O Novo Auror



Desde que Harry derrotou Lord Voldemort, Draco Malfoy estava trancafiado na prisão de Azkaban, pelo simples fato de ele ser filho de um Comensal da Morte. Ninguém tinha provas contra ele, embora a maioria soubesse que seu destino era o mesmo do pai
No entanto, depois de restabelecer a paz no mundo mágico, decidiram rever o caso Malfoy
- Atenção todos vocês! – gritou o Ministro para a bancada de bruxos juízes- Vamos apresentar o caso. Draco Malfoy, o jovem sentado na cadira do réu, nunca foi um Comensal da Morte e, apesar de ter conhecimento das obras do pai, nunca foi cúmplice, certo
O garoto, mais pálido que de costume, concordou com a cabeça
- Então, além de declará-lo inocente, devo dar-lhe um emprego no Ministério mas não sei o que poderia ser melhor. Alguma sugestão
- Ele poderia ser um inominável! – sugeriu uma velha bruxa da última fileira
- Ou auror, junto com o Potter.- disse um bruxo do meio. Seguiu-se um silêncio constrangedor. Todos sabiam da inimizade entre os dois, mas também sabiam que seria melhor para ele aprender a se comportar se tivesse Harry como chefe
-Ora, vocês querem que eu seja empregado do Potter para me vigiarem... – reclamou o novo auror
- Sr. Malfoy, pense pelo lado bom, o senhor sabe um bocado de artes das trevas, sabe se defender e o Sr. Potter não terá o direito de te maltratar
Draco então parou para refletir...o Ministro tinha razão, ele se daria bem como auror e o Potter não poderia fazer nada contra ele...

- Não acredito!! Isso é ridículo, Ministro, minha vida vai virar um inferno!!!!!!!
Harry estava na sala principal do Ministério, vermelho de raiva. Malfoy como seu novo empregado? Não, era inadmissível!!!
- Ora, vamos, Harry, com você ele não tem chance de escapar do nosso controle, vai dar tudo certo.
Harry respirou fundo. Nào agora, bem agora, quando tudo em sua vida estava dando certo. Mas por outro lado, era bem melhor para a comunidade bruxa se o próprio Harry Potter estivasse no comando.
- Olhe, eu posso até aceitar essa coisa mas o primeiro problema que ele me causar, eu o demito, tudo bem?
O Ministro suspirou...bem, talvez os dois até se tornem amigos algum dia...
- Sr. Potter, seu novo auror começa amanhã.

Draco entrou em sua sala e se admirou com os objetos. Haviam vários detectores de Artes das Trevas, vários livros sobre defesa e fotos de alguns criminosos fugitivos na parede. Só então percebeu que havia alguém atrás dele.
- Olá, Draco, eu sou parceira do Harry e também sua chefe...
- Ora, então Weasleys podem ser aurores? Pensei que eles só escolhiam gente decente para trabalhar aqui! Por isso que este Ministério vai pro brejo!
Gina inchou de raiva, mas foi por pouco tempo pois Harry se intrometeu na conversa:
- Entre inocentes e criminosos, quem você prefere mesmo, hein, Malfoy? Que eu me lembre você não tem direito de nos insultar, assim como nós dois não podemos fazer o mesmo com você !
Draco resmungou baixinho e enrubesceu um pouco.
- Agora eu acho melhor o senhor conferir suas missões da semana aí em cima da mesa que eu e a Gina vamos discutir um assunto particular na nossa sala. Se você quiser um parceiro pode conversar comigo depois.
- Assunto particular? O Ministro disse que não tínhamos segredos nesse Departamento.
- Então o assunto é pessoal! Caso você não saiba, eu e o Harry somos namorados! – disse Gina e os dois saíram.
Sem saber como nem porque, Draco ficou meio constrangido com tal revelação. Talvez fosse ciúmes, porque Potter tinha tudo o que ele sempre quisera...amigos, fama, popularidade, talento no quadribol e, agora uma namorada que realmente o amava.
Draco sempre tivera fama de galinha em Hogwarts, pois saíra com todas as garotas de lá, mas tinha certeza absoluta que nenhuma gostava mesmo dele, sempre por causa do dinheiro.

- Gina, querida, tem algum jeito da gente jantar hoje no restaurante da sua mãe?
Os dois pombinhos estavam abraçados na sala. Gina só vira Harry encabulado daquele jeito no dia que ele a pediu em namoro.
- Claro, por quê? Aconteceu alguma coisa?
- É que eu preciso conversar uma coisa com você...
Ela gelou. Não agora que eles estavam juntos, ele não podia se separar dela!

Algumas horas depois, lá estava o casal sentado na mesinha confortável do Restaurante Weasley, ele nervoso pelo que tinha a dizer, ela nervosa porque tinha certeza que seria o fim.
A comida estava deliciosa mas nenhum dos dois comeu muito, tinham medo que voltasse.
- Olha, Gina, você sabe que eu te amo muito e é muita responsabilidade o que eu vou fazer agora, mas já pensei o suficiente em casa e decidi que...nós precisamos fazer alguma coisa. Quero dizer, não adianta namorar à toa, não é?
Gina tentou se controlar. Será que tudo fora à toa para ele?
Harry pegou algo de dentro das suas vestes.
- Eu queria saber se você...er...Gina, quer casar comigo?
Ela ficou sem ação! A única coisa que conseguiu fazer foi chorar de felicidade e de culpa por ter achado que ele iria romper...

No Ministério da Magia, estava Draco pensando na vida, seu caso de assassinato esquecido no chão. Ele nunca reparara como aquela Weasley ficava bonita inchada de raiva. ”Eu não acredito que acho uma pobretona bonita!”
Mas como estava enganado...um Malfoy talvez não tivesse a capacidade de amar, mas ele estava tão perto! Não podia admitir, pelo simples fato dela ser namorada (e agora noiva) do Potter.
Tentou não penar nisso, mas era impossível.

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