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As férias passaram rapidamente e depressa o pessoal estava de novo em Hogwarts.
O jogo Griffindor/Slytherin (que por acaso era a final) dava-se na segunda semana de aulas e Harry conseguiu arranjar maneira de todos os dias treinar, visto que os estudos começavam agora a consumir a maior parte do tempo.
Ginny tinha que passar a vida com as suas colegas de ano, mas isso era para ela um sacrifício! Afinal de contas, qual era o objectivo em tar com alguém que a odiavam e que também ela odiava?
O que ela nunca tinha percebido era porque é que elas a odiavam!
Num Sábado, estavam a ter uma conversa “interessantíssima” sobre os olhos azuis dum rapaz que Anne Cashlin tinha visto nas suas maravilhosas férias, e Ginny coçou a testa.
- QUE ANEL É ESSE? É LINDO! – gritou Cármen, uma loira extremamente bonita, mas burra.
Ginny estendeu a mão casualmente feliz por ter alguma coisa com que lhes fazer inveja, porque não só o anel era maravilhoso como tinha-lhe sido dado pelo alvo preferido das conversas delas…
- Oh, este? Foi o Harry que me deu quando fiz anos, vinha com um fio e com uns brincos iguais…
- E tão bonito! Deves ser mesmo amiga dele, para te dar prendas tão… boas… – disse Cameron, uma rapariga negra com um enorme peito e rabo, com um sorriso extremamente amarelo.
- Bem, pode-se dizer que sim… Divertimo-nos juntos… – disse ela, pela primeira vez se estava a divertir.
- De que é que ele gosta nas raparigas? – Callia perguntou.
- Bem antes de mais, prefere-as naturais – disse com um sorriso propositado à rapariga que tinha o cabelo pintado de loiro – depois gosta dela inteligentes, divertidas, modestas, – Ginny estava a inventar completamente, mas aquilo era giro de fazer! – amorosas, simpáticas… Sei lá! Desde que não sejam burras, superficiais, convencidas, estúpidas, aborrecidas e umas p*tas autênticas… Acho que ele ia gostar… – acabou em grande estilo, com a caracterização perfeita das raparigas.
- Bem, ele está definitivamente à minha procura… – disse Anne descaradamente.
A ruiva mordeu os lábios para não rir descontroladamente.
Mas para destruir a diversão dela (ou para aumentar) o trio chegou da biblioteca. Harry usava a mesma roupa que tinha usado para ir ao cinema, e só agora é que Ginny teve a oportunidade de reparar o quão as calças eram justas.
Cerrou os dentes e fechou os olhos na esperança que as outras não reparassem.
- Oh Meu Deus!!!!! – exclamaram todas.
Afundou-se na poltrona.
- Que rabo!
Ainda mais.
- Vou ter de segurar as minhas mãos!
As costas já estavam no assento.
- Eu acho que vou ofuscar com aquela beleza!
No chão.
- Aiii! Tanta perfeição concentrada numa só pessoa.
A rebolar para conter o riso.
- Vou falar com ele! – anunciou Anne.
Bochecas sugadas para manter o silêncio
Ginny apurou os ouvidos.
- Olá, Harry!
- Hum… Olá…? – disse ele confuso.
- Tudo bem?
- Y-y-a… Desculpa, mas… quem és?
Ron e Hermione começaram a afastar-se.
- Anne Cashlin! Sou do sexto ano…
- Oh.. ok… - Harry coçou a cabeça sem saber o que dizer perante a apresentação surpresa de uma rapariga cuja camisola era tão decotada quanto a parte de cima dum biquini (para o qual claro não conseguiu evitar olhar) – Posso ajudar-te em alguma coisa?
- O teu cu, é lindo!
- Desculpa?
Ginny enfiou o punho na boca, e Hermione afundou a cara no ombro de Ron que por sua vez mordia o lábio inferior.
- O teu cu… é material de primeira! Pergunto-me a posição em que os teus pais te conceberam, porque na normal, não foi! - enquanto falava Anne aproximava-se dele, fazendo com que a certa altura ele estivesse encostado à parede, agora já toda a gente na sala comum tinha os olhos e as orelhas naquela conversa.
- Não acredito que essa informação te diga respeito! – respondeu, mudando de confuso para indignado.
- Também estou curiosa em saber se isto – disse agarrando partes intimas do corpo do pobre rapaz – também é material de primeira…
- Hei! – gritou ele tirando as mãos dela dali e pondo as dele como barreira a qualquer outra tentativa. – Que raio foi isso?
- Agora uma coisa que eu tenho a certeza de ser de primeira são estes lábi… – abafou o resto da palavra num beijo forçado, Anne de repente estava a beijar a parede.
Harry deslizou rapidamente as costas pela parede e ficou sentado no chão em estado choque.
- Eu não sei o que pensas que estás a fazer, mas isso não é… agradável – disse ele depois de passar a mão nos lábios no intuito de os limpar.
Levantou-se e empurrou-a, caminhou até Ginny agarrando-lhe o braço com força levou-a até ao dormitório dele.
- Tu és “amiga” daquela p*ta! O que raio foi aquilo? – exegiu saber.
- Bom, acontece que ela acha que é tudo o que tu sempre quiseste e suspirou…
Ele atirou-se para cima da cama e passou a mão pelo cabelo.
- Aquilo doeu!
- Doeu? Normalmente os rapazes até gostam…
- Até pode ser prazenteiro, mas quando feito como deve de ser! Pensava que ela me queria arrancar aqui o material!
- Um bocadinho drástico, não?
- Não! Só espero não ter ficado estéril… - disse numa expressão de fácil preocupação.
Ginny riu-se
- Sabes, elas estão a isto – aproximou o indicador e o polegar de forma a não deixar quase espaço nenhum – de criar um clube de fãs teu! – Disse sentando-se na ponta da cama.
Ele deu uma volta ficou deitado de barriga para baixo, atravessando a cama e começou a brincar com o tapete enquanto falava.
- Esse é o problema… O que é que eu fiz, para ter um monte de gajas atrás de mim?
Ela não gostava de falar sobre o assunto, mas já que estava tão divertida, nem sequer pensou nisso.
- Se calhar o facto de teres um cabelo lindo, uns olhos extraordinários, seres bonito e teres um corpo bom p’ró caraças… Ah, e a descoberta do dia, tens um cu sexy!
Ele riu-se.
- Que é suposto eu dizer? – perguntou corado.
- Não sei… talvez… Ah, sei lá! Só de me lembrar da tua cara!
Ron e Hermione entraram mortos de riso!
- Que raio foi aquilo, meu?
- Eu não quis que acontecesse, se é isso que queres dizer!
- Devias ter ficado para ver! Foi tipo isto: - Hermione abriu os primeiros botões da blusa e agarrou no peito puxando-o para cima – “ OH, é mesmo material do bom! É mesmo! Só tenho pena que não tenha ficado para eu o convidar até à minha cama! Ele ainda há-de ser meu!!!”
Toda a gente rebentou de riso, até ele que estava corado até à raiz dos cabelos!
- Meu Deus! Que p*ta! Sinceramente, quem é que ela acha que é? – interrogou-se Ron.
- Bom, visto de fora deve ter sido divertido… Mas não gostei lá muito de ter mãos estranhas em Partes privadas e bocas hum… “estrangeiras” na minha! Vocês nem sonham a força que ela fez! Foi nojento!
- Foi lindo! Desculpa, mas foi lindo! – disse Hermione.
- E vocês nem ouviram os comentários anteriores! Mal vocês entraram! Do género: “Oh meu Deus” e “ Que rabo!”. Desculpa Harry, eu sei que não gosta de comentar isto, mas… Foi extremamente cómico! Eu tive que rebolar no chão para não explodir de riso! Então quando elas me perguntaram que tipo de gaja é tu gostavas! Disse-lhes que se daria bem om qualquer uma que não fosse fútil, convencida, burra e oferecida… Sabes o que ela disse? “Oh, então ele está à minha procura”
- Este deve ter sido o dia mais cómico desde há muito tempo!
- Se ser assediado é cómico, então sim…
- Então e aquele “ gostava de saber em que posição é que os teus pais te conceberam”!
- Se querem que vos diga, nem sequer sabia que ela conhecia a palavra conceber! Sinceramente, quem é que aquela gaja pensa que é? – perguntou Ginny.
- Bem, não, sei! Só sei que aconteceu alguma coisa lá fora e estamos extremamente curiosos! – disse Dean que entrava acompanhado com Parvati, Seamus e Lavender, que eram agora namorados.
- Ron, fazes de mim, que acho que se levo com um apertão desse outra vez não sobrevivo, Hermione faz de… Hum… Anne, não é?
- Hum-hum.
Hermione chegou-se a Ron e disse numa voz exageradamente sensual:
- O teu cu é lindo!
Ron fez uma cara exageradamente corada e confusa.
- Desculpa?
- O teu cu é material de primeira! Em que posição é que os teus pais te conceberam, que um corpinho assim, não é normal! – continuou encurralando o rapaz entre ela e a parede.
- Isso não te diz respeito!
- Também tenho curiosidade em saber se ISTO é material de primeira – disse agarrando o conjunto do namorado.
Harry relembrando esse momento de sofrimento agarrou o seu próprio.
Os quatro amigos rebolavam de riso.
E explodiram quando Hermione fingiu o beijo forçado.
- Ela fez realmente isso? – perguntou Lavander incrédula.
- Infelizmente sim… por momento pensei que ela me queria capar!
- Meu Deus! Isso não deve ter sido muito agradável! – disso Seamus.
- Agradável até foi, para nós! Nem sabem o quanto o pessoal riu!
- O que é que estavas a fazer com aquelas gajas, de qualquer forma?
- Estava a conversar… se assim se pode dizer.
- Não! Eu digo mesmo, porque é que não estavas com connosco?
- Porque vocês estavam a estudar!
- Mas podias ter ido ter connosco!
- Eu sei, mas… queria ver porque é que elas me odeiam…
- Não é óbvio? – perguntou Parvati.
- Não…
- Vamos por pontos. Ponto um: Elas adoram o Harry. – começou Parvati.
- Ponto dois: Elas gostavam de ser próximas dele. – continuou Lavender.
- Ponto três: Elas gostavam que ele lhes oferecesse um anel destes – começou ela a apanhar.
- Vês com é óbvio! Tu tens tudo o que elas queriam! – exclamou Lavender.
- Fixe… – murmurou ela.
Harry tinha a cara tinha enfiado a cara numa almofada e rebolava na cama. Ginny arrancou-lhe a almofada e ele começou a rir histericamente.
- Que foi? – perguntaram todos ao mesmo tempo.
- Três coisas: A Ginny é odiada por minha causa, eu sou adorado por miúdas que são pura e simplesmente um exemplo do que eu odeio! E a melhor parte… Já repararam, o que isto significa?
- Não…
- Eu quero vingança e tenho-a aqui… Ao meu lado!
- Como assim…
- Se tu aceitares, mas só se tu aceitares, podemo-nos divertir à brava… Que tal fingir-mos que, hum… somos… digamos, namorados. – disse ele num tom formal.
- Bem fixe! – exclamou Ron.
Ginny pensou e não encontrou nenhum contra no meio de vários prós.
- Não vejo porque não, afinal tou farta que elas me chamem de freira…
- Só há um pequeno problema, temos que agir como tal!
- Não há problema, eu também quero vingança de 6 anos de tortura!
- Que giiiiro! Vamos ter um novo casal na escola!!!
- Não é linda, a minha namorada.
- Ainda não… Amanhã de manhã… no pequeno-almoço – sugeriu Hermione.
- Oh, ok!
Nessa noite Ginny riu tudo o que tinha para rir pois o dia seguinte ia ser maravilhoso.

Ginny entrou no salão principal com um sorriso deslumbrante. Sentou-se ao lado de Ron e Hermione.
- Onde é que está ele? – murmurou ao ouvido de Ron.
- Ele já vem.
Dean e Parvati e Seamus e Lavender entraram no salão a rir. A rir alto, afinal, ninguém os podia culpar… Quando passaram por Anne, como toda a gente na mesa de Griffindor e alguns de outras casas, olharam-na fixamente. Depois sentaram-se ao lado de Neville, Ron e Hermione.
- Estou a perder alguma coisa? – perguntou Neville depois a troca de olhares entre os sete amigos.
- Vais ver. – responderam todos baixinho.
Passados instantes Harry entrou em grande estilo parou a meio do comprimento do salão para que toda a gente pudesse ver.
- Demasiado teatral… – murmurou Hermione.
- Não… perfeito, afinal de contas um feiticeiro grande precisa de acontecimentos em grande.
- Antes de mais, bom dia a todos!
Todos ficaram a olhá-lo confuso.
- Sinto-me bem! Feliz, vocês não? Azar! Bom de qualquer forma… Devido aos acontecimentos da tarde passada preciso de esclarecer uma pequena coisa: ESTOU FORA DE LIMITES…
Anne, feita parva levantou-se e correu até ele.
- Não! Volta para o teu lugar… hum… Anne, não é?
Anne, de cabeça bem erguida, voltou para o seu lugar.
Ele cancelou o feitiço sonoro e caminhou até Ginny. Teatralmente, como Hermione disse, ajoelhou-se à frente dela e disse.
- Ginny, devido aos mais recentes acontecimentos, tenho mesmo de ser sincero e avançar com isto! Queres… hum… namorar comigo?
Ela, fazendo um esforço para não se rir perguntou:
- A sério?
- Hum-hum!
- Claro – murmurou ela.
Os dois puseram-se de pé.
Ela não conseguia acreditar que aquilo estava mesmo a acontecer.
Dois centímetros.
Até podia ser tudo a fingir, mas…
Um centímetro.
Eles iam realmente beijar-se.
Zero.
Os dois trocaram um beijo, e depois Harry sentou-se e ela abancou no colo dele. Cada um dava a comida ao outro e a melhor parte é que agora podiam rir-se.
O salão estava em estado de choque. Anne não conseguia respirar.

Na manhã seguinte quando acordou foi até ao quarto de Hermione, Parvati e Lavender. Fechou a porta com força e todas elas acordaram.
- Meninas, acho que o que nós fizemos ontem significa que eu vou sofrer se continuar naquele quarto. Olhem o que elas me fizeram!
- Ya… Inteligente… Mas isso é fácil de tirar, vai para a banheira!
Assim a rapariga, de cabelo verde fluorescente entrou na casa de banho. Lavender entregou-lhe um champô especial para tirar a tinta.
Quando saiu já só tinha o cabelo ligeiramente verde.
- Não consigo tirar mais…
- Já tá bom, agora nós tratamos do resto, ou melhor, eu, porque só é preciso uma pessoa – disse Parvati, a mesma tirou a varinha da mesinha de cabeceira e fez um feitiço para que o cabelo voltasse ao normal.
- Obrigada!
- Tudo por uma amiga! – disse Hermione – já agora, vamos falar com a McGonagall, quero-te fora daquele dormitório.
- Ok.
***
- Bom dia professora Mcgonagall.
- Bom dia meninas, em que posso ajudá-las?
- Seria possível mudar a Ginny de quarto?
- Receio que não…
- Professora, deixe-me explicar-lhe a situação: Com certeza já sabe do namoro entre a Ginny e o Harry.
- Estou a par disso, Miss. Granger, mas duvido que me esteja a pedir que a mude para o quarto de Mr. Potter. – disse com um sorriso.
-Bem, não propriamente, mas sabe, há um grupo de raparigas que se sentem atraídas pelo, hum… Harry, e elas ficaram um pouco, perturbadas com a relação deles os dois.
- Ah, compreendo, continue.
- Hoje, professora, acordei com o cabelo verde fluorescente, e não acredito que se continuar lá a situação melhore.
- Miss Weasley, só lhe posso fazer isto: dou-lhe uma semana e um feitiço anti-perturbação, se as “ameaças” continuarem, então sim, mudamo-la para o quarto de Miss Granger.
- Justo. Obrigado.
A professora abanou a varinha e à frente dela apareceu um pergaminho.
- Tem aqui o feitiço.
- Bom dia, professora.
- Bom dia, meninas!
As duas saíram e marcharam para a sala comum a fim de ir buscar as suas malas.

O resto da semana foi fantástico com Ginny a acordar sempre duma maneira diferente! Mas a gota de água foi quando acordou e não tinha roupas.
Tentou convocar as roupas, mas elas estavam protegidas. Enrolou um lençol à volta dela uma vez que, como estava calor, ela dormia de roupa interior apenas, e foi até ao quarto de Hermione.
Só para descobrir que as suas três amigas também não tinham roupas... Só soutiens e cuecas! As três enrolaram-se em lençóis e foram discretamente até ao quarto dos namorados.
- Hum, rapazes… temos um problema! Elas tiraram-nos as roupas todas…
- Na-a-a-a-ão podem convoca-a-á-las? – perguntou Harry entre bocejos ao mesmo tempo que abotoava a camisa.
- Não, estão protegidas…
- Ginny, não tens a roupa da minha mãe?
- Não, elas encontraram-na…
- Onde é que estão as roupas? – inquiriu Ron.
- Nos relvados a formar as palavras “BACK OFF” (N.A.: eles tão em Inglaterra, falam Inglês) – informou Hermione…
- Nós vamos buscá-las… esperem aqui… – disse Seamus.
- Já agora Ginny, não te esqueças, que hoje é o jogo, depois das aulas! – alertou Harry enquanto vestia as calças e punha a gravata à volta do pescoço.
- Não, não me esqueço.
Vinte minutos mais tarde os rapazes chegaram.
- Vejamos, de quem é este soutien, super Sexy? – perguntou Dean.
- Meu! – Hermione tirou-lhe o soutien das mãos.
- Ui! Uma tanga! – disse Seamus enquanto segurava a tanga bem no ar.
- Dá cá isso! – gritou Lavender.
- Ahh, Bom, isto tudo é da Ginny, eu tenho a certeza! – afirmou Harry entregando-lhe um monte de roupas.
- Sabes de cor as roupas dela? – espantou-se Dean.
- Eram da minha mãe…
- Oh…
- Bem acho melhor serem vocês a ver de quem é cada peça… Isto é macabro! – queixou-se Ron pendurando na sua varinha uma tanga e um soutien de renda cor-de-rosa choque.
- Muito bizarro! – exclamou Harry enquanto pegava numa camisa de dormir que só era opaca na zona do peito – encontramo-nos no salão, eu falar com a Mcgonagall sobre estas miúdas, elas estão a passar das marcas!
- Ok.
Os rapazes foram-se embora e elas ficaram a escolher as roupas.
Depois foram ter com eles ao salão para o pequeno-almoço.
Por esta altura já todos, menos as raparigas da classe de Ginny, tinham percebido que o namoro era a fingir…

À tarde foi o jogo.
Um grande jogo por ambas as partes, mas isso não foi o mais emocionante da tarde.
- E LÁ VAI POTTER! NUM GRANDE MERGLHO, SEGUIDO DE MUITO PERTO POR MALFOY! MAS, MAS…!!!! HARRY POTTER E DRACO MFOY ESTÃO A DOIS METROS DO CHÃO VÃO BATER! OU NÃO! OU SIM! ALIÁS, SÓ MALFOY! – gritava o novo comentador de Quidditch, um aluno chamado Clark – POTTER DESISTE DO MERGULHO… AHHH, JÁ PERCEBI! FINTA WRONSKY!!!! MALFOY ESTÁ A SER CUIDADO DE IMPROVISO, O EMBATE FOI VIOLENTO! E O JOGO CONTINUA!!! WEASLEY, CREEVEY, CHAMPBELL, CREEVEY, WEASLEY, E QUE PASSE!!!! CREEVEY, EEEEEEEEE GOOOOLO! COLIN CREEVEY MARCA GOLO, POR TANTO FICA 90 PARA GRIFFINDOR E 70 PARA SLYTHERIN!!!
“E RECOMEÇA PELOS SLYTHERIN, SLOTHER, FOSSY, FLICKERAW, FOSSY, SLOTHER EEEEE WEASLEY DEFENDE!!!!
“ESPEREM, POTTER REGRESSA À CAÇA! E MALFOY RENEGA A AJUDA, MONTA A VASSORA E LÁ VÃO ELES! POTTER TEM UMA VANTAGEM MUITO GRANDE E LÁ VAI OUTRO MERGULHO… COMEÇO A FICAR ENJOADO DE TANTOS!!!! VOLTAM A SUBIR!!!!! MEU DEUS! NÃO TÊM VERTIGENS??!!!
“ESPEREM, AHHHH, POTTER APANHOU A SNITCH DOURADA! GRIFFINDOR GANHA! OS GRIFFINDOR GANHAM A TAÇA!
“WOW!!! QUE MERDA É ESTA?!!!
Malfoy saltara para cima de Harry atirando-o da vassoura abaixo! Ginny gritou e começou a voar em direcção aos dois corpos, mas não era rápida o suficiente, decidiu-se por segurar a vassoura de Harry!
- DEUS! ELES VÃO MORRER! DUMBLEDORE NÃO ESTÁ CÁ! – gritou Clark. – HARRY CONSEGUE MUDAR DE POSIÇÃO! MALFOY EM BAIXO, SE ALGUÉM MORRER É MALFOY!!! O QUE É QUE ELE ESTÁ A FAZER?! A VARINHA! MAS QUE RAIO É QUE ELE PENSA QUE VAI FAZER COM A VARINHA! NÃO TEM TEMPO… QUER DIZER, TER TEM… MAS EM P’RAÍ 10 SEGUNDOS O EMBATE É DADO! O QUE… AHHH, UM FEITIÇO DE ALMOFADAR, CLARO… MUITO ESPERTO… MUITO! 3, 2, 1: KABOOM!
Malfoy nada feliz por quase morrer e não conseguir matar Harry tentou sufoca-lo.
Os dois andavam às cambalhotas no relvado almofadado, Harry conseguiu soltar a mão e enfiou um murro no focinho do Draco que ficou a escorrer sange no nariz.
- Que se passa contigo?! Foi só um jogo!!! – exclamou ele enquanto limpava o sangue da cara.
- Só um jogo? – berrou Malfoy, ao mesmo tempo que estrebuchava contra as pessoas que o seguravam, para que todos ouvissem – Não tem nada a ver com o jogo! Sabes quanto custa ganhar a consideração do Senhor das Trevas?
Harry ficou imóvel, a olhar para Malfoy.
- ÉS PASSADO! TENTAS COMETER HOMICIDIO SÓ PARA AGRADAR VOLDEMORT?! QUE É QUE TENS NA CABEÇA? AREIA?!!
A voz amplificada de Snape encheu o estádio.
- Mr. Malfoy é responsável por tentativa de homicídio, está expulso desta escola, nem pense em cá pôr os pés outra vez. Você é uma vergonha para a sua casa!

*****

No jantar só se falava do incidente.
- Harry! Tens de comer alguma coisa! – ralhou Ginny ao ver que o rapaz fazia padrões e desenhos no puré de batata em vez de o comer.
- Não tenho fome…
- Harry, deves estar a precisar de muito apoio, queres miminhos? – perguntou a voz de Anne por detrás deles.
Sem retirar o olhar da comida, Harry passou a mão pela cintura de Ginny.
- Na verdade, tenho-os todos aqui, obrigado.
- Sabes, Harryzinho, querido, só sabes que precisas de algo até o encontrares! Para além disso eu já sei que o namoro é a fingir – continuou a rapariga começando a massajar as costas dele.
Ginny, apesar de já nem a fingir ser a namorada dele agiu como tal.
- OUVE, SUA PUTA! TOCAS-LHE MAIS UMA VEZ E NEM SABES O QUE TE ACONTECEU! POSSO NÃO SER A NAMORADA DELE, MAS SOU AMIGA E SEI O QUE ELE PENSA! ELE NÃO ESTÁ INTERESSADO EM TI! ADMITE! NÃO É SÓ POR TERES UM PEITO MAIOR QUE O MUNDO E UMA CARA LAROCA QUE VAIS CONSEGUIR TUDO O QUE QUERES, E O HARRY, É UMA DAS COISAS QUE NÃO CONSEGUES. E SÓ PARA QUE CONSTE! NO OUTRO DIA: MAGOAS-TE-O EM SÍTIOS MUITO DOLOROSOS!!! DESAPARECE, CABRA!
- COMO É QUE SABES?! QUE EU SAIBA NÃO LÊS A MENTE!
- E se ela ler? – interveio ele calmamente – é que ela disse tudinho o que eu acho!
- COMO É QUE A PREFERES A MIM! EU TENHO TUDO PARA TE DAR! ELA É… É… UMA ORDINÁRIA!
- Ouve o que as pessoas te dizem… Lá por seres bonita, não significa que sejas tudo o que eu quero! Eu quero uma pessoa modesta, não uma convencida como tu! Alguém honesto, tu não és! Interessante, juro-te a pés juntos que és tão monótona quanto o professor Bins! Alguém inteligente, o que definitivamente não és! Ah e claro, prefiro muito mais uma rapariga muuuito, muuuito, muuuuito tímida a uma PUTA! E sim, aquilo doeu!
- UM DIA VAIS SER MEU!
Ginny olhou para ele com um olhar suplicante.
- À vontade…
Ela ergueu a mão e deu uma chapada tão forte que se ouviu no salão inteiro… ok, sem exageros, que se ouviu em quase todo o salão!
- MISS WEASLEY, acho que chega de pancada por hoje, quinze pontos a menos para Griffindor! Mr. Potter, dez pontos a menos, por linguagem pouco apropriada. E Miss Cashlin, castigo por perturbação, devido a uma semana inteira a incomodar Miss Weasley e seus amigos. Venha comigo.
Para ainda mais agitação uma pequena ave, cuja raça ninguém conhecia, entrou pelas janelas e foi de encontro a Ron.
- Fixe!
- Que foi? – perguntaram Ginny, Harry, Hermione.
Ron pegou fogo à carta e disse animadamente.
- Não posso contar! – disse saindo a correr.
- O que raio se passa hoje? – perguntou Harry.
- Não sei… – murmurou Ginny, voltando a sentar-se e começou a brincar com a comida.
Também ela perdera o apetite.

****
Três dias depois, três pombas causaram sensação no salão principal, voando pelo meio das corujas. Uma parou à frente de Ginny, outra à frente de Hermione e a outra à frente de Harry.
Ela pegou no cartão atado à volta da pata.

“ Hei, Ginny!
Como és família tens direito a um convite especial!
Como sabes há dois anos quase, que eu e a Fleur, estamos juntos!
E como se diz, os opostos atraem-se. Eu posso ser humilde e ela riquinha e chique, mas amamo-nos. E eu até já aprendi algumas coisas como lhe ensinei outras!
No próximo dia 1 de Junho nós vamos dar o nó e a Fleur vai passar a ser a tua irmã!
Espero que vocês todos possam vir… aliás, podem! Já falei com o professor Dumbledore.
Bejos,
W.W. (com o consentimento da Fleur)
P.S.: VAIS SER MADRINHA”

- Eu sou o padrinho do Bill! Ele nem preferiu que fosse um amigo ou o Charl, ele escolheu-me a mim! – exaltou-se Ron.
- Porquê?
- Não sei… ele não disse! Mas vai ser fixe… ser o padrinho!
- Quem é a madrinha?
- Eu! – respondeu Ginny.

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