Conto V – Pequena e irritante!
Notas iniciais: “Antes de mais nada, gostaria de dizer que este conto será narrado com as experiências e opiniões minhas e de Tiago Potter. É algo realmente divertido escrevermos sobre este acontecimento, pois, posteriormente, as coisas irão mudar... Bom, já falei demais. Divirtam-se em mais uma implicante e engraçada história dos marotos!”
Remo Lupin
Exatos dois meses e dezessete dias haviam se passado desde que os ‘marotos’ haviam sido selecionados para a Grifinória. Os laços de amizade com Lana Finch se estreitavam a cada dia e os ‘marotos’ (até então não conhecidos por esse nome) chamavam-na de “Companheira de todas as horas”. Entretanto, o conto que se segue trata de uma garotinha de apenas 1,36 cm, olhos verdes e brilhantes e cabelo vermelho como brasa quente. Seu nome...
- Lílian Evans! Argh! – zombou Tiago, quando Lupin falava sobre a inteligentíssima aluna da Grifinória, que arrancava aplausos animados de Horace Slughorn, professor de poções – Ela é insuportável, isso sim! Vai me dizer que está apaixonado por ela?
- Não! Admirar como ela é boa em poções não quer dizer que ela seja uma gatinha, ou meu primeiro amor – disse ele baixinho, enquanto disfarçava um sorriso.
- Eu ainda acho que ela é descendente dos centauros! – exclamou Pettigrew, quando os quatro garotos desciam uma escada de mármore e marchavam para o Salão Principal – A cor dos cabelos dela! Já vi um centauro,com pêlos encaracolados e rígidos, que eram da mesma cor que o cabelo dela!
Sirius sorriu da quarta bobagem dita por Pedro naquele dia, mas Lupin fez cara feia e retirou a mochila de suas costas procurando, inesperadamente, algo dentro dela. Tiago parecia nem ter ouvido o que Pedro tinha dito: ou estava deliciado pelo cheiro de carne cozida com molho de queijo que saía do Salão Principal ou...
- Ah! Pára de olhar para a Lana! – sorriu Sirius, enquanto cutucava Tiago nas costelas com a ponta de sua varinha.
- E-eu... não estava olhando pra ela! – respondeu o outro enquanto se sentava à mesa da Grifinória – E tira essa varinha daí!
Deliciaram-se com mais aquele banquete de Hogwarts e estavam a tomar sorvete de morango quando um zunido agudo quebrou o silêncio próximo ao quarteto.
- Quem vocês pensam que são? – uma voz feminina ecoou – Ou melhor, quem você acha que é?
- Ah não! – exclamou Tiago, ao ver Lílian Evans às suas costas, com cara de poucos amigos, suas bochechas tão vermelhas e inchadas que pareciam estar prestes a explodir – Nem na hora do almoço tenho sossego!
- Ah, oi Lílian – emendou Lupin, lançando um olhar severo para Tiago.
- Lamentável! É lamentável, Remo, que um aluno como você se mete com gentinha como o Tiago! Ele só pensa em bagunçar! E sabe qual é a nova? – e nisso ela inspirou fundo, como se estivesse para recitar um poema ensaiado – ELE RISCOU TODO O MEU LIVRO DE POÇÕES! – a sua voz parecia ter saído mais alta do que planejara, e isso atraiu olhares curiosos de grifinorianos e de alunos de outras casas. Baixando o tom de sua voz bruscamente, ela continuou: - Veja isso.
Lupin recebeu o livro “Bebidas e Poções Mágicas”, apoiou em sua mesa, após afastar sua taça de sorvete, e o abriu. De fato, tudo aquilo estava uma baderna, nada digno de Lílian Evans, a aluna mais dedicada a poções que Lupin já conhecera. Haviam riscos feitos com tinta de diversas cores, nomes escritos de cabeça pra baixo, símbolos esquisitos desenhados em toda a contra-capa... E à medida que Lupin continuava a folhear, mais e mais rabiscos apareciam. Parando na página 196, onde uma brilhosa imitação de um vaso de sanitário se encontrava, ele disse:
- Mas o Tiago não poderia ter feito isso – os olhos do seu amigo brilharam de felicidade, os de Lílian faiscaram de fúria.
- E que fundamento tem essa sua idéia? Caso você não tem visto – e nisso tomou o seu livro, mostrando a capa – Aqui está a prova do crime!
Uma caligrafia fina e requintada descrevia, em várias voltas e floreios, o nome: Tiago Potter. Desta vez, quem retrucou foi Tiago.
- EI! Minha letra não é assim! – e nisso buscou pena e tinteiro em sua bolsa e escreveu sobre a madeira lustrosa da mesa: Tiago Potter. Os feitiços ‘anti-vândalos’ de Hogwarts não foram rápidos o suficiente para apagar aquelas palavras antes que todos pudessem perceber que a grafia de Tiago nada se assemelhava àquela estampada na capa do livro.
- M-mas... SÓ PODE HAVER UM ENGANO! – esganiçou Lílian, no momento em que as palavras desapareceram da mesa.
- E houve mesmo. – falou Sirius pela primeira vez em meio a confusão – Você pegou o garoto errado – e sorriu maldosamente pra ela.
- Não! Vocês estão me enganando – indícios de lágrimas formavam-se nos cantos de seus olhos verdes.
- Ah! Sai daqui centauro! – blasfemou Pedro, que tomava a quarta poção de sorvete de creme.
- Cent... Eu ouvi bem? – e a garotinha lançou um olhar ameaçador para Pettigrew – Escute aqui garotinho – e nisso Sirius, Lupin e Tiago caíram na risada – eu-não-sou-um-centauro!!! – e soltou um grande e ventilado suspiro - Que idéia!
Porém, mais tarde, enquanto se encontrava no Salão Comunal de Grifinória, observando os terrenos de Hogwarts através de uma janela embaçada, Lupin compreendeu toda a verdade. Tiago fizera aquilo no livro de Lílian, não havia outra explicação. E a prova concreta estava nas mãos do seu amigo.
Uma pena. Mas não uma pena comum; era uma ‘capricho’, a pena que faz com que a sua caligrafia fique perfeita, muito usada para fazer capas de trabalho.
Lupin sentiu que precisava contar a verdade; ia denunciá-lo.
Notas finais: (além de conter notas do autor, há também os pensamentos, detalhes e opiniões pessoais de cada maroto sobre os diversos acontecimentos do conto).
# Lana Finch não apareceu neste conto, pois no momento deste acontecimento ela estava incrivelmente distraída com a sua amiga, Amelina Silverstone, falando sobre runas e pedras preciosas.
# Pedro Pettigrew não está de piadinhas! Ela realmente pensa que Lílian Evans seja um centauro. Agora, não venham me perguntar de onde ele tirou, verdadeiramente, essa idéia!
# Os feitiços ‘anti-vândalos’ funcionam somente para alunos de Hogwarts em sã consciência do que estão fazendo. Ou seja, se um aluno estivesse dominado pelo Imperius para rabiscar as paredes do castelo, os feitiços não funcionariam!
# Mais uma nota sobre os feitiços ‘anti-vândalos’: eles também possuem poder repulsivo, como jogar alunos para longe, porém, isso não será explorado agora.
# Uma última nota: Lupin está apaixonado por Lílian (e eu já havia deixado isso claro nas notas finais do último conto). Apesar da garota não ser especialmente bela, ele se apaixonou pela sua personalidade (ela é meiga e incrivelmente simpática, ao contrário do mostrado neste conto) e também pela sua habilidade singular em poções!
Aguardem, o próximo conto está por vir!
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