Conversa com Mione



Harry escrevera novamente a Rony e Hermione, falando da tal festa, e que a namorada de Duda não era tão ruim quanto ele pensava. Era só esperar Edwiges chegar...

Quando a coruja chegou já era de noite, e não pareceu muito satisfeita em ter que levar outra carta, se acabara de chegar da entrega de uma.

Mas de qualquer forma, estendeu a pata do mesmo jeito.

As respostas de Rony e Hermione eram maiores que as do ano passado, mas não falavam nada sobre os planos da Ordem, não que eles soubessem de alguma coisa, claro...

Hermione escrevera dizendo que estava satisfeita de ver que ele não estava desobedecendo Dumbledore, e que era melhor continuar assim, para seu próprio bem.

Harry imaginou, então, a expressão da amiga quando lesse a carta que acabara de mandar. Talvez fosse direto a Dumbledore contar tudo; mas ainda tinha o Rony... Quem sabe ele não ficaria do lado de Harry, e protestaria contra Dumbledore se o bruxo não o deixasse ir?

Pensamentos vinham e voltavam por sua cabeça, quando finalmente adormeceu.



No outro dia, Edwiges já voltara e deixara um envelope em cima da escrivaninha. Harry pegou-o; era de Hermione:



Harry,



Você não pode ir a essa festa! Seria a oportunindade perfeita para Voldemort atacar, você sabe disso! Além do mais, Dumbledore lhe avisou para não sair de casa à noite; que tipo de brincadeira você acha que está fazendo?

Harry estou falando sério, se não me prometer que não vai a essa festa, vou contar tudo ao Dumbledore, juro que vou! Isso é, presumindo que ele não fique sabendo de qualquer forma! Você não acha que ele não está pondo membros da Ordem parados em frente a sua casa, não é mesmo?

O Rony diz que você está só delirando com a beleza daquela tal de Jane e que não deve estar falando sério, mas eu conheço você Harry... Sei que se tiver uma chance de sair de casa, você vai!

Harry, preste atenção em uma só coisa: você sabe que só está seguro dentro de sua própria casa! Não pode ir a essa festa, é arriscado de mais!

Já imaginou se invadem aquela casa? Já imaginou o que pode acontecer? Já imaginou a cara do Dumbledore quando descobrir que você desobedeceu a ele?

Tudo bem, você não prestou atenção em nada do que eu escreví, não é mesmo?

Então agora escute: Harry, por favor, POR FAVOR, não vá a essa festa... Por mim, Harry! Pelo Rony!

Não quero que nada aconteça com você!

E o que eu falei sobre contar ao Dumbledore é verdade, então é melhor me mandar uma carta agora, prometendo que não vai a essa festa!



Hermione



PS.: Ganhei um celular nessas férias, o número é: 99655473. Se quiser, tente ligar, mas não sei se vai dar sinal aqui. Tem magia de mais no ar. Mas talvez eu vá hoje com a Sra. Weasley no Beco Diagonal, pra comprar alguns livros, e um uniforme novo. Quem sabe você não liga quando ainda estamos em Londres?






Harry enterrou a cabeça nas mãos e soltou um suspiro. Fora muito burro de contar a Hermione sobre a festa! Fora muitíssimo burro! E agora ela estava lá ameaçando contar a Dumbledore tudo sobre a festa.

Desceu até a sala, a carta amarrotada em sua mão. Pegou o telefone, e discou o número. Enquanto chamava, ele subia as escadas até seu quarto.

E na hora em que fechou a porta...

-Alô?

-Hermione, sou eu.

-Está com sorte - disse ela - acabamos de descer do Noitibus andante... E não tem ninguém por perto, à não ser a Sra. Weasley e Moody um pouco mais a frente e...

-Hermione, que história é essa de falar para o Dumbledore sobre a festa?

-Eu é que lhe pergunto! Você não devia nem pensar em sair de casa à noite. Ainda mais, porque você acabou de conhecer essa garota, e... Sai Rony!

Harry escutou a voz do amigo bem baixinha. Devia estar ao lado de Hermione.

-Harry, o Rony quer falar com vo.. AI!

-Harry? - era a voz de Rony. Harry escutava a amiga gemer baixinho.. - Como ela é? A Jane?

Depois disso Harry escutou um muxoxo de impaciência vindo de Hermione.

-É linda, cara - respondeu Harry lembrando-se da garota - Não sei nem como tem coragem de namorar o Duda.

-É mais bonita que a Cho?

Harry passou alguns segundos avaliando a situação

-Não sei... A beleza da Cho é incomparável. Mas essa garota... Ela é... Não sei.. É mito bonita..

-Parece ser do tipo chorona? - pergntou Rony hesitando

-Ora vocês dois querem parar?

Harry escutou a voz de Hermione voltando ao telefone. Dessa vez, ele escutou Rony gemendo de dor também. Parecia que os amigos estavam numa guerra pra falar no celular..

-Me dá aqui esse feletone! - Harry escutou a voz de Rony vindo de longe. - Quero saber mais sobre a Jane!

-Isso não é um telefone, Rony... É um celular. - Hermione disse repreendendo o amigo - E você pode conversar sobre a Jane depois!

-Hermione - começou Harry - Eu tenho passado minhas férias inteiras num completo tédio. Me dá uma chance única pra eu tentar me divertir!

-Harry, a prioridade não é sua diversão, é sua vida!

-Mas nada vai acontecer, eu lhe garanto!

-Você me garante? - perguntou Hermione incrédula - Harry, você não pode saber se alguma coisa vai acontecer ou não!

-Hermione, Voldemort está muito ocupado matando trouxas. Ele sabe que não pode me pegar enquanto estou em casa. Então como ele vai saber que só esta noite eu vou sair?

-Harry, você não acha que não tem espiões de Voldemort por perto de sua casa pra garantir que no único momento que você saia dela, você seja pego?

-Hum... Não, não acho.

-Pois devia! E de qualquer forma, é como eu lhe disse, se eu não falar, eles saberão! Tem membros da Ordem se revesando na entrada de sua casa todo santo dia!

Harry já ia começar a protestar sobre essa medida de segurança exagerada, quando teve uma repentina idéia.

-E se eu usar a capa da Invisibilade?

-Aí, quando você chegar lá, não vai ter onde colocá-la. A não ser que mostre a Jane a capa da Invisibilidade, e antes que ela possa desmaiar de susto, você pede a ela pra guardá-la em seu quarto..

-Mas Hermione... Tudo isso que está me dizendo é muito improvável! Caramba, não vou dizer que não saio nunca dessa casa, porque uma vez ou outra saio de dia. Então se Voldemort realmente achasse que pode me pegar fora das propriedades da casa de meus tios, ele já o teria feito a muito tempo!

-Harry... - A voz da amiga começara a ficar suplicante - Não importa o que você acha. Dumbledore diz que você não deve sair de casa à noite, e ele espera que você obedeça as ordens dele!

-Mas até quando? - perguntou Harry - Já não bastou ano passado, quando ele me deixou aqui sem informação alguma..

-Agora é diferente! Você sabe o que tá acontecendo... E se Dumbledore ainda não te tirou daí, é porque ainda não chegou a hora certa Harry.

Harry suspirou, e passou algum tempo sem falar nada.

Então a voz de Rony chegou aos ouvidos do amigo.

-Mione tá certa, Harry. Sei que quer muito ir, mas é para sua própria segurança. Dumbledore confia em você. Não desperdice essa confiança.

Harry sentia que os amigos estavam começando a convencê-lo. Estavam trazendo-o de volta à razão.

Sentia uma pontada na cabeça só de pensar na fúria de Dumbledore se descobrisse que ele o desobedecera.

-Tá, tudo bem.

-Promete, Harry...

-Tá, Rony. Prometo.

E desligou.

A perspectiva de não ir para a festa era pior do que ele imaginava. Mas tinha prometido, não poderia voltar atrás... E além do mais, é como Hermione acabara de falar, ele acabara de conhecer essa garota.. Não tinha porque querer tanto ir a essa festa.. Deveria ser apenas um súbito desejo de finalmente sair de casapara se divertir.





meu comentário: achi bm brega o negócio do celular, mas foi a única maneira de arranjar uma conversa instantânea entre os dois!

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