Mudanças



N/A: Então gente! Espero que gostem do segundo capítulo!

Capítulo 2 - Mudanças

Harry e a tia apareceram na esquina da Privet Drive e caminharam até a casa dos Dursleys.
- Você não devia estar andando com esta capa aqui na rua.- Disse Petúnia.
- Por que a senhora não relaxa? – ele falou impaciente – Ninguém vai notar!
Não havia ninguém na rua. Todos deveriam estar almoçando. Harry e Petúnia entraram no número 4 e Duda veio correndo para a mãe.
- Por que demorou, Mamãe? – ele perguntou interessado – estou morrendo de fome!
- Você só pensa em comida, não é? – exclamou Harry irritado subindo para o quarto.
Edwiges estava pousada na cama com uma carta amarrada na perna.
- De quem será? – perguntou Harry primeiro, acariciando a coruja e depois retirando a carta.
Harry virou o envelope, era de Hogwarts, as letras brilhantes agora não tinham a mesma caligrafia fina de Dumbledore, mas a caligrafia da professora Minerva era tão bonita quanto a do antigo diretor, também era rebuscada.
Harry abriu o envelope e lá estavam a carta com seus livros novos, a passagem do trem, e o distintivo de capitão do time de quadribol. Ele olhou tudo aquilo e sentiu uma pontada no peito. Sentiu que no envelope havia ainda mais uma carta. Tomou-a na mão e começou a ler.

Prezado Harry,

A Srta. Granger me escreveu informando que você, ela e o Sr. Weasley estão pesando em não retornar a Hogwarts neste último ano.
Pense bem, acha que o professor Dumbledore iria concordar com isso? Mesmo que fosse por um motivo muito importante?
Se você precisa se ausentar em certos momentos da escola nós podemos conversar e decidir, mas eu não concordo com essa sua decisão de não retornar. A sua mãe ficaria decepcionada!
Pondere sobre o que estou lhe falando.
Espero encontra-lo em breve na “sua” casa.

Atenciosamente,

Minerva McGonnagall.


A professora Minerva havia falado exatamente o que ele estava pensando. Nenhuma das pessoas de quem ele gostava e respeitava, que já não estavam entre eles, concordariam que ele não voltasse à Hogwarts.
Talvez ele conseguisse um acordo com a professora, se ele pudesse se ausentar todos os finais de semana e quando fosse necessário e urgente. Era só aparatar e desaparatar de Hogsmeade.
Harry pegou uma pena e começou a escrever.

Prezada professora Minerva,

Eu estarei na minha casa a partir do dia 31 de julho. Como eu estava pensando em não ir para Hogwarts, acabei fazendo um grande número de feitiços enquanto ainda sou menor, espero que me desculpe.
Adoraria conversar com a senhora a respeito do que me escreveu.
Espero que esteja bem.

Atenciosamente,

Harry Potter


Harry então escreveu a mesma carta para Ron e Hermione.

Irei para a minha casa no dia 31 deste mês. Os espero lá para conversarmos a respeito da nossa busca na semana que vem.

Estarei escrevendo a Lupin para avisá-lo da sua chegada.

Abraços,

Harry.


Por último Harry escreveu ao professor Lupin.

Prezado professor Lupin,

Ron e Hermione irão para aí na semana que vem!

Espero que esteja bem.

Harry.

Harry acariciou Edwiges, e prendeu as cartas.
- Leve-as agora, está bem? Tome cuidado. – a coruja deu uma bicadinha no dedo de Harry e voou pela janela.
Harry pegou seu livro de transfiguração e começou a escrever a redação que a professora havia pedido no término do ano anterior. Se eventualmente ele voltasse para Hogwarts, deveria estar preparado.

Os dias passaram rápido, tio Valter não gostou nada da idéia deles irem para a mansão de Harry. Obviamente por causa dos bruxos que estariam lá, entrando e saindo, todos os dias. Mas foi convencido pela esposa depois de muita insistência.
Enfim, a véspera chegou.
- Bom, aqui está o endereço, tio Valter. – ele disse passando o pedaço de pergaminho. – eu irei assim que der meia noite.
- Como você vai? – ele perguntou grosseiramente.
- Vou desaparatar. – respondeu indiferente – agora escute, quando vocês chegarem lá, apenas a tia Petúnia poderá ver a casa.
- Por quê? – perguntou novamente.
- Por causa de um feitiço de proteção que foi posto na casa. É um feitiço de segredo. – Harry explicou – apenas pode ver a casa aquele que ouviu o segredo de seu guardador. E não adianta ela te contar, o senhor só vai poder ver a casa depois que ouvir o segredo da boca da pessoa certa.
- Vocês são todos loucos! – ele disse irritado. Harry ignorou.
- Tia Petúnia, eu quero que toque a campainha quando chegarem, para que o professor Lupin vá falar o segredo para Duda e Tio Valter.
- Está bem. – ela concordou.
Harry consultou o relógio, eram dez para a meia noite. Ele subiu para seu quarto, onde pegou o resto das suas coisas que faltavam, soltou Edwiges para ela ir voando para o Largo Grimauld e desceu com tudo que era seu.

- Bom, é isso. Meia noite. – disse Harry. – estarei esperando por vocês.
- Certo. – disse o tio olhando para a sala. Havia malas para dar e vender. Harry nunca antes havia imaginado que eles tinham tantas coisas.
- Trancarei a porta ao sair com magia. Vocês só poderão abrir com a chave e nenhum bruxo poderá destrancar a porta com magia, também lançarei um feitiço que impede qualquer um de tentar entrar nos jardins da casa. É como se houvesse um muro até o céu, e ninguém poderá aparatar aqui para dentro também. Mas não haverá problema para vocês saírem com o carro.
- Está bem. – disse a tia nervosa.
- Até mais tarde. – Harry disse, vestiu a capa da invisibilidade e saiu.
Lançou todos os feitiços que havia dito que lançaria, caminhou até a esquina da rua e desaparatou direto no Largo Grimauld.
Caminhou até a porta de sua nova casa e entrou.
O professor Lupin saiu da cozinha para ver tinha chegado.
- Ah! Oi Harry!
- Oi professor, como vai? – perguntou Harry o cumprimentando.
- Tudo bem. Feliz Aniversário! – ele disse animado.
- Obrigado! – disse Harry.
- Estou conversando com Sirius, Thiago e Lílian! Me casarei no Natal!
- Que bom! – exclamou Harry – Parabéns!
- Quer ajuda para levar suas coisas lá para cima?
Harry aceitou a ajuda. Foi subindo para o seu quarto e notou que a escada estava com uma decoração diferente. Agora a parede do corredor para os dormitórios, estavam cobertas por um papel de parede idêntico ao das paredes da torre da Grifinória. Um tapete rubro de veludo com o conhecido leão da casa bordado em ouro enfeitava a parede. O carpete do corredor foi mudado de negro e prata para vinho e dourado. Muitos quadros foram pendurados, com bruxos que Harry achava familiares.
- Todos esses foram seus parentes, Harry. Parentes e amigos da sua família. – Disse Lupin vendo o olhar curioso de Harry.
Entrou em seu quarto que dividiria mais tarde com Ron e colocou suas coisas ao lado da sua cama de colunas. O quarto estava muito limpo, e tinha visivelmente o antigo ar do seu dormitório na Grifinória.
- Molly quis dar uma decorada na casa. – disse Lupin. – Ficaram muito parecidos com os dormitórios de Hogwarts, não?
- Muito! – disse Harry sorrindo. – Quando ela fez isso?
- Começou no dia seguinte àquele que você veio com sua tia!
- Está ótimo! Não poderia me sentir mais em casa!
Em seu quarto, havia três quadros. Onde agora se encontravam seus pais e Sirius conversando sentados em poltronas, o quadro de Fineus, o tataravô de Sirius que não estava no momento, e mais um quadro vago que Harry não sabia a quem pertencia.
Os pais de Harry e Sirius o cumprimentaram animados.
- FELIZ ANIVERSÁRIO, HARRY!!! – falaram em coro.
Harry deu risada.
- Obrigado.
- Tenho uns presentes para você! – disse Lupin. – Só um minuto! Vou buscar.
Lupin disse e saiu correndo porta á fora.
- Eu falei com a professora Minerva, Harry. – disse Lílian. – Ela concordou comigo que você não deve deixar a escola.
- Ela me escreveu. – ele respondeu. – Vou conversar com ela esses dias.
- Que busca é essa que você tem que fazer? – Perguntou Thiago.
- São horcruxes. – disse ele.
- Horcruxes? – exclamou Lílian assustada.
- Por favor, não comentem com ninguém! – Harry pediu.
- Não se preocupe. – disse Sirius e os outros dois concordaram.
- Voldemort fez horcruxes? – exclamou Sirius.
- Fez, e antes de matá-lo, eu devo destruir os objetos mágicos que guardam cada horcrux.
- Você disse que você e Dumbledore tinham deixado Hogwarts para fazer uma busca, antes dele morrer. Foi um horcrux que buscaram?
- Foi essa a intenção. – ele explicou. – Fomos buscar um medalhão de ouro com o brasão de Slytherin. Mas quando voltamos à Hogwarts, ví que não era o medalhão que resgatamos. Alguém já o havia pegado.
- Como você sabe? – perguntou Thiago.
- A pessoa deixou uma carta e assinou com suas iniciais. – disse Harry.
- Quais são as iniciais? – perguntou Lílian.
- R.A.B. – respondeu Harry.
- R.A.B.? – repetiu Sirius – ora! Essas são as iniciais do meu irmão! Regulus Alex Black!
- Então o medalhão pode estar aqui? – Harry perguntou esperançoso.
- Será que ele foi mesmo morto por Voldemort? – perguntou Sirius espantado.
Mas Harry não estava mais escutando. Mundungus havia roubado muitas coisas da casa. E se tivesse levado o medalhão?
Harry saiu do seu quarto ás pressas e correu para o escritório. Sirius havia dito que seu pai guardava um monte de coisas nos armários de lá... E quem sabe poderia estar no quarto da mãe dele? Foi o único quarto que Harry não mostrou para sua tia, e estava trancado desde que ele fora a primeira vez na mansão, mas ele começou a procurar nervoso nas coisas da sala.
Abriu as gavetas, lá havia muitos documentos e algumas pequenas caixas. Harry abriu ansiosamente uma por uma. Na primeira havia pedras azuis, transparentes como cristais e muito brilhantes.
Harry lembrou-se de não encostar a mão em objetos estranhos que pudessem estar amaldiçoados, então tirou a varinha e tocou uma das pedras. Ela levantou no ar seguida pelas outras, fizeram um círculo. Depois elas formaram uma estrela e por último, assumindo uma tonalidade vermelha e formato de cobra. As pedras pousaram sobre a mesa ainda no formato de cobra e prontas para dar o bote.
- Pare! – ordenou Harry em língua de cobra.
A cobra obedeceu. Harry, surpreso, ordenou novamente.
- Volte para a caixa.
A cobra obediente entrou na caixa.
Harry abriu uma Segunda caixa, e alí havia inúmeras fotos das mesmas crianças. Eles dois iam ficando mais velhos conforme Harry virava a foto. Em certo momento, ele já podia reconhecer Sirius, vestido com o uniforme de Hogwarts. Seu irmão mais novo, Regulus, estava ao seu lado. Harry passou rapidamente as fotos e notou que na maioria Sirius não aparecia mais.
Na terceira caixa, havia três medalhões de ouro. O coração de Harry disparou! Mas quando ele os pegou pelas correntes para ver se algum continha o brasão de Slytherin desanimou... Nenhum deles o tinha, mas olhando com atenção, viu o brasão dos Black, um brasão com um W e um leão, e um com um P e uma fênix desenhada. Harry olhou um tanto desconfiado para aqueles dois brasões. Seria coincidência? O brasão da família Weasley e o brasão dos Potter?
Provavelmente Mundungus fora preso antes de roubar esses também. Harry os pegou e guardou em seu bolso, caminhou até o armário junto à parede e abriu a porta de cristal.
Ali havia poucas coisas. O pai de Sirius guardava mais documentos de propriedades que havia comprado, e livros de bruxaria. Harry puxou um a um para ver se nenhum deles era na verdade um esconderijo. Bom, na certa o terceiro livro de capa de couro vermelho era um ótimo esconderijo. Havia muitas cartas, uma sobre a outra. Harry o colocou sobre a mesa e continuou olhando os demais.
Quando puxou o oitavo livro uma porta secreta se arrastou, atrás do pequeno bar, escondida por um gaveteiro, e revelou um corredor. A porta era pequena para um gordo ou alguém grande demais. Mas para Harry era possível passar.
Pensou que deveria explorar a passagem mais tarde e resolveu ler as cartas. Ele abriu a primeira.

Querido, pai!
Fui selecionado para Slytherin!
Era como eu esperava, claro. Talvez mais um alívio para o senhor, saber que não teve outro filho em Gryffindor ou outra casa.
Tenho passado meus dias com Bella e Cissa. A Andrômeda está junto de Sirius. Ele não tem andado com quem o senhor acha confiável. Tem feito amizade com sangues ruins e amantes de trouxas. Como o Potter, o Lupin, os Weasleys, e acredite ou não uma trouxa chamada Evans!
Lembra-se do Pedro? Aquele filho do seu amigo... Pettigrew, também está em Gryffindor e anda com ele.
O professor Slughorn é o diretor da nossa casa. Ele elogiou Sirius durante a minha aula quando falou o meu nome e disse que seria ótimo se eu tivesse o mesmo desempenho dele na matéria, mas apenas na matéria e não em outras coisas. O professor não falou sobre nada mais que isso. Então eu não entendi muito bem.
Mas isto é só.

Um abraço, seu filho,

Regulus.


Ao invés de ler todas elas, Harry apenas conferiu por cima o que elas falavam e selecionava o que leria e o que não leria.
A maioria era de Regulus falando do irmão. Como um dedo-duro, ele contava tudo que Sirius fazia de “errado” pois ir a Hogsmeade com Thiago e Lilly não lhe parecia nada de mal.
Em algumas delas, Regulus falava que Sirius e Thiago haviam enfeitiçado Filch! Com o feitiço levitocorpus. Harry imaginou a cena e riu sozinho. Avançou algumas cartas.

Pai,

não posso lhe falar muita coisa por carta e é inclusive muito arriscado lhe mandar isso via coruja, mas na condição em que me encontro não posso aparatar.
Não encoste no objeto! Guarde-o em segurança até que eu volte e explique.

Seu filho. Regulus
.


O coração de Harry acelerou, seria possível que Regulus estivesse falando do horcrux?

A última carta no monte estava com uma escrita muito rápida, meio borrada e difícil de ler.

Como vai, pai?

Eu espero que melhor que eu! Hoje o Lorde das Trevas ficou sabendo que não mais farei parte dos Comensais da Morte.
Espero que aquilo que lhe mandei esteja bem seguro, pois quando eu chegar aí planejo destruí-lo imediatamente! Caso eu não volte, gostaria de morrer sabendo que o Lorde das Trevas jamais terá aquele objeto em mãos, portanto, se eu morrer, por favor, destrua aquilo.
Eu amo o senhor, minha mãe e meu irmão, mesmo que ele tenha traído nossa família.
Desejo que possa vê-los novamente, mas se não for possível, realize o meu último desejo.

Obrigado por tudo, e principalmente, obrigado por ter sido o meu pai.

Regulus.


A carta acabou e Harry não teria como saber se o medalhão havia sido ou não destruído. Ele olhou para uma pasta acima dos livros e a pegou.
Ali estavam a certidão de óbito de Regulus e de seu pai. Harry notou que a última carta de Regulus havia sido escrita um dia antes de sua morte. O pai morreu na semana seguinte. Teria ele conseguido destruir o objeto?

FIM DO CAPÍTULO 2!!!

N/A: Nossa Gente!!! Esse capítulo tinha ficado enorme, então eu dividi ele em dois, por isso o capítulo três e ele estão sendo postados no mesmo dia!!!

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