Tapas e beijos.
*Um mês depois*
— Six! – uma garota se aproximou do garoto.
Sirius lançou à garota um olhar avaliativo. Deu um sorriso maroto.
— posso ajudar? – ofereceu-se.
A garota sorriu, piscou os olhos repetidamente, tentando dar destaque ao tom claro do azul.
— sabe, estou com dificuldades em Transfiguração. – colocou uma mão no peito do garoto, com a outra enrolava a ponta dos cabelos no indicador. – Sei o quanto você é inteligente, e pensei que poderia me dar uma ajudinha. – deu-lhe um sorriso perfeito.
Sirius deu um sorriso malicioso.
— com prazer, princesa.
A garota deu uma risadinha suave.
— hoje à noite? – perguntou.
— tenho um lugar tranqüilo, será perfeito. – marcou ele.
Mallory estava sentada embaixo da maior árvore do jardim, tentando ler o Profeta. A única coisa que a impedia era na verdade alguém: James.
—… Loryta me ajuda, por favor! – ouvir James pedindo “por favor” soava bem estranho. – Pelos velhos tempos! – apelou.
Mallory suspirou.
— nos “velhos tempos” eu pulei de uma janela e quebrei a perna pra fugir de você. – lembrou ela. – Quer que eu pule no lago agora?
James deu uma risada.
— não precisa, só quero que você encubra a gente. – pediu.
— não. – disse irritada. – Se resolva sozinho.
James bufou.
— pra minha melhor amiga, você é bem chatinha às vezes. – reclamou ele.
— eu não sou sua melhor amiga, James. Sou sua única amiga, porque o resto você só quer pegar.
James sorriu.
— não se menospreze tanto, eu tentei com você ano passado, você que não quis. E outra, você ser minha única amiga te torna conseqüentemente minha melhor amiga.
Mallory o encarou.
— mas só por não ter opção.
James deu mais um sorriso.
— eu não te trocaria por nada, Loryta. Mesmo que eu tivesse mais opções.
Mallory não acreditou, mas como viu que a discussão não levaria a nada voltou ao assunto.
— não vou encobrir seus encontros. – disse com tom de quem encerra a conversa.
James suspirou.
— tá, tá. – disse ele. – Mas saiba que estará partindo o coração de duas pobres garotas.
— okay. – concordou. O rosto de James se iluminou. – Com uma condição.
— fale. – incentivou James, animado.
Mallory sorriu.
— se você disser o nome das duas garotas, agora.
Merda! Reclamou James mentalmente. Jasmina? Carina? Filipina?
Mallory o encarou um pouco, depois assumiu uma expressão vitoriosa.
— sinto muito, James. – fingiu solidariedade. – Talvez na próxima, e agora me deixe ler!
James continuou sentado ao seu lado. Pegou alguma coisa no bolso, um pomo.
— se eu perguntar onde ou como você pegou isso, a resposta estaria de acordo com o regulamento da escola? – perguntou Mallory.
— provavelmente não. – respondeu James.
— então, a menos que você pare de me encher o saco com seu encontro, eu provavelmente terei uma conversa com madame Hooch.
— certo, certo. Tchau Loryta. – James se levantou e saiu.
Mallory suspirou. Ela gostava de James, ele era um bom amigo, mas não conseguia engolir o jeito que ele e o amigo tratavam as garotas. Quando ele chegou pedindo pra ela ajudar, ela se lembrou imediatamente de Lola.
— ei, Jeweller! – Mulciber caminhou até ela. – Viu Severo?
Mallory não o olhou.
— deve estar com Lily. – respondeu distraída.
— por que ele estaria com ela? – perguntou, desconfiado.
Mallory comprimiu os lábios, não devia ter dito aquilo.
— imagino que Severo possa responder essa pergunta melhor que eu.
Mulciber bufou, começou a se afastar.
— desperdício de puro-sangue. – provavelmente não era para Mallory ouvir, mas…
— obrigada. – agradeceu em resposta.
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— acorda James! – Remus já estava pronto. Estava na hora de desceram para o café, até Peter já estava pronto.
Sirius saiu do banheiro, apenas com as calças do uniforme, os cabelos molhados e brilhantes pingando o excesso de água do banho.
— ainda em coma?! – deu uma risada. – Certo, tive uma idéia.
Pegou a varinha e a agitou. Uma bolha de água se condensou sobre a cabeça de James, Remus se afastou assim que a bolha estourou, encharcando o amigo.
James acordou num salto.
— mas que merda…? – olhou para os amigos, Sirius era o único com a varinha, mas todos gargalhavam. – Sirius… – lançou um olhar mortificador e do nada pulou no amigo.
Sirius gargalhava e tentava afastar o amigo.
— sai daqui, você tá encharcado!
James também riu. Afastou-se do amigo e pegou uma toalha
— ótima observação. – tentou abraçar Sirius, mas ele colocou a mão em seu rosto e tentou empurrá-lo.
— já chega vocês dois. – mandou Remus ainda sorrindo. – a gente vai se atrasar.
— ah, claro, Sr. Aluado. – disse Sirius, esboçando um sorriso sarcástico.
James foi se arrumar e desceram todos juntos.
Quando estavam a poucos corredores do Salão Principal, uma garota os enquadrou.
— podemos ajudar? – perguntou Remus.
A garota olhou irritada para Sirius e lhe deu uma bofetada, depois puxou a gola de seu uniforme e o beijou.
— você é um babaca! – xingou ela, se virou e saiu pisando duro.
— vocês querem explicar ou…? – perguntou Remus, confuso.
Sirius deu de ombros.
— deve ser a garota de ontem. Esqueci de avisar que não ia.
Não deu outra e mais uma garota se aproximou, esta com lágrimas nos olhos.
— Jay, por que…? – parou em frente a James, subiu na ponta dos pés e o beijou. Depois se virou e saiu, ainda parecendo magoada.
Peter olhou admirado para os dois amigos.
— uau.
Remus revirou os olhos para Peter e foram para o Salão.
Depois das aulas tiveram mais um dos treinos de Quadribol.
— James, Finta de Wronski! – ordenou Frank. James a realizou quase perfeitamente. – De novo! – dessa vez foi perfeito. – Ótimo.
Agora era a vez dos artilheiros e do goleiro.
— Josh, preste mais atenção a baliza da direita! – mandou Frank. Assim que disse isso Mallory acertou com a goles no aro esquerdo.
Eleanor revirou os olhos e pegou a goles.
Frank encerrou o treino meia hora depois.
— Six! – Eleanor caminhou até Sirius. Ele e James estavam saindo do campo já. – Você foi ótimo. – entregou a Sirius um pequeno pergaminho e com uma piscadela saiu.
Sirius abriu o bilhete.
Six,
Seja a Sirius no céu da minha boca.
Ass.: Garota dos olhos verdes.
James riu quando leu.
— ousada.
Sirius revirou os olhos.
— não enche.
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