Conto IV - Enfim, grifinoriano
Notas iniciais: Este conto foi escrito com a ajuda dos depoimentos de Pedro, Sirius e Tiago Potter. Todos nós estávamos na Ala Hospitalar quando os seguintes acontecimentos foram vividos. Eu não pude participar porque, para falar a verdade, só acordei no final de tudo. Desculpem-me, mas vocês saberão o porquê bem mais na frente. Por enquanto, deliciem-se com mais uma de nossas travessuras".
Remo Lupin
- Minha nossa! O que aconteceu com vocês? - foi o grito desesperado da Srta. Hallet quando Filch adentrou na Ala Hospitalar arrastando um garoto branco como parafina, trazendo em seu encalço um garoto magro e todo molhado, um menino gordo e mancando e uma garota de cabelos negros e espessos arrastando um outro menino que se contorcia dando grunhidos de dor.
- Anh... É uma longa história! Mas posso resumir em cinco palavras: Fomos atacados pela lula gigante! - as palavras de Lana Finch, a menina que ajudou os garotos, soou firme e parecendo verdadeira. A enfermeira quase caiu para trás ao ouvir a declaração e logo indagou:
- Minha filha, explique-me como uma desgraça dessas ocorreu!? - sua voz demonstrava explícito terror, enquanto abrigava os quatro meninos em camas incrivelmente quentes e confortáveis.
- É uma longa história, precisamos cuidar dos garotos! Aqueles dois estão realmente passando mal! - Tiago pareceu não gostar da utilização da palavra 'realmente' daquele jeito, parecia que a garota estava falando demais!
- E quanto a vocês dois, filhos, o que aconteceu?
- Eu tropecei numa pedra quando fugia dos tentáculos da lula e... torci meu pé! Está doendo muito! - Pedro mentiu tão bem, e fez uma expressão de dor tão verdadeira, que até ele mesmo pareceu se surpreender.
- Quanto a mim... Anh, você acreditaria se eu dissesse que a lula me arrastou para dentro do lago?
Havia se passado exatos trinta e dois minutos quando as portas da ala hospitalar se irromperam com um baque estrondoso. Pelo portal, vinham passando quatro pessoas, duas com expressões de preocupação, as outras duas de repugnância. Os indivíduos eram: o diretor Dumbledore, Flitwick, a profa. McGonagall e Argo Filch.
Os garotos mal haviam sido atendidos (Pedro estava com uma imensa bolsa de água quente sobre sua perna, Tiago tomava chocolate quente com um grosso e morno casaco de couro, Lupin estava desmaiado, seminu, com o rosto coberto por uma máscara de algo que lembrava musgo verde e Sirius estava tentando se lembrar como chegara até ali) e já tinham de se preparar para encarar um assunto realmente preocupante:
- EXPLIQUEM-SE! - disse a mulher, que mais tardem souberam se tratar da professora de transfiguração, rudemente.
- Nós estávamos seguindo a trilha, em meio a arbustos, indicada pelo Hagrid. Quando chegávamos perto do aglomerado de estudantes o Tiago disse que sentia algo 'alisando' as suas pernas. Foi quando olhei e vi que um tentáculo tentava envolvê-lo, e conseguiu! Arrastando-o pra dentro do lago. Corremos desesperados em sua direção, foi quando Pedro tropeçou numa pedra e torceu o seu pé. Nesse instante, a lula percebeu a nossa presença e atacou o Sirius, no estômago, com o seu tentáculo. Eu peguei na mão do Lupin e tentei fugir dali antes que fôssemos atingidos, porém, a lula disparou uma espécie de fumaça que fez o Lupin cair desmaiado, tive sorte de não ter o mesmo destino! Então, pensei rápido, tirei a varinha do meu bolso e lancei centelhas vermelhas no ar! A lula então mergulhou na água deixando-nos em paz. Foi então que comecei a gritar e um homem chegou em uma carroça e nos trouxe pra cá! - Lana disse tudo aquilo com uma convicção, e tudo ficou tão bem bolado, que os garotos acordados tiveram certeza que ela ensaiara aquilo desde que haviam chegado ali.
- O que ela acabou de nos contar é verdade? - disse Dumbledore, lançando-lhes um olhar penetrante.
- Sim, claro! - responderam todos juntos, até mesmo Sirius que não entendia nada do que estava acontecendo.
- Vocês querem dizer que nossa lula os atacou sem motivo aparente? - perguntou McGonagall, tentando acreditar no que escutou. Todos sacudiram a cabeça positivamente.
- Mas, isso contradiz o relato de quatro estudantes - sibilou Filch, querendo encrencá-los mais ainda.
- Que relatos, Argo? - Dumbledore perguntou-lhe, tentando ainda assimilar o depoimento de Lana.
- Quatro estudantes, há pouco selecionados para a corvinal, me informaram que houve uma confusão, "um duelo de bruxos", próximo ao lago.
- Mas isto não vem ao caso, vem Filch? - Flitwick parecia querer tirar o nome da Corvinal do meio da confusão.
- Por que não viria? Estes garotos poderiam ser os "duelistas", não acham? - perguntou, enquanto sua gata miava ameaçadora.
- Creio eu que a lula de nossa propriedade não atacaria estudantes mesmo que houvesse um bom motivo, mas posso estar enganado. Porém, há um assunto mais importante para se tratar agora do que "o ataque da lula". A seleção! - disse-lhes Dumbledore, querendo apaziguar os ânimos.
- Seleção? - Pedro e Lana perguntaram juntos.
- Sim, uma seleção! Caso vocês não saibam, deixaram de presenciar um dos mais importantes rituais introdutórios de nossa escola! Filch, por favor, traga-me o chapéu - falou McGonagall, olhando-os de uma forma que dizia claramente "Vocês não podiam ter faltado a seleção".
Um instante de silêncio. Filch chegou, acompanhado por sua gata, com um pedaço de pano velho em suas mãos. Entregou-o a McGonagall ao que ela perguntou:
- Quem vai ser o primeiro? - examinou uma lista escrita em um pedaço de pergaminho e anunciou - Black, Sirius!
Sirius olhou-a, espantado, e levantou a mão indicando quem era. A professora marchou até ele e pôs-lhe o tecido em sua cabeça. Logo, todos perceberam que o pano velho era na verdade um chapéu, sujo e mal cuidado, e para espanto dos garotos, e de Lana Finch, o chapéu falou:
- Grifinória!
- Quê que é grifinória? - perguntou Lana, sentada em um canto da ala hospitalar.
- É uma das casas de Hogwarts. Ao todo são quatro: Grifinória, Sonserina, Lufa-Lufa e Corvinal; mas, sinto muito, não temos muito tempo para explicar-lhes isso agora... - nisto, a professora voltou a olha a lista e pronunciou: - Finch, Lana.
Lana nem precisou levantar o braço, afinal, era a única garota na sala. A professora marchou até sua direção e pôs o chapéu em sua cabeça:
- Corvinal! - e Flitwick bateu palmas, animado.
- Lupin, Remo? - McGonagall anunciou mais uma vez, porém, desta vez, foi Tiago quem levantou a mão:
- Desculpe interromper, mas ele ainda está desmaiado...
O homem mais velho, Alvo Dumbledore, guiou-se até Lupin, tirou a varinha de suas vestes, e pronunciou: Enervate, ao que Lupin piscou os olhos bobamente e olhou para todos na ala hospitalar, incapaz de falar e de compreender onde estava e o que estava acontecendo.
- Grifinória! - gritou o chapéu, quando Lupin o experimentou. Quando Minerva retirou o acessório da cabeça do garoto pálido, este voltou a fechar os olhos e desmaiar.
- Grifinória! - bradou o Chapéu quando foi posto na cabeça de Pedro Pettigrew.
Por fim, a professora guiou-se a cama onde Tiago estava deitado. O garoto sentiu como se alguém estivesse examinando a sua cabeça quando sentiu o tecido tocar-lhe a cabeça. Instantes depois, o chapéu gritou mais uma vez:
- Grifinória!
Notas finais: (além de conter notas do autor, há também os pensamentos, detalhes e opiniões pessoais de cada maroto sobre os diversos acontecimentos do conto).
# Lana Finch sentiu-se estranha aos garotos no princípio, pois ela fora a única selecionada para a Corvinal.
# Os três marotos mais espertos, digamos, ficaram um pouco constrangidos em terem de compartilhar o mesmo dormitório que Pedro Pettigrew.
# Lana tornava-se cada vez mais amiga dos quatro garotos, e, sem ao menos perceber, sentia-se cada vez mais próxima de Tiago Potter.
# Lupin estava loucamente apaixonado por uma garota ruiva da grifinória, a qual Tiago chamava de "espantalho do cabelo de fogo". Lupin não gostava nem um pouco disso.
# Pedro continuava colado no pé dos três garotos, mas estes sentiam que o garotinho tinha algo de especial, por isso começaram, também, a apreciar sua companhia.
# Sirius Black fazia sucesso entre as garotas. Já havia descolado beijinhos em seis delas, duas da Lufa-lufa e quatro da Corvinal. Tiago observava o seu amigo paquerador e dizia para si mesmo: "Precoce!".
# Darei agora um enorme pulo quanto às histórias narradas pelos contos. Esses primeiros acontecimentos mereceram destaque, pois são o "abre-alas" da história! Aguardem, um novo conto está por vir!
Comentários (0)
Não há comentários. Seja o primeiro!