Lyss Miriam



Na segunda semana de aulas deu-se o primeiro jogo de Quidditch. Harry pôs a equipa a trabalhar a fundo.
- O jogo será fácil, mas isto é só uma premonição! Eles estão melhores, mais fortes, mais ágeis. Quero todos a treinar a fundo, e quando digo a fundo é mesmo a fundo! Eles podem não estar à nossa altura, e garanto-vos que não estão, mas que estão melhores, lá isso estão! durante esta semana vamos treinar dia sim, dia não, e nos outros jogos não será diferente! Quer a gente tenha o jogo no papo quer não, temos que dar tudo por tudo. E eu sou o exemplo disso em pessoa. No meu terceiro ano eu perdi um jogo contra os Huflepuff, apesar de termos treinado no duro. – dissera ele à equipa toda.
- Foste atacado por Dementors… - murmurou Ginny, mas calou-se ao receber um olhar duro do capitão.
Assim se fez. Harry, sabe-se lá como, conciliou os estudos com os treinos e passaram a semana no campo a treinar.
Quando finalmente o jogo chegou estavam mais que prontos. Harry tinha assistido a alguns treinos deles por longe e tinham aprendido a defender-se das tácticas deles. As jogadas mais importantes do jogo não tinham sido ensaiadas, pois os Hufflepuf poderiam ver como eram, mas estavam mais do que decoradas.
- E aí vem a equipa dos Griffindor! O recém-nomeado capitão Potter, como seeker! Os três chasers: Creevey, Campbell e Weasley! Como beaters temos os sucessores (aptos) dos lendários Fred e George Weasley: Jonas e Bright. E o grande herói do campeonato passado, como Keeper: Weasley!
Uma salva de aplausos à equipa vermelha e dourada varreu o estádio.
- E agora os Hufflepuf entram em campo liderados pelo capitão, Smith! Como um dos Chasers, o resto dos três são Bones e Watson, os beaters são Londryin e Williams, a keeper Ravins e o Seeker Kohlers! (N.A.: inventar nome… ui ui!)
Outra sessão de aplausos correu o estádio.
O jogo começou com um excelente Dopplebeater Defence (N.A.: táctica em que os dois beaters batem ao mesmo tempo na mesma Bludger causando maior impacte e um ataque mais forte) dos dois beaters de Griffindor obrigando Ravins a usar a Sloth Grip Roll dando oportunidade a Ginny para marcar dez pontos a favor de Griffindor!
O primeiro truque estava feito!
A seguir veio a Woollongong Shimmy, a dança ziguezagueada a alta velocidade confundiu os chasers e o Keeper dos “amarelinhos”, dando a Colin a situação perfeita para o golo, Situação que este não desperdiçou.
Mais dez pontos para Griffindor.
Seguiu-se um ataque da parte dos Huffle Puff, mas felizmente não deu em nada pois Ron defendeu.
Hawkshead Attacking Formation, foi outra das técnicas pesquisadas por Harry! Obrigando os adversários a afastarem-se perante a seta, formada pela equipa vermelha, liderada por Campbell. A quaffle saltava de mão para mão e deu uma volta completa antes de ir para às mãos do líder da seta.
- 30 para Griffindor, 0 para Huflepuff! Acho que nunca se viu nada assim! A equipa de Griffindor está a utilizar os métodos mais raros!
Logo a seguir, Ginny deu graças a Petrova Porskoff, uma chaser russa. John Campbel ergueu-se no ar e quando tinha quase todos os chasers amarelos atrás dele olhou para baixo e verificou que Ginny estava mesmo por baixo, em posição. Lançou-lhe a quaffle e Ginny marcou não dando hipóteses a Ravins!
A equipa de Griffindor estava mais ousada como nunca se tinha visto. Podiam-se ver os flashes da máquina de Dennis Creevey, afinal um jogo destes iria ficar para a memória!
Entre estes e outros ataques os Huffle Puff marcaram dez pontos, mas nada compardo com o 5 golos que os Griffindors já tinham marcado por essa altura.


(N.A.: esta vai ser das poucas partes em que o ponto de vista vai ser de outra pss se não Ginny)
Lá em cima Harry , sorria orgulhoso da sua equipa. Voava lado a lado com Kohlers, à procura da Snitch dourada.
Finalmente, aos vinte minutos de jogo, avistou-a.
Numa espiral tão apertada que quase rodava sobre a própria vassoura começou a descer. Levava Ernest colado a ele. Era agora ou nunca. Retirou a mão do cabo da vassoura e preparou-se para fazer uma das fintas mais difíceis do Quidditch. Não a tinha explicado a ninguém, nem tinha avisado a equipa que a ia usar. Parou de rodopiar por um bocado, ganhando mais velocidade como consequente, mas para sua felicidade Ernest conseguiu acompanhá-lo. Esta descida cortou a respiração ao público. Harry calculou que estava na posição ideal, estendeu o braço e recolheu-o tão rápido com o tinha estendido, fingindo assim um soco no nariz e assustando o adversário que parou a descida. Kohlers não sabia o que lhe tinha acontecido e ficou parado, dando tempo a Harry para acelerar a fundo e recomeçar a espiral. Pela segunda vez no jogo Harry esticou o braço, mas desta vez não foi para fazer a finta Transylvanian Tackle, foi para fechar a mão sobre a pequena bola dourada e sentir as pequenas asinhas a debateram-se entre os seus dedos.
Ergueu o braço no ar e começou a subir em direcção aos restantes membros da equipa!
- E GRIFFINDOR GANHA! POR 230 A 30!!! NUM JOGO NUNCA ANTES VISTO!


Ginny não conseguia acreditar! Harry tinha feito uma coisa praticamente impossível! A equipa toda junta desceu até ao relvado. As duas equipas apertaram as mãos.
- Que jogo! Meu Deus! Vocês nem nos davam oportunidade de tocar na bola!
- Sabes como é… Não podia ter pena de vocês! – respondeu Harry com um sorriso deslumbrante.
- Ya, notamos isso! – respondeu meia apatetada Susan Bones, com um sorriso.
Era incrível como aquela equipa conseguia estar sorridente depois de uma derrota daquelas!
Ambas as equipas seguiram para os respectivos balneários. Tomaram duches e vestiram-se.
A tarde na sala comum foi gasta a comentar as fintas. Harry tinha ido desenterrar as fintas usadas no Quidditch profissional.
- Harry! Como foi? Como é que tu fizeste aquilo?
- Também não sei, mas treinei-a várias vezes, mas sem ninguém, claro… - respondeu ele perante a cara interessada de Ginny.
- É uma das fintas mais difíceis de sempre!
- Eu sei… – ele coçou a cabeça distraído – Mas contra o Malfoy vou usar a mais difícil…
- A finta Wronsky? Tás maluco! Ainda vais ao chão!
- Talvez… mas se eu for ele também vai…
- Então e para os chasers? Já arranjas-te mais estratégias?
- Nop, mas vou combinar algumas… a ver se dá.
- Vou tomar banho…
- Ya, eu também… falta uma hora para o jantar.
Os dois seguiram os caminhos opostos.
No jantar aguardava uma surpresa a todos os alunos.
- Boa Noite, a todos. Antes de mais queria felicitar a equipa de Quidditch dos Griffindor pela excelente exibição! Sem palavras! Digo-vos que espectáculo igual a este só na época da equipa liderado por James Potter… Tal pai, tal filho. – Harry sorriu de orelha a orelha e vários colegas lhe deram umas palmadinhas nas costas. – Dito isto, passemos ao importante, este ano, temos uma excepção. Uma aluna da escola de magia da Irlanda, vai juntar-se a nós. Por motivos de segurança não pode continuar na sua anterior escola e era muito importante que continuasse com os seus estudos. Já lhe fizemos os testes e ela entrará directamente para o sétimo ano. Vamos agora fazer a selecção para a casa para que todos os alunos possam saber e ter garantias de que ela está na casa correcta quer em tempos positivos, ou negativos.
As portas abriram-se, entrou Argus Filch, carregando o banco tripé e o chapéu seleccionador. Seguindo o caminho do empregado vinha uma rapariga.
A rapariga vinha já com o uniforme vestido. Tinha os cabelos mais bonitos que alguém ali alguma vez vira. As raízes eram vermelhas vivas e continuava dessa cor até à altura dos ombros, altura essa em que começava a clarear e a ficar cor-de-laranja, assim era até à cintura onde começava a ficar ainda mais claro, tornando-se loiro! Parecia fogo!
Nervosa debaixo de tantos olhares curiosos sentou-se no banco. Filch colocou-lhe o chapéu.
- Hum… Inteligente, sim, mas leal! No entanto, nem Ravenclaw, nem Huflepuff… Slytherin, talvez… Ou… Sim! Vejo Bravura, muita bravura! GRIFFINDOR!
Os ombros dela desceram de relaxamento e a mesa de Godric entrou num silvo de aplausos simpáticos.
- Lyss Miriam, o novo membro de Griffindor! – anunciou Dumbledore.
Lyss caminhou até à mesa. Olhou em volta, o trio e Ginny, num reflexo de simpatia levantou o braço. Ela sorriu e sentou-se ao pé deles.
- Oi, bem-vinda a Hogwarts, eu chamo-me Ronald Weasley! Mas prefiro que me trates por Ron.
- Olá.
- Sou a Hermione, mas Herm é mais fácil!
- Ginny Weasley, Bem-vinda!
Lyss olhou durante um bocado para Ginny.
- Tens um cabelo lindo! – disse ela.
- Nada comparado ao teu. – sorriu Ginny.
- Na verdade a um certo ponto enjoa!
- Desculpem interromper uma conversa tão interessante, Harry Potter, prazer.
Ela inclinou a cara, como se não tivesse compreendido o que ele tivesse dito e depois um sorriso abriu-se-lhe.
- O prazer a todo meu! Imagina… O rapaz que sobreviveu!
- Cuidado! Se fazes dele um Herói ele ainda te mata! – comentou Ron.
Ela não compreendeu nada do que Ron disse.
- Desculpa, ele não se expressou muito bem, o que ele queria dizer era que o Harry não gosta de ser considerado um herói, ele abomina a fama.
- Ah, obrigado Hermione.
O jantar iniciou-se e Lyss parecia deliciar-se a cada palavra e sorriso de Harry. Ginny não gostou nada disso!
- É verdade, eu vi o jogo, e não pude deixar de reparar que pelo menos a vossa equipa é de extrema qualidade. – virou-se para Harry – Deves ser um óptimo capitão.
- Na verdade, é mais que óptimo! – Disse Ginny, com uma pitada de orgulho mas também de ciúmes!
- Mas o que é um bom capitão sem uma boa equipa? – perguntou Harry passando o braço por cima dos ombros de Ginny, isso acalmou-a.
- Pois, vocês os dois também estiveram um espectáculo! – elogiou a jovem Miriam.
- Obrigado! – agradeceu Ron.
- Fui ensinada a voar pelo meu irmão, que foi um excelente seeker, acho que lhe devia pelo menos, jogar bem…
- Harry, e tu? Quem te ensinou a voar? Quer dizer… cresces-te com muggles…
- Na verdade… ninguém.
- Ninguém?!
- Yah, desde o primeiro ano que eu sou seeker na equipa.
- Tinhas que idade?
- Onze. O meu pai era me’mo excelente! Pelo menos pelo que dizem… Enquanto ele foi capitão ganharam sempre a taça! Pena que eu só possa ser um ano!
- Deves ter saído ao teu pai.
- Deve, não! Saiu! – exclamou Ron.
A semana passou e Lyss foi-se integrando cada vez mais no grupo de amigos. Harry e Ron recebiam olhares de inveja dalguns rapazes e Miriam foi várias vezes alvo de partidas de mau gosto de raparigas ciumentas. Ginny estava cada dia mais insegura quanto a Harry. Ele parecia apreciar imenso a companhia dela, mas no entanto também ganhara uma grande afinidade com a irlandesa, não esquecendo o facto desta estar obviamente apaixonada (ou melhor obcecada) por ele!
***
No fim do mês, na sexta –feira antes duma visita a Hogsmaede, Ginny andava atarantada à procura do seu livro de poções. Quando chegou à conclusão que o deixara na sala de poções decidiu ir falar com a professora Minerva.
Estava a chegar ao corredor que levava ao gabinete teve um choque.
Harry estava encostado à parede e Lyss estava de mãos apoiadas no cinzento das pedras a beijá-lo.
Ginny não quis ficar para mais.
Virou-se sem fazer barulho e sem olhar para trás e voltou para a torre.
Passou a tarde toda a chorar. Nem sequer saiu para jantar.
Porquê? Porque é que ela tinha de o amar, logo a ele?! Porque é que tinha de escolher um rapaz que a magoava tanto? Não que ele quisesse, claro. Mas logo com ela! Só a conhecia havia uma semana…!
Ela adormeceu, mas sempre com pesadelos e acordando de cinco em cinco minutos e assim se passou a noite.
Levantou-se às seis da manhã e vestiu-se, arranjou-se como nunca tinha feito (só para festas). Poderia magoá-la ainda mais, mas ela iria a Hogsmaede ouvir o anúncio de namoro da boca dele, saber as razões. Em que é que ela, Ginny, tinha falhado.
Estudou a manhã toda, enfiada no quarto, que nem uma marrona. Não tomou pequeno-almoço nem almoçou, não tinha fome alguma!
Era já de tarde e horas de ir. Desceu mas não encontrou ninguém, já tinham ido todos. Subiu até ao quarto para ver se Hermione ainda lá estava.
Qual não foi a sua surpresa quando encontrou Hermione lá, mas não estava sozinha, Lyss também lá estava.
Esta última chorava compulsivamente.
Ginny fez um esforço para sentir pena dela, na realidade, não sentiu nenhuma. A voz saiu-lhe azeda, mas conseguiu disfarçar com um espirro.
- Que foi? Que se passa?
A “ruiva” levantou os seus olhos, castanhos quase amarelos, fixou-os nos da jovem Weasley, com imensa dor, como se tivesse percebido o azedume. Ginny, envergonhada com os seus sentimentos desviou o olhar e de súbito sentiu pena de Lyss.
- Hei, Lyss, que foi? Porque está assim? – perguntou com uma voz mais doce.
Ela tentou falar, mas ao abrir a boca não saiu som nenhum sem ser outro soluço, olhou para Hermione e pediu-lhe, para começar, com os olhos molhados.
- Ela tentou arriscar com o Harry.
A verdade passou ao lado de Ginny, ainda precisou de mais para perceber.
- Como assim?
- Tentei beijá-lo, bem, beijei-o! Mas ele afastou-me e disse que só gostava de mim como amiga. Eu pensava mesmo que ele gostava de mim, eu gostava tanto dele. Divertíamo-nos tanto juntos! Parecia mesmo! Resolvi avançar… mas ele disse que não dava, que não conseguia, só me conhecia há uma semana e que… que…
- Que quê? – incitou Ginny e lançou um olhar esperançoso a Hermione que apenas encolheu os ombros.
- Também não sei…
Lyss recomeçou a chorar ainda mais fortemente enquanto a verdade esbarrava em Ginny, se ela lá tivesse ficado mais um bocado talvez tivesse visto Harry a rejeitá-la. A esperança de alguma vez o conquistar voltou, por muito pouca que fosse.
- Lyss, o que foi que ele disse mais? – perguntou Hermione depois de meia hora de choro.
- Que… que… que ele já… j… gos-gostava de a-a-alguém… – disse ela entre soluços.
A esperança que tinha enchido o coração de Ginny desvaneceu-se.
- Quem? – perguntou Hermione ansiosa.
- Não... –
Mas Ginny não ouviu mais. De repente a sala começou a andar à volta e as vozes das duas outras raparigas desvaneceram-se, ficou tudo um turbilhão. Não conseguia nem pensar!
*
Abriu os olhos com grande esforço, uma dor de cabeça latejante impediu-a de os abrir totalmente. Quanto tudo focou ela viu o olhar preocupado de Hermione e Lyss sobre ela.
- Onde estou?
- Na enfermaria – disse uma voz vinda de longe – a menina desmaiou.
- Oh…
A jovem sentiu um forte espasmo no estômago, não comia nada havia horas!
- Ginny, tu comes-te alguma coisa ontem ao jantar?
- Não, Hermione, nada desdo almoço d’ontem…
- Excelente! A menina por acaso sabe que o corpo precisa de energia, essa energia é dada por nutrientes e que esses nutrientes residem na comida? – perguntou Mrs. Pomfrey zangada.
- Sei… – respondeu envergonhada.
- Coma isto e depois beba isto. A seguir pode ir. Têm três horas ainda para a hora de vir de Hogsmaede, sugiro que coma rápido e dêem uma voltinha. Vocês verifiquem que ela come!
- Claro – falou Miriam.
Ginny comeu tudo de bom grado, tinha imensa fome!
Fizeram como a enfermeira sugeriu, Lyss, ainda muito cabisbaixa apenas as seguiu sem grande vontade de ir.
Felizmente quando encontraram os rapazes eles estavam um bocadinho longe e as duas evitaram que a amiga visse Harry.
Beberam umas cervejas e foram até à loja de doces. A seguir foram visitar o mais novo estabelecimento da vila.
- Genialidades Weasley…? Weasley não é o teu apelido?!
- Estás prestes a entrar na loja dos meus maninhos!
Mal entraram, dois rapazes de 19 anos iguais como duas gotas de água vieram cumprimentá-las com grandes sorrisos.
- Mana! Como vão as coisas? Quem é esta beleza? – inquiriu George ao reparar em Lyss, que corou violentamente.
- Chama-se Lyss Miriam. – respondeu Hermione.
- Ahhhh, então és tu a rapariga de que todos os gajos falam! A Irlandesa! Tens sotaque? – interrogou Fred.
- Sim, algum…
- Algum? Já deu p’a notar em duas palavras! Me’mo fixe! De qualquer forma, maninha, nós queríamos mostrar-te algo!
- George? O que é vocês estão a tramar?
- Nada de graves consequências…
- Se for tudo feito como deve de ser! – completou George.
- E o que é que tem de ser feito como deve de ser? – perguntou Lyss curiosa.
- O remédio dos renegados! – Anunciou Fred teatralmente, e igualmente assim George completou:
- A NOVA Poção do Amor! Dose de um dia, uma semana “eeeeee” um mês!!!
- ESTÃO MALUCOS? Já pensaram nos danos psicológicos que isto pode causar!
- Hermione, minha querida cunhada! Nós pensamos nisso, por isso é que contém uma fórmula de esquecimento para ambos consumidores E “vítimas”!
- E ouve só a parte brilhante da coisa: só te esqueces da paixoneta e coisas sobre ela e feitas durante!
Hermione estava agora mais que atenta.
- E para termos a certeza que o nosso amigo tímido não fica ainda mais tímido por ser negado, a pessoa que toma esta poção torna-se fascinante para o seu alvo.
- E se o “alvo” estiver no meio duma relação? Acaba a relação por causa duma poção estúpida?
- Calminha aí! A poção, ou melhor nós não somos estúpidos! - disse George parecendo ofendido – o facto é: Que tu ainda não percebes-te que nós pensamos em tudo quando inventamos a mais nova versão da poção do amor!
- Pessoas em relações amorosas, NUNCA são o alvo! Nesse caso, o cérebro, estimulado pela poção, irá escolher a primeira pessoas descomprometida que lhe apareça à frente.
- E como descomprometida, queremos dizer, não apaixonada!
- E se essa pessoa tiver alguém atrás dela? Magoam-na!
- Nesse caso, minha cara, temos duas coisas a dizer-te:
- 1ª: Isso já acontece na vida real!
- E 2ª: essa pessoa que compre a poção e vê se consegue apanha-lo(a).
- E se – preparou-se Hermione para contra-atacar – o amor durante o efeito da poção se tornar verdadeiro, fica apagado pela fórmula de esquecimento!
- Isso é regra geral no mundo da magia!
- Em todos esses livros que lês-te nunca te apareceu lá que nenhuma fórmula mágica
- Por mais forte que seja
- Não apaga amor verdadeiro…?
- Oh… – Hermione fez uma cara pensativa – E se… Oh! Esquece. Tenho de admitir, está perfeito!
- Bem, Fred… Se impressiona-mos esta gaja impressiona-mos toda a gente!
- Gaja? – disse Herm ameaçadoramente
- Menina…? – perguntou Fred inocentemente
Ginny olhou em volta à procura dum relógio, encontrou.
- Nós temos que ir! Ficamos de ir ter com o Neville e com a Luna ao Três Vassouras!
- Ok, a gente vê-se, na próxima visita.
- Espero que sim! Estou curiosa com estas brincadeiras todas! Extraordinário! Até à vista! – despediu-se Lyss.
- Esperamos ansiosos pela tua próxima visita! – disseram os gémeos em conjunto – Xau!
O resto do tempo foi passado no 3 Vassouras, com Neville e Luna, a conversar sobre banalidades e tentando ao máximo desviar o nome Harry da conversa. Esse mesmo tivera a decência de não as ir procurar.
O dia foi cansativo, porque cada vez que o rapaz de cabelos negros e olhos verdes passava por elas os olhos de Lyss Miriam enchiam-se de lágrimas e ela soluçava silenciosamente.
Durante os primeiros dias de Fevereiro as coisas não melhoraram muito, apesar de não chorar Lyss ficou a semana toda extremamente calada.
Era dia 6 de Fevereiro, quinta-feira, Lyss veio ter com ela, era já de noite.
- Ginny, hum… eu acho que já não sinto nada pelo Harry…
- Isso é bom! – exclamou ela, mas sentia que aquilo não era tudo.
- No entanto… acho que… que… estou apaixonada por…
- Pelo meu irmão…?
- Não! Por um gajo dos Ravenclaw…
- Como é que se chama?
- Neil, é loiro e alto, bonito, é aquele com o sorriso pepsodente!
- Ahh, do sétimo ano, também? Força! Ataca.

A partir daí Lyss afastou-se dos amigos nos Griffindor e aproximou-se dos Ravenclaw, não demorou muito até ter Neil a seus pés, e na verdade Ginny não estava muito triste em perder a amiga.

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