A CASA DA ÁRVORE.



CAPÍTULO 9:

A CASA DA ÁRVORE


- Rony! Tem alguma coisa muito errada!

O chamado aflito de Hermione sacudiu Rony de sua satisfação. Guardando a taça dourada no bolso interno do casaco, ele ajoelhou-se ao lado do amigo, seguido por Bull. Harry estava inerte, o rosto muito pálido, a respiração rasa e falha.

- O que houve? Ainda está sangrando?

- Não, mas está a cada minuto mais fraco. E eu não consigo achar a causa! Não há ferimento aparente... A não ser que...

Com a expressão extremamente preocupada, Hermione levantou a cabeça de Harry com as mãos, enquanto chamava com voz urgente:

- Harry! Preciso que acorde! Tem que chamar Dobby! – Como o rapaz não reagisse, repetiu o apelo, sacudindo-o de leve. – Harry! Harry!!!Chame Dobby!

A boca de Harry abriu-se e o nome escapou em um suspiro.

- Dobby!

Ron confiava que Hermione sabia o que estava fazendo, e viu com alívio o surgimento das orelhas de morcego e dos grande olhos do elfo. Assim que visualizou Harry estendido e imóvel no chão, com as roupas sujas de sangue, Dobby esganiçou-se, histérico:

- Meu Senhor Harry Potter! Dobby chegou tarde! Meu Senhor está....

Hermione calou-o com um gesto, falando rápida:

- Ele não está morto Dobby, mas está muito doente e eu preciso de sua ajuda para curá-lo!

O elfo secou as lágrimas, olhando para ela, atento.

- O que Dobby deve fazer?

- Vá o mais rápido possível a Hogwarts, procure por Madame Pomfrey e diga-lhe que Harry Potter perdeu muito sangue e foi provavelmente atingido por um feitiço definhante, talvez“Lessonergi”. Diga-lhe que precisamos de uma poção revigorante, a mais forte que ela tiver. Se não encontrá-la, procure por MacGonagall ou Sprout, uma delas deve estar no castelo. Quando tiver a poção, volte direto para o restaurante, entendeu? Ótimo! Agora vá!

Olhando ainda uma vez para Harry, Dobby sumiu. Hermione voltou-se para os outros.

- Temos que tirá-lo daqui, este lugar fica mais perigoso a cada minuto...Fraco assim, não poderá aparatar, nem com um de nós guiando-o .

- Eu o carrego! – prontificou-se Bull.

- Chamaria muita atenção. Vamos esconde-lo com a capa de invisibilidade, depois eu o levo por magia até sua casa. – Rony decidiu.

Os três embrulharam cuidadosamente Harry, e então Rony puxou a varinha, murmurando:

- Vingardium Leviosa!

Hermione segurou entre os dedos um pedaço da capa, para que soubessem onde o amigo estava, e desceram para a vila. O caminho pareceu bem mais longo, e foi com alívio que avistaram a fachada do restaurante. Enquanto Bull dispensava alguns clientes que queriam almoço, os dois bruxos levaram Harry, pela porta dos fundos, em direção aos quartos. Rony conduziu o amigo desacordado até que este estivesse acomodado em sua cama. Hermione livrou-o da capa, apenas para constatar que a palidez tinha agora tons de cinza, e a respiração era tão fraca que quase não se percebia.

- Ron... Dobby não pode demorar!

Ron devolveu o olhar, tão preocupado quanto. Bull entrou no quarto, resmungando contra a curiosidade inconveniente dos vizinhos. Carregava uma caneca de louça, com um líquido espesso e amarelado que Hermione logo reconheceu.

- Isso não é...?

- As poções mágicas de vocês serão mais rápidas e eficientes na cura, mas enquanto não chegam, talvez um boa gemada trouxa recupere um pouco as energias dele.

- Vamos tentar! Ele precisa de ajuda, mágica ou trouxa.

Pedindo para que Ron segurasse a cabeça do amigo, de maneira que ele pudesse engolir, Hermione entornou lentamente o conteúdo da caneca em sua boca. Harry engasgou-se, mas depois tomou alguns goles. Os três ficaram em silêncio, apreensivos. Os minutos passavam lentamente, e quando estavam quase se tornando uma hora, o estalo que anunciava a chegada de Dobby aconteceu, e foi como música aos seus ouvidos. O elfo trazia em uma mão um frasco cheio de uma poção vermelho vivo e na outra um pacote fechado. Estendeu o frasco para Hermione.

- Meu Senhor Harry Potter deve beber tudo. Já!

Novamente, com a ajuda de Ron, Hermione fez Harry beber o líquido, dessa vez depositando até a última gota na garganta do rapaz. Ainda enquanto bebia, a cor no rosto de Harry começou a perder lentamente o tom acizentado. Dobby, então, estendeu o pacote para a garota.

- Madame Pomfrey disse que a poção vermelha o ajudaria de emergência, e a profª. Sprout mandou os ingredientes para uma outra, que o restabelecerá completamente. Deve ser tomada assim que estiver pronta, ainda quente.

Hermione agarrou o pacote e voou escadas abaixo, para a cozinha de Bull, que desceu logo atrás, na intenção de ajudá-la. Dobby voltou os enormes olhos para Rony.

- Dobby tem também um recado da muito honrada diretora de Hogwarts, jovem Senhor Weasley. A profª. MacGonagall acha que deveriam levar meu Senhor Harry Potter ao hospital em Londres. Mas como sabe que não farão isso, pede para que tomem muito cuidado, e saiam logo de perto do lugar onde prenderam os bruxos maus. A notícia da prisão da bruxa Lestrange já se espalhou.

- Ele não demora, então...

Harry falou tão baixo que Ron quase não o ouviu.

- Cara! Que susto nos pregou! Como se sente?

- Já tive dias melhores. O que aconteceu comigo?...

- Hermione ainda não explicou. Está lá embaixo, preparando uma poção pra você.

- E a taça?

Rony apontou para o próprio peito. Harry respirou várias vezes antes de continuar.

- MacGonagall tem razão. Temos que sair daqui... – disse, tentando erguer-se.

Rony e Dobby empurraram-no de volta para o travesseiro.

- Primeiro a poção, depois repouso, e quando conseguir se equilibrar sobre os pés, iremos embora.

Harry não teve vontade de insistir. Sentia-se exausto apenas com a curta conversa. Fechou os olhos, caindo novamente na inconsciência. Ron pediu a Dobby que ficasse de olho nele, e desceu para ver o que Hermione estava fazendo. A amiga mexia uma fervente poção lilás, que tinha um cheiro nada agradável, e que enchia o aposento de vapor. Bull picava cuidadosamente algumas ervas.

- Está quase pronta. Graças a Deus é de fácil preparo! Como ele está?

- Falou um pouco, tentou se levantar e dormiu de novo. Dobby está com ele. O que houve, afinal?

- Desconfio que Voldemort tenha colocado um feitiço definhante no porão. São feitiços muito antigos, extremamente perigosos, o mais forte chama-se “Lessonergi”. São usados hoje em dia só pelas artes das trevas. Sugam toda a força da pessoa muito rápido, sem que ela perceba o que está acontecendo. Li sobre eles...

- Na biblioteca. – Concluiu Rony. Hermione sorriu para ele, antes de continuar.

- Assim, quem quer que conseguisse chegar à taça, passando pelos outros feitiços, enfraqueceria tão rápido, que não conseguiria ir longe com o Horcrux..

- Quer dizer que se Harry estivesse sozinho...

- Mas ele não estava. Ele estava com vocês dois, e a sorte de ter amigos assim, é algo que o tal Voldemort jamais terá. – Bull disse, conciso.

- Obrigada, Bull! – Hermione tinha os olhos brilhantes – Agora me passe essas ervas, é o último ingrediente que falta. Se realmente for o “Lessonergi”, nosso amigo ficará bom!

Acrescentou as ervas, que mudaram a poção para a cor roxa e pioraram ainda mais o cheiro. Depois serviu uma boa quantidade em umas das canecas de cerveja de Bull e subiu, com os dois em seu encalço. Acharam Dobby, de orelhas murchas, assistindo ansioso a imobilidade de Harry.

- Harry, está acordado?

Os olhos verdes abriram-se, mas pareciam estranhamente desfocados. Hermione levou a caneca até ele, sinalizando para que Rony o ajudasse.

- Vamos lá, irmão. Hora do chá...

Harry bebeu, até que seu estômago se recusou a receber uma gota a mais que fosse. Hermione olhou para dentro da caneca, satisfeita.

- Ele bebeu o suficiente, depois lhe daremos mais. Agora é esperar fazer efeito...

- Temos que sair daqui logo, Mione. A notícia sobre Bellatrix já se espalhou. Voldemort pode estar a caminho.

- Mas para onde iremos? Harry não poderá viajar tão cedo.

- Eu tenho uma cabana de pesca, no rio que passa atrás do bosque que vocês viram na colina. Não é tão longe, mas pouca gente conhece o lugar. É rústica e pequena, mas ...- Bull ofereceu.

- Nós vamos. – Não só a cor voltava ao rosto de Harry, como sua voz firmara-se, apesar de continuar com o aspecto geral deplorável.

- Harry...

- Nesse estado, é melhor eu enfrentar um pequeno passeio, do que comensais batendo à porta.

- Ei, com certeza está melhorando! Pelo menos seu gênio já está de volta. – Cutucou Rony.

- E algum dos senhores presentes pode me dizer como chegaremos lá?

- No meu bom e velho jipe, senhorita. Ele não tem o charme e a rapidez das suas capas e vassouras, mas nos levará com segurança. Vou já pegar mantimentos...Sairemos em uma hora, assim Harry se recupera mais um pouco e ainda chegamos lá ao anoitecer, o.k.?

Desceu, sem esperar por resposta. Dobby aproximou-se de Harry.

- Meu Senhor Harry Potter leva Dobby! Dobby cuida de Harry Potter, ajuda a esconder Harry Potter e seus amigos dos bruxos maus!

- Eu sei Dobby! – Disse Harry, sorrindo. – Mas preciso que seja meus olhos e ouvidos na sede da Ordem. Precisamos que cuide de todos lá, por nós.

- Dobby fica muito honrado de cuidar dos amigos de meu Senhor Harry Potter. Mas Dobby quer ajudar se houver confusão aqui!

- Não se preocupe, antes de precisar puxar a varinha para alguém, eu o chamarei. Agora deve voltar. E Dobby? Muito obrigado!

Um agradecimento de seu ídolo era mais que o suficiente para o elfo partir orgulhoso, feliz consigo mesmo.

Harry recostou-se, deixando a poção realizar seu trabalho. Rony aproveitou para ajeitar as roupas e objetos dos dois nas mochilas, presentes muito úteis dos gêmeos, que aparentando serem pequenas por fora, conseguiam carregar sacos de dormir e até a Firebolt de Harry, bem como alguns dos livros de Hermione. Depois sentou-se, explicando sobre o tal feitiço definhante para o amigo.

- Bom, parecia mesmo ter sido fácil demais, não é? – Indagou Harry, entre desgostoso e irônico.

- Hora de ir rapazes! - Anunciou Bull, das escadas.

Harry sentou-se lentamente, esperando a sensação de vertigem. Como nada aconteceu, levantou-se, trocou as roupas sujas, ajeitou a varinha no cós do jeans e colocou a mochila às costas. Foi aí que o quarto girou ao seu redor.

- Vá com calma, cara! – Rony tirou a mochila de suas mãos e indicou a porta. – Ainda não dá pra bancar o centauro saltitante por aí...

Depois de acomodá-los no jipe, parecido com os que apareciam nos filmes de guerra trouxas, e fechar seu restaurante, Bull sentou-se ao volante. Antes de dar partida, observou Harry a seu lado.

- Tudo bem, rapaz?

Harry consentiu, e então partiram. Passaram em frente ao cemitério de lápides brancas, e o garoto olhou saudoso para a grande árvore que guardava seus pais, visível da estrada. Hermione percebeu.

- Nós voltaremos, Harry. Quando não for perigoso...

Depois de uma hora de viagem, Bull entrou por um caminho secundário, em meio às árvores, que logo tornou-se apenas uma trilha. Depois de muitos solavancos e derrapadas, o jipe parou, na beira de um rio de águas rasas muito limpas e cheio de pedras. Os três olharam para Bull sem entender, pois não havia cabana visível. Ele sorriu e apontou para cima.

- Ah, Bull! – Gargalhou Ron. – Uma casa na árvore! Grande!

Perfeitamente camuflada entre os ramos e assentada no tronco e grossos galhos de uma centenária árvore, há uns seis metros do chão, estava uma cabana feita de grossas toras escuras, que apesar da altura onde estava, parecia muito segura e confortável. Pelo menos para os exaustos garotos. Bull lembrou disso.

- Por que não sobem e descansam um pouco? Eu fico de olho nas coisas e aproveito para fazer fogo e preparar uma boa refeição.

- Harry, consegue subir?

Harry olhou a entrada da cabana no alto, fechou os olhos e aparatou lá. Hermione ralhou, incrédula.

- Ah, francamente! Isso é hora de se mostrar? Poderia ter dado errado...

- Eu cansaria mais subindo as escadas. – Defendeu-se Harry , lá de cima. Apontando a varinha para as mochilas dentro do jipe, comandou:

- “Accio mochilas!”

As bagagens subiram vagarosamente, batendo umas nas outras, mas chegaram até a cabana. Decididamente Harry estava melhor. Rindo da segunda bronca de Hermione, ele virou-se para estudar a casa da árvore. Havia uma mesa e cadeiras de armar, um balcão com uma bacia em um canto, uma janela na parede oposta a porta, e ao lado desta, prateleiras de madeira. E tinha espaço suficiente para seis pessoas dormirem no chão, que pareceu extremamente convidativo para Harry. Tirou o saco de dormir de sua mochila, enquanto Hermione e Ron adentravam a cabana. Alguns minutos depois, após quase setenta e duas horas, três comensais presos, muitos feitiços perigosos e um Horcrux encontrado e agora enrolado na capa de Harry, os três finalmente puderam apenas dormir.

==*==


- Mas o que será isso?

Harry acordou com a exclamação alta e surpresa de Bull. Virou-se no leito improvisado, encarando confuso a escuridão pela janela. Devia ter dormido várias horas. Rony e Hermione nem ao menos se mexeram, continuando a dormir calmamente. Erguendo-se, com a intenção de verificar o que surpreendera Bull, foi atingido na testa por uma revoada de penas brancas, que pousou no seu ombro, piando satisfeita.

- Edwiges!

A coruja bicou de leve sua orelha, demonstrando a saudade, e então mostrou o pergaminho na pata. O coração de Harry colou em seu estômago. Gina usaria Edwiges apenas em caso muito urgente... Decidiu ler o papel antes de acordar os outros. Puxando a varinha, sussurrou:

- Lumus!

Edwiges voou para o batente da janela, enquanto ele desenrolava o pergaminho. Lá, com a letra bem desenhada de Gina, estava a seguinte mensagem

“Senhor Ócus Pócus.

Não fique bravo!

Senhorita Abracadabra.”


Enquanto lia novamente, tentando entender, o som de asas enormes seguida do ruído de cascos aproximando-se o fizeram voar até a porta. Bull estava parado, de costas para a fogueira e a cabana, empunhando um rifle trouxa para a enorme mistura de águia e cavalo que era Bicuço. Entre as asas deste, alguém envolto em um pesado casaco, as feições contraídas pelo vento frio, os cabelos ruivos flamejando contra o gorro – Gina.

- Bull, não se aproxime! Ele é meu amigo, mas não gosta de estranhos! – Harry alertou. Desceu rápido as escadas, e aproximando-se, pousou a mão no ombro que sustentava o rifle.- Está tudo bem! Eu os conheço, estão do nosso lado.

Bull baixou a arma, mantendo-a ao lado do corpo. Harry foi em direção ao hipógrifo, mas parou a alguns passos, fazendo a obrigatória reverência. Os olhos alaranjados olharam para ele com orgulho e... constrangimento, enquanto devolvia o comprimento. Afastado o perigo, Harry aproximou-se e ajudou a trêmula Gina a descer do transporte alado. Quando ela estava com os pés no chão, olhando para ele com os olhos brilhantes em expectativa, ele lhe concedeu o benefício da dúvida:

- Alguém morreu? – Perguntou, tentando ignorar o animal em seu peito, que uivava, saudoso.

- Não! Eu vim...

E então ele explodiu.

- VEIO O QUE? EU NÃO DISSE PARA FICAR SEGURA E QUIETA? HÁ UM BANDO DE COMENSAIS NESTA REGIÃO, ATRÁS DE MIM, E VOCÊ VOANDO POR AI EM UM HIPÓGRIFO?! TEM IDÉIA DO ALVO FÁCIL QUE É??? PODERIA SER ATACADA, PODERIA SER...

Calou-se, arfando. Estava com muita raiva para conseguir articular toda a sua preocupação. Estava muito preocupado para ter raiva. Estava embriagado pelo perfume de flores. Olhando o brilho, agora magoado, dos olhos de Gina, decidiu que estava era perdido.

- Para sua informação, Potter, meu irmão e minha melhor amiga estão aqui. Vim para ver se estão bem.

O tom era decidido, mas a voz saiu falha. Os lábios estavam azulados pelo frio, e ela não parava de tremer. O animal no peito de Harry grunhiu, arrependido. Ele apontou a varinha para a cabana.

- Accio cobertor!

Um dos cobertores que Bull trouxera, saiu pela janela e pousou em seus braços. Ele tentou envolver Gina com ele, mas ela recuou. Harry pegou sua mão e a puxou de volta. Passou a coberta por seus ombros, fechando-a na frente. Depois conduziu a relutante garota para perto da fogueira. Bicuço deitara por perto, preparando-se para uma soneca. Bull, que estivera apoiado na grande árvore, assistindo divertido à cena, adiantou-se, e se apresentou:

- Olá! Eu sou Bull! Prazer em conhecê-la, mocinha. Pela cor dos cabelos, adivinho que seja irmã de nosso amigo Ron, certo? – Apontando para o grande bule de café, que fumegava próximo ao fogo, convidou. – Venha, vou lhe servir um café quentinho que a ajudará a espantar o frio.

Enquanto Gina sentava-se próxima à fogueira, sorrindo agradecida para ele, Bull dirigiu-se ao jipe, provavelmente para buscar mais canecas, e no caminho cochichou para Harry:

- Os Potter e suas ruivas! – Ele ainda estava rindo, quando Ron e Mione, finalmente acordados, corriam para cumprimentar a ruivinha. Ron fez a mesma pergunta de Harry, mas em outro tom.

- O que aconteceu para vir até aqui? Estão todos bem?

Gina, depois de abraçar Hermione, respondeu.

- Sim, estão todos relativamente bem. Eu voei até aqui, – o olhar para Harry foi cortante – porque sei que descobriram um Horcrux, sei o que possivelmente possa ser um outro, e sei como pode-se destruir cada um deles.

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