A parceira
Depois de sair de Hogwarts, Harry Potter seguiu a carreira que tanto desejava, virou auror. Todos sabiam que ele era poderoso, pois tinha finalmente derrotado o terrível Lord das Trevas, mas ninguém nunca tinha visto um garoto de apenas dezenove anos derrotar tantos inimigos daquele jeito! Harry era o melhor auror que o Ministério da Magia já teve e, por ordem do próprio Ministro, era o único da história que não tinha parceiro.
Mas tudo ia mudar naquele ano.
Harry foi convidado para passar o Reveillon na casa dos Weasley - mas não eram os Weasley pais do Rony, e sim ele e sua esposa Hermione. Eles haviam se casado seis meses após a formatura.
- Harry, até que enfim, porque demorou tanto?! – exclamou Hermione, ao abrir a porta e ver o amigo parado ali. – Entre logo, todo mundo já está comendo.
Ao dizer todo mundo ela queria dizer mesmo que o planeta inteiro estava ali. Todas as pessoas que estudaram com eles, os Weasley, os Granger, a Ordem da Fênix inteira, alguns professores de Hogwarts e a maioria do Ministério da Magia estavam sentados nas milhares de mesas comendo como nunca. Harry logo seguiu para a mesa onde estavam os Weasley e se sentou entre Gina e Gui.
- Boa noite, Harry. Estávamos falando de você agora mesmo – disse Gui.
- Bem, eu espero.
- Falávamos de você porque eu vou ingressar no Ministério também. – falou Gina- Vou ser auror.
Diante dessa surpresa, Harry ficou sem fala, mas talvez foi porque a garota pegou-o desprevenido. Estava linda, com um vestido branco decotado, que contrastava com seus cabelos ruivos até a cintura, com alguns cachos nas pontas.
Sorria inocentemente, e Harry se sentiu melhor depois disso. Mas foi por pouco tempo, pois ela complementou:
- Mas tem um probleminha: como eu não sou muito boa, o Ministro achou melhor eu ser sua parceira, pelo menos até eu pegar a prática...
Ele arregalou os olhos. Tudo bem, era ruim fazer tudo sozinho e vendo os outros dividirem as tarefas, mas Harry não estava preparado para isso.
“Mas talvez isso me recompense,ela é bonita e também é minha amiga”, pensou.
- Bom...pelo menos é alguém que eu já conheço...
Ela riu, mas Harry percebeu que foi forçado.
Depois disso não tiveram mais tempo de conversar, pois foi pôr o papo em dia com Rony.
Ao voltar no trabalho, Harry percebeu que não era tão ruim ter Gina como companheira. Ela era esforçada e conhecia bem artes das trevas, só que o garoto começou a se sentir estranho cada vez que ela sorria ou simplesmente conversava com ele. E seu aniversário estava quase chegando quando ele percebeu o que era.
Gina chegou cedo na salinha de trabalho deles e estranhou ao ver que o parceiro estava pálido e suando muito.
- Harry, você está bem? Quer que eu...
- Não, eu...preciso conversar com você, Gina. Não fale nada até eu terminar, por favor.
Ela concordou com a cabeça, com cara de desconfiada.
- Olha, eu sei que você gostava de mim na escola e eu não te dei atenção como você queria, mas quero dizer que estou arrependido. Porque agora eu percebi que nós podíamos ter dado certo, só agora eu me toquei que sempre gostei de você...que eu sempre te amei. Eu sei que não mereço seu perdão, mas tudo o que eu quero é te beijar, te abraçar, fazer minha vida valer a pena tendo alguém pra eu amar. Alguém pra eu construir uma família, pra eu ser feliz e transmitir minha felicidade. Não sei quanto a você, mas eu te amo. Sempre vou te amar.
Gina não fez nada, a não ser ficar vermelha, como ele já estava. Ao mesmo tempo que estava feliz por ele ter dito o que ela queria ouvir há quase dez anos, pensava nas noites em claro chorando, no desespero ao vê-lo acompanhado de garotas interesseiras... Até criar coragem e confessar:
- Sabe, Harry, você tem razão quando diz que eu não devia te perdoar, porque tudo o que eu sofri para esquecer não deve ser desperdiçado com essas palavras. Mas eu também não posso perder a oportunidade que eu sempre esperei. Você sabe que eu também te amo, não é?
E foi bem melhor do que Harry imaginou ou já experimentou. Não foi só um beijo, foi o desconto por todos esse anos separados. Os lábios dela eram macios como ele nunca tinha visto e seus cabelos eram cheirosos, ele adorava ela inteira. Tudo iria dar certo.
Ou não...
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