A Saída Inesperada
Capítulo Três
A Saída Inesperada
Válter e Duda pararam de súbito enquanto Petúnia os olhava escandalizada.
- O que disse, moleque? - perguntou o tio ignorando o latido do cão.
- É - afirmou Harry novamente - É o meu padrinho, Sírius - a menção do nome ele baixou a voz - Ele pode se transformar em cão se quiser.
Tia Petúnia levou a mão á boca em camera lenta enquanto Duda olhava do pai para a mãe e desta para o cachorro, que abanava o rabo sinicamente.
- Vamos para dentro - falou tio Válter pasmo enquanto enchugava o suor do rosto - entre - ordenou ao passar por Harry - e o cão também.
- Mas... e o mau tapete?! - horrorizou-se tia Petúnia mas Válter não respondeu.
Sirius entrou primeiro que Harry passando por Petúnia que parecia petrificada de horror e nojo, Harry entrou e enseguida ela fez o mesmo traumatizada.
- Então - berrou tio Válter, o rosto tornando-se púrpura e aproximando-se do de Harry - Achou que seria fácil me enganar? O que pensou dizendo isso? Que eu deixaria você ficar com este pulguento imundo?
- Não - respondeu o garoto tentando manter um tom ironicamente educado na voz - Estou falando sério, esse é o Sirius, o meu padrinho foragido da prisão dos bruxos...- Harry não precisou terminar a frase, á menção da palavra "foragido", tia Petúnia sacudiu-se tornando a levar as mãos á boca enquanto esbarrava em Duda que caía sentado como uma grande melancia podre no chão batendo com as costas na cristaleira que derrubou quatro de seus setenta e cinco pratos de porcelana, reliquias de Petúnia. Válter afastou-se do cão bruscamente e pôs-se á frente da família numa pose heróica que interpretada por ele tornava-se ridícula.
- Fique longe de mim e da minha família! - berrou para Sirius que continuava abanando o rabo.
Harry não estava entendendo nada daquela situação. Se Sirius arriscara-se para encontrá-lo era porque talvez tivesse algo muito importante para contar e que dispensava o uso de corujas. Não dando atenção aos Dursley, aproximou-se do padrinho e agachou-se á sua frente.
- O que houve, aconteceu algo? - perguntou, sentia-se estranho conversando com um cachorro. Então, sem aviso, Sirius agarrou com o focinho o jornal bruxo que protegera com a enorme pata negra até então e subiu as escadas para o segundo andar. Harry seguiu-o e como se já conhecesse a casa, Sirius entrou em seu quarto. Assim que entrou também, Harry o encontrou, não como o cachorro, mas em sua forma humana. Sirius estava ainda mais magro do que a última vez que Harry o vira e seu rosto agora estava emoldurado por uma densa cabeleira e barba castanhas.
- Vim buscá-lo, Harry - disse ele já respondendo à pergunta do garoto.
Harry permanesceu quieto por um tempo, como se não acreditasse no que Sirius dissera.
- Como veio me buscar, você nem ao menos tem onde ficar.
- É claro que tenho onde ficar, onde pensa que me escondi este tempo todo? - perguntou ele como se a resposta de sua pergunta fosse a mais óbvia do mundo.
- Não sei, existem vários esconderijos no mundo para um foragido - arriscou.
- Harry, não disse a você que venho de uma família de puro sangue frescos e esnobes? - Harry encolheu os ombros ainda não entendendo - Uma família puro sangue que se prese no mínimo mora em uma casa grande. Como todos os meus parentes já morreram a casa agora é minha.
- Mas não seria óbvio demais você se esconder na sua própria casa?
- Por isso mesmo que estou lá. - respondeu Sirius levantando as sombrancelhas e passando a mão pelos cabelos. - Logo que o Ministério recebeu a notícia da minha fuga no ano passado, o primeiro lugar que procuraram foi na Mansão dos Black, onde eu não estava ainda, como não me encontraram por lá logo pensaram que eu seria um idiota de me esconder na minha própria casa.
Harry deu uma risada baixa, só Sirius mesmo para ter uma idéia como aquela, mas ainda pensava que era arriscado para seu padrinho morar naquela mansão.
- Harry, se não se importa, eu estou com pressa, entende, se alguém derrepente desconfiou de mim...
- Tudo bem, vou arrumar minhas coisas - Harry falou saindo de seus desvaneios e levantando-se para reunir seus pertences no malão de Hogwarts.
Em pouco tempo já estava de mala pronta e com a gaiola com Edwiges na mão, desceu as escadas seguido pelo Sirius cão e murmurando um "Até logo" para os aterrorizados e enojados Dursley, Harry e Snufles atravessaram o portal de saida da casa.
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