Música para todos os lados
– Ela o que? – indagava Rony a Harry, parecendo que não sabia se ficava encantado ou assustado. – Tem certeza que ela fez isso?
– Absoluta – falou Harry, parecendo que não acreditava nas próprias palavras.
– Mas ela completamente louca! – disse Hermione impressionada. – Ela nem sabe com quem está se metendo!
Harry confirmou com a cabeça.
Os dias se passaram, e o Festival de Quadribol chegou. Era a primeira vez que as pessoas do primeiro ano podiam participar. Ninguém estava mais animado do que Rony.
– É hoje, Harry! – dizia Rony chacoalhando o amigo pelos ombros. – HOJE!
– Tudo bem... – disse empurrando Rony para que ele parece.
Eles chegaram no campo de quadribol. Os alunos do primeiro ano eram os primeiros a jogar. Naquela hora era Corvinal contra Grifinória, mas antes, havia a banda Dama Púrpura e da Magia para cantar.
Nasce para homens e céus,
Vestida com um púrpuro véu.
Não se sabe o seu nome nem ao menos de onde veio,
Dama guerreira,
Linda com olhos de mel.
Dona da perfeição,
Luta contra a ilusão
De um mundo onde a maldade
Já encontrou a realidade de existir.
Quando então ela entra em cena.
Dama Púrpura
Entre trevas e luz
Chama-me e me seduz
E me leva a um destino
Que eu não sei ao certo se é certo ou errado.
Ao encontro do meu coração.
Dama Púrpura
Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Cada voz que canta o amor não diz
Tudo o que quer dizer,
Tudo o que cala fala
Mais alto ao coração.
Silenciosamente eu te falo com paixão...
Dama Púrpura.
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
Eu te amo calado,
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz,
Mas somos medo e desejo,
Somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...
E digo.
Anjo, sonho lindo,
Dona da magia me inspira
Aonde eu for, ah, esse amor,
Faz-me sofrer, enlouquecer,
Eu amo amar você.
Linda, tão minha,
Só confesso pra você
O que ninguém pode ver
Toda paixão, toda emoção.
Sem ilusão no coração,
Eu amo amar você.
Dama, Dama, Dama, Dama Púrpura!
Tantos sonhos lindos pra sonhar
E eu sozinho aqui a te esperar
Se não há motivos pra sorrir
Também não há motivos pra chorar.
Tantos horizontes pra se ver
Tantas alegrias se esperar,
É hora de parar de se esconder,
Liberte o sentimento em seu olhar.
Dama Púrpura... Dama Púrpura...
E chegou a vez dos alunos jogarem.
– Droga, esses garotos não sabem nem jogar! – comentava Rony sentado. – Hei, Hermione! Eu estou falando!
Mas ela não ouvia. Tinha mais atenção para Tiago, que estava com a sua Clesleep 2003 na mão, prestes a jogar. Depois, Rony também foi ver o motivo de tanta atenção e Harry também, e notaram que era o seu canto bem afinado e sua voz indescritível cantando, com os olhos brilhando e um sorriso bobo, como se estivesse perdidamente apaixonado.
Índia, seus cabelos nos ombros caídos,
Negros como a noite que não tem luar
Seus lábios de rosa, para mim, sorrindo,
E a doce meiguice desse seu olhar
Índia da pele morena,
Sua boca pequena eu quero beijar.
Índia, sangue tupi, tem o cheiro da flor.
Vem, eu quero lhe dar,
Todo o meu grande amor
Quando eu for embora para bem distante,
E chegar a hora de dizer-lhe adeus,
Fique nos meus braços só mais um instante
Deixa os meus lábios se unirem aos seus
Índia, eu levarei saudade,
Da felicidade que você me deu,
Índia, a sua imagem sempre comigo vai...
E foi então ele notou que estava sendo assisto, e automaticamente, ficou muito serio, virou o rosto para o portão e parou de cantar.
– Todos em suas posições! – avisava o locutor para os alunos do primeiro ano. – VÃO!
E o jogo começou. Harry queria torcer por Tiago, mas sua cicatriz começou a queimar violentamente naquela hora. Assim, ele começou a ouvir uma voz... Cantando. Era a mesma voz de mulher que gritou quando ele estava no terceiro ano, no trem da Plataforma 9 2/3, e ela sempre cantava com a voz afinada.
Venha, me note.
E pegue minha mão
Porque sou estranha?
Porque continuar com o tormento?
E toda vez que tento voar
Eu caio sem minha vassoura
Sem minhas asas,
Eu me sinto tão pequena
Eu acho que preciso ajuda, por favor,
E toda vez que te vejo em meus sonhos.
Eu vejo aquele rosto, está me assombrando,
Eu faço de conta
Que você está aqui,
É a única forma que eu vejo
O que eu fiz?
E toda vez que tento voar,
Eu caio sem minha vassoura,
Sem minhas asas,
Eu me sinto tão pequena,
Preciso de ajuda, Senhor,
E toda vez que o vejo em meus sonhos
Eu vejo seu rosto, está me assombrando.
Eu devo ter feito chover,
Por favor, não o perdoe,
Minha fraqueza causou alegria dele
De noite eu rezo
Que em breve dele o rosto
Irá sumir.
Eu me sinto tão pequena,
E toda vez que o vejo em meus sonhos,
Eu vejo seu rosto, ele está me assombrando.
Preciso de ajuda...
– Harry! – berrou Hermione para ele. – Acorda!
Quando se deu conta, ele estava sendo o centro das atenções. Até os jogadores de Quadribol – agora já estavam jogando os do quarto ano – olhavam para ele. Ele estava no mesmo lugar, mas sua cabeça nunca doeu tanto em toda a sua vida. Harry não conseguia nem chorar ou vomitar como no quinto ano, por que a dor era tão fulminante, que ao invés disso, ele caiu de joelhos e depois para completar, bateu com a testa no chão, e desmaiou enquanto sua cabeça jorava sangue devagar.
Será que Harry está bem?
Quem venceu o jogo de Quadribol?
Descubra lendo o próximo capitulo e...
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