Descobertas Interessantes
Descobertas Interessantes
- Tracy... – chamou Harry – eu estou com minha consciência pesada.
Tracy parou de escrever em seu pergaminho e olhou para o amigo, que havia feito o mesmo. Os dois estavam sentados na Sala Comunal da Grifinória, fazendo seus trabalhos e deveres.
- Por quê? – perguntou-lhe a garota.
- Sei lá... estou meio mal por causa da, sabe – ele baixou a voz – moto de Sirius.
- Acho que entendi – disse Tracy. – Você está com a consciência pesada pois nunca escondeu nada de Hermione e Ron e agora está sendo praticamente obrigado a fazer isso, não é?
Harry hesitou.
- Não é exatamente isso – respondeu o garoto. – O problema é que esconder esse pequeno detalhe deles está me fazendo lembrar de que lhes escondo coisas mais importantes.
A menção de “coisas mais importantes” deixou Tracy atenta.
- Que coisas? – ela não conseguiu segurar a indagação.
- Bem... eu não sei se deveria... – começou ele, mas logo mudou a afirmação – Quando lhe contar quero que Ron e Hermione estejam juntos. É... importante para mim.
- Tudo bem – falou Tracy, tentando parecer neutra, para corrigir a pergunta que fizera erroneamente. – Quando estiver preparado, lembre-se de que estaremos aqui, está bem?
- Sim – disse Harry, molhando a pena no tinteiro. – Obrigado, Tracy. Você está se revelando uma boa amiga.
- Oh, que nada...
Os dois voltaram a escrever, vendo o Sol descer lentamente para trás das montanhas. Quando eram quase dezenove horas, Ron e Hermione chegaram do jantar trazendo dois pratos que continham absolutamente tudo o que Harry e Tracy mais gostavam. Hermione entregou o da garota e sentou-se ao lado dela, enquanto Ron sentou ao lado de Harry, no canto oposto da mesa.
- Viram no que dá deixar tudo para última hora? – perguntou Hermione.
Tracy e Harry a encararam com ódio falso enquanto comiam.
- Se tivessem feito esses deveres antes, poderiam ter ido conosco lá em baixo e jantado tranqüilamente. – continuou Hermione, lendo algumas linhas do trabalho de Harry.
- Mentira – disse Tracy com a boca cheia de arroz. – Nós estamos fazendo aquele trabalho de Transfiguração que McGonagall nos obrigou por estarmos conversando durante a aula. Você e Ron se safaram por mero acaso.
- Acaso, não. Disciplina – disse Ron e todos riram.
- Injustiça do mesmo jeito. Você também não estava prestando atenção na aula, Ron. Estava bem longe... ou melhor, perto demais, ocupado em admirar a pessoa que estava ao seu lado – argumentou Tracy.
Ron e Hermione coraram fulminantemente. Mione era a garota que estava sentada ao lado dele, naquela ocasião. Harry riu.
- Eles estavam fazendo algo muito mais útil que nós, ao menos – disse ele.
- Não sei se tanto assim – disse Tracy, pensativa. - Nós estávamos enumerando, e relembrando as qualidades que Hagrid dizia ter visto em Madame Maxime e fazendo nossas próprias observações. Faz uma semana que ele nos disse, mas isso ainda estava muito bem guardado em nossa mente.
- Ei, eu não acredito que perdi isso! – falou Ron – Devia estar tão divertido!
- E estava – disse Harry. – Só não gostei muito da conseqüência, não...
- Nem eu – concordou Tracy.
Eles ficaram alguns minutos em silêncio. Após terminarem de comer e os pratos sumiram, Harry disse:
- Quero te mostrar uma coisa amanhã, Tracy. Depois do almoço acho que haverá tempo.
- O que? – perguntou Tracy, curiosa.
- É surpresa – falou Harry – Mas posso garantir que você vai adorar. É uma invenção genial.
Ron o encarou.
- Você vai mostrar a ela o... – ele colocou as mãos nas laterais da boca para ninguém ver o que estava dizendo.
- Vou – falou Harry.
Ron fechou a cara, a princípio, mas depois gritou:
- Tracy! Você vai adorar, aquilo é demais! Fiquei estupefado quando o vi pela primeira vez, há uns três anos atrás!
- Eu também! – disse Hermione, deduzindo do que os garotos falavam – É muito útil! Ótima idéia a sua de mostrar a ela, Harry. Tracy merece.
E foi com toda essa animação que Tracy foi dormir à noite, mal esperando pelo dia seguinte onde faria várias descobertas interessantes.
Ela estava em um túnel onde não se via nada, nem a própria palma da mão. A escuridão que tomava o lugar era tenebrosa, e os uivos que se ouviam eram bizarros. Estava com muito medo, desesperada. Não sabia por quê, mas sentia que estava sozinha. Deu alguns passos para frente, costeando as paredes do túnel e de repente viu uma luz, uma claridade anormal no fundo!
Começou a rir, sem transparecer isso, pois suava muito e estava extremamente cansada. Tinha caminhado muito, há horas estava perdida. Quando ela reuniu forças e deu um passo para frente, algo a segurou. Algo invisível, algo que não tinha massa nem forma... apenas estava ali, impedindo que ela avançasse. Por mais que lutasse, que se debatesse, não conseguia seguir em frente. Ela ofegava muito e começou a desesperar-se. A luz estava mais perto dela, o fim do caminho estava próximo, mas não podia... ela gritava, apavorada... não conseguia...
Tracy acordou assustada e ficou feliz em constatar que estava na sua cama e que os raios de Sol tomavam todo o seu dormitório. Conseguia ver tudo muito bem, e nada a impedia de se movimentar. Respirando com alívio, ela tirou os cobertores de cima de seu corpo e olhou no relógio. Já estava quase na hora de levantar. Com o susto que levara, tinha certeza que não dormiria novamente de jeito nenhum, então levantou.
Hermione, Lilá e Parvati ainda estavam dormindo. Ela pegou seu uniforme e foi até o banheiro, onde tomou seu banho tranqüilamente e colocou o uniforme de Hogwarts. Quando saiu, as outras garotas já estavam acordadas.
- Bom dia – disse ela, sentando na cama e colocando as meias.
- Bom dia – respondeu Hermione.
Lilá e Parvati apenas acenaram com a cabeça e sorriram, pareciam estar muito cansadas também.
Tracy fechou a última fivela do sapato e começou a pentear os cabelos.
- Vai ser um longo dia, não? – perguntou ela, para as garotas.
- Vai – disse Hermione, levantando-se também – Ah, se vai.
Tracy respirou profundamente e desceu até a Sala Comunal, sem dizer nada. O clima estava diferente no dormitório, ela não sabia por quê. Afastou esse pensamento da cabeça, imaginando que fosse só sono o que suas amigas sentiam. Com a mochila enviesada em um dos braços ela avistou Ron, que já estava sentado numa das poltronas, provavelmente esperando Harry.
- Tudo bem, Ron? – perguntou ela, sorrindo.
- Tudo, e com você, Tracy?
- Também.
O silêncio prevaleceu e a garota preocupou-se. Que diabos estava acontecendo? Quando ia abrir a boca para perguntar isso, Ron disse:
- Esse é um grande dia para você.
- Como? – perguntou ela, sem entender absolutamente nada.
- Esse é um grande dia para você – repetiu ele. – Vai descobrir uma das melhores coisas que os alunos que passaram por aqui… – ele apontou para a Sala Comunal –… já inventaram.
Tracy fez um aceno com a cabeça, dizendo que entendia e jogou-se ao lado de Ron, na poltrona.
- Você vai me adiantar isso, ou vai me deixar curiosa até depois do almoço? – perguntou ela.
- Vou lhe deixar curiosa – respondeu Ron. – É mais divertido.
- É mesmo? Sei não... Mas eu prefiro fazer outras coisas. – falou ela, pensando num Cruciattus. – Mas isso não interessa agora. Cadê o Harry?
- Ele já está vindo – respondeu Ron. – Acordou meio atrasado hoje.
- Legal – falou ela sarcasticamente. – Eu acordei antes da hora. Sabe, tive um sonho estranho e, como fiquei sem sono, resolvi ir tomar banho.
- Sonho estranho? Que sonho estranho?
Tracy ia falar, mas Harry e Hermione chegaram caminhando rápido e os cumprimentando, e ela esqueceu. Também, não era tão importante assim. Tinha sido somente um sonho. Nada mais.
O horário daquela terça-feira eram realmente bom. Não tinha Poções, nem encontro com a fúria de Snape, nem Defesa Contra as Artes das Trevas e nem nada que gerasse preocupação, sem contar os dois tempos de Transfiguração. Mas agora eles iam para a classe de Feitiços, sempre calma e ordeira.
As aulas da manhã pareceram demorar séculos para passar. Parecia que em vez de o relógio ir adiante, ele regredia. Cada vez Tracy ficava mais curiosa para saber que é que Harry iria lhe mostrar, e uma hora ou outra perguntava a Hermione, que sentava sempre ao seu lado, se ela não podia adiantar nenhuma pista. Sua resposta era, obviamente, não.
O horário do almoço finalmente chegou. A fome dos garotos era enorme, quando não havia como se distrair todos ficavam assim. Sentaram-se a mesa da Grifinória e durante gloriosos quinze minutos se deliciaram com os diversos pratos que os elfos prepararam para o almoço daquele dia.
Não havia nada melhor que aquilo, pensava Tracy. Era justamente essa a melhor vida que poderia se levar. Estar sempre com os amigos, divertindo-se, estudando, rindo... mas o que é que ela estava pensando? Que continuaria assim para sempre? Ela que esquecesse disso e mudasse totalmente sua maneira de pensar.
- Vamos, Tracy – falou Harry. – É agora.
Ela voltou à Terra com um baque terrível e seguiu os três amigos. Eles viraram vários corredores e então subiram vários lances de escadas, quando Tracy perguntou aonde iriam, Harry disse que veria quando chegasse lá, e que seria muito melhor dessa forma.
Pararam numa sala aparentemente vazia e Harry retirou um velho pergaminho da mochila.
- Oras, me chamou até aqui para ver um pergaminho velho? – indagou Tracy, chocada. – Diga que não é verdade, Harry.
- Não é verdade – falou o garoto. – Bem, na realidade, é, de certa forma. Este pergaminho é um mapa. O melhor mapa já feito de Hogwarts.
Um mapa. Tracy não sabia que utilidade teria aquilo, já conhecia a escola de cor. Pelo menos o que precisava conhecer.
- Juro solenemente que não pretendo fazer nada de bom. – disse Harry, tocando a ponta da varinha na metade do pergaminho.
Começaram a sair linhas do ponto onde a varinha havia tocado e essas linhas foram tomando forma, e tornando-se um mapa. Mas, logo, Tracy percebeu que não era um mapa comum. Em algum lugar do quinto andar viu um pontinho vermelho, e que seu nome estava atrás dele. Ao lado do seu havia outro, intitulado como “Harry Potter”, e outros dois, como “Hermione Granger” e “Ronald Weasley”. Dois corredores ao lado, a professora de Defesa Contra as Artes das Trevas estava conversando com Filch, e alguns andares abaixo vários alunos dirigiam-se juntos a uma sala de aula. Identificou os nome de “Draco Malfoy” e “Jessica Farway” que, por mais incrível que parecesse, estavam andando lado a lado.
- Eu... é verdade, o que está aqui? – perguntou Tracy, extasiada com o que estava vendo.
- É. Todas essas pessoas estão exatamente no lugar onde você está as vendo – respondeu Hermione.
Tracy continuou observando. Por todos os lugares via nomes conhecidos, e conseguia ver até alguns alunos em corredores que ninguém geralmente usava.
- Essa passagem – disse Harry, apontando para um local do mapa – leva até o porão da Dedosdemel, em Hogsmeade. Essa aqui, leva para a Casa dos Gritos.
- Mas ela não fica nos jardins? – perguntou Tracy.
- Fica. Em baixo do Salgueiro Lutador.
- Tem mais passagens secretas em Hogwarts? – indagou ela, novamente.
- No começo havia, sim – respondeu o garoto, sem tirar os olhos do mapa. – Mas agora elas não existem mais, umas desmoronaram, em outras foram construídas outras coisas em cima, outras simplesmente sumiram... Mas as mais úteis ainda estão aí.
- Interessante. Então quer dizer que esse mapa mostra exatamente tudo que está acontecendo em Hogwarts?
- Não exatamente. Mostra onde as pessoas estão, o que dá para dar uma idéia do que estão fazendo, não é? – disse Harry.
- Uma boa idéia – disse Tracy, apontando para dois pontinhos que estavam grudados dois andares acima deles, rindo. – Nada escapa desse mapa?
Tracy estava pensando em usá-lo para vigiar Farway, assim não precisaria ficar o tempo inteiro com a garota e ainda cumpriria o que seu pai mandou-lhe fazer, de maneira muito fácil.
- Escapa – falou Harry e Tracy desanimou-se, um pouco.
- Por quê? – perguntou a garota.
- Bem... a única sala que não aparece no mapa é a Sala Precisa. – falou Harry – E não é exatamente fácil de explicar isso.
Tracy ficou chateada. Uma das salas não aparecia no mapa.
- Mas, se a pessoa que estiver procurando não está em lugar nenhum, dá para deduzir que, ou ela está em Hogsmeade, ou na Sala Precisa – falou Ron. – É simples.
- É verdade... – falou Tracy, pensativa. – E vocês podem me mostrar onde fica a Sala Precisa?
Todos se entreolharam.
- Podemos sim – disse Hermione. – Mas você tem que prometer que não falará da existência dela para ninguém. É claro que não somos os únicos na escola que sabemos que ela está lá, mas seria bom se continuássemos a pensar que somos.
- Pode deixar, eu não conto para ninguém.
Harry apontou a varinha para o pergaminho e disse “Malfeito, feito”. Nesse exato momento o Mapa do Maroto se desfez e voltou a ser um pergaminho comum.
- Vamos para o sétimo andar, Tracy. Lá está a Sala Precisa. – disse o garoto.
Muito animada com a idéia, a garota seguiu-o.
Eles subiram mais algumas escadas e viraram mais alguns corredores até chegar ao sétimo andar, um dos quais Tracy mais tivera vontade de conhecer.
- O que é que tem de tão diferente aqui? – perguntou Tracy, que não havia notado nada espetacular naquele espaço.
- Como já disse, é a Sala Precisa. Algumas pessoas a chamam por outros nomes, como Sala Vem e Vai, que é o que ela mais ou menos faz.
“Legal”, pensou Tracy, emburrada. “Uma sala que vem e vai. Entendi tudo, é lógico”.
- Para você ver a verdadeira utilidade dela, é só passar por aqui – Harry apontou para um lugar comum do corredor – pensando no que quer que a Sala se transforme.
- Difícil demais para o meu cérebro – resmungou Tracy. – Dá para explicar isso melhor?
- Hm... digamos que nós queremos um lugar para... bem, para podermos analisar o Mapa do Maroto sem que ninguém nos ache nem nos interrompa, sem fazer perguntas incômodas. Teste você.
Tracy encarou aquela parte normal de parede normal do corredor, pensando que aquilo jamais iria dar certo. “Preciso de um lugar para nós, eu, Harry, Mione e Ron, podermos analisar o Mapa do Maroto sem que ninguém nos ache nem nos incomode”.
Tracy abriu os olhos. Nada. Tudo continuava absolutamente igual a antes.
- Não deu certo – disse ela, já achando que toda aquela história da Sala Precisa era uma brincadeira de muito mal gosto que Harry preparou para ela.
- Tenta de novo. E se concentra, logo você consegue.
E lá foi Tracy mais uma vez. Durante um minuto ela repetiu a mesma frase umas quatro ou cinco vezes, e quando abriu os olhos pela última vez, havia uma porta a sua frente. Se ela não conhecesse mágica, não acreditaria no que estava vendo.
- Achei! – falou ela, empolgada – Achei! Eu nem acredito que... achei!
Harry, Hermione e Ron sorriram.
- Agora vamos entrar lá dentro, para ver como é que ela nos recebe – disse Hermione.
Todos entraram. A sala estava totalmente vazia, o que todos acharam muito estranho, a não ser pela presença de uma grande mesa quadrada no centro do aposento. Haviam exatamente quatro cadeiras, uma para cada dos garotos.
- É perfeita – disse Harry. – Era exatamente do que precisávamos.
“Era exatamente do que eu precisava”, pensou Tracy. “O lugar perfeito! Mas é claro... posso vir aqui com meu Espelho de Duas Faces e conversar com o Lorde das Trevas tranqüilamente, tendo certeza de que ninguém irá me achar. Posso vigiar a Farway daqui também, se Harry me emprestar o Mapa do Maroto às vezes sem me pedir explicações!”.
- É fantástica! – disse Tracy, apesar de bem no fundo não achar nada de fantástico numa mesa e em quatro cadeiras. Mas é claro que ela sabia da importância daquilo tudo. – Nunca vi nada tão... Preciso!
Todos sorriram.
- É realmente muito útil – falou Ron. – Mas agora a gente tem que ir para nossa aula de Herbologia.
- É verdade! – espantou-se Hermione – Se nós não descermos rápido podemos chegar atrasados a aula!
E assim eles desceram novamente para a parte mais usual do castelo.
Os dias foram se passando e logo chegou uma nova Segunda-feira. Tracy e Hermione haviam ficado horas conversando no dormitório na noite de Domingo, portanto, levantaram extremamente sonolentas para o café da manhã. Tracy não viu nada de emocionante acontecer (estava com muito sono, mas ela tinha uma grande capacidade de acordar bem rápido quando lhe interessa) até a aula de Poções, que era dupla com o pessoal da Sonserina, e a primeira do dia.
Quando Snape começou a falar, Tracy começou a bocejar. Disfarçadamente, é lógico, pois não queria receber repreensões daquele seboso durante toda a semana. O paraíso seria se ele resolvesse deixar de dar aulas durante um mês inteiro.
Quando estava quase dormindo novamente, voltou a Terra com uma bolinha de papel que fora cruelmente jogada em sua cabeça. Ela levantou a cabeça e olhou para os lados, viu Farway rindo e lhe perguntou, em gestos, qual era o motivo daquilo.
Farway respondeu da mesma maneira, apontando para uma pequena bola de papel amassada e aparentemente inútil jogada ao chão. Pegou-a e quando a abriu, viu que se tratava de um bilhete.
Ei, que expressão alegre é essa no seu rosto?
Tracy pegou sua pena e respondeu a garota no mesmo papel.
Coisas horríveis estão acontecendo. *revira os olhos* Eu estou feliz porque... bem, eu estou feliz.
Logo depois, ela só viu outra bola de papel passando na frente de seu rosto, o que a fez prestar mais atenção nos bilhetes a partir daquele momento.
Ah, mas deve ter um motivo. Aliás, com certeza tem um motivo.
E tem.
"Mas eu não posso contar que arranjei uma maneira de te vigiar e muito menos que tenho um trunfo nas mãos, não é?”, pensou Tracy.
É por que você vai ao baile com o Harry?
Como é que você sabe disso?
É ou não?
Mas é claro que não. Eu odeio o Potter, lembra? E Hermione não deveria lhe contar esse tipo de coisa, é pessoal demais.
Dá para parar de usar Legilimência contra mim?! Pelo menos avisa antes, para que eu possa me preparar.
Ah, ‘tá. Já estou fazendo isso *sarcástica*. Mas falando em baile, com quem é que você vai?
Bem... recebi alguns convites, mas ainda não decidi nada.
Ah. Que ódio. Você cheia de convites e a Tracyzinha aqui tendo que ir com o Potter. Aturá-lo deve ser meu karma.
Hahahaha... e o meu deve ser aturar o Malfoy, ele não sai do meu pé ultimamente.
Sério?
Muito. E eu achava que ele me odiava. Eu o odeio.
A Pansy te odeia mais. Olha só como ela está olhando para você, parece que quer lhe comer viva.
Quando recebeu o bilhete, Farway olhou disfarçadamente para Pansy e sorriu falsamente para ela que retribuiu da mesma maneira.
Não estou nem aí para ela. Quero mais é que ela se ferre.
IDEM!! Mas você não me mandou esse bilhete simplesmente para perguntar por quê eu estava feliz, não é?
Não, não foi por isso não... Tenho que lhe dizer umas coisas.
Fala logo! Não me deixa curiosa, não!
Bem, é o seguinte... eu andei pesquisando uns jeitos de tentar falar algo sobre a Ordem da Fênix para você, não foi nada muito importante nem vai solucionar nosso problema, mas já é um avanço.
Dá para dizer logo antes que acabe todo o meu pergaminho? Apesar das nossas letras serem pequenas, já ocupei uns vinte centímetros quadrados do meu.
Pare de reclamar e me escute, Tracy. Ou melhor, pára de reclamar e leia o que eu estou escrevendo. É o seguinte... em certos momentos do dia, o Feitiço Fidelius (que é o que o Dumbledore usa para proteger a sede da Ordem da Fênix) fica mais fraco... isso é natural de praticamente de todos os feitiços, principalmente os lançados em seres humanos. Li que é mais ou menos a coisa que acontece quando as pessoas ficam controladas pela Maldição Imperius, a maldição vai perdendo seu valor ao longo do tempo... e, por nossa sorte, o Feitiço Fidelius também está ficando fraco agora.
Hm... interessante isso. Mas... o que é que você pode me contar a respeito da Ordem da Fênix então?
Grimmauld Place, número 12. Segundas, Quartas e Sextas as sete e meia. Defesa. Controle de animais. Junção aos dementadores. Ensino especializado.
Você está querendo dizer que isso aí é, respectivamente, o endereço, a data das reuniões e o que eles estão fazendo para tentar combater o Lorde das Trevas?
O feitiço não me deixa falar essas coisas claramente, tipo, a única solução é mais ou menos a seguinte... Eu comprovo.
Interessante... muito interessante. Mas Dumbledore está meio fraco, não é? Ele poderia muito bem tomar medidas mais... bem, drásticas. Enquanto ele pensa, eu estou agindo. É deprimente.
De certa forma, sim. Ajudei?
É claro que ajudou. Uma quantia razoável para uma principiante. Ah!! O que era mesmo que Severo estava falando sobre os antídotos?
Bem, é que eles são de extrema importância e que no mundo da magia atual devemos ter sempre um junto conosc...
Snape tomou o papel da mão de Tracy enquanto ela lia, amassou-o e o colocou no bolso da capa negra.
- Fiquem felizes por eu não ler isso para a turma toda – vociferou ele, quando Tracy fez menção de abrir a boca.
“Eu nem seria louca de não ficar feliz”, pensaram Tracy e Farway, ao mesmo tempo. As duas se entreolharam, e Tracy, como uma aluna normal, abaixou a cabeça. Sabia que Snape só não lia todo o bilhete para a turma, pois tinha lá as suas dúvidas se não havia nada realmente importante e que ninguém deveria saber, lá. Mas, mesmo assim, quando leu o bilhete sozinho mais tarde ele as achou muito tolas por dizerem aquilo em meros bilhetes de papel. Mas houve punição, é claro, senão não seria Severo Snape o professor.
- Legal – resmungou Tracy, quando as garotas saíram da sala no final da aula. – Trabalho de setenta centímetros sobre antídotos para a próxima aula. Dia inteiro escrevendo por causa de meros bilhetes durante uma aula insuportável. Meu sonho se tornando realidade.
Farway riu.
- Fecha a boca – resmungou Tracy novamente. – Não sei porque ele não deu essa droga para você fazer também. Ele deveria ao menos ter mais medo de mim do que apreço por você.
- Ora, ora, ora Manu... – disse Farway rindo.
- Tracy – ela corrigiu, encarando a amiga com uma expressão matadora para que ela nunca mais se referisse a garota pelo seu verdadeiro nome, por precaução.
N/A: Eu até que gostei desse capítulo. Sabe como é, eu tenho uma dificuldade um tanto grande a explicar as coisas já explicadas. Hm... tá. É difícil, para mim, relatar coisas que a JK já relatou. A imaginação fica retraída, o pensamento não flui... as idéias não vem, e eu nem corro atrás delas, afinal não adianta nada mesmo. Então por isso, talvez, essas partes da fic não fiquem tão boas ou tão criativas quando deveriam. Por favor, me entendam.
Bem, obrigado a todos que comentaram e votaram aqui na fic, eu amo muito vocês! Vocês são a minha vida! Hm, ok. Minha vida sou eu [olha o ego, Manuela ¬¬’] mas vocês também fazem uma pequena parte dela =D
Eddy: Ei, sério que você achou a fic perfeita? Ah, que bom ^^’ E é verdade, a Riddle não é tão má quando deveria ser. Vamos ver o que acontece. Obrigada pelos elogios, adorei!
Renata Potter: É...não é fácil receber tantos comentários. Mas a gente vai a luta, sempre. E olha que eu tô até que conseguindo *feliz* Obrigada pelos comentários! Te adoro fofa! E eu vou querer mais fics suas, tá?
Liz Lupin: Que bom que você gostou do capítuloooo! Adoro quando você gosta do capítulo. Sabe, sua opinião é muito importante para mim. Então... voilà! Gostou desse capítulo? Espero que sim. E obrigada por se interessar pela fic.
Maluada Black: Ah, que saudades de seus comentários, fofa! Quando eu vi que você tinha comentado, fiquei super feliz! E eu fico feliz também por você gostar de Harry e Riddle. É legal até. Mas eles são irmãos. Um amor impossível oh,OH. Que profundo. Huahuahauhauahuh! Obrigada Malu! AMEI seu comentário! Bjoks estaladas para você também!
i love manga: Que bom que você gostou da fic! Adorei seu comentário, espero que tenha gostado desse capítulo também.
andréia malfoy: Já passei na sua fic xD Tá legal pacas! Obrigada por comentar na minha, continue fazendo isso que você me alegra muuuuitão =P.
Fe Black: Estou esperando ansiosamente pela sua opinião. Ela é super importante para mim! Beijos!
Mary Malfoy: Ei moça! Não pode esquecer de avisar que postou, não! Isso me afeta profundamente. Vou confiar em você, hein! E que bom que você acha que eu escrevo bem. Tenho que conquistar meus leitores, não é?
Ginna Potter: A sua fic é que está o máximo! Tá demais! Obrigada por não esquecer de mim, fofa. Beijooos!
kakazinha: Obrigadaaaaa! Adorei seu comentário mesmo! E o título é uma das melhores coisas da minha fic =P E vamos nos plagiar!! As idéias fecham! Huahauhuh! Brincadeirinha... ^^’ Te adoro.
Carol Bacelar: Ei, sério que minha fic tá digna de uma JK Rowling? Ah, eu me sinto tão honrada! Mas eu sei que não chego nem aos tornozelos dela. Talvez algum dia eu chegue... *sonhando* Que bom que você já leu 5 capítulos da fic! Espero que termine de ler logo, estou louca para saber sua opinião! Obrigada mesmo pelo comentário lindo, viu? =*
Jessica Gibb: Realmente... algum macumbeiro muito bom está contra você. Esses troços no pulso e nos dedos simplesmente não podem ser coincidência! E eu já estou lhe enchendo com o novo capítulo. Mais uma vez. Bem, agora você já sabe que a moto vai ser usada para aquilo mesmo. Tudo bem, a idéia não exatamente boa mas dá para o gasto. E vai ser algo muito útil também. Olha, eu vou ignorar essa de “Tommy Boy”, ok? Por que se eu realmente me importasse com isso você não estaria lendo as respostas dos comentários agora. Talvez estivesse, mas num computador lá do céu. Ou do inferno, como preferir. Estou falando sério. Ah... espero que tenha gostado desse capítulo! E escreve sua fic logo, senão você sabe que eu vou morrer. Tchauzinho! Te adoro manaaaa! =]~
P.S.: Comentem e votem, por favor! É fácil, rápido e de graça! xD
Manu Riddle
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