Eu sempre vou te amar

Harry não sabia mais o que fazer. Estava mais lotado de trabalho do que nunca, mesmo com sua noiva o ajudando, o trabalho pesado sempre ficava para ele.

O Ministro estava parado em sua sala, observando o melhor auror se sentar defronte à sua mesa.

- Bem, Harry, aconteceram algumas coisas...talvez tenha ligação com Você-sabe-quem. Houve um assassinato perto daqui e detectamos que a pessoa morreu pela maldição Avada Kedavra.

- Quem era?

- Era...bem, não se culpe porque eles estão te perseguindo, ninguém da turma das trevas anda satisfeito, não é? – deu uma risadinha nervosa – Bem, você vai lá e tenta descobrir quem foi o assassino.

Harry estava nervoso. Se o próprio Ministro não queria dizer quem morreu, então era alguém que ele estimava.

- Ministro, o senhor ainda não me disse quem foi que morreu!

- Ah, Harry, eu lamento muito...foi sua amiga Hermione Granger, agora Sra. Weasley.

Parecia que ele estava flutuando. A noticia fora um choque para ele, Hermione estava morta. Pensou em Rony, em como ele estaria sofrendo. Não estava nem aí com o que aconteceria com si mesmo, só sabia que queria se vingar do assassino!



Ao chegar em sua sala, se deparou com Gina chorando na cadeira, os lindos olhos castanhos agora inchados e vermelhos. Sua mãe havia lhe contado.

- Precisamos ir no enterro, sabe...meu irmão deve estar acabado, coitado.

O noivo a abraçou e a beijou. Falou com Draco para tomar conta de tudo e foi para o cemitério bruxo.



Rony estava horrível. O rosto vermelho, olheiras profundas e não tinha se arrumado decentemente, com se tivesse perdido o motivo de ficar bonito.

Todos choravam enquanto o caixão foi enterrado.

- Ai, ai, essa Granger só deu problema mesmo...- falou Draco pra si mesmo no Ministério – Se bem que agora eu começo a trabalhar de verdade, o Potter vai nos encarregar dessa missão.



E ele estava certo. Draco citou os nomes das pessoas que ele sabia que eram partidários de Voldemort, mas que estavam soltas e os três foram conversar com elas.

A resposta estava com Eugenio Bubston.

- Eu fui libertado pelo Ministério, Sr. Potter! Não trabalho mais para ninguém!

- Eu sei, Sr. Bubston, mas preciso que o senhor me diga se sabe alguma coisa sobre o assassinato da Sra. Weasley ontem.

De repente o senhor tomou um ar sombrio.

- Saber eu sei, mas não posso falar nada a não ser que tudo acontece no barracão abandonado do Beco Diagonal. Entenda, não digo mais por pura precaução...

- OK, mas o que o senhor quer dizer com TUDO?

O velho só deu uma risada e foi embora. Harry se virou para Gina e Draco.

- Esta noite nós vamos lá. Se preparem.



Naquela noite, Harry pegou sua varinha e vestiu seu uniforme prático de auror. Ao chegar no barracão viu que seus dois agentes já estavam lá.

- Muito bem, vamos entrar. Tomem cuidado, varinhas em punho.

Foi neste momento que tudo aconteceu. Um lampejo de luz verde atingiu Harry em cheio enquanto duas Maldições Cruciatos atingiam Draco e Gina, que berraram de dor.

Draco, mesmo com a dor intensa, foi lançando feitiços paralisantes para todo lado, atingindo as pessoas que estavam lá. Gina, depois de tudo, prendeu os três homens criminosos e desmaiou ao procurar Harry. Estava morto.



O enterro foi discreto, com Gina quase morrendo de chorar e desmaiar. Os criminosos foram presos, mas nada traria Harry Potter de volta.

Antes de enterrarem o caixão ela depositou dentro uma medalhinha gravada “Eu sempre vou te amar”.

Draco, timidamente, disse:

- Olha, chorar não vai trazê-lo de volta.

- Você diz isso porque nunca amou ninguém!

- Claro que amei...ainda amo.

Gina não era nenhuma tonta e percebeu o que ele quis dizer. Ficou vermelha, mas estava muito triste para retrucar. Se virou para sair, mas quase desmaiou de novo, Draco teve que ampará-la.

- É melhor você ir ao médico. Eu sei que está triste e tensa com o acontecido, mas desmaiar toda hora não é desculpa para mostrar como isso te afetou.

Gina queria retrucar mas ele estava certo.



- Não !!! Não pode ser verdade! Estou sozinha, não posso ter um filho agora!!!!!!

Gina estava no Saint Mungus e seus exames resultaram em gravidez.

- Srta. Weasley, você não tem condições de ter um filho assim, solteira, mas talvez um Orfanato...

- Esse é o filho de Harry Potter, qualquer um queria estar na minha barriga agora! Ele não vai pra nenhum Orfanato.

- Então sugiro que ache um segundo pai para essa criança.



Agora ela estava em sua casa, pensando. Harry não iria querer que seu filho nascesse sem ninguém, ela não iria conseguir cria-lo sozinha...

Draco Malfoy!! Ele gosta de mim, pode ser um bom pai!

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