Os comensais invadem a R. dos

Os comensais invadem a R. dos



Já estava de noite, e a festa começaria a qualquer momento. Harry escutava do lado de fora do seu quarto Duda, e tia Petúnia correndo de um lado para o outro pelo corredor; Duda, parecia a Harry, estava com muita dificudade para escolher uma roupa.

Pela janela, dava pra ver a casa de Jane, toda iluminada, as pessoas na rua chegando e observando a decoração. Harry ainda não conseguira ver Jane.. E imaginou ela vindo perguntar a ele depois, porque não fora a festa.

Mas isso não importa, disse a si mesmo, eu tenho que escutar o que Rony e Hermione disseram...

A porta do quarto de Harry se abriu. Ele se virou pra ver quem era...

-Preciso que me ajude a escolher uma roupa.

Era Duda. Ótimo...Mas que ótimo..

Harry suspirou

-A festa já começou, sabia? E você ainda não vestiu nem se quer uma camiseta?

-Porque? Você não considera isso aqui uma camiseta? - Duda apontou para o próprio peito

Harry revirou os olhos pra cima.

-Duda, isso não é roupa de festa. Não se pode ir para festas com uma regata fougada e sem mangas.

-E o que você quer que eu faça?

-Não sou eu que vou lhe dizer, ok? Agora sai daqui e me deixa em paz.

Ele se virou de novo para a janela, e continuou a observar a casa de Jane.

Mas ele escutou um ruído de porta de armário.

Duda estava vasculhando as roupas de Harry, concentrado.

-Ei, que você ta fazendo?

-Essas roupas já foram minhas um dia, e eu tenho direito de pegar qualquer uma que eu quiser.

-Não, nem todas foram suas. Essas mesmo que você está pegando fui eu que comprei. Com meu dinheiro, Duda! Deixa elas aí, ok?

-Dinheiro? Que dinheiro? Você não tem dinheiro.. - Duda continuava a vasculhar as roupas do primo, como se ele não tivesse dito nada.

-Duda, dá o fora! AGORA! - Harry apontou para a porta, nervoso.

Duda se levantou lançando a Harry um olhar ameaçador

-Ninguém grita comigo assim, tá me ouvindo?

Harry devolveu o olhar sujo do primo.

-Ah, cala a boca!

Duda continuou a olhar pra Harry como se quisesse enchê-lo de pancada. Depois virou-se e saiu do quarto.

Idiota, pensou Harry, me torturou a vida inteira e depois quer que eu o ajude a escolher uma camisa...





As horas se passaram, e Harry não saíra da janela do seu quarto, observando a festa bombar.

Devia fazer umas 3 horas que a festa tinha começado, e ele não estava lá. Mas não ia. Não podia ir.

A porta do seu quarto bateu, e alguém entrou novamente.

Ah, mas se fosse o Duda...

-Harry, você tem visitas lá em baixo.

Era tia Petúnia pela voz, porque ao Harry se virar a tia já tinha fechado a porta.

Visitas? Mas quem poderia ser? Os únicos bruxos que já tinham visitado eles tinham sido os Weasley.. E Harry acharia muito pouco provável que os tios tivessem recebido os Weasley, e mesmo que tivessem deixado entrar não o chamariam... Ou será que Harry estava errado sobre isso?

Desceu as escadas.. E quem estava aopé dela esperando-o era Jane.

-Onde você se meteu, Harry? O Duda falou que você não pode vir..

-Ah... Oi Jane. Desculpe, realmente não pude ir, sabe.. Ah... Muita dor de cabeça.

Ela o encarou.

-Tem certeza? Hoje de tarde você parecia tão bem..

-Foi o jantar. Me fez ficar com uma dor de cabeça enorme, e...

Tudo aconteceu num raio de segundo. De dentro da casa de Harry, ele escutou vindo lá de fora um estrondão de porta arrombando, e no momento seguinte gritos. Muitos gritos. E risadas também. Risadas frias e agudas.

Ele e Jane correram até a janela. Tio Válter e Tia Petúnia também apareceram pra ver o que estava acontecendo.

Uns 20 homens usando grandes capas pretas e máscaras estavam entrando na casa de Jane, destruindo tudo que encontravam, torturando os pimeiros trouxas a vista.. E do lado de fora de sua janela, um pouco atrás do muro de sua casa, Harry viu um pedaço de cabeça deseparatando.

Ele sabia de quem era aquela cabeça. Conhecia-a muito bem. Naquela noite quem estava de plantão em sua casa era Lupin. Provavelmente desparatara pra avisar a Ordem o que estava acontecendo.

-Oh Meu Deus, Harry! O que é isso? Estão invadindo minha casa?

Mas Harry quase não escutava o que Jane falava diante dos lamentos de Tia Petúnia e dos gritos de Tio Válter

-Chame a polícia Válter!! CHAME A POLÍCIA!!

-Mas o que é isso??? São BRUXOS?

-Qual é mesmo o número da polícia Válter??

-Mas o que significa aquilo? O que é aquilo Petúnia? O Duda não está lá?

Harry virou-se para Jane, agarrou seus ombros e olhou em seus olhos.

-Jane, escute, é importante que me escute. Vai ficar tudo bem com sua família. Eu vou dar um jeito..

-Espera aí, moleque! Onde você pensa que vai?

-Ah meu Deus Válter!!!!! O Dudiquinho está lá!!!!

-Vocês dois, calem a boca! Estão me ouvindo?

-O DUDA ESTÁ LÁ VÁLTER!!!

-CALEM A BOCA!

Harry suava frio. Não tinha tempo pra perder, e não precisava de mais dois tios histéricos enchendo a cabeça dele.

-Eu vou até lá. Vou dar um jeito naquilo, e vou tentar trazer o Duda e os pais da Jane pra cá. Só preciso que me prometam, os três, de que não vão dar um passo fora da soleira desta casa.

Todos responderam com um olhar assustado e sombrio. Harry virou-se para a porta...

-Harry, Harry espera um pouco. Você não vai até lá, vai?

-É o único jeito, Jane. - Harry respondeu sem olhar para a garota.

-Não pode ir até lá. Não está vendo que vão matar você?

-Se eu não for, o Duda e sua família podem morrer, Jane.

-Mas nós podemos chamar a polícia. De que vai adiantar você ir?

-A polícia não pode lidar com esse homens. Mas eu posso.

Harry não esperou pra ver o que Jane ia dizer e nem a expressão que iria fazer. Abriu a porta e se deparou com uma rua barulhenta, cheia de gritos, com pessoas das casas vizinhas correndo por tudo quanto é lado tentando fugir dos comensais.

Saiu agachando-se atrás do muro de sua casa, escondendo-se atrás de árvores... Estava já chegando perto da casa de Jane, quando escutou seu nome.

-Harry! - alguém o chamava, e ele sabia quem era novamente - Harry!

Ele virou a cabeça para o lado. Lupin estava atrás de uma outra árvore, bem ao lado da dele.

Lupin, com as costas abaixadas, saiu de trás da árvore, e foi até Harry.

-Venha, vou levá-lo a Ordem, e lá..

-Estupefaça!

Harry só teve tempo de ver Remo cair de costas, e no lugar dele aparecer um dos homens mascarados, com olhos cinzentos por trás da máscara.

-Achei o Potter! Repito ACHEI O POTTER!

Rapidamente apareceram outros homens mascarados, fechando um círculo no qual Harry e homem de olhos cinzentos ficaram no meio.

-Pensei que estivesse preso! - gritou Harry para o homem.

-Lúcio Malfoy não é dígno de ficar preso em Azcaban, Potter. Você já devia imaginar que o Lord das Trevas não me deixaria lá por muito tempo..

A cabeça dos comensais instintivamente viraram-se para os lados. Harry seguiu seus olhares.

Membros da Ordem apareceram por todos os lados, para deter os comensais da Morte.

-NÃO DEIXEM POTTER ESCAPAR! PEGUEM O POTTER!

Mas Harry começara a correr para a casa de Jane, corria o mais depressa que podia, soltando todo tipo de feitiços para trás. Quase foi atingido por um feitiço estuporande, mas alguém empedira.

Harry já estava bem na frente da casa de Jane, quando olhou para o lado. Snape estendia a mão para ele.

-Venha comigo Potter! Rápido!

Harry não teve nem tempo de tentar fazer alguma coisa, porque Snape fora derrubado por alguém atrás dele.

Mas Harry não virou-se para ver quem era. Entrou correndo na casa de Jane, e fechou a porta com um feitiço.

Harry engoliu e seco. Corpos espalhados por toda a casa. Sem nenhum sinal de vida.

-Oh Meu Deus.. - Harry sussurou nervoso.

Abaixou-se diante do primeiro corpo, e tentou verificar sua pulsação.

Em vão.

A coisa agora era procurar o mais rápido que pudesse pelo primo e por qualquer outra pessoa viva.

Mas o primo não parecia estar no andar de baixo. E agora que ele percebera que não sabia quem eram ospais de Jane. Subiu então as escadas para verificar os quartos.

Ao entrar no quarto de Jane, tudo parecia aparentemente deserto. Mas Harry podia sentir que tinha alguém alí. Ele sabia quando não estava sozinho.. E foi quando ele olhou pra debaixo da escrivaninha de Jane que o viu..

-Duda? - Harry foi até o primo, que suava e parecia estar com muito medo - Você está bem? Fizeram alguma coisa com você?

-O q.. que foi isso? - murmurou ele. Suava frio.

-Escuta. Vai ficar tudo bem, eu vou levá-lo até em casa... Mas perciso saber onde estão os pais de Jane, e..

-Mortos - sussurou Duda. - Lá em baixo, logo no começo da escada.

-Então.. Você foi o único que sobreviveu?

Duda confirmou com um aceno de cabeço e um sussurro quase inaudível:

-Acho que sim.

-Mas diabos... Como você conseguiu? - Harry achava realmente impressionante que apenas ele tivesse sobrevivido quando todos os outros tinham morrido.

Mas não esperou a resposta. Um ruído o informara que a porta da casa fora novamente aberta. Virou-se para o primo e falou com urgência:

-Agora escute Duda, você fica atrás de mim e logo que tiver oportunidade saia correndo daqui, e volte pra casa. Acho que estará segura lá. Você me ouviu, Duda? Eu vou distraí-los e.. E você vai ter que tentar se passar por despercebido. - Havia barulho nas escadas agora - Eles estão chegando..

-Eles quem? - o pânico transpareceu pela voz de Duda

A porta foi escancarada

-Estupefaça!

O feitiço de Harry atingira o comensal bem no rosto, que caiu para trás.

Duda saiu correndo, sem nem olhar para trás.

Harry se aproximou e retirou a máscara do comensal. Era uma versão ampliada de Goyle, a mesma cara do filho, pensou Harry.

-Potter!

O garoto levantou a varinha pronto preparado.. Mas era Moddy. Ele estendia a mão para o garoto, que não a segurou. Tinha experiências o bastante para acreditar que aquele não poderia ser o verdadeiro Alastor Moody.

-Venha, tenha uma chave portal que o levará direto a Ordem, você não pode ficar aqui. - rosnou ele

Harry achou de qualquer modo, que era melhor acreditar na palavra dele. Passou por sua cabeça, é claro, a possibilidade por mais remota que fosse, de ser um comensal da morte; mas preferiu arriscar.

Moody então, tirou do bolso uma caixa de fósforo aparentemente vazia. Entregou-a ao garoto.

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