Bem-vindos à França!



3. Bem-vindos à França!



“ Até que enfim! Pensei que vocês dois nunca iriam se acertar!” Essa frase não parava de martelar em minha cabeça. Aconteceu alguma coisa, Harry não iria corar por qualquer coisinha à toa. Eu só o vi corar assim uma única vez, quando Cho o tinha beijado. Naquele dia, eu tive certeza de que ouvi meu coração de espatifar.



- Hermione querida, o que está acontecendo?

Saí de meus devaneios e me deparei com minha mãe me olhando preocupada. Não respondi nada.

- Meu bem, você não tem dito nada desde que voltamos.

- Não é nada mãe. Eu só tô cansada.

- Minha filha, eu te conheço bem o bastante pra saber quando tem algo preocupando você.

- Mãe por favor conversamos sobre isso depois tá? Eu tô muito cansada e ainda preciso arrumar as bagagens.

- Como quiser... – vi minha mãe olhar-me com o canto do olho e calar-se.



- Mione!

- Ah papai, que saudades!

- Como você está?

- Estou ótima. Melhor agora em vê-lo.

- Robert, o trânsito está um caos! Temos que ir o mais rápido o possível! - esta é minha mãe, sempre desesperada...

- Calma Emilly ! Já liguei para o aeroporto e eles me disseram que temos que estar lá daqui há duas horas. E só falta arrumar as coisas da Mione. – ...e este é o meu pai, calmo até demais.

- Podem ficar tranqüilos que eu não vou demorar pra arrumar as malas. – falei já subindo as escadas

- Eu vou com você.

- Mas mãe eu consigo fazer isso sozinha! – argumentei já sabendo o que ela queria.

- Não senhora! Nós estamos em cima da hora e - ela chegou perto do meu ouvido e sussurrou – precisamos conversar. – já sabia...Essa conversa era inevitável .



- Mãe! Eu já disse que eu não vou levar essa saia de babados!

- Mas fica tão lindinha em você! Você fica parecendo uma princesinha...

- E é exatamente por isso que eu não vou levar essa saia.

- Tudo bem, até por que você vai comprar roupas lá em Paris não é?

- É mãe, é...

- Mione, agora falando sério, o que aconteceu?

- Já disse que não foi nada!

- Foi o seu amigo, Harry não é? Ele não gosta de você?

- Como você...?

- Oras, eu sou sua mãe Hermione. Mesmo que você esteja longe eu vou saber o que se passa com você.

- Já que você descobriu tudo não me resta outra saída senão te contar.

Contei a ela tudo o que aconteceu até mesmo o comentário do Rony. Enquanto isso ela me olhava com uma cara pensativa.

- Quando homem fala um negócio desses é porque aconteceu algo, e sinto lhe dizer minha filha, mas isso não é nada bom pra você.

- Eu já imaginava ...

- Mas não se abata por causa disso. Minha mãe costumava dizer que se as metades dos corações não se encaixam é porque você está tentando com a metade errada. Se continuar tentando vai achar um coração que bata com a mesma intensidade que o seu, e será mais feliz do que um dia esperou.

- Acho que tem razão. – concordei relutante

Ficamos em silêncio por algum tempo até que minha mãe resolveu falar.

- Por que você não dá uma mudada no seu visual? Talvez se fizesse isso se sentiria melhor não só consigo mesma.

- Sabia que você é a segunda pessoa a me sugerir isso?

- É porque você realmente precisa fazer isso.

- O que você sugere?

- Um bom banho-de-loja, um trato no cabelo, nas unhas e uma boa viagem à França pra se divertir.

- Pode até ser. – concordei. Afinal, não seria uma má idéia.

- Tá vendo? Sua mãe é magnifica! – ela falou

- E convencida também. - sussurrei

- O que você disse?

- E sabida também. – se ela me ouvisse falar outra coisa eu estaria frita!

- Ah bom...

- Mãe eu não falei pra tirar a bendita saia daí?!

- Ah mas ela combina tão bem com a blusinha de lacinho! ^_^

- Pelo amor de Merlim!



- Prontas srta. e srª. Granger? – perguntou meu pai em tom formal

- Prontas sr. Granger – respondeu minha mãe usando o mesmo tom.

- Será que dá pra vocês pararem de graça pra irmos logo embora? Temos quarenta minutos para chegarmos lá. – tentei pôr fim as brincadeiras.

- Sabia que você precisa aprender a brincar mais?

- -_- Sei sim. Mas se chegarmos atrasados vocês perdem o vôo.

- Mione tem razão. Se nos atrasarmos mais, perderemos o vôo e a conferência. – disse papai sensato.

- Olha quem fala! O Senhor “ainda temos tempo de sobra”. – Emilly Granger não perdoa uma



- Ei você não tem mãe não! - berrou minha mãe a uma “lesma” no trânsito

- Mamãe!

- Hermione você precisa deixar de ser tão diplomata!

- E a senhora precisa de inúmeras doses de diplomacia!

- Garotas por favor sem discussões. Já estamos com problemas o suficiente.

- Desculpe. – dissemos nós duas.

- Graças a Deus chegamos a tempo. – disse papai

- Boa tarde! – disse a recepcionista.

- Hã, boa tarde. Três passagens reservadas em nome dos Granger. – falou papai educadamente

- Ah sim – disse a recepcionista digitando no computador – Três passagens reservadas para Robert, Emilly e Hermione Granger.

- Exatamente.

- O portão de embarque é à esquerda , o seu avião é o 537 e sairá em dez minutos.

- Obrigado.

Após dez minutos...

“Atenção passageiros do vôo 537 com destino à Paris: Favor dirigirem-se ao portão de embarque”



- Nossa que poltronas confortáveis! – tive que exclamar isso

- Primeira classe é assim. Eu tenho é dó de quem vai de Classe Econômica... – minha mãe disse

- Papai onde ficaremos hospedados?

- No International Lecture Hotel. É um Hotel gigantesco construído para conferências internacionais de todas as espécies. Existem vários salões equipados com a tecnologia de ponta. Infelizmente, não posso levá-la a um desses salões já que só podem entrar os participantes dessa conferência.

- Não tem problema! Mas enquanto isso, eu faço o que?

- Vá fazer compras, passeie, conheça os museus, bibliotecas... faça o que quiser.

- Tá legal.



- Muito obrigado por escolherem a nossa companhia! Bienvenue a France !

Finalmente estávamos em terra firme ! Nunca gostei de alturas. Apesar de tudo, a viagem foi rápida a agradável. Os ares de Paris são leves e agradáveis. Minha mãe tinha razão. Nada melhor que Paris pra curar os problemas do coração!



Avistamos ao longe um senhor de idade média segurando uma placa com escrito “Granger”, fomos até o senhor que nos cumprimentou falando inglês e nos disse que aguardava ansiosamente pela nossa chegada. Ele tinha um forte sotaque, mas como falava devagar, foi fácil entendê-lo.

Este senhor disse que se chamava Jacques . Comentou que nasceu no Reino Unido, mas foi logo pequeno para a França.


- Os senhorrress estón sendo muíto esperradoss no Hotel. Dizem que vocês són os milhórres dãntistas ãn sua árrrea.Muitas pessóas falam bãm dos senhorrresss. Parrabéns !

- Merci monsieur Jacques! – agradeceu minha mãe se exibindo



O hotel era literalmente estupendo! Nunca em toda a minha vida vi um hotel tããããããããão bonito!

Tinha um vitral que parecia uma foto de Paris vista de cima. Os recepcionistas estavam todos bem trajados (é claro, a cidade da moda) e eram muito educados. Quando entramos na suíte em que estaríamos hospedados, ficamos boquiabertos.



As paredes eram de um tom de pêssego brilhante e com magníficos quadros pintados por Cézzane, Renoir e muitos outros pintores famosos (todos falsos, é claro). Haviam duas poltronas coloniais de mogno com assento aveludado de cor vermelha no centro da sala de estar (muito confortáveis por sinal) e espaçosos sofás da mesma tonalidade. As cortinas eram de cetim de um pêssego um pouco mais escuro que os das paredes para formar um ton-sur-ton. Ao olharmos para cima, vimos um belo lustre de cristal com inúmeras pedras. À esquerda, um pouco mais à frente, tinha uma grande mesa também de mogno com algumas cadeiras em volta. Um armário com muitas revistas francesas atuais e algumas taças para vinho estavam em um canto da parede. O piso era de madeira mas só que de um tom mais claro para que não se sobrepusessem aos móveis.

Ao fundo da sala, tinha um corredor com duas portas, o que deduzimos ser os quartos. Meu quarto era o quarto mais aconchegante que já vi. Era uma textura de lilás com poucos detalhes em branco. A cama era de casal com um dossel de cortinas brancas e ficava no centro do quarto.O colchão era fofíssimo com um edredon lilás e quatro travesseiros brancos.No chão tinha um carpete branco grosso que cumpria bem com a sua função de aquecer o quarto. Na mesma direção da cama, só que um pouco a frente, tinha uma pequena estante branca com uma TV e um aparelho de DVD em cima. Em baixo, tinham três pequenos puff’s: um lilás, um branco e um rosa-claro. Na parede esquerda, tinha uma escrivaninha com papéis e uma cadeira. Na direita, tinha um pequeno guarda-roupa embutido e uma porta que provavelmente ia para banheiro. E que banheiro! O azulejo era branco com uma faixa vertical rósea e o piso era rosa-seco com detalhes em branco (N/A: como eu sou criativa...-_-). No canto do banheiro, tinha uma banheira branca redonda com três vidrinhos de sais (todos muito cheirosos). Quando saí de lá, fui até o fundo do quarto, onde tinha uma porta daquelas que se abre no centro e que dava acesso à varanda. A vista era realmente maravilhosa. Dava pra se ver boa parte da cidade. Já eram mais ou menos seis da tarde e as luzes já estavam começando a serem acesas o que fazia com que tivéssemos uma idéia do porquê Paris ser conhecida como cidade-luz.

Depois de ver tudo isso, única coisa que consegui falar foi:


- Ces’t magnifique!

- Minha filha !

- Oi mãe.

- Eu e seu pai vamos dar uma volta pra conhecer a cidade. Você quer vir conosco?

- Acho melhor não. Eu fiz duas viagens seguidas e preciso descansar.

- Tudo bem, mas da próxima você não escapa!



Depois da saída de meus pais, tomei um demorado banho de espuma pra relaxar e fui me deitar. Só aí que eu lembrei de tudo o que aconteceu em Hogwarts esse ano. Estudei muito (só pra sair da rotina), ajudei Harry e Rony a escaparem das perseguições de Snape, descobrimos algumas coisas sobre a profecia, continuamos com a A. D. (agora três vezes por semana), descobri que estava apaixonada por Harry...

Este foi mais um ano cheio de aventuras como em todos os outros, mas com uma diferença: me apaixonei por alguém que não devia e fui rejeitada.

É algo que talvez demore para passar, mas fazer o que né? A vida continua e eu estou em Paris! E garanto que vou aproveitar o máximo que puder.







N/A: Fim do terceiro capítulo. Pra vocês verem como eu estou interessada na opinião de vocês estou aqui implorando mais uma vez que deixem comentários para esta fic. É rapidinho gente, e nem que seja uma linha, já vale muito a pena. Obrigada mais uma vez por lerem essa fic, e de bônus deixo um pedacinho do capítulo 4:

Não é a primeira vez que eu venho em Paris Eu já tinha estado na França, o só que da outra vez eu estava acompanhada por um guia. Eu posso até ser estudiosa e sei ler um mapa até de olhos fechados, a não ser que o mesmo esteja encharcado por causa de um babaca que passou correndo de carro em cima de uma poça d’água justamente quando eu estava distraída traçando a minha rota no mapa. Não é a primeira vez que eu venho em Paris Eu já tinha estado na França, o só que da outra vez eu estava acompanhada por um guia. Eu posso até ser estudiosa e sei ler um mapa até de olhos fechados, a não ser que o mesmo esteja encharcado por causa de um babaca que passou correndo de carro em cima de uma poça d’água justamente quando eu estava distraída traçando a minha rota no mapa.



Beijos e abraços para todos

.:Paty Selenita:.







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