Natal em família...



O primeiro vislumbre na mesa foi, para Ginny, um regalo. Um aspecto que nem a comida de Hogwarts nas festas tinha! Era definitivamente a comida de sua mãe… a comida caseira!
O almoço também correu lindamente, com conversas ali e aqui. Bill e Charlie conversavam sobre Quidditch, os gémeos descreviam as suas novas invenções, Harry conversava animadamente com os pais de Ginny, sobre as notas, Hermione e Ron discutiam, nem sequer o namoro conseguia fazê-los parar! Ginny conversava com Fleur, a namorada do seu irmão mais velho, e com Dragana («não podia ser um nome melhor…» pensou ela mal lhe apresentaram a companheira de Charlie), ela era Russa, era filha de um bruxo e de uma muggle, tinha conhecido o ruivo num bar. Era muito bonita, com cabelos pretos compridos e olhos azuis muito claros.
Gostou muito da rapariga. O seu sotaque era bastante acentuado, mas tinha um vocabulário muito vasto!
Depois do almoço, foram todos para sala e tiveram a ver fotografias. Apesar de pobres, os Weasley, sempre tiveram uma paixão por fotografias familiares e tinham imensas. Ginny adorava uma em que estavam todos os sete agrupados e super sorridentes numa praia. Nessa foto, Ginny tinha ainda sete anos.
Harry mostrou o seu álbum. As primeiras páginas eram reservadas ao namoro de James e Lilly. Depois vinha o casamento onde estava a fotografia mais bonita até agora. Os noivos com Sirius e Remus. James pegava a sua amada ao colo e beijavam-se, enquanto que Remus e Sirius sorriam muito abertamente a olhar para os seus melhores amigos.
Havia também outra de Harry bebé a rir-se enquanto James o segurava no ar acima da sua cabeça.
- Pareces-te tanto com o teu pai, Harry! Mas os olhos são os da tua mãe… O teu pai e a tua mãe eram muito bonitos, tal como tu… Herdas-te as melhores coisas deles! – observou Fleur, espantada pelas parecenças entre Harry e seus pais.
- Bem… Obrigado, se o achas… - disse Harry coçando a cabeça envergonhado.
Então um separador dizia – “HOGWARTS”
Aqui começavam as fotografias de Harry na sua adolescência.
- Quase todas foram tiradas pelo Colin, mas há uma ou duas pelo Sirius ou pelo Lupin.
Molly emocionou-se quando viu a primeira foto:
Por cima da figura estava escrito “A MINHA (-visto que todos os que poderiam ser uma família directa para mim morreram – dissera ele mal se virara a página) e a MELHOR família” numa letra floreada.
A fotografia tinha sido recortada do Profeta Diário, era de quando tinham ganho um prémio e tinham ido ao Egipto visitar o Bill.
Por baixo a foto estava legendada e comentada!
Molly com lágrimas nos olhos virou-se para Harry.
- Oh, Harry! Eu não sei o que dizer!
- Não diga nada! Vocês são a minha família!
Ela abraçou o jovem Potter, e voltou a olhar para a foto.
- Céus! Como eu estou gorda! – brincou limpando as lágrimas dos olhos.
Toda a gente se riu.
Passaram a página e encontraram uma imagem que continha os três melhores amigos: o dono do álbum, Hermione e Ron abraçados.
As páginas seguintes eram episódios passados. Jogos de Quidditch. Havia uma foto em que estava a antiga equipa de Harry no segundo ano de Ginny a celebrar a vitória do campeonato. A equipa toda gritava e abraçava-se. Wood estava completamente incrédulo.
Passaram mais uma e chegaram ao quarto ano de Harry. Também recortada do Diário Profeta estava uma foto dos campeões das escolas. E mais adiante outras fotos das tarefas.
Havia poucas do quinto ano, mas as que haviam eram boas. Ginny corou imenso quando no cabeçalho duma folha estava escrito “GINNY WEASLEY”.
E na figura lá estava ela a sorrir para a câmara, ela lembrava-se de Colin pedir que ela sorrisse.
- Raios! Ficas-te bem nest’aqui, manita! – elogiou Charlie.
- Em que foto é que ela não ficaria bem, a nossa mana é linda!
- Ham… Bill? Podem parar de dizer isso...?
- Mas é verdade, Ginny, vocês são uma família de gente bonita. Não consigo achar ninguém feio… – Dragana olhou à volta da sala, como se à procura de alguma coisa.
Todos os Weasley coraram, e para quebrar o silêncio Harry olhou para o relógio.
- São quatro, e se fossemos dar uma volta pelas redondezas? Isto aqui é lindo, e agora com a neve ainda é mais!
- Perfeito – disse Bill levantando-se e pegando na sua garrafa de cerveja amanteigada, e bebendo o resto (cerca de metade!) duma vez só.
Estavam a sair de casa e Ron perguntou uma coisa às duas raparigas novas.
- Realmente não percebo o que vocês vêm nos meus irmãos!
Fleur riu, Dragana corou, mas responderam. Primeiro a Delacourt.
- O Bill, é simpático, divertido, inteligente, compreensivo… muita coisa…! – enquanto respondia olhava com carinho para o namorado que sorria deliciado.
- E tu, amor, o que vês em mim? Agora tou curioso… – perguntou Charlie à sua companheira.
- Tudo!
- Tudo??? – interrompeu George – Ná… Ele é taão chato, fala demasiado! Impossível gostar disso!
- Na verdade, quando o conheci, no bar, odiei isso, mas agora adoro, é fácil de ter conversas com ele…
- Mas então, mais curioso ainda, é o que é que, a Hermione certinha como é, vê no Ron, o trapalhão… - incitou Fred.
Harry olhou curioso para Hermione. Apesar de embaraçada ela respondeu muito normalmente.
- Exactamente isso… Ele é um desajeitado, mas é exactamente isso! Mas claro, que também gosto da coragem! admira-me sobretudo sobre o facto de às vezes conseguir ser taaaão insensível, ao ponto de perguntar ao Harry como foi o beijo dele e da Cho! – Harry desviou o olhar, corou e começou a assobiar como se não fosse nada com ele – Mas isso é apenas um dos grandes defeitos dele… Para compensar todos os defeitos tem muita determinação! E não posso negar que o talento dele no Quidditch me impressiona bastante… enfim, os opostos atraem-se.
Ron estava mais vermelho que o seu cabelo.
- Lamechices. É o que é! Para nós amor verdadeiro, só de uma forma – disseram os gémeos.
Todas as cabeças se fixaram neles.
- Uma boa noite de sexo! – responderam em coro às perguntas mudas.
- FRED E GEORGE WEASLEY! –gritou Molly.
- Estávamos só a brincar, mãe! Na verdade estamos a pensar lançar um stock da poção do amor…
- Isso é perigoso, meninos! – repreendeu Mrs. Weasley.
- E ninguém melhor que a mãe para os impedir de o fazer… Certo? – brincou Bill.
- Porquê? - perguntou Harry à nora.
- A mãe, no sétimo ano dela em Hogwarts fez uma bela duma poção de amor, cuja o nosso papá tomou… Mas só depois de ser atrevida e dar os primeiros passos, no dia seguinte, quando o nosso pai a beijou ao pequeno-almoço, é que ela percebeu que tinha feito mal a poção, e que tinha andado para ali a seduzi-lo descaradamente quando o pai tava no seu perfeito juízo! A sorte dela é que o nosso pai também gostava dela! – Charlie ria-se às gargalhadas enquanto contava a história.
- Vamos lá meninos, se não fosse essa poçãozinha miraculosa vocês não existiam! – disse Arthur.
- E tu, Dragana, se não conseguias aturar o meu irmão como é que vocês estão juntos? – perguntou Ginny “abrindo” uma conversa particular.
- Eu tinha acabado de saber que o rapaz por quem estava perdidamente apaixonada ia-se casar… Fui para a Roménia de férias, disseram-me que havia lá coisas giras para visitar… Eu tava muito bem sentada ao balcão a beber uma cerveja, e o teu irmão apareceu do nada. Disse-me que se chamava Charles Weasley, mas que eu o podia chamar de Charl, depois perguntou-me porque é que estava tão triste. Não sei porque carga d’água é que eu lhe contei. Depois ele convidou-me para dançar. Às tantas eu já estava um bocadinho farta de o ouvir falar, mas continuei a dançar… E ai de mim se não tivesse continuado… Ele convidou-me p’ra no dia seguinte ir com ele ver alguns dragões. Passei uma semana fantástica sempre na companhia do teu irmão. E quando foi para eu ir embora ele disse-me que me amava.
- O Charlie? A declarar-se? Deve ter sido giro!
- Na verdade foi lindo… Mas eu não estava à espera, sabes o teu irmão é o primeiro rapaz que se apaixona por mim… Claro que já tive outros namorados, mas a afeição era só da minha parte… Eu sem saber o que fazer voltei para a Rússia e deixei o teu irmão desolado. Falei com a minha mãe e ela disse-me que eu o amava e que ele me amava e que eu tinha de voltar lá se queria alguma vez ser feliz! Foi o que eu fiz. Procurei-o por todo o lado. Até que só faltava um sítio, fui ao bar, e encontrei-o lá completamente bêbedo. Quando ele me viu esfregou os olhos e perguntou se era mesmo eu. Eu ajudei-o a ir para casa, ele vomitou imenso. Mas voltou a ficar lúcido na manhã seguinte. Tivemos outra semana fantástica, desta vez, comprometidos. Depois recebemos a carta da tua mãe para virmos cá pelo Natal. O Charl explicou a situação e a tua mãe insistiu que a gente fosse lá e para eu trazer os meus pais, que a Fleur também os trazia.
- O Charles é um felizardo!
- Obrigado! E tu? Como é ser a única rapariga em sete irmãos?
- Por muito incrível que pareça, é lindo!
- Ah sim?
- Comecemos pelo mais velho: O Bill é fantástico! Fazia-me sentir mais velha, às vezes vinha brincar comigo às bonecas outras vezes conversava comigo como se eu fosse da idade dele, ele é super compreensivo. Fascinavam-me todas aquelas histórias do Egipto!
“ Depois vem o Charlie, ele costumava levar-me a passear de vassoura, foi com ele que aprendi a voar. Uma vez mostrou-me o dragão mais perigoso de todos às escondidas da mãe. Ele fazia-me sentir como se no mundo se tivesse que enfrentar todos os perigos para sobreviver e não fugir dos perigos!
“ A seguir o Percy, não posso falar muito sobre ele, porque ele passava horas a fio no quarto a estudar e só saía para comer, mas digo-te, que era super responsável e no meio de tanta irresponsabilidade ele era bem preciso! Apesar de tudo o que ele fez no meu quarto ano eu adoro-o, como a todos os meu irmãos.
“ O gémeos são sem dúvida os membros mais divertidos desta família. Com eles eu costumava brincar e pregar partidas a toda a gente!
“ O Ron, em conjunto com o Harry e com a Hermione, é o meu ponto de referência em Hogwarts! Ele é o meu orgulho. Pensar que ele arriscou a expulsão tantas vezes para salvar a escola! Também é super protector comigo!
“Adoro-os a todos!!!
- Fazes parecer bonito! A tua família é tão querida! Então e o Harry e a Hermione? Como são eles?
- A Hermione é super inteligente, simpática e querida! Sabes, não me surpreende nada que o meu irmão se tenha apaixonado por ela! O Harry, o famoso rapaz que renega a fama, é tudo menos arrogante. É simpático, compreensivo, inteligente, querido, divertido, paciente. É reconfortante estar com ele por perto! É super modesto e odeia o facto de ser famoso. Apesar da vida que tem consegue ser feliz e fazer os outros felizes. Uma coisa que nunca me esquecerei é que ele esteve quase a morrer por mim… No meu primeiro ano ele salvou-me, mas acabou ferido e envenenado for um Basilisco! Valeu que a Fénix de Dumbledore lá estava! Ele é um verdadeiro Griffindor, pois põe o amor à frente de tudo e todos e teria coragem para enfrentar o mais temível monstro aqui e agora!
- Posso estar muito enganada, mas da maneira como falas do Harry parece que o amas…
«Oops! Fui demasiado óbvia! Esconder o meu amor por ele não é fácil!»
Ginny olhou para os lados e certa que ninguém as ouviria disse:
- Desd’o meu primeiro ano! Quando ele me salvou, fiquei apanhada… Mas só no quarto ano é que deixou de ser uma paixoneta infantil e passou a ser mesmo amor… Se tu vivesses no dia a dia com ele também ficavas assim!
- Ah, não sei, eu tenho 23 anos, não acho que me fosse apaixonar por um rapaz seis anos mais novo! (N.A.: o meu raciocínio, Só até ao Percy é k eu tenho a certeza, está aki: Ginny 16, Ron 17, FG 19, Percy 21, Charlie 25, Bill 26) – brincou Draganna.
- Oh, tu sabes o que eu quero dizer… Mas o que eu não sei é porque é que eu te disse isto tudo! – afinal de contas Ginny tinha acabado de contar a uma recém-conhecida que amava o Harry…
- O meu talento natural! Faço as pessoas desabafarem…
- Podes crer! Mas se queres que te diga, não tenho esperanças…
- Porquê?
- Porque ele nunca olhou para mim dessa forma e não é agora que vai olhar.
- Nunca fales do que não sabes!
«Eu sei isto tão bem com o feitiço de levitação!» pensou Ginny, mas no entanto não disse nada. Limitou-se a andar ao lado de Draganna.
- Tens muita sorte em teres esta família, tenho a certeza que os meus pais vão adorar!
- Ainda bem!
- Hei, meninas, espero não estar a interromper nada de especial, mas a tua mãe, Ginny, acha melhor voltarmos para casa que está muito frio. Eles já estavam a voltar quando se lembraram de vocês… Coitadinhas das desprezadas! Bom de qualquer forma vamos, que tou a morrer congelado!
-Eu não tenho frio nenhum! – disse Draganna continuando a andar
- Mas tu vens da Rússia, eu venho dum bairro onde nos Verões há secas! E eu estou mesmo a congelar! Vá lá… Pobre de mim! Uma pessoa já não pode tentar ser simpática e tem que levar com Russas sem frio! Sem ofensa, é claro!
- Ah, anda lá Draganna, o pobre rapaz nem sequer tem um casaco, decidiu vir de camisola de lã cá para fora! Está a ficar roxo!
- Pronto! Ficas-me a dever uma! Abdiquei dum passeio agradável na neve, por causa da tua cor!
- Aleluia! – celebrou Harry colocando-se ao lado de Ginny.
Draganna sussurrou ao ouvido de Ginny:
- Simpático, hein? Cá para mim parece mais resmungão…
- Também! – respondeu-lhe.
- Ok, começam os segredos! Não, não contem ao pobre do Harry que vos veio chamar de camisola e jeans o que estão para aí a segredar! Porque ele não gosta de se sentir ao corrente das coisas, ele gosta de ser o excluído! Já estou a imaginar: “ THE OUTSIDER” já nos cinemas!
- Harry, primeiro: o que estávamos a falar poderia ser privado, segundo: estávamos a comentar o facto de seres um resmungão nato e terceiro: toma o casaco e cala-te! – Ginny despiu o casaco e espetou-o no peito de Harry.
- Oh Ginny! Obrigado, Adoro-te! Venero-te! – Harry vestiu o casaco sem demoras.
- Não me veneres, nem adores, fiz isto para parar de te ouvir resmungar. Porque deixar-te congelar, para alem de demorar mais, era um bocado perigoso, visto que podiam encontrar o corpo.
- Ha ha ha. – riu ele ironicamente – se eu tou resmungão é porque vos vim chamar e vocês tão a meia hora da casa e eu não estava vestido para este tempo. – respirou fundo e pôs a cara mais gentil e cavalheiresca que pode - Tens a certeza que não queres o casaco?
- Não deixa tar…
- Então e de que é que estavam a falar, para nem sequer notarem que os outros já tinham ido para casa? – perguntou ele tentando arranjar um tema.
Ginny permaneceu calada e corou. Draganna, porem, salvou a situação.
- Ela estava-me a dizer o quão gostava de viver no meio de tantos rapazes! E estava exactamente a dizer que eras simpatiquíssimo quando apareces-te aqui a resmungar!
- Costumam dizer que o frio aproxima as pessoas, mas discordo!
- Nota-se! De qualquer forma, e tu? Como é que foi a tua infância? – perguntou ela curiosa.
- Pré ou pós Hogwarts?
- Pré!
- Terrível! Desde que tenho idade para me lembrar que eu dormia no armário por baixo das escadas, Nunca recebia prendas, os meus aniversários eram dias normais. E o meu tio passava a vida a fingir que eu não existia. A minha tia olhava-me com desprezo e o meu primo fazia de mim saco de porrada! Eu ainda me lembro da carta: “Caro Sr. Potter,
É nosso prazer informá-lo de que tem um lugar à sua espera na Escola de Magia e Feitiçaria de Hogwarts. Junto enviamos uma lista dos livros e equipamentos necessários.
O ano lectivo começa a 1 de Setembro. Queira enviar-nos a sua coruja até dia 31 de Julho, sem falta.
Atenciosamente
Minerva McGonagall
Subdirectora.”
“Ás vezes ainda a leio. Foi a melhor carta que já alguém alguma vez me enviou! Saber que ia sair daquele inferno foi uma coisa mais que maravilhosa! – respondeu Harry.
- Isso é horrível! Os teus tios não devem ser grandes pessoas!
- Não me interpretes mal! EU não gosto deles, mas eles são do meu sangue e não os posso odiar. E tenho de admitir que sem ser comigo eles não são más pessoas de todo! Eles têm esta pequena aversão por feiticeiros, mas se tu te apresentasses sem dizer o que eras, bem vestida e te mostrasses culta eles com certeza te adorariam!
- Havias de ver a cara da tia dele ao conhecer a Tonks, uma auror de cabelo rosa-choque!
- Isso foi, de facto engraçado, apesar de não ter sido numa altura igualmente divertida… – rematou ele com uma sorriso triste.
- Porquê? O que aconteceu? – a curiosidade estampou-se na cara da jovem russa.
- Sirius Black, o meu padrinho, morreu. – respondeu ele numa voz embargada em melancolia
- Oh, desculpa! Nem sequer devia ter perguntado! – lamentou-se ela – Os meus pêsames…
- Não faz mal, já me mentalizei que ele não volta, Obrigado.
Vislumbrava-se agora, ao longe a Toca, sempre acolhedora e convidativa! Com o sucesso da loja dos gémeos tinham feito algumas obras e aumentado a casa. Agora cada filho tinha um quarto só para ele, relativamente grande, e ainda tinham outro com duas camas para as visitas. Para Harry não dormir no mesmo quarto que Hermione (e vice-versa) Ginny tinha-se mudado e dormia com a amiga no quarto das visitas.
Ainda com as novas divisões a casa continuava com um aspecto tosco e pequeno. Mas isso dava uma sensação de calor e bem-estar a quem ali passava. Os Weasley estavam mais que satisfeitos com a sua casa, tinha o básico para a sobrevivência e não era tão grande que cansasse só de atravessar a sala.
Eram seis quando passaram pela ombreira da porta. Tiraram os casacos e foram-se sentar ao pé da lareira. O cheiro a comida já lhes chegava às narinas!
Mrs. Weasley entrou de rompante na sala e sentou-se no sofá no meio das duas convidadas especiais.
- Acham que estamos prontos para receber as vossas famílias? – perguntou ela receosa, afinal, de tudo o que Molly odiava o que ela mais detestava era que alguém ficasse com uma ideia negativa da sua família!
- Vão com certeza adorar, os meus pais queixam-se de que querem tirar umas férias no campo, que estão fartos daquela casa grande e gelada, e para dizer a verdade eu também! A minha irmã vai adorar. Passa a vida toda a chatear-nos para mudar-mos de casa e vai dar-se lindamente com Ginny. Só tem menos um ano que ela. – adiantou-se Fleur.
- Quanto à minha, não há problema! Somos uma família chegada. Somos como vocês. Tenho a certeza que os meus pais vão adorar.
- Ainda bem! – alegrou-se a mulher mais velha seguindo para a cozinha supervisionar os cozinhados.
- MÃE! – gritou Bill enquanto acabava de descer as escadas.

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