O casamento
Caminhavam em silencio, o único som que se ouvia eram os gemidos de Isabelle.
-Fique calma. No fim tudo dará certo. Você não será forçada a nada, converse com ele. Vai ser melhor. - disse Hagrid
-Não é só isso. Eu nunca imaginei que meus pais fossem fazer uma coisa assim comigo e ainda por cima, continuar com tudo isso, depois de tantos anos que VOCÊ-SABE-QUEM perdeu seu poder absoluto. Pelo menos poderiam ter escolhido alguém melhor!
-Calma Isa, tudo dará certo. Eu tive uma idéia.
-Não Mione. Eu não quero criar problemas para ninguém, deixe acontecer. Vai ser melhor. -disse com uma cara de quem não agüentava mais tudo aquilo.
-Venham meninas, chegamos. -disse Hagrid batendo na porta dos aposentos de McGonagall.
Ela abriu a porta e puxou as duas meninas para dentro, estava com uma cara de preocupação visível.
-Como você está querida? Vai ser hoje. Eu falei para Dumbledore, mais ele disse que seus pais não deixaram. Que eles tinham um contrato. Como você está passando?
-Ah professora, eu estou triste. Não queria me casar tão nova, nem ao menos tive o meu primeiro beijo. Como isso pode ser bom?
-Não é, mas quanto a isso não podemos fazer nada. Mas se ele tentar alguma coisa imprópria e que te faça sentir mal, por favor, me procure que eu o colocarei no lugar dele! – disse McGonagall mostrando –se preocupada. – E a srta Granger, o que faz aqui?
-Estou acompanhando a Isabelle. – Hermione ainda estava pálida.
-E será minha madrinha! – disse Isabelle determinada.
-Não posso.
-Claro que pode. E vai ser! Preciso de uma amiga ao meu lado nesse dia tão triste.
-Ela está certa srta Granger. Vou transfigurar os seus vestidos então. Ponham aqueles vestidos ali que eu irei transforma –los em lindos vestidos. – disse McGonagall apontando dois trapinhos para as meninas.
Começou com o vestido de Isabelle. Transformou aquele pedacinho de trapo em um belo vestido dourado. Ele era colado na parte de cima valorizando seus fartos seios e suas curvas, a saia era cheia, tinha fitas presas em laços da mesma cor do vestido.
-Você está linda, lembra –me de uma personagem de um desenho infantil dos trouxas, conhece? Chama –se “A Bela e a Fera”.
-Sim eu conheço, quando era pequenininha minha mãe me levou para assistir em um lugar que os trouxas vão, acho que se chama cinema.
Hermione não pode responder, McGonagall começou a fazer o seu vestido e não deixou as meninas terminarem de conversar. Este era o modelo parecido com o de Isabelle, mais com algumas mudanças que o fez ficar lindo em Hermione, era rosa claro, frente única com um decote nas costas até a cintura, com pérolas espalhadas pelo todo. Então por ultimo McGonagall transfigurou seus sapatos em sandálias de salto que combinavam com os vestidos.
-Vamos então? – perguntou Hermione
-Só tenho mais uma coisa a fazer. Dobby! – chamou a professora e com um “puf” o pequeno elfo domestico apareceu fazendo uma reverencia.
-Chamou professora?
-Sim. Vá procurar o professor Snape e diga que lhe mandei para levar a poção da srta Celeghini para seus aposentos. Você sabe onde ela está localizada sabe?
-Sim professora. Dobby tem um grande prazer em servi –los. Dobby lamenta em ver a srta sendo obrigada a se casar tão cedo e por obrigação. Se Dobby pudesse falaria um monte para esse novo professor!
-Obrigada Dobby! – disse Isabelle dando um beijo na testa de Dobby fazendo –o pular de alegria.
-Sempre que a srta precisar é só chamar o Dobby que irá ajuda –la no que for preciso. A srta é igual ao meu mestre Harry Potter, boa moça assim como ele é um bom moço.
-Vá agora Dobby. – disse McGonagall.
Dobby fez uma reverencia e saiu.
-Engraçado, nunca vi um elfo domestico feliz por estar livre. Uma vez minha mãe libertou o nosso antigo elfo e ele quase morreu para que nós o deixássemos voltar a ser nosso. Mas e qual é essa poção da qual a sra falou?
-Para você não engravidar, oras! Você quer fazer seus NOM’s grávida?
-Não é claro que não! Vamos então?
-Sim.
Então começaram a andar em direção a cabana do Hagrid, quando Isabelle resolveu quebrar o silencio:
-Professora, quem irá participar do casamento?
-Dumbledore convocou todos os professores, pois ele disse que casamento não é casamento sem convidados e presentes.
-Convidados? Presentes? – e dizendo essas palavras desmaiou mais uma vez.
-Ai não, de novo! – disse Hermione segurando Isabelle com a ajuda da professora.
Snape, que estava mais rabugento do que nunca, foi ajudar:
-O que aconteceu? – disse pegando Isabelle no colo.
-Ela só está cansada, Severo. Segure –a para eu poder acorda –la.
Murmurou umas palavras que Hermione não conhecia, então com um toque de sua varinha Isabelle acordou.
Ela estava no colo de seu professor, aquele que a ajudou naquele mesmo dia, mas não entendia o porque, todos lhe contaram que Snape era o pior professor de Hogwarts, que ninguém gostava dele, com exceção dos alunos as Sonserina, que eram os únicos que ele beneficiava. Mas não era uma pessoa amarga que ela estava vendo, e sim uma pessoa que possuía um grande sofrimento em seus olhos, um sofrimento que não podia ser visto por qualquer um, mas um sofrimento que só alguém que já sofreu saberia identificar. Aquele sofrimento era guardado durante muito tempo transformando o dono daqueles lindos olhos negros em uma pessoa triste e rabugenta. Estes a fitaram durante mais alguns segundos antes de Snape se recuperar:
-Vejo que a srta já está bem. Então vamos.
Snape estava perturbado. O que foi aquele olhar? Foi um olhar que o fez sentir –se confortável, como se todos seus problemas tivessem acabado naqueles poucos segundos que se olharam. Ela o olhou de um jeito que ninguém nunca o olhou. Muitos já o olharam com ódio, outros com nojo, vários alunos o olham com medo, já algumas mulheres com desejo, mas ninguém nunca lhe olhou daquele jeito, era compaixão, o que significava aquilo? Ele estava perturbado, pois não conseguia achar a resposta.
Isabelle percebeu o olhar de perturbação de seu professor e sentiu –se envergonhada, mas isso já não importava. Estava parada em frente à cabana, que estava decorada para o casamento, onde todos os professores a olhavam e cochichavam uns para os outros. Dumbledore iria celebrar a cerimônia. Hermione começou a andar pelo caminho em na direção de Dumbledore, Isabelle que examinava todo local viu Rony lançar brevemente um olhar de desejo, mas a garota não percebeu. Então agora era a hora, ela estava sozinha, teria de entrar sozinha, foi quando Harry colocou –se ao seu lado e disse:
-Sei como se sente, irei ajuda –la no que for preciso. E quero que saiba que não está sozinha.
Os dois começaram a andar em direção ao altar, Isabelle sentia que lagrimas escorriam em seu rosto, mas não ela iria em frente e agüentaria. Mas assim que pudesse iria sair desse casamento falso. E iria se casar com alguém de verdade, alguém que ela amasse. Não iria trair ninguém, pois achava errado. Mas estava prometido. Assim que ficasse mais velha iria embora e não olharia para traz.
Quando Isabelle entrou, Snape percebeu que alem das lagrimas em seu rosto, ela quase não parava em pé, tremia demais, então ele percebeu uma coisa. Estava bravo, muito bravo. A única pessoa que o olhou com compaixão é tratada da pior maneiro possível por todos desta escola, com exceção de algumas pessoas, mas ela estava sofrendo por coisas que ela não fez. Sentia um pingo de culpa, pois ele era um ex-comensal, ajudou o Lorde das Trevas com toda essa destruição, mas não entendia o porque fizeram isso com a única que mostrou compaixão por esse velho morcegão. Ele estava muito irritado. Eram dez da noite, tinha aulas no outro dia, ele queria dormir e esquecer que algum dia se sentiu indignado por causa de uma aluna, e ainda mais pela versão feminina do Harry potter. Estava decidido, iria dormir. Começou a andar em direção ao castelo, mas Hagrid o barrou e disse:
-Dumbledore pediu para que todos fiquemos para dar apoio a Isabelle, então fique!
-Escute eu tenho aula amanha, não ficarei aqui vendo essa estupidez.
-Todos nós temos aulas amanhã. Você não vê Severo? A pobrezinha está sofrendo demais! Fique e dê apoio a ela.
-Está bem.
Ele sentia o sofrimento dela, não queria ficar ali vendo tudo acontecer e não poder fazer nada. Mas por outro lado, com certeza ele no outro dia se arrependeria de ter sentido pena da garota. Também, ela era uma grifinória, ele odeia grifinórios.
-Então eu vos declaro marido e mulher. Pode beijar a noiva. – terminou Dumbledore.
E no momento que Edward foi beija –la, Isabelle desmaiou pela terceira vez.
-Professor Dumbledore eu estou ficando preocupada, é o terceiro desmaio dela hoje!
-Não se preocupe criança. Nada vai acontecer com ela, vou falar com o marido dela. Recomendo que você e seus amigos vão ter um belo encontro com suas camas nesse momento. Boa noite!
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