Entre o sarcasmo e o ciúme
Oi de novo gente! Eu sei que atualizei ontem, mas achei melhor postar o cap 9 aqui pra ficar em pé de igualdade com o ff.n. Estou fazendo isso principalmente por aquelas pessoas que votaram e comentáram. Vocês e suas opiniões são muito importantes e especiais pra mim ^^. Se muita gente continuar a postar comentários aui vou começar a fazer o mesmo que no ff.n: agradecer particularmente a todos os que postarem comentários e esclarecerei suas dúvidas (se isso não atrapalhar surpresas, é claro). Obrigada pela atenção e vocês, e não se esqueçam: POtem comentários e façam uma autora feliz = D
9. Entre o sarcasmo e o ciúme
Sono. Dormir. Descansar. Essas eram as três palavras que pairavam em minha mente naquele princípio de dia. Eu sempre achei que os colchões de Hogwarts eram maravilhosos, mas esse superou as minhas expectativas. Como eu não estava acostumada com todo aquele conforto, me mexia pra todos os lados tentando achar uma posição melhor para dormir. Só que eu nunca me decidia porque todas as posições tentadas ali eram perfeitas naquele sonho de colchão. Duvidava muito que alguém iria conseguir me tirar de lá tão cedo...
- Ai! – exclamei enquanto massageava o meu traseiro dolorido. - “Que coisa... eu não me virei tanto assim pra acabar no chão...” - pensei. Mas assim que me levantei descobri a causa da minha queda. Bichento rolava de um lado pra outro da cama. Acho que ele deve ter ido pra lá de madrugada, e como ele tem mania de dormir embaixo do meu braço e eu sempre me afasto quando ele faz isso, acabei caindo e deixando o meu “adorável” gato ronronando cada vez mais alto.
-Um dia a minha paciência some e eu ainda compro um cachorro! – disse pra ele enquanto remexia no malão pra achar o meu relógio de pulso.
-Seis horas?! Que droga... O que eu vou fazer nessas duas horas? – eu pensava em algo que pudesse me distrair nas duas horas que eu tinha antes de descer para o café. Deitei-me novamente tentando achar o sono que perdi, mas desisti quando me dei conta de que não adiantaria de nada. Andei quarto adentro procurando o que fazer e tive uma idéia.
-Claro! Por que não pensei nisso antes? – retirei meus estojos de penas e tintas e um pergaminho da mala, sentei-me defronte à escrivaninha e pus me a escrever.
“Hogwarts, 2 de setembro
Bonjour ma amie! Comment alez vous? Je vais trés bien ! (tradução: Bom dia amiga ! Como vai você? Eu vou muito bem !)
Ontem regressei a Hogwarts e tenho novidades para contar-lhe. A primeira é que as pessoas que me viram não conseguiram reconhecer-me. Disseram que eu estou linda e radiante com a mudança. E tem muita gente (quero dizer garotos) atrás de mim agora, exatamente como você disse que ia acontecer e estou fazendo planos de como lidar com essa nova situação.
A segunda notícia que não é nem um pouco agradável é que eu já sei quem é o monitor-chefe: Draco Malfoy, aquele garoto loiro aguado e mal-educado que eu te falei. O lado bom disso é que ele foi obrigado a morder a língua e não me chama de horrenda agora, mas o lado mau é que ele não vai mais deixar-me em paz. O nosso diretor, o Prof. Dumbledore, pediu-nos uma trégua para que déssemos exemplo aos demais, só que ele já alertou que vai fazer de um tudo para irritar-me pois está curioso em ver o que farei para me controlar.
A terceira notícia que também é intragável é que Harry assumiu um namoro com Parvati. Os dois não se largam e ficam fazendo brincadeiras estúpidas em todos os cantos da escola. É insuportável ficar ao lado dos dois.
Para animar mais o seu dia, deixei a melhor notícia para o final : a surpresa que Harry teve ao ver-me. Queria descrever a cara que ele fez, mas só consegui achar três palavras : de queixo caído! Ele ficou literalmente estupefato. Gina (a minha amiga também ruiva que quer a todo custo me juntar a Harry) perguntou a ele qual a opinião dele sobre a transformação ele disse que eu estava muito bonita. Não quero ser metida, mas tenho quase certeza (e Gina disse-me que pensa o mesmo) de que Harry achou muito mais que isso, e que só não disse por estar muito encabulado e por ter Parvati olhando-o para saber qual seria sua resposta.
Mas você nem imagina o que aconteceu depois... Gina arrebatou uma carta de Thierry do meu bolso e a leu na frente de todos. Harry ficou furioso de tanto ciúme ! Dizia que o Thy era abusado, mas quando perguntei a ele o por quê dele falar isso ele só esquivou da resposta. Não olhou para mim o resto da viagem meio que ressentido por eu estar tentando defender o meu amigo. Mas não foi só dessa vez que ele demostrou ciúmes de mim não! A segunda vez foi antes de começar o banquete da cerimônia de seleção das casas. Um garoto vindo da Romênia ficou me olhando e ele quis saber se eu não o conhecia. Disse com a voz estranha de tanta raiva. E lógico que eu não conheço esse garoto (que é muito metido por sinal). E mesmo se o conhecesse ficaria longe dele, o que já estou fazendo desde ontem. Ele queria de todo jeito me obrigar a falar com ele, mas depois da intervenção de Harry na discussão, que custo admitir que foi necessária, ele subiu para o dormitório e deixou-me em paz. Porém disse que hoje me procuraria novamente porque o tal assunto é urgente. Vou evitá-lo o quanto puder. Duvido se ele vai correr atrás de mim quando eu der uma boa resposta para ele... Ele é muito bonito, eu concordo, mas ele que não pense que é só estalar os dedos que vai conseguir qualquer garota de Hogwarts, porque se ele tentar encostar um dedinho sequer em mim vai estar paralisado antes que possa dizer oi!
...O mais estranho dessa história toda, é que ao mesmo tempo em que quero empurrá-lo escada abaixo por odiá-lo, quero saber o que de tão interessante ele tem a falar comigo. Os olhos dele me inspiram confiança, e o jeito que falou comigo, como se já soubesse exatamente como sou, me instiga...
Deixa pra lá. Isso só pode ser coisa da minha cabeça...
Bem, como eu não tenho mais nada para falar, me despeço de você. Ainda tenho que tomar banho e a aula começa daqui à uma hora e meia.
Um grande beijo de alguém que te gosta muito
Hermione.“.
Dobrei a carta quatro vezes e coloquei num dos envelopes que havia comprado. Mais tarde iria ao corujal para enviar uma coruja ao Instituto Avalon. Deixei a carta sobre a escrivaninha, peguei meu uniforme, um shampoo, um creme, um sabonete e a escova de dente e dirigi-me silenciosamente ao banheiro.
Perto da porta de entrada havia uma grande bancada de mármore marrom onde estavam a pia e a torneira. Em cima havia um espelho redondo que mostrava através de uma mancha vermelha em seu reflexo se tínhamos esquecido de escovar bem algum dente ou se não tínhamos lavado bem o rosto. O vaso sanitário encontrava-se na parede oposta a pia e ao lado de um gabinete que continha papel higiênico, sais de banho, sabonetes, pastas de dente, cremes e toalhas de banho e de rosto de tons pastéis. O piso era cor de areia, antiderrapante, tinha desenhos abstratos e, não sei como, era morno. Creio que fizeram isso para que não nos resfriássemos ao sair da banheira. Esta era redonda de cor creme e encontrava-se no canto de duas paredes. Logo eu me despi, peguei um sal de banho e entrei na banheira cujas torneiras não sabia onde estavam. Ia me levantar para procurar direito, mas imediatamente a banheira se encheu de água morna.
- Ah...! Que relaxante! – eu deslizei meu corpo para dentro da banheira para aproveitar mais o momento. Teria dormido ali se não soubesse que teria que me arrumar e descer para o café.
Quarenta minutos depois eu saí do banheiro com todos os meus dedos enrugados. Levava uma toalha na cabeça e andava descalça pelo salão. Cheguei em meu quarto e não encontrei Bichento lá. Talvez ele tivesse saído para procurar o que comer. É sempre assim, quando estamos em Hogwarts ele se vira e deixa de ser preguiçoso, mas quando voltamos pra casa ele volta a ser o tão famoso gato de pensão. Bom, pelo menos eu não teria que ficar pensando nele todo o tempo.
Sequei meu cabelo, calcei meus sapatos e passei uma maquiagem bem de leve no rosto só para não parecer tão branca. Arrumei minha bolsa em dez minutos e fechei a porta do quarto. Ao sair ouvi barulho de água no banheiro e deduzi que Malfoy tinha acabado de acordar.
“É por isso que sempre chega atrasado...” – pensei desaprovando a sua falta de consideração pelas regras.
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-Bom dia Gina!
-Bom dia! E aí como foi a noite no seu quarto novo? – ela colocava distraidamente suco de abóbora em seu copo.
-Foi perfeita! Pena que o Bichento me fez cair da cama... Mas foi bom porque eu consegui tomar um belo banho. – disse repetindo o que ela fez – Quer ir lá mais tarde pra conhecer?
-Claro! Mesmo que você não me convidasse eu ia.
-E aí meninas como vão? – perguntou Rony que acabara de chegar.
-Muito bem obrigada. E você? – perguntei o observando sentar
-Também. Gina me passa a geléia de maçã?
-Toma. Você viu se o Harry já desceu? – eu passei a geléia por estar mais próxima dela
-Não. Mas ele não tava mais no quarto quando eu acordei. – disse antes de abocanhar o biscoito com geléia. – Mux purrço a prgnnt?
-Ai Rony! Deixa de ser nojento! Fala depois que engolir esse troço. – Gina se encolhia para perto de mim com nojo do irmão.
-Mas por quê a pergunta? – repetiu o que disse agora sem o empecilho na boca.
-Por nada não. É que ele não costuma se atrasar para o café. – todos terminamos o café e eu e Rony nos dirigimos para a aula de Transfiguração. No caminho encontramos com o Breind que veio até mim e me cumprimentou.
-Oi. Você me disse ontem que poderíamos conversar hoje se lembra?
-É, eu me lembro sim, mas como você pode ver, estamos em horário de aula e eu não vou chegar atrasada por sua causa. Então me dê licença que eu preciso ir. E, se eu fosse você, também me apressava. A Profª. não tolera atrasos e não queremos perder pontos por sua irresponsabilidade.
-Nossa! Como você tá nervosa hoje hein! – disse tentando seguir-me, mas eu estava me infiltrando entre as pessoas para que ele não me achasse.
-Para você eu sempre estarei nervosa.
-Até que enfim eu consegui te achar! – disse Rony me alcançando. – Por que você correu tanto?
-O Breind veio atrás de mim de novo por causa do assunto de ontem.
-E por que você não falou com ele? Ele não te fez nada não né? Senão eu...
-Você não vai fazer nada Rony. Ele não fez nada tão ruim assim, e além do mais, eu sei me defender sozinha. – nos chegamos e nos sentamos no meio da sala que ficava cada vez mais cheia, Breind pareceu se enturmar com Simas, Dino e Neville, sentando três carteiras atrás de mim. Todos conversavam muito alto, porém um silêncio absoluto tomou conta do lugar em poucos segundos.
-Bem vindos ao seu último ano escolar alunos. Sei que muitos de vocês se esforçaram para chegar até aqui e reconheço seu esforço, mas se quiserem passar em Transfiguração recomendo que todos sem exceção obedeçam as minhas regras...
-Com licença Profª. ... – todos inclinaram suas cabeças em direção a porta para saber quem chegara atrasado. Todos pudemos ver um Harry vermelho e ofegante e uma Parvati em igual estado.
-Onde estavam que não chagaram no horário sabendo exatamente onde a sala está situada? – perguntou McGonagall em seu tom habitual.
-Nós...eh... Bem... nós...
-Vejo que os senhores não têm uma resposta plausível para tal atraso. Portanto, retiro dez pontos da Grifinória.
-Mas Profª. foi um acidente! – disse Parvati exasperada
-Srta. Patil, eu acabava de dizer aos seus colegas que não perdoaria “acidentes” como estes em minha turma. Queria um exemplo para demonstrar isso e vejo que nada melhor que dois alunos que chegam atrasados para mostrar que este ano não aturarei qualquer gracinha ou “acidente” Srta. Patil. Agora se sentem vocês dois porque tenho uma aula para dar.
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-Que ótimo... perder dez pontos logo no primeiro dia de aula... – resmunguei alto o bastante para que os responsáveis pudessem ouvir.
-Pega leve Mione! Foi só um atraso! – Harry tentava se defender a qualquer custo – O que tem de mal num atraso?
-Tem dez pontos de mal se quer saber. – apressei-me para a sala de poções. Teríamos aula com a Sonserina e eu não estava com paciência o bastante para discutir com Harry. Está certo que eu ainda gostava dele, mas quando ele me disse que valeu muito a pena ter chegado atrasado para ficar com Parvati, e que se puder vai repetir a dose com Snape foi o bastante pra mim. Por qualquer outro motivo eu perdoaria, mas já que o motivo foi esse eu concordo plenamente com a punição. E ainda acho q a Profª. fez pouco. Ao entrar na masmorra encontrei-me como Breind novamente. E ele não perdeu a chance de tirar uma com a minha cara.
-Que engraçado não é Hermione? Falou tanto de mim que o seu amigo é quem ferrou a casa... – disse sorrindo e com os braços cruzados.
-Não tem nada de engraçado nisso. Não é porque Harry é meu amigo que eu vou tolerar coisas como essas. – disse indo a outra direção antes que ele pudesse dizer mais alguma coisa. Harry não cumpriu o que disse e foi um dos últimos a chegar na sala.
-Mione o que é que você tem?
-Nada! – eu nem olhei pra ele pra responder
-Se não é nada por que você tá com essa cara azeda? – perguntou Rony em concordância com o amigo.
-Por que não é nada mesmo. Nada que interesse a qualquer um de vocês. – o Prof. tinha acabado de chegar, então um silêncio maior que na sala de transfigurações fez se ouvir.
-Abram na página cinco do livro “Poções que curam ou destroem”. – todos nós obedecemos
-Hoje vamos estudar os males e os benefícios da poção de amadurecimento. Alguém pode me dizer qual o bem que a poção pode trazer a quem a usa? – eu levantei minha mão, mas ele escolheu uma pessoa que estava a poucos metros atrás de mim.
-Se por exemplo precisarmos fazer uma poção que requeira plantas ou pelos de animais mais velhos e estes são ainda muito recentes, podemos utilizá-la para fazer com que sua estrutura seja alterada a ponto de ser vista como a de um adulto.
-Correto Srta. Patil. Cinco pontos para a Grifinória – ele disse azedo. “Como ele pôde escolhê-la ao invés de mim?”. Pensei ainda indignada.
-E quem pode me dizer qual o mal que ela faz?
-Se usada em grande quantidade pode envelhecer demais o objeto, animal ou pessoa em que a poção está sendo experimentada.
-Certíssimo Sr. Malfoy. Dez pontos. – o Prof. nos deu as costas e começou a organizar o material que usaríamos na aula de hoje – Vou dar a vocês tudo o que precisarem para realizar suas poções. Formem pares, e quando tiverem feito isso, quero a pesquisa que passei para vocês na minha mesa.
Estava recolhendo meu material para sentar-me com Harry (como era de costume). Descarreguei o peso na carteira e já estava arrumando o meu caldeirão quando vi que ele estava me olhando estranho.
-O que foi? – perguntei com a sobrancelha levantada. Ele apontou com o dedo indicador para alguém que provavelmente estava atrás de mim. Vire-me para saber de quem ele falava e me deparei com Parvati sorrindo e acenando para mim. – Oh, desculpe. Esqueci que você sentaria aqui agora...
-Se quiser pode ficar. Eu não me importo. – pude ver pelo canto do olho que Harry sinalizava com os braços que não era para ela fazer isso. Virei-me para ele que tentou disfarçar passando a mão pelo cabelo.
-Agradeço sua gentileza, mas acho que o Harry aqui não gostaria nem um pouco que eu me sentasse aqui.
-Não Mione, não é isso...
-Tá bom Harry, não preciso de suas explicações. Agora com licença que meus braços já estão doendo de ficar carregando esse peso. – fui embora antes que Harry pudesse me dar mais uma desculpa inútil que me deixaria mais magoada do que estou.
-Posso me sentar com você Rony?
-Não vai dar Mione. Dino está vindo pra cá.
-Tudo bem. Fica pra próxima. Neville você já tem parceiro?
-Desculpe Hermione. – ele estava ao lado de uma garota bonita da Grifinória. Alexia Drums era seu nome.
-Não se importe. – “Até o Neville já tem alguém com quem sentar! Pra onde eu vou agora?” - mal acabei de pensar isso e senti uns cutucões em meu ombro. Era Breind novamente.
-Você tem prazer em me irritar não é? – já sentia meus braços fraquejarem com todo aquele peso.
-Eu?! Se sentisse prazer acha que eu convidaria você para se sentar comigo? – ele tirava boa parte do material de meus braços e colocava na carteira. Isso me causou um alívio enorme.
-Me sentar com você?! Você só deve ser insano. – eu recolhia meus pertences da mesa e ele já ia contestar quando o Prof Snape me chamou.
-Srta Granger hoje você vai sentar-se com outra pessoa. Venha comigo. – ele caminhava com passos apressados para outra direção e eu o seguia desconfiada porque boa coisa não poderia ser. E mais uma vez eu não estava errada. Ele colocou-me junto a Malfoy que me esperava com um sorriso sarcástico.
-O prof Dumbledore mandou coloca-los juntos sempre que possível para que apartir de agora vocês comecem com a tarefa que ele designou a vocês. Desejo-lhe boa sorte Sr Malfoy.
-Que bons ventos a trazem Granger! Ou seria um tufão? É, esse termo é mais apropriado pra você, já que por onde você passa arrasa corações.
-É com essas suas cantadas fajutas que você consegue ficar com as garotas?! Por Merlim, Malfoy. Já está na hora de inovar não acha?
-Se fosse a minha intenção namorar você eu até aceitaria sua sugestão, mas como pra mim você só serve pra uma rápida diversão, vou continuar assim mesmo.
-Como ousa seu covarde?!
-Dumbledore... – bastou ele dizer a palavra mágica para eu me recompor e acalmar-me. – Que legal! É só eu falar isso que você cala a boca! Vou anotar isso pra me lembrar depois.
-Não abuse ou então vamos ter problemas. Não tenho mais tanta paciência para agüentar o que você disser e ficar calada.
-Eu só disse a verdade... Imagina só a cara dos palhaços dessa escola ao me ver “catando” a gostosa do ano... – estava irritada o suficiente para fazer com que o rosto de Malfoy acidentalmente batesse em minha mão, mas ao invés disso, resolvi virar a mesa.
-Gostosa do ano?! Engraçado... Não esperava ouvir isso da sua boca. Mas sinto-me lisonjeada em ouvir tal elogio.
-Não é um elogio. Não se esqueça que um Malfoy jamais elogiaria alguém com um sangue como o seu. Considere isso uma verdade. – Harry estava olhando em minha direção querendo descobrir o assunto. Eu notei isso e tratei de abusar.
-Sabe o que isso me dá vontade de fazer? – disse baixinho com os lábios quase encostados na orelha de Malfoy. Harry quase pulou da cadeira ao ver isso. Seu rosto estava tão vermelho e inchado que mais parecia um tomate a ponto de explodir.
-O que? – Malfoy disse totalmente envolvido com o momento. Seus pêlos faciais estavam eriçados só de imaginar a minha resposta. Minha vontade era de gargalhar de tão ridícula que era a cara o Harry.
-Ignora-lo cada vez mais para fazer você perceber que pode sentir o meu cheiro, que pode até me tocar, mas que nunca vai sentir o gosto da minha boca. – me afastei e vi seu rosto ficar branco de raiva.
-Te odeio Granger! Quem pensa que é pra falar desse jeito comigo?
-Penso e sou Hermione Granger. Se não gosta, desculpe, mas não vou me sujeitar a fazer suas vontades.
-Se acha que as coisas vão ser do seu jeito está muito enganada sangue de lama.
-Pode fazer as ameaças que quiser que você não me mete mais medo Malfoy. – eu saí com a pesquisa e quando a coloquei na mesa senti que alguém me olhava pelas costas. Harry me olhava como se quisesse me decapitar, mas eu estava tão chateada que nem quis falar com ele. Voltei rapidamente à minha mesa e separei o que iria usar na poção.
-Quero essa poção engarrafada e etiquetada em minha mesa daqui há 40 minutos. Nada mais e nada menos.
-Você corta e eu preparo ou o contrário? – perguntei lendo o livro para saber o modo de preparo.
-Eu faço a poção. Não gosto de cortar nada.
“Que frescura!” – pensei.Não falamos nada um com o outro enquanto fazíamos o nosso trabalho. É duro admitir, mas Malfoy é cuidadoso com o que faz. Dizem que, como eu, ele é perfeccionista, apesar de tentar esconder isso de todos. Ele deve achar que sua reputação pode cair. Estava olhando para o nada já que tinha acabado o meu serviço e ouvi Malfoy me chamar.
-Acabei. A poção já está em temperatura ambiente e agora só falta colocar no frasco. – disse erguendo o caldeirão com um sorriso estranho no rosto. Por que isso me cheira tão mal?
-Então espera aí que eu tenho um aqui embaixo da carteira.
-Deixa que eu pego. – ele inclinou o caldeirão e entornou todo o seu conteúdo em mim. Na hora senti todo o meu corpo secar e encher-se se rugas. Tremia feito vara verde e parecia que tinha mastigado borracha tão ruim que estava o gosto da minha boca. Envelheci em plena aula de poções.
-Mas o que foi que eu fiz?! – disse Malfoy tentando parecer indignado. Todos na sala olharam para mim. Uns riam, outros cochichavam e uns garotos da minha casa me olhavam pasmos. – Você está bem Granger? – disse fingindo preocupação.
-Hein? – agora eu entendia as piadinhas que faziam às velhinhas chamando-as de surdas. Se antes eu já não gostava disso, agora que eu experimentei gosto menos ainda.
-Eu perguntei se você está bem!!! – ele berrava em meu ouvido, mas só o que eu consegui entender foi:
-Quem teve neném?! – eu ouvia muito mal, mas pude distinguir muito bem as gargalhadas dos sonserinos. Malfoy chegou próximo o suficiente para que eu pudesse ouvir bem o seu recadinho.
-Isso é o que você merece por tentar brincar com um Malfoy. – ah, isso eu consegui ouvir perfeitamente, e já estava com a varinha em riste pronta para revidar. Todos esperavam a minha próxima ação, inclusive Snape. Sabia que se fizesse alguma coisa ele tiraria pontos da Grifinória e me daria detenção. Mas não era exatamente nisso que eu pensava naquele momento. Para ser mais clara, eu pensava nas palavras de Dumbledore.
-O que pensa que vai fazer com isso Granger? Devemos ser exemplo lembra-se? – acabei de entender o porquê dele me dizer que aquele acordo com Dumbledore ia fazer com que eu me desse mal. Ele faria tudo o que estivesse ao alcance dele para que eu fosse envergonhada e recebesse uma advertência de Dumbledore. E, por mais que eu estivesse com vontade de mostrar a minha superioridade a ele usando um belo feitiço que o deixaria de cama por uma semana, achei melhor jogar o jogo dele e mostrar que eu sou mestra em tudo o que faço.
-Nada. Eu só estiquei minha varinha para que você me fizesse a gentileza de segura-la. Estou muito debilitada e posso acabar acertando alguém aqui sem querer. Você faria isso por mim não é Malfoy? – ele estava muito irritado, afinal não esperava que eu tivesse uma reação dessas. Não foi dessa vez que ele me pegou. Ele olhou desesperadamente para o Prof. Snape que, com o olhar, o mandou agir da mesma forma que eu.
-Claro que sim Granger. – ele retirou a varinha de minha mão e a deixou em cima da mesa.
-Cinco postos para a Sonserina pelo ato gentil do Sr. Malfoy. – ele sempre saía ganhando! Acho que Snape daria pontos a ele até por assoar o nariz na aula dele – Vá até a enfermaria e peça à Madame Pomfrey para lhe dar a contra-poção.
-Sim Prof. – só queria saber como eu faria para sair dali sendo que não conseguia nem dar um passo.
-Prof isso é injusto! Todos vimos que Malfoy fez isso de propósito!
-Se não percebeu Sr Potter o caso está encerrado.
-Mas Prof. ..! – estava contente com o fato do Harry me defender, mas isso poderia trazer más conseqüências.
-Será que vou ter que tirar pontos da sua casa por sua impertinência.
-Pode deixar Harry. Estou bem, só preciso de ajuda para sair daqui.
-Rony e eu vamos com você.
-Isso mesmo. – os dois já estavam ajeitando o material, mas o Prof os brecou.
-Nenhum dos dois sai da sala antes de acabar a aula. Pense bem antes de me responder Sr. Potter.
-Er... Prof., se o Sr autorizar eu posso levá-la. – quanto mais eu rezo...
-Muito bem Sr Breindesfeld. É novo aqui não é?
-Sim Sr. – ele segurou uma das mãos e apoiou a outra em minhas costas para ajudar-me a sair dali.
-Não acha melhor Neville leva-la Prof? – Rony sabia que eu não gostava dele e tentou me ajudar.
-A menos que queira matá-la Sr. Weasley; acho que não. Vão rápido vocês dois.
-Tá meio difícil ser rápido aqui, mas vou fazer o possível – disse Breind que me guiava. Não conseguia ver um palmo diante de meu nariz.
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-Como está Hermione? – estávamos na metade das escadas. Mesmo ele sendo chato, estava sendo prestativo comigo. Mas não ia dar o braço a torcer tão fácil.
-Como você estaria se sentisse sua boca seca, com gosto de borracha de pneu, os olhos que só servem pra enfeitar o rosto, já que eu não vejo quase nada e com o ouvido entupido?
-Estaria vivo se quer saber. Será que agora eu posso falar com você sobre o assunto de ontem?
-Não está vendo que não estou bem seu paspalho?!
-Só queria entender o porquê de você ter tanta raiva de mim se eu não te fiz nada
-Eu só não vou com a sua cara. Só isso.
-Você é mesmo bem direta. Tá bom que eu não sou a melhor pessoa do mundo, mas não sou tão ruim assim sabia?
-Não sei e não quero saber.
-Eu tô aqui te fazendo um favor e você tá aí com essa cara azeda... – ele estava certo... Uma coisa que meus pais me ensinaram foi a ser educada com as pessoas, fossem elas chatas ou não.
-Tá bom, tá bom... Desculpa. Sobre o que você queria falar?
-Esse assunto eu acho melhor deixar pra depois. Quando você estiver me escutando bem eu te falo. – eu estava um pouquinho melhor do ouvido, mas ainda sim confundia as palavras. Mas acho que você consegue falar de si mesma né?
-Hum... Pergunta o que quiser. Mas já vou avisando: se for pergunta inútil eu não respondo.
-Não é não. É que como eu não conheço ninguém aqui ainda preciso procurar algum amigo.
-E aquelas garotas com quem você foi se sentar ontem? Não são suas amigas?
-Não. Ia me sentar com você e seus amigos, mas como o único lugar que tinha espaço era junto com aquelas garotas fui obrigado a sentar lá.
-Obrigado? Não gostou de ficar com elas?
-Eu? É claro que não! Elas só falavam babaquices e eu não tava mais agüentando. Dei graças a Merlim quando o jantar acabou.
-Hum... – até que ele não parecia ser tão mal quanto eu pensava... – De onde você veio mesmo? Eu estava distraída no dia da seleção...
-Romênia.
-Que engraçado... Você não tem sotaque. – percebi isso nessa conversa decente que estávamos tendo.
-É porque não nasci lá. Sou tão britânico quanto você.
-Ah... Entendi agora o porquê de você falar inglês sem tropeçar nas palavras.
-É. Quer que eu vá mais devagar? – ele perguntou porque viu que eu sentia dificuldades para descer as escadas.
-Não precisa. Vamos continuar falando de você. Se quiser ser meu amigo então tenho que conhecê-lo melhor pra saber se não vou me arrepender depois. – disse olhando-o de soslaio.
-Tá certo. O que você quer saber? – ele pareceu se animar com o meu interesse. Como ele estava me ajudando isso era o mínimo que eu poderia fazer.
-Você nasceu aqui e foi criado na Romênia ou foi depois de uma certa idade?
-Fui embora quando ia completar 11 anos.
-Mas por qual motivo você...ai... teve que ir embora? – minhas costas começavam a doer. Será mesmo que quando eu envelhecer vou ficar acabada assim? Mas deixando esse pensamento de lado voltei a perguntar. – Se você tivesse ficado aqui teria entrado em Hogwarts.
-Foi exatamente por isso que eu me mudei. Meu pai não queria que eu freqüentasse uma escola bruxa aqui.
-Essa eu não entendi... Hogwarts é a melhor escola do Reino Unido!
-Ele sabia disso. Mas acontece que ele não é meu pai, e sim meu padrasto. Só o chamo assim porque ele foi o único pai que tive, e também porque ele mereceu ser chamado assim...
-Tá, mas você ainda não me disse a causa dele não gostar de Hogwarts.
-Não é que ele não gostava. Ele sabia que essa era uma excelente escola, e até hoje continua assim. Minha mãe até se formou aqui.
-Agora é que eu não entendo mais nada...
-Minha mãe era bruxa. E meu pai biológico também, mas ele morreu muito cedo quando eu ainda era um bebê. Mamãe casou-se novamente quanto eu tinha dois anos. Meu padrasto era uma trouxa muito legal. Sempre me levava pra sair, ia aos parques comigo... me tratava como se eu fosse mesmo filho dele, o único defeito dele é que ele detesta magia, até mesmo aquelas de araque. Ele se casou com minha mãe sabendo que ela era uma bruxa, mas impôs uma condição pra ficar com ela e me criar como filho: que ela esquecesse o mundo mágico, e que eu fosse criado não sabendo nada sobre magia. Ela é claro, concordou porque gostava muito dele e saberia que ele seria o melhor pai que eu poderia ter. Eu cresci no interior com crianças normais. Tive muitos amigos, mas uma em especial. Não nos soltávamos nem por um minuto sequer! Eu ia seguindo a minha vida quando há cerca de dois meses chegou uma carta de Hogwarts me convocando para estudar aqui. O azar é que essa carta foi cair justo nas mãos do meu padrasto. Minha mãe viu quando era tarde demais. Ele ainda tinha uma fagulha de esperança de que eu não fosse bruxo, mas como não somos nós que escolhemos ser bruxos, e sim o contrário, não poderia fazer nada.
-E o que aconteceu depois? – já tinha ficado tão entretida que nem havia notado que faltavam só mais duas escadas para descer .
-Ele se trancou no quarto e ficou o dia inteiro sem comer ou falar com algum de nós. Estava muito decepcionado e ainda não sabia o que fazer comigo. Mamãe não conseguia parar de se preocupar porque achava que meu pai ia nos abandonar por causa disso. Eu passei toda a tarde tentando acalmar minha mãe para descobrir o que tava acontecendo. Poucas horas depois ele chegou com o rosto pálido e disse para o seguirmos, pois ele teria uma conversa séria a meu respeito. Eu já fiquei com medo. Pensei que ele havia descoberto que eu tinha colocado tachinhas na cadeira da professora e que por isso ele tivesse brigado com minha mãe. – pelo visto era uma peste quando era criança... – Eu fui atrás dele sem dar um pio e minha mãe me segurava pelos ombros. Quando acabei de me sentar ele me olhou profundamente e me fez sentar em seu colo. Disse que nossa família estava passando por alguns problemas e que o único jeito era uma mudança. Só que ele não queria me dizer quais eram esses problemas e eu me revoltei. Comecei a gritar feito doido e fugi de casa por duas horas... Hehe... longa essa fuga não? – ele disse com um certo ar de nostalgia – Só que lá no fundo eu sabia que aquilo era para o meu bem, e que se eu não aceitasse poderia trazer mais problemas ao casamento deles, e eu não suportaria perder meu pai. Voltei pra casa e corri atrás do meu pai pra me desculpar. Ele me abraçou e disse que seria difícil para mim no começo, mas que mais tarde eu entenderia seus motivos.
-Ele te amava mesmo né? – já estávamos no último degrau e nos dirigíamos para a enfermaria
-Muito. Nem sei como, mas ficamos tão ligados que eu parecia mesmo ser filho dele. Todos diziam que a semelhança era incrível. Eu e minha família fomos embora daqui para morar no sul da Romênia. Era meio deserto lá e nos primeiros dias tentava descobrir o que meu pai pretendia nos levando para lá. Uns três dias depois ele entrou em meu quarto e falou que eu era um bruxo. É claro que no princípio eu não acreditei, afinal ele sempre me disse que essa “coisa” de bruxos não existia e quem dizia o contrário era maluco. Eu até ri, mas quando eu olhei para os sus olhos vi que era a mais pura verdade. A conversa durou algum tempo que eu nem vi passar, mas foi o suficiente para ele me explicar a causa de termos mudado para aquele país isolado. Muitas pessoas o conheciam no trabalho e até mesmo no bairro, e ele não queria que essas pessoas soubessem que ele tinha um filho bruxo, mas ao mesmo tempo ele se preocupava comigo. Sabia que se eu não me matriculasse numa escola para gente como nós poderia causar um acidente com o poder mágico que eu não sabia que tinha, e que eu até poderia matar ou morrer se não soubesse controlar meus poderes. Então ele pensou numa solução: se nós mudássemos pra lá ninguém saberia nada sobre mim e eu poderia estudar numa das melhores escolas de bruxaria do mundo todo. Ele dizia que tinha sonhos para mim. Que queria que eu fosse o melhor advogado de Londres ou o melhor médico, mas que deixaria tudo de lado por mim, porque sabia o quanto minha mãe era feliz no mundo mágico. Ele até permitiu que ela usasse magia dentro de casa (já que morávamos no sul da Romênia) e que visitasse colônias bruxas.
-Interessante... Mas seu pai já tinha emprego lá?
-Não, e esse foi um dos nossos maiores problemas. Recomeçamos do zero e meu pai não fazia idéia do que fazer. Ele conseguiu um emprego de sapateiro e trabalhava de sol a sol. Depois de juntar dinheiro por anos a fio, ele comprou uma fábrica abandonada e fez dela uma fábrica de sapatos. Hoje, temos uma das melhores fábricas nesse ramo. E tudo graças ao meu pai. Quando eu já estava mais crescido e realmente entendi a causa de tudo aquilo perguntei se poderia agradecer o que ele me fez. Ele respondeu que se eu quisesse isso mesmo que não deveria voltar para cá.
-Bem se vê que você não cumpriu a promessa...
-Você tá enganada Hermione. Cumpri com minha palavra.
-E o que vê está fazendo aqui então? – perguntaria isso com as mãos na cintura, mas como eu sentia dor em tudo nem tentei.
-Meu pai faleceu ano passado e eu fui a última pessoa com quem ele falou. Ele disse que sabia o quanto eu queria voltar pra cá então me libertou da promessa.
-Meus pêsames...
-Obrigado. É duro ter que acordar todo dia sabendo que ele não vai mais estar lá quando eu precisar, mas já estou me acostumando com isso...
-Mas... você veio porque queria conhecer Hogwarts?
-Isso também, mas vim principalmente pra encontrar uma pessoa que me fez muita falta em todos esses anos. – dava pra notar que era uma garota. Só queria ver a cara das meninas daqui quando soubessem que não têm vez com ele... huahuahuahua...
-Nossa! Você deve gostar mesmo dela hein?
-Mas não como você pensa. Mas... eu já te fiz um relatório sobre mim. Agora é a sua vez.
-Imito sua pergunta. O que você quer saber sobre mim? – já adentrávamos à enfermaria e ele acenava para que Madame Pomfrey fosse me acudir.
-Você é tão rabugenta, metida, mesquinha e sabe-tudo o tempo todo ou tem alguma parte do dia em que você é normal?
-GRRRRRRRRRR!!! – ninguém me chama de todos esses adjetivos na minha frente sem receber punição! – Fora daqui já!!!!
-Mas eu...
-FORA DAQUI!!!
-Tá bom, calma... Se você continuar desse jeito vai acabar com osteoporose... hahaha – ele saiu da enfermaria correndo e rindo da minha cara. Sabia que ele não prestava, mas é nisso que dá não confiar nos meus instintos e achar que poderia dar uma segunda chance a ele.
-Se eu cruzar com você de novo juro que te transformo num rato e dou pro meu gato comer! – gritei o quanto pude para que ele ouvisse de lá de fora.
-Rony me contou o que houve na aula hoje. Você está melhor? – Gina veio até mim preocupada na hora do almoço e se sentou ao meu lado.
-Estou sim. Só tenho que arrancar uns fiozinhos brancos que não saíram. – tomei a poção antiamadurecimento e tive que ouvir sermão da Madame Pomfrey quanto a irresponsabilidade dos alunos, que não deveriam passar poções tão complicadas e blá blá blá... Mas eu pelo menos saí bem de lá. – O chato é que eu tive que ser levada pelo Breind...
-Que sorte a sua!!! – disse ostentando um sorriso sarcástico
-Ô! Ganhei na sorte grande! – dei o mesmo sorriso para ela. Nesse meio tempo Rony chegou com Harry e Parvati.
-E aí vó? Tá ouvindo melhor agora? – isso arrancou risos de alguns intrometidos. Mas só bastou um olhar meu para que eles parassem.
-Cala a boca mula! – Gina não perdoava uma...
-Mas vem cá Mione... Você conseguiu ficar bonita até velhinha hein! – era verdade. Quando eu senti o meu rosto enrugar fiquei até com medo de me olhar no espelho. Mas ao olhar vi que iria ficar uma senhora bonita. Meus cabelos estavam branquinhos e minhas maçãs no rosto estavam saudáveis. Eu tinha um par de pernas capaz de dar inveja a qualquer um e...
-Eh... posso me sentar aqui? – perguntou alguém de bochechas muito avermelhadas e um sorriso galante.
-Claro Simas... – concordei e ergui a sobrancelha pensando no que ele queria comigo... ele nunca tinha se sentado ao meu lado antes.
-Eu sinto muito mesmo pelo que o Malfoy fez com você lá na aula.
-Obrigada Simas, você é muito gentil. – ele baixou a vista e eu pegava os talheres para me servir da comida.
-Hermione você aceitaria ir a Hogsmead comigo no fim de semana que vem...?
-Cof cof cof! – tive um acesso de tosse por causa do susto. –Você disse sair?
-Sim, mas se não quiser não tem problema! – ele respondeu rápido como se estivesse arrependido de ter perguntado.
-Bem eu... – vi o rosto de Harry se contorcer numa careta de raiva. Ele havia acabado de chegar abraçado com Parvati no salão. Simas falava baixo, mas de longe dava para perceber o interesse dele. Como eu disse antes, é melhor eu partir pra outra. Quem sabe ele não valha a pena? – Adoraria sair com você Simas. – e dei um beijo casto em sua testa. Ver Harry me olhando como se quisesse me engolir viva me abriu o apetite. Comi feito uma draga e rapidamente me dirigi para o meu quarto para ver se eu não tinha ficado com mais seqüelas a não ser os cabelos brancos. Ao chegar lá encontrei Malfoy escorado na escada que dava para o seu quarto.
-E então Granger? Gostou de se ver acabada? – ele ria como se tivesse acabado de ouvir a melhor piada do mundo.
-Eu sim. E você Malfoy? Gostou de ver que mesmo velha eu ainda ganho das suas namoradas? – retirei o casaco e fiquei só com a camisa alegando estar com calor. Afrouxei a gravata ao subir para o quarto e quando ia abrir a porta ouvi:
-É difícil falar isso... acho que vou arrancar minha língua depois mas... até que você tava muito gostosinha. Sabe como dizem... panela velha é que faz comida boa. – os olhos dele pareciam que iam cair no chão a qualquer momento de tão esbugalhados que estavam.
Eu corri para o meu quarto. Aquela cara realmente me assustou! Estávamos ali sozinhos, e se ele fizesse alguma coisa comigo?! Ele pode me odiar, mas nunca o vi tão sedento como agora. Aquietei-me e troquei alguns livros por outros que usaria nas aulas seguintes, retoquei a maquiagem e saí para enfrentar mais um “round”. Antes que pudesse sair vi Élora, a coruja de Nick, chegar afobada com um pequeno embrulho, provavelmente uma carta, nas garras. Como ainda tinha tempo, sentei-me à beira da cama, rasguei o envelope e comecei a ler:
“ Avalon, 2 de setembro.
Olá Mione! Estava um pouco chateada com algo que aconteceu aqui (um garoto que eu gostava virou um completo idiota e galinha) e recebi sua carta como consolo. Fiquei triste ao saber que Harry está com a outra e não com você, mas o fato dele estar com todo esse ciúme deve significar alguma coisa né?
E esse outro carinha que você falou que é novo? Já conversou com ele? Acho que você está tirando conclusões precipitadas, mas se acha que deve confiar na sua intuição então faça isso. Mas não deixe de ouvir o que ele tem a dizer, porque assim como pode ser algo imbecil, pode ser uma coisa muito boa.
Ah! Antes que eu me esqueça: O Thy me mandou uma carta (minha mãe me envia todas as cartas que estão endereçadas a mim) falando que escreveu pra você contando o que sentia... fiquei com dó, mas entendo os seus motivos e acho que fez perfeitamente bem em ser sincera com ele. Diz que está com imensas saudades suas e tal...
Olha só o que ele me mandou: - anexada a carta vieram duas fotos que eram provavelmente de um jornal francês. Nas duas eu estava lá como uma das sensações da festa. Tiraram uma foto muito bonita de mim e da Nick enquanto dançávamos e a outra me deixou pasma. Era uma foto minha beijando o Thy de um ângulo que até eu fiquei com água na boca. O anúncio dizia: “Garota misteriosa rouba a cena e beija o herdeiro dos Von Pérre”. Não sabia que ele era famoso, mas depois dessa vou tomar mais cuidado quando for beijar alguém... Se bem que foi ele quem me beijou primeiro. Voltei a ler a carta de Nick.
“Demais não é? Depois dessa você virou a famosa “garota” misteriosa do caçula Von Pérre”. Thy disse que estava folheando uma revista de fofoca de ricos e viu essa foto Fez questão de mandar pra mim. Vou te contar hein Mione? Você só sai uma noite e já tá em revista famosas aqui.
Bem, já falei muito. Um grande beijo de sua amiga que agora é sua fã.
Nick“.
Guardei a carta e as fotos junto com a que o Thy me mandou dentro de um livro. Como ninguém ia mexer mesmo, fiquei tranqüila e saí do quarto. Não vou falar das outras aulas porque elas foram normais como sempre, com uma única diferença: Harry não parava de me olhar. Estava notavelmente irritado e na hora do jantar gesticulou que queria falar comigo a sós. Eu o segui e vi Parvati olhar para ele que nem percebeu. Fomos até um dos corredores e ele começou a falar:
-Você... está melhor? Não sente mais dor ou surdez...? – ele perguntou com a intenção de parecer preocupado, mas do modo que ele olhava para o lado para falar isso, vi que ele só estava tentando achar as palavras certas para começar.
-É, estou sim. Só tenho que arrancar os últimos fios de cabelo branco que ficaram, mas de resto tudo bem. – ficamos uns 3 minutos em silêncio. Esperava pacientemente ele falar, mas como eu só tinha 15 minutos para começar a patrulha, resolvi ir embora e disse pra ele falar o que quisesse quando se sentisse à vontade.
-Não, fica! É que... Por que você aceitou sair com aquele idiota do Finnigan? – seu rosto tinha adquirido um tom estranho por causa da ira com que falava.
-Você me chamou aqui pra encenar esse seu ciúmes ridículo?! – não. Não era possível. Desde quando ele ficou tão ciumento? - Quando tiver alguma coisa de interessante pra falar me avisa que aí sim eu falo com você. – dei as costas pra ele, mas ele segurou o meu braço de forma rude me fazendo virar pra ele.
-Onde pensa que vai?
-Embora. Quando você estiver mais calmo e com a cabeça no lugar a gente conversa. Agora me solta.
-Não. Você não vai sair daqui enquanto não me ouvir. – ele me soltou e começou a resmungar.
-Primeiro você deu bola pra aquele tal francês imbecil, depois aceita que o Breind a leve e não fala nada pro professor impedir, e agora sai com o trouxa do Finnigan! Só falta dizer que vai namorar o Malfoy!
-Que engraçado... até antes do jantar o Simas era “o cara” pra você. Agora não é mais? – perguntei soltando o meu braço da mão dele. Ele havia deixado marca vermelha nele que estava começando a inchar. – E outra, se eu quisesse mesmo namorar o Malfoy, o que eu terminantemente não quero - não seria da sua conta.
-Hermione eu sou o seu melhor amigo! Tenho o direito de saber com quem você está saindo. – eu corria pra longe dele. Não estava nem um pouco feliz com aquilo. Ele me alcançou quando estávamos próximo do saguão.
-Por acaso você lembrou que eu também tinha o direito de saber que você estava namorando Parvati?! – gritei a plenos pulmões.
-Não me venha com essa... Você sabe muito bem que com ela é diferente... – tentava se justificar
-Diferente por quê? Por que ela também é uma grifinória? Por que fez parte da AD? Por que é a eleita do Sr. Potter?
-Não. É porque ela é a melhor garota do mundo! – ao ouvir isso virei me para a saída. As palavras dele foram como uma flecha encravando em meu peito. Não ia deixar ele ver que ainda causava algum efeito sobre mim. – E não contei porque Parvati achou melhor por causa do que você me disse ano passado. – isso foi um baque pra mim. Não havia voz em minha garganta. As palavras fugiram de mim.
-O que foi... que disse...? Que Parvati... sabe sobre o que eu disse?
-É. O que tem de mais?
-O que tem de mais? O QUE TEM DE MAIS HARRY?! TEM TUDO!!! – cansei. Foi a gota d’água. Não agüentaria vê-lo por um bom tempo. Mas ele ainda sim continuou.
-Eu só disse o que você me contou ué!
-MAS NÃO ERA PRA CONTAR A NINGUÉM! SE EU QUISESSE QUE ALGUÉM SOUBESSE TERIA DITO A RITA SKEETER!
-Pera aí Mione! Fala baixo!
-VOU FALAR NO TOM QUE EU QUISER! – não agüentei e comecei a chorar na frente dele mesmo. – como pôde fazer isso Harry? Como pôde?!
-Se eu soubesse que você iria ficar desse jeito não teria dito a ela.
-Mas era pra saber Harry! É sobre os MEUS sentimentos que estamos falando! – saí correndo sem olhar mais pra nada. Não queria falar com ninguém. E a última coisa que passava pela minha cabeça era patrulhar a escola. – Você só pode ter feito isso de propósito! Porque sabe que eu ainda amo você mais que tudo no mundo! E pra mostrar pra Parvati que você era o gostosão da escola tinha que contar pra ela que até sua melhor amiga caiu de amores por você! Satisfeito com isso Harry? Agora você conseguiu o que queria. Vai ficar com a Parvati que tanto te ama, por que essa babaca aqui você não vai ver mais!!!
-Mione! Espera! – ele vinha atrás de mim, mas foi obrigado a parar. Era a dor que vinha novamente.
Ele se via no mesmo lugar da outra visão. Ele até achara que era só mais uma visão sem importância por não ter voltado novamente, mas ele se enganara.
-Como vão indo as coisas no castelo? – ele acariciava Nagini com um olhar de desprezo para a tal pessoa misteriosa.
-Muito bem mestre. Tenho o Potter em minhas mãos.
-É mesmo? Não parece... Ele têm andado muito distraído com uma garota. A tal sangue ruim.
-Não é nada que eu não consiga desfazer meu senhor. Ele está a cada dia mais distante de todos. Ainda mais agora depois do meu retorno. Ele está com alguém sim, mas não é a sangue ruim não... É uma bruxa de sangue puro, mas não consegue parar de pensar em mim, e me vigia muito. Sem perceber, é claro.Não pode ver nenhum dos tolos me olhando que já quer tirar satisfações.
- Isso. Muito bem. Mas agora vá e seja discreta. Se ele descobrir quem você é perde a sua cabeça entendeu?
- Com toda... a certeza... mestre... – quem quer que fosse essa pessoa, ela estava sendo sufocada por Voldemort.
Harry caíra desolado no chão. Poucos momentos após, Parvati chegou aflita para socorre-lo.
- Oh Merlim! Harry quem fez isso com você?!
- Aconteceu de novo Parvie... aquela visão... do Voldemort – ao ouvir esse nome ela estremeceu da cabeça aos pés.
- Mas não é nada grave. – ela disse ajudando-o a se levantar – Ou é? Sabe que não quero que me esconda nada. E não adianta vir com essa história de que quer me proteger me escondendo a verdade, porque você bem sabe que eu não vou descansar enquanto não souber o que está te fazendo mal. – Harry narrou a ela tudo o que viu pouco tempo antes dela chegar. Aquilo fez com que ele se sentisse melhor.
- Mas por que veio aqui Harry?
- Vim para falar com Hermione... Merlim! – disse dando um estalado tapa em sua testa. – Esqueci de Hermione! Parvie, preciso sair por um instante. Não me espere, pode ser que eu demore. – ele beijou-lhe a face e saiu correndo desesperadamente a minha procura. Ele bem sabia que eu estava profundamente magoada e que não o perdoaria tão facilmente. “Mas não custa nada tentar...” ele pensou. Ele sabia o caminho para o meu quarto, mas não me encontraria lá. Eu ainda estava perambulando pelos corredores fazendo a patrulha para tentar espairecer. Sabia que certamente Harry me procuraria no quarto, então achei melhor cumprir com minhas obrigações e não voltar enquanto não achasse seguro. Enquanto eu caminhava com a vista desfocada pelas lágrimas, Harry tentava se lembrar da senha para os quartos dos monitores.
- Que droga... sei que tem a ver com algum animal, mas qual era mesmo? – ele estalava rapidamente os dedos, mania que ele tinha adquirido no ano passado e que eu detestava, mas ele dizia que aquilo funcionava pra ele.
- Lembrei! - “Ainda bem que perguntei a senha a Gina hoje cedo...” ele pensou ao se posicionar à frente do quadro – Chifre de unicórnio!
Por sorte, ele não havia encontrado com Malfoy, que também estava ali, mas estava ocupado demais com “coisas mais importantes” para se preocupar se tinha alguém mais além dele e da sua mais recente conquista. Ele subiu para o meu quarto (muito fácil de se identificar por sinal) e deu três batidas na porta. Como não ouviu barulho algum, bateu novamente. E nada. Mas eu tinha esquecido de trancar a porta, e então ele entrou, para ver se eu não estava lá, sem fazer barulho para ele pensar que eu não estava ali, mas ele se enganou. Eu não estava e nem chegaria tão cedo. Ele passou a observar o quarto pensando silenciosamente o quanto ele lembrava a mim. Foi até minha escrivaninha e pegou uns papéis que eu havia deixado lá com umas anotações sobre o conteúdo das aulas de hoje. Largou-os desajeitadamente sobre a cadeira e viu o livro que estava ali. Como a curiosidade sempre foi seu forte, ele o abriu para saber sobre o que exatamente era esse livro, já que a capa não tinha o título. Ao fazer isso, as fotos que eu tinha guardado lá se espalharam pelo chão. Ele as pegou e sentou-se em minha cama para vê-las mais detalhadamente. A primeira foto que veio em suas mãos era a de Nick dançando comigo. Um ligeiro e maroto sorriso apareceu em seus lábios. Ele deve ter achado muito divertida aquela foto, pois não parava de pensar em como eu deveria estar contente ali. Passou essa foto para o fim da fila e viu a próxima. Era a mesma que Gina mostrara no vagão a caminho da escola. Soltou um muxoxo ao ver o modo como Thierry segurava-me os ombros e o largo sorriso que eu ostentava. Essa foto ele literalmente jogou no chão e passou para a última. Se ele estivesse tomando algo, já teria engasgado, porque a cara que fez não foi uma das melhores... Ele, que ainda achava que a carta de Thierry era muita pretensão, pois eu nunca beijaria um garoto superficial (o que o Thy definitivamente não era), foi obrigado a aceitar que ele falava a verdade. Dessa vez, a foto que estava em suas mãos era justamente aquela em que ele me beijava. Ele não sabia falar francês, mas já ouvira Tia Petúnia tentar ensinar a Duda o fraco francês que ela falava e acabou por aprender pequenos termos como “bom dia” ou “quero beber água”. E, com esse falho francês aprendido na casa de seus tios, pode decifrar o título da manchete da famosa revista estrangeira. Sua vontade era de amassar e queimar aquele papel, o mesmo que ele queria fazer com a cara do abusado que ousava beijar sua Mione... “Mais essa agora... minha Mione... De onde eu tirei essa coisa idiota? Ela é como se fosse só minha irmãzinha. Mas é justo eu me preocupar com ela, principalmente agora que ela está tão... Deixa pra lá.” Ele pensava. Como viu que eu não voltaria pro quarto até o horário padrão da patrulha acabar, levantou-se e foi até a porta. Antes de atravessa-la, olhou para trás e abaixou-se para pegar as fotos e coloca-las onde havia achado. Porém, uma delas fez questão de guardar no bolso. Aquela em que eu e Thy estávamos abraçados. Dessa vez saiu e dirigiu-se ao dormitório sem perceber que Rony o chamava para uma conversa animada com Simas e Dino sobre o novo livro de figurinhas dos “Melhores Times de Quadribol de todos os Tempos”. Ele pôs o pijama e retirou a foto do bolso. Deitou-se sobre a cama ainda com a foto na mão e, com muita dificuldade, já que só vinha uma pequena fresta de luz do salão comunal ficou reparando em como eu parecia feliz naquela foto. Tão distante desse louco mundo onde tínhamos a sombra de Voldenort... Harry deixou a foto em baixo de seu travesseiro e fechou forçadamente os olhos para afastar a imagem do meu beijo. Rapidamente adormeceu dizendo pra si próprio que custasse o que fosse, ele me faria perdoá-lo e também me faria entender, não aceitaria meu namoro com qualquer um, mesmo que este fosse o melhor amigo dele, porque pra ele, ninguém seria bom o bastante pra SUA Hermione.
**********
N/A da Beta: Bom gente... desculpa...eu assumo... a culpa pelo atraso do capítulo foi TODINHA minha, a Paty me passou esse cap pra betar faz umas duas semanas já... a Paty deveria me demitir... =/... bom, mas é isso... o cap tá aí, espero que tenham gostado... ^^... =*********
N/A da Autora: A culpa é mais minha do que dela gente. Eu tava em deprê por causa do sexto livro, e se não fosse a Cá (e tantas outras leitoras que são muito amigas minhas agora), eu não ia conseguir terminar a fic. Me desculpem, é sério, eu tava mesmo muito mal. Mas agora que eu tô melhor a fic vai andar de vento em popa! O cap 10 provavelmente vai demorar um pouco pra chegar porque eu tenho trabalhos escolares até o dia 12 do mês que vem, e também porque eu quero adiantar pelo menos três caps da fic pra não me enrolar mais como aconteceu com esse cap. Se eu já tiver esses caps adiantados vou conseguir controlar melhor a fic e vai ficar mais fácil e rápido pra atualizar, por isso eu peço: tenham um pouco mais de paciência porque o cap 10 vai ser um dos melhores da fic!
Gente, eu peço perdão por não colocar aqui um resuminho do próximo capítulo... Eu até tinha começado a escrever, mas achei que tinha ficado uma porcaria e comecei a escrever tudo de novo, e não consegui terminar porque essa semana teve simulado geral valendo nota, e aí complicou... Mas eu GARANTO quer o próximo capítulo vai ficar MUITO melhor que esse aqui (que tá meio xoxinho, mas que explica algumas coisas). Estou há meses esperando pra escrever esse cap. E vou fazer tudo o que puder pra ser um dos melhores e arrancar ao “ahhhhhhhh” e “ohhhhhhhhh” de vocês. Muitos beijos e abraços carinhosos a todos vocês!
.:Paty Selenita:.
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