairia para Hogsmaede sem o mapa! Nunca!
- Temos de falar com o Dumbledore!
- Vamos!
Quando pararam em frente da gárgula lembraram-se do pequeno pormenor…
- Não temos senha!
- Miss Weasley, Miss Granger. Pergunto-me o que estão a fazer aqui…
- Professor Dumbledore! Harry não tá na escola! E não saiu de livre e espontânea vontade! - guinchou Hermione.
- Está a sugerir que o Harry foi raptado!
- Não estamos a sugerir, estamos a afirmar! – corrigiu Ginny, sem se lembrar que estava a falar com o director da escola.
- E o que vos leva a afirmar tal coisa? Freezey Weesbey! – disse para a gárgula – entrem, entrem.
- Sabe, quer dizer, não sabe, mas pronto… Professor, desde o terceiro ano que ele tem um mapa que lhe indica o paradeiro de todas as pessoas em Hogwarts! E lhe diz, todas as passagens secretas para Hogsmaede, podendo, assim, ele sair quando quiser.
- E…?
- Mas hoje, quando dei por falta dele em todas as aulas, fui verificar ao mapa e ver onde ele estava. Ele não está na escola, mas isso não seria motivo de preocupação… Não fosse o facto de ele não ter com ele o mapa. O Harry foi obrigado a sair da escola! Ele costuma ir correr todas as manhãs, ou quase todas, nos campos.
- Nós vamos começar as buscas, podem estar descansadas! – disse Dumbledore alarmado.
Elas estariam descansadas, mas infelizmente as buscas não tinham qualquer resultado haviam 5 dias!
Ginny ia às aulas, mas não tomava atenção e o mesmo acontecia com o seu irmão e Hermione. Nesse dia, 28 de Maio (N.A.: eu sou um pouco meticulosa com o tempo, he he) as buscas pararam. “Não há hipóteses de ele ainda estar vivo!”.
Ela rabiscava no seu pergaminho quando de repente ficou tudo em branco.
“Oh, espero mesmo que isto funcione! Ginny, consegues ler?”
O texto desapareceu.
“Quem és?”
“Quem é que achas? Sou eu, o Harry! Olha, avisa toda a gente que eu tou bem, mas vou precisar de algum apoio…”
“Harry! Meu Deus! Que bom! Como assim apoio?”
“ Preciso de comida, e algumas poções, pede à Mdm. Pomfrey para ter isso tudo pronto PARA HOJE!”
“Para hoje?”
“Vou fugir, agora! Eu depois conto tudo”
“ Onde é que estás”
“ Não sei, algures em Hogsmaede! Não posso escrever mais… consome demasiada energia, há dias que não como… Xau!”
“Adeus”
- Professor Van!
- Sim, Miss Weasley?
- Tenho duas coisas a dizer, 1ª O Harry está vivo e chega, hoje… Deve estar perto, algures em Hogsmaede… 2ª posso sair e falar com a Mdm. Pomfrey, para que ela lhe prepare uma cama?
- Claro! Vá, vá! Eu vou falar com o professor Dumbledore! Meninos, a aula acabou! Não há trabalho de casa!
Os dois saíram a correr e seguiram direcções opostas!
- Mdm. Pomfrey, vá preparando uma cama e algumas poções revitalizantes e fortalecedoras! O Harry vem a caminho!
- Isso é impossível!
- É sim! Ele falou comigo!
Ginny voltou a sair da Ala hospitalar e correu até à sala da Professora McGonagall.
- Professora, desculpe, mas… Hermione! Ron! Harry está vivo! Professora! Temos de ir a Hogsmaede!
- Como é que sabe, Miss Weasley?
- Não há tempo para explicar, temos de ir!
- Não acha prudente avisar o professor Dumbledore?
- Eu estou avisado! Minerva! Queres vir?
- Claro!
- Professor, podemos ir? Só nós os três?
- Prometem que só entram em luta se realmente necessário?
- Sim! – responderam os três em coro.
- Vamos!
Professores Dumbledore, Van Helsing e McGonagall, em conjunto com Ginny, Hermione e Ron foram transportados (Botão de transporte) para Hogsmaede em segundos.
Viram o que parecia ser um duelo. Entre Lucius e Harry, que estava extremamente maltratado, com as vestes todas rasgadas e cheio de sangue e terra.
Cada um lançava uma maldição diferente, os professores ficaram espantados com o leque de feitiços que Harry sabia.
Até que finalmente, Malfoy se decidiu pela Maldição máxima.
Harry saltou para o chão, escapando por pouco.
- Não tens escapatória!
- Não? – perguntou ele numa voz rouca.
Quando Lucius lançou um feitiço Harry pegou num pequeno espelho de bolso e espelhou a maldição para o oponente.
- O feitiço virou-se contra o feiticeiro! – murmurou Hermione.
Os seis saíram do esconderijo donde tinham visto o duelo.
Ron, Ginny e Hermione correram para o abraçar.
- Muito bem, Harry! Bastante superior a um adulto! – congratulou o professor Dumbledore.
- Obrigado. Petrificus totalus – disse sacudindo a varinha para alguém atrás deles.
Todos se viraram e viram Macnair petrificado.
- Foi lindo! Acho que nunca vi ninguém tão novo lutar assim! Superas-te alguns dos bruxos mais aptos que eu conheço!
- Uma honra… Mas se não se importarem eu queria voltar a Hogwarts! Não durmo, não como, não descanso há 5 dias!
- Tens três dias até ao casamento do Bill! – disse Ron, começando a caminhar ao lado dele.
- Isso é suficiente! – disse ele sorrindo.
- Tens o lábio rebentado, o corpo todo a arranhado e estás cheio de nódoas negras, já para não falar na tua roupa! E tens cá uma sorte de esse piercing não ter infectado ou assim… - Harry olhou-a com reprovação - O que é que te aconteceu?
- Decidiram que eu não merecia a magia deles… Infelizmente, ou felizmente, não sei, acho que matei uns três dele, sem contar com o Malfoy. Em legítima defesa é claro!
- Quantos eram?
- Uns dez…
- Cobardes! – murmurou Ginny.
Mal chegaram ao castelo os alunos, que estavam todos à espera, começaram a murmurar algumas coisas e a perguntar outras ao próprio.
Na ala hospitalar Harry comeu e depois de tomar umas três poções adormeceu.
- Pobre rapaz, tem uma vida tão atribulada! – lamentou-se Mdm. Pomfrey – Todos os anos cá veio, pelo menos uma vez! No primeiro, por causa da pedra, no segundo por causa do braço, no terceiro, dos dementors e da queda da vassoura, no quarto por causa do estúpido torneio, e no quinto, não me recordo, mas também cá veio, no sexto, aquele professor Snape não se devia tar a sentir bem, para o mandar ingerir a poção!
- Mas isso não é tudo, Pommie! Ele também tem que lidar com a fama e outros assuntos mais particulares… – disse Dumbledore.
- Também…
Os três dias seguintes foram coordenados da seguinte maneira: acordava para comer, e voltava a dormir.
Mas no segundo dia ele já não aguentava estar deitado na cama! Concordou em não sair do castelo, e apesar de dormir mais que o normal, já fazia a sua vida!
Na terça-feira à noite, na companhia de Dumbledore todos rumaram à Toca!
- Harry! Oh meu querido! Ainda bem que estás bom! Seria horrível se… Tu sabes!
- Sim, sei! Fico feliz por saber isso.
- Quatro, não foi?
- Hun?
- Quatro Devoradores Da Morte, que matas-te.
- Ah! Sim! Suponho que agora o Draco me odeie ainda mais!
- Não preocupes com esse lambrego!
- Não vou!
- Então, mudando para um assunto mais suave para ter à mesa… Tou tão feliz! Ela é tão bonita, tão educada! Não podia pedir uma nora melhor, para o nosso Bill! – disse Mr. Weasley.
- Já toda a gente tem os fatos preparados? – perguntou Molly.
- Hum-hum…
- O que é vais usar Harry? Não sabia que tinhas fatos de cerimónia… – comentou Arthur.
- Uma túnica do meu pai… – disse ele distraído – para alem de que, mesmo que não tivesse a roupa do meu pai, tinha sempre a túnica que vesti no baile… Mas esta é melhor! E onde é que vai ser o casamento?
- Vai ser aqui nestes montes… Os pais dela adoraram a paisagem! E como nenhuma família tem preferências religiosas…
- Quem vai dirigir a cerimónia? – perguntou Hermione
- Um padre local… Vai ser tão lindo! Flores por todo o lado!
- Espero que sim! Preciso de desanuviar um pouco! - disse Harry.
- Todos nós precisamos… – corrigiu Dumbledore.
- Todos para a cama! JÁ!
- Não quer ajuda para arrumar isto tudo? – ofereceu Hermione, em quanto os dois rapazes e Ginny se esgueiravam aproveitando a ordem para não arrumar a cozinha.
- Não, minha querida! Não te quero obrigar a ajudar-me sozinha enquantos dispenso O RON, O HARRY E A GINNNY DE ME AJUDAREM!
- Ok!
Subiram todos para os respectivos quartos.
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