Conto III - A caminho da Ala H



Conto III - A caminho da Ala Hospitalar

Nota inicial: "Este conto será narrado por Pontas e na terceira pessoa. O único maroto presente nestes acontecimentos fora Tiago era Rabicho, porém achamos que uma história tão importante não caberia ao Pedro, e mesmo que coubesse ele não iria querer escrever! Vocês devem se perguntar onde eu e o Almofadinhas estaríamos nessa narrativa, bom, estávamos o tempo todo nela, mas atordoados demais pra conseguir distinguir alguma coisa além de um barulho de passos ao longe! Acho que já me extendi demais, leiam mais uma aventura nas linhas abaixo".

Remo Lupin

Surpreendentemente, Tiago Potter saíra vivo do "ataque" da lula gigante. Com as vestes totalmente enxarcadas e com um frio tão intenso que lhe congelava os ossos, o garoto saiu do barquinho e tocou os seus pés na lama esverdeada à beira do lago, procurando Snape, a varinha segura firme em sua mão. Como se não bastasse ter sido jogado no lago, Tiago tinha de aguentar a visão do garoto de cabelos sebosos, rindo com seus amigos, e andando triunfante para perto de outros barquinhos.

Uma voz grave e alta, junta com o soar de fortes passos, fizeram Tiago se lembrar que, se o "gigante" visse o resultado de toda aquela confusão, seria bem capaz dele e dos seus outros três companheiros serem expulsos naquela mesma noite!

O garoto pôs-se, então, a procurar Pedro, que saíra junto com outra garota, levando Lupin para a ala hospitalar. E, depois de uns trinta segundos, o viu, levando com esforço um corpo fantasmagórico junto a uma garota de cabelos negros e longos.

Parecia que a garotinha estava sabendo guiar Pedro e Lupin pelo caminho certo, escondendo-se atrás de uns arbustos para que o gigante não pudesse vê-los. Vendo que o plano era bom, Tiago correu até Sirius e arrastou-o pelas pernas em direção ao arbusto escuro pelo qual os outros se esgueiravam.

Quando Tiago estava a apenas alguns passos do "trio fugitivo", Hagrid passou bem ao seu lado, só que pela trilha aberta em meio ao mato. Como que em sincronia, Tiago, a garota e Pedro suspiraram aliviados ao verem que as luzes de Hogsmeade estavam apagadas, a lua estava encoberta por nuvens e que a luz da lanterna coberta de Hagrid estava quase se extinguindo.

Aumentando o ritmo de seus passos, Tiago acompanhou os outros três e sussurou-lhes ao ouvido:

- Não podemos atravessar este lago nos barquinhos de maneira alguma! Temos de chegar a Hogwarts de uma outra forma, escondidos! Precisamos levá-los à Ala hospitalar com urgência. Não sei se vocês perceberam, mas Lupin está suando frio e Sirius está quente como brasa!

- Mas... Como poderemos chegar a Hogwarts senão pelo lago? As carruagens dos veteranos já devem ter partido. Se formos a pé, no ritmo que estamos andando, só chegaremos amanhã! - respondeu a garotinha, parecendo adivinhar a preocupação que se passava na mente de Tiago.

- Tenho uma idéia, nem sei se pode servir. Mas, e se nós nos feríssemos? - disse Pedro, aparentemente cansado e angustiado.

- VOCÊ ESTÁ LOUCO?!? - deixou Tiago escapar um grito, logo baixou o tom de voz e complementou - Se em um bom estado estamos indo lentos assim, imagine feridos!

- Nós não precisaremos marchar até Hogwarts! Talvez... bom, talvez pudéssemos dá algum sinal e ficarmos feridos no chão, nem que seja aparentemente. Se ninguém vier nos socorrer pensamos em outra coisa e continuamos levando os outros dois, mas se vierem... - Pedro parou, esperando ver a expressão no rosto de Tiago mudar, mas não mudou.

- Sabe, não acho que seja tão má idéia. Tem uma grande chance de falhar, mas se funcionar, em vez de irmos à Hogwarts, ela virá até nós! Porém, primeiro temos de pensar numa boa mentira! - a garota falou com convicção e encarou Tiago, esperando uma resposta.

- Acho que nossos amigos não podem mais esperar - disse, respondendo a garota com um olhar positivo e aceitando o plano - Como estou todo encharcado, podíamos inventar que fui arrastado para dentro do lago pela lula gigante. O Lupin poderia ter desmaiado com um golpe de tentáculos e o Sirius...

- E o Sirius poderia ter sido intoxicado pelo jato de tinta da lula! - disse Pedro, excitado.

- Não sabia que lulas também soltavam jatos de tinta - Tiago fez uma cara de quem tenta se lembrar de alguma coisa - Mas, mesmo assim, acho que esta mentira não cola. Alguma outra idéia?

- Quem sabe, o Sirius poderia ter algum tipo de alergia a lulas, não acham? Daí toda essa febre, o tremor em seu corpo e as suas contrações... - falou a garota, como se aquela mentira sim tivesse de ser aceitada.

- OK! Quanto a nós três tudo bem. E qual a mentira que inventaríamos pra vocês dois? - perguntou, encarando Pedro e a garota.

- Ah, eu poderia ser a "salvadora", se é que me entendem. Vou dizer que vi vocês todos caídos aqui atrás do arbusto e não tive tempo o suficiente de avisar ao Hagrid antes que ele partisse!

- Hagrid? - perguntaram Tiago e Pedro juntos.

- Sim! O meio gigante! Aquele que guiou os alunos até os barquinhos! Pois bem , continuando o plano, o Pedro poderia... Hm... Poderia ter tropeçado em alguma pedra e ter torcido o pé!

- Torcido o pé? Quem que vai cair nessa? - Tiago perguntou a garota, vendo Pedro fazer uma cara de total repudiação.

- Por que eu que tenho que ficar com a parte mais estúpida? - perguntou enquanto a garota apontava a varinha pra cima e gritava meia dúzia de palavras, nisso centelhas vermelhas subiram velozmente à 30 metros de altura e explodiram no ar.

Enquanto se posicionava na "posição do ataque" à beira do lago, observando as centelhas caírem lentamente, Tiago realmente acreditou que Pedro seria burro o suficiente para não enxergar e tropeçar nas imensas e cinzentas rochas que surgiam do meio da lama, torcendo assim o seu pé.

Notas finais: (além de conter notas do autor, há também os pensamentos, detalhes e opiniões pessoais de cada maroto sobre os diversos acontecimentos do conto).

# Enquanto Tiago se posicionava na beira do lago, Sirius foi largado no meio da lama, Lupin foi posto sobre uma pedra, Pedro se jogou no chão preparando-se para fingir de dor e a garota ficou em pé, gritando agudamente no meio da noite e esperando que alguém ouvisse o seu chamado.

# Quem os encontrou foi Albeforth, irmão de Dumbledore. Este estava vagando pelas ruas vazias de Hogsmeade quando viu centelhas vermelhas explodindo perto do lago, como se fossem um sinal de alerta. Logo após uma voz aguda cortou o ar: "Socorro! Fomos atacados pela lula gigante". Nisto, correu desesperadamente e encontrou quatro crianças caídas atrás de um grande arbusto.

# Albeforth e a garota arrastaram juntos os quatro meninos para dentro de uma carroça velha, abandonada perto da estação do trem. Nisto, o irmão de Dumbledore tomou as rédeas do cavalo cinzento que ali se encontrava e galopou para Hogwarts.

# O caminho até Hogwarts não fora tão demorado quanto Tiago imaginou, porém foi incrivelmente incômodo fazer aquele percurso com dois dos seus amigos desmaiados e um fingindo uma dor no pé direito.

# Filch estava trancando as portas do saguão quando eles chegaram, logo, as cinco crianças foram levadas depressa para a ala hospitalar.

# Mal sabia Tiago Potter que o seu futuro grande amor acabara de ser selecionado para a grifinória e que seu maior inimigo fora escolhido para a Sonserina.

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