Caçada ao Cervo
Os dias estavam correndo devagar desde que enterrara seus pais naquele dia nublado e frio. James só tinha uma única coisa em sua mente. Vingança, e faria isso a qualquer preço ou custo. Mesmo que desaparecendo da escola e deixando uma vida agora parecendo simplória para trás. Doía-lhe sim, não levar consigo seus fieis e inseparáveis amigos, mas sabia que vingar seus pais era algo que teria de fazer sozinho. Devia isso a eles. Por isso sem dizer nada a Sírius, esgueirou-se pelas passagens secretas do castelo Potter, ou o que havia sobrado dele, e seguiu seu caminho rumo a Londres. Tinha de começar a procurar por algum lugar, e bem, tinha certos informantes no “caderninho” de seu pai que podiam dar uma luz nesse caminho escuro. Mas enganava-se achando que seria fácil encontra-los. Por três dias vagou pelo submundo bruxo e trouxa em busca de alguma informação que valesse a pena, mas nada conseguia. Seu rosto magro e abatido acabara-lhe dando uma aparência menos atraente o que talvez tenha ajudado depois de algum tempo, agora se passava por mais um em meio ao caos que estava o mundo bruxo.
Enquanto passava pelas ruas de Londres, escondendo o rosto com a barba mal feita atrás de um boné, olhava furtivamente sobre seus ombros. Fazia alguns dias que estava fora em sua busca por informações as quais o levaram novamente ao submundo de Londres. Embora estivesse cansado e muito de suas provisões já estarem acabando, evitava ao máximo ter algum contato, ou ser visto. Temia ser reconhecido, e bem, conhecia Sírius e sabia que ele iria voltar até a escola para avisar os outros talvez até fossem atrás dele.
- Não... não posso permitir que se arrisquem por mim... – murmurou baixinho enquanto passava por uma cafeteria. Com os dias mais quentes os trouxas estavam lotando as áreas públicas. Talvez certa ignorância fosse uma benção. Podiam levar suas vidinhas normais sem se preocupar com o que acontecia com pessoas como ele. James então desceu uma pequena ruela em um dos muitos bairros comerciais de Londres. Muitas vezes não conseguia evitar pensar em como sua vida tinha se complicado tanto. Tudo bem, estava no seu sangue ser um Potter e continuar o legado da família afinal fora o único que restara de uma nobre família de bruxos e cabia a ele retomar o bom nome que o clã Potter tinha a muitos anos. Porém estava cada vez mais difícil. Embora sua família tivesse posses, bem, com a suspeita sobre seus pais tornou-se difícil sacar algum dinheiro do banco bruxo, ainda mais que aquela altura devia estar na escola. Não tinha ideia do que seus amigos estavam fazendo para encobrir sua ausência para o ardiloso Carrow mas seja lá o que estivessem fazendo, estava funcionando. Pelo menos por enquanto.
Havia causado muita dor de cabeça para os seguidores de Voldemort nos últimos dias. Podia até não serem os mais “famosos” entre eles, porém, conseguira frustrar várias de suas tentativas de recrutamento. Ou até mesmo coisas simples como causar pânico no mundo trouxa. A mais ou menos dois dias, conseguira deixar abatido dois servos das que estavam tentando extorquir um pobre vendedor trouxa de uma loja de penhores. Estava andando calmamente embora seus ouvidos e olhos estivessem atentos o suficiente para notar algum movimento diferente naquela rua.
Lembrava-se de percorrer esses becos a pelo menos umas duas semanas, precisava encontrar um certo bruxo ao qual ele sabia que iria lhe levar ao “seu mestre”. Não só por ser um Potter mas por seus talentos como bruxo, James já sabia que Voldemort em pessoa estava a sua procura. OU pelo menos era o que ele achava. Entrou no pub próximo ao beco e sentou-se no bar. Seria um pub qualquer se não houvesse poções levitando, ou fumaças coloridas pairando no ar. Feitiços? Talvez mas estava devidamente protegido com sua varinha e sua destreza, ah isso ele estava. Olhara mais uma vez para o relógio na parede, sabia que aquele dia e naquela hora Voldemort estaria ali, podia sentir isso em seu peito. Seus instintos nunca lhe falharam e agora não seria a primeira vez. Mais uma vez o sino da porta de entrada toca e com o canto dos olhos ele vê um homem muito alto e com um chapéu entrando. Em meio as suas buscas, James pode notar que havia realmente uma certa distinção no círculo de “amigos” do lord das trevas, o que ele e seus amigos chamavam de comensais da morte, tinha ouvido comentários de que havia um grupo ainda mais seleto chamado de Knights Walpurgis (Os Cavalheiros de Walpurgis), que se tratava nada mais nada menos que antigos “colegas” de escola. James conhecia o nome Walpurgis, afinal era uma celebração que acontecia no norte da Europa, lembrava-se de ver sua mãe comentando quando era mais novo. Logo na idade média a igreja católica acabou condenando essa comemoração como uma noite macabra onde as bruxas faziam seus ritos de adoração ao demônio. Enfim, são coisas as quais muitos bruxos espalhavam por ai para instaurar o caos e deixarem os trouxas com medo. O garoto só não sabia dizer se isso era verdade ou não, afinal, não podia confiar 100% do que ouvia pelo submundo. Ele já tinha visto o rosto daquele homem, Moody deixara um de seus arquivos mais preciosos na casa dos Potter no dia do funeral dos seus pais e ele pode reconhecer o rosto um tanto deformado do bruxo. Por sua elegância e postura, tinha certeza de que era Lastrange, sim o pai de uma das cobrinhas colegas de James em Hogwarts.
“Deve estar muito confiante de seus planos....” – pensou o jovem garoto enquanto bebericava seu firewisk. Em sua mente marota, ele era perfeitamente capaz de desafiar o Lord das Trevas. Ele era filho de Dorea e Charlus Potter! Dois dos maiores aurores que Inglaterra já tinha visto, com certeza daria conta do recado!
O homem alto tirou então o chapéu e o sacudiu, para variar a chuva fina e o céu cinza cobria toda Londres a deixando ainda mais sombria.
- NORBERT!!! – gritou o homem sem nenhum pudor - CADÊ AQUELE VELHO IMPRESTÁVEL!
Um velho senhor atarracado e com uma enorme corcunda apareceu dos fundos do bar, vestia um conjunto de linho xadrez e um pano jogado sobre o ombro.
- Chamou Sr. – disse ele educadamente apesar do olhar examinador do Homem a sua frente.
- Espero que esteja tudo pronto na minha sala. – disse ele em um tom mais baixo olhando em volta, haviam dois ou três andarilhos maltrapilhos entre eles, James Potter.
- Sim meu senhor... – respondeu o velhote - ... tudo está como o senhor pediu.
- Ótimo, meus convidados devem estar chegando e não quero que me interrompam... – disse o homem atravessando o bar e indo para os fundos.
“Ótimo” pensou o garoto, se eles tinham uma reunião ele iria fazer uma surpresinha. James apenas bebericou mais um gole de sua bebida e esquadrinhou o lugar. Não tinha muita opção para chegar aos fundos a não ser fingir ir para o banheiro. Poderia também fazer o pobre barman adormecer mas como poderia saber se os outros dois bebuns que estavam ali não eram também bruxos apenas disfarçados? Ajeitou os óculos e o seu chapéu, empertigou-se mais sobre sua capa e com um toque rápido da varinha lançou no pobre atendente um feitiço paralisante. Ele tinha a mais absoluta certeza de que finalmente iria encontrar o Lord das trevas. Se tem uma coisa de que o jovem Potter podia se orgulhar era do seu instinto. Mais que depressa fingindo estar cambaleante foi em direção ao banheiro. Chutara propositadamente um velho balde de latão que estava no chão para ver se os dois homens davam algum sinal de vida mas nem assim eles se mexeram em suas cadeiras. Certo de que os homens estavam se lixando para o que ele pudesse fazer no banheiro, fingiu novamente um tropeço indo pro lado oposto em direção a porta do escritório de Lastrange. Para começar, por toda a banca que Rodolphus colocava em Hogwarts, jamais pensou que seu pai podia ser dono de um Pub de quinta. Se bem que não havia lugar melhor para conseguir informações de bruxos com reputação duvidosa como aquele. Respirou fundo, pegou a varinha e delicadamente torceu a maçaneta. Esta abriu com facilidade. Lentamente foi abrindo a porta já a espera de um ataque mas para sua surpresa a sala estava vazia.
- Mas que porcalhada é essa? – disse ele olhando em volta da pequena sala coberta de papeis espalhados. Era mesmo um pequeno escritório. Até ai nada fora do comum.
James franziu o cenho e empurrou a porta para abri-la mais. A escrivaninha do dono estava vazia. O aposento parecia estar completamente deserto e quase anormalmente silencioso. Talvez ele tivesse ido a algum lugar por meio da Rede de Flu. Havia um aparelho de latão em sua escrivaninha, James achou que devia ser uma espécie de alarme ou um lembrete, avisando de uma reunião à que tinha que assistir imediatamente. O garoto então cruzou o escritório olhando em volta, não era possível que Lestrange tivesse aparatado, ele teria ouvido o estalido. Já estava começando a se sentir frustrado, não acreditava que havia desperdiçado um tempo precioso com uma pista falsa. Foi mais ou menos nessa hora que quando ele se virava para a porta, sentiu um pressentimento estranho. Sentimento esse que sempre lhe servia de aviso quando algo estivesse acontecendo.
James podia ver agora por que o escritório tinha parecido anormalmente silencioso um momento antes. Na parede mais afastada da sala, do solo ao teto, havia dezenas de recortes de jornais, fotos e imagens de membros da Resistencia, incluindo até mesmo aurores que James sabia que eram sigilosos. Cada retrato estava perfeitamente imóvel e silencioso.
- Isto é realmente estranho - ele disse baixinho. - Este é o único lugar na terra onde uma parede cheia de gravuras que não se movem... o que exatamente está acontecendo aqui? Cadê aquele filho da....
James cruzou a sala e permaneceu de pé na frente de uma imagem considerável de Dumbledore rabiscada com um enorme X. Cautelosamente, ele estendeu sua mão e tocou o rosto do retrato. James pôde sentir a textura da pintura seca, sentir a pincelada que tinha dado forma ao nariz aquilino do homem. O rosto não fez mais do que pestanejar indicando o lado direito.
James virou-se. A cortina preta uma vez mais tinha sido levantada e um espelho aparecia por trás dela, a superfície do espelho já não mostrava simplesmente um redemoinho ou a turbilhão de fumaça plúmbea como deveria ser. O garoto conhecia espelhos mágicos de todos os tipos, seus pais tinham vários no depósito e a maioria era como portais para outros locais. Seus pais sempre o fizeram prometer não os usar, mas lhe explicaram exatamente o que eles podiam fazer. Este, no entanto, mostrava uma cena. A visão era obscura, nebulosa e turva, como vista através de uma janela muito suja e muito imperfeita. James já não tinha os olhos muito bons e então se aproximara mais espiando para além de seu reflexo, na tentativa de fazer sentido à cena nublada. A vista parecia atravessar um grupo de árvores nodosas no meio de um bosque espesso. Era muito nebuloso, e as árvores eram densas o suficiente para bloquear a maior parte da tempestuosa luz diurna. Havia uma pequena clareira para além das árvores mais próximas, e no centro da clareira uma espécie de monumento, coberto de musgo e videiras. Era alto, magro e esbelto. Enquanto a cena movia-se para dentro e para fora do nevoeiro, James podia ver que o monumento era a estátua de um homem. A figura de pedra era bastante grandiosa, vestida com um manto elegante e esvoaçante. Na base da estátua tinha estampado linhas de letras de gravura, mas James não podia vê-las bem. Não lembrava de conhecer tal lugar, embora sentisse um arrepio na nuca ao olhar aquele monumento.
O garoto tinha o terrível pressentimento de que conhecia o lugar apesar de não se lembrar. Ele já tinha ouvido falar dele em algum lugar ou lido em algum livro, mas nunca o tinha visto. Muitas poucas pessoas que ele conhecia o tinham feito. Na base da estátua, apenas sob as palavras ilegíveis, estavam esculpidas grandes letras: MERLIM.
- A tumba de Merlim? – disse ele baixinho. Em todos esses anos achava que se tratasse apenas de uma “classe”, embora sua mãe dissesse que ele realmente havia existido, nunca em sua vida pensou que realmente...
Foi então que se lembrou das palavras de seu pai sobre o interesse de Voldemort nos objetos e estudos sobre Merlim que seu professor Bins estava fazendo quando vivo. Ninguém sabia onde estava. No espelho, moveu-se uma figura. James então respirou fundo, olhou para a porta e rapidamente a trancou com magia. Bloqueou todo e qualquer som vindo de fora ou saindo dali de dentro e voltou a olhar para o espelho. A figura não tinha entrado na cena, não tinha aparecido. Era como se tivesse estado ali o tempo todo, mas ninguém o tivesse notado. Só quando se moveu ligeiramente sua presença se fez perceber. Vestia uma longa túnica preta que escurecia seu rosto, mas havia algo muito perturbador no tecido da túnica. Parecia mais um buraco no espaço, cheio de redemoinhos e agitada fumaça escura. A borda esfarrapada da túnica não chegava a atingir o chão, e mesmo assim não se via nenhum pé sob ela. James estremeceu-se ante a visão da horrenda figura, pensando no que poderia ser aquela criatura, era muito semelhante a um dementador mas, ele sentiria se caso fosse algum. A figura levantou um braço, revelando uma fina mão branca. A mão parecia estar acenando e fazendo sinais. Um momento depois, a estátua de Merlim estremeceu-se. A expressão orgulhosa abandonou sua face e os seus braços caíram como uma marionete, como se tivesse os fios cortados. E então, como na distância, uma voz falou. Chegou através do espelho muito fracamente, um pouco audível sobre o som do vento e do farfalhar das árvores.
- Você é o eco que me chamou? - perguntou a voz da entidade encapuzada - Aquele cujos motivos, mais do que qualquer outro neste mundo, uma vez estiveram em consonância com os meus? Revele-se.
A estátua falou, e sua voz era muito aguda e enevoado, quase perdida.
- Sou Merlin, também conhecido como O grande mago e senhor de Avalon, que morreu neste mundo há muitos anos, reclamado pelo pó e guardião das terras de Ynys Wydryn.
- E ainda assim - disse a entidade da túnica - seu estigma é suficientemente forte como para me atrair. Seus restos mortais não me são de nenhuma utilidade, portanto, você deve ter intenção de dizer-me quem lhe superou? Talvez para que eu possa lhe procurar a ele para meus os propósitos?
James ficara estarrecido com o que a figura dizia a Merlin, então era esse o plano? Usar o conhecimento de Merlin para convocar feiticeiros mais poderosos para seus propósitos? Que raios estava acontecendo?
- Aquela que me superou não é sua amiga... - declarou a estátua claramente, sua voz quase perdida entre o vento que aumentava nesse lugar longínquo. – Ela era apenas uma criança então, mas, inclusive naquele momento, forte demais para ser tentada por alguém como você. Ela não te ajudará.
A estatua então flutuara novamente para o pedestal onde antes estivera, James não entendia exatamente o que aquela figura estava tentando fazer. Porque estava exatamente naquele lugar? Precisava saber mais embora a visão do espelho começava a ficar ainda mais embaçada e estranha. Viu a estatua novamente se mover e mexer os lábios, mas não entendera o que esta dizia, apenas o resquício de uma nova voz, a qual ele percebeu se tratar de Lastrange pai.
- Inclusive agora, eles estão esperando por você - disse a voz vinda de outro ponto - É como você diz: É um mero eco, uma lembrança, uma onda murchada de uma vida passada. Mas eles podem te trazer novamente... Aquele em cujo coração bate minha própria essência. Eles estão preparados para você... esperando por você aqui, esta mesma noite...
Com isso, outra figura atravessou os ramos, emergindo das sombras das árvores. James não podia ver o rosto da figura, mas ele pôde dizer que era um homem. Como a primeira figura, estava vestido com um roupão com capuz, mas devido à sua posição, James podia ver seu rosto. Ele estava pálido e mostrava cautela, mas seus olhos pareciam resolutos. As árvores tinham começado a inclinar-se e gemer com o aumento do vento. Os sons do lugar começaram a abafar as vozes distantes. James mal conseguia distinguir as palavras do homem pálido.
- Estamos preparados para você, oh, Mestre do Vácuo – disse então Lastrange, estendendo a sua mão - Temos estado esperando por você, como o mundo inteiro fez. Seu tempo está chegando.
Subitamente, uma terceira figura emergiu da floresta, em direção oposta ao homem pálido. Esta figura estava também vestida de preto, mas era mais alta do que o homem pálido. Esta não apareceu com dificuldade da floresta, como o homem pálido tinha feito, ela se movia com uma espécie de graça malévola, entrando na clareira para encarar à forma amortalhada do Guardião em forma de estatua e basicamente assim que essa pessoa chegou ao local, um terror pareceu sugar todo ar respirável que havia ali. Era a sensação do mal puro, cru e sem o mínimo filtro. James sabia quem era, ele tinha muita coragem e estar ali sem tomar nenhum tipo de precaução! A essa altura, e sem esforço da figura mais alta lhe dera a certeza, Voldemort estava ali, diante dele. O homem pálido não parecia surpreso de ver à terceira figura, ainda que sua prudência se incrementou. Ele sorriu fracamente. O homem alto e o Guardião trocaram palavras, mas o estalo um trovão as afogou.
O vento cresceu até tornar-se num constante uivo preenchido com a promessa de uma tempestade. Gordas gotas de chuva começaram a cair, e a imagem começou a embaçar. Repentinamente, o homem pálido olhou em volta e depois apontou para cima e para fora, e James arquejou. Ele apontava diretamente a James, como se lhe estivesse vendo através do espelho. O homem de face pálida olhou-lhe direto nos seus olhos. O homem mais alto virou-se também, mas se era outro comensal, James não pôde vê-lo por causa da sombra do capuz. O rosto da estátua também se tinha virado.
James então pode perceber que teria de fazer alguma coisa, mesmo que morresse iria frustrar mais uma vez a tentativa de Voldemort de conseguir o que queria. Mais que depressa puxara a varinha e sem pensar saltara para dentro da imagem do espelho, caindo praticamente de joelhos no chão enlameado do gramado. A chuva e o vento gélido eram de cortar sua pele, não sabia onde estava e tampouco se importava, fosse onde fosse, ali seria o túmulo de Voldemort! O bruxo então tirara o capuz, sua pele bastante clara e fantasmagórica lhe dava um ar reptiliano e sorrindo com seu rosto vazio e afinado, e arreganhando todos seus dentes o encarou com curiosidade.
Nesse mesmo instante, a estátua de Merlin praticamente desapareceu com um estampido. Duas das figuras encapuzadas agora estavam empunhando suas varinhas embora Voldemort ainda encarasse James com seus olhos avermelhados e um sorriso sádico nos lábios.
- De onde veio esse moleque! – disse o encapuzado número 1 o qual, James pode notar que provavelmente era Lastrange, o dono do pub onde ele estivera a poucos minutos. Embora não visse seu rosto. A chuva engrossara embaçando os seus óculos o que dificultava ainda mais a visão.
- Eu te disse pra tomar precauções seu imbecíl! – agora era o encapuzado número 2 quem bradava.
- CALEN-SE! – disse Voldemort em tom alto e firme, James pode notar que estes então se encolheram apesar do Bruxo não ter se quer levantado a voz – É apenas um jovem curioso e imaturo...
- Imaturo? – respondeu James sarcástico – Um jovem imaturo por acaso conseguiria rastrear o que se intitula o “maior bruxo de todos os tempos”?
- Devo admitir que.... nisso, você tem razão... não se encontra mais bons aliados nos dias de hoje... – continuou Voldemort segurando a varinha mas não demonstrando que fosse usá-la, pelo menos não por enquanto.
Mentalmente James pedia, ou melhor implorava para que ele lhe desse motivos para poder usar a sua varinha mas até aquele momento ele estava em desvantagem. Eram três contra 1, não que ele estivesse com medo, longe disso ele poderia dar conta facilmente. Fora então que o vento soprara tão forte que ele sentira um arrepio, a voz de sua mãe pareceu soprar em seus ouvidos. Dizia para manter-se a salvo...
Por um mínimo milésimo de segundo, James ficara paralisado. Ele tinha certeza de ter ouvido a voz de sua mãe. Mas como? Ela estava morta! E o principal culpado estava ali, bem diante dele! Fora ele quem acabara com a reputação de sua família, que jogara usando de suas artimanhas o nome dos Potter na lama! Fora ele quem tirara tudo dele, então se era ele que o Lord das trevas queria... ele estava ali! Não iria fugir.
O vento novamente açoitara as árvores as fazendo tremer e balançar ainda mais, sentia seu sangue ferver só de lembrar dos seus pais, dos seus amigos...
- ... então devo presumir que um talento nato como o seu possa ser bem aproveitado em meus planos... com certeza seus dons seriam absurdamente melhorados com minha ajuda.
James então voltara a si, e apenas sorriu com o canto dos lábios, as gotas de chuva encharcando suas vestes incluindo seu cabelo. Sentia o corpo todo tremer de raiva ao ver Voldemort lhe fazer aquela proposta. Como ele se atrevia a falar algo do gênero para alguém cujo ele tinha matado os pais a menos de um mês???
- Ajuda??? Você não ajuda ninguém! – disse James agora cerrando os dentes. Apertara com tanta força a varinha que sentia os nós dos dedos doerem – É UM SER ARROGANTE E MEDÍOCRE... JAMAIS ME JUNTARIA A VOCÊ!
Um trovão ensurdecedor pode ser ouvido cortando o céu, visivelmente uma tormenta estava se formando.
- Tudo bem então... – disse Voldemort sem expressão - ... você acabou de assinar sua sentença de morte meu jovem... é uma pena...
Voldemort então sem dizer palavra alguma fizera um floreio com sua varinha e um raio roxo azulado percorreu a distância entre os dois. James rapidamente bloqueou o fazendo ir para onde estavam os dois encapuzados. Instantaneamente, um trovão ressoou. O relâmpago cintilou e uma rajada de vento frio percorreu todo o lugar. Sim, James Potter sabia como duelar sem pronunciar feitiços. Pelo menos, fora a única coisa boa que seu tio William havia lhe ensinado.
- Ora ora... não é que o jovem sabe duelar.... – disse Voldemort mais uma vez, agora o sorriso maligno brotando na fenda que abrira em seus lábios - ... vamos ver se é digno de um duelo de verdade!
Novamente o bruxo fizera um floreio e outro raio cortou o ar rapidamente. Agora uma cor purpura esverdeada. E mais uma vez, não ouvira se quer uma palavra. Conhecia essa técnica, seu pai também era capaz de fazer magia sem precisar dizer em voz alta. James até podia ser rápido e muito bom em duelos, aprendera desde cedo com seus pais a ser um exímio duelista. Mas mesmo ele tinha de admitir que o Bruxo ali em sua frente parecia não ser normal. Desviara por pouco de um raio verde que passara raspando por usa face. Sentira a bochecha arder.
- Anda jovenzinho... você está aqui por algum motivo... – dizia Voldemort - ... se não é para se juntar a mim... só posso deduzir que queira vingança.... – a última palavra saíra de um jeito maníaco que fez o estomago de James revirar.
O garoto pode ver os olhos do bruxo faiscarem enquanto mandava mais uma saraivada de raios contra ele. Com um floreio rápido, James formara um escudo mágico mas já não estava mais aguentando. Decididamente tomara os pés pelas mãos agora. Mais que depressa rolara para trás de uma das enormes árvore e arbustos que estavam a orla da clareira.
- ... então jovem... – dizia Voldemort calmamente enquanto andava de um lado para o outro, fazendo floreios e mandando raios sem parar para cima do garoto - ... quem eu matei? Foi sua namorada??? – mais uma chuva de raios coloridos - Não.... não lembro de ter matado alguém tão jovem.... – Novamente ele fizera um floreio. Raios vermelho sangue partiram de sua varinha em direção ao garoto – Deve ter sido os seus pais....
James Potter então sentira toda sua raiva e frustração atingirem o ápice, como ele se atrevia a falar sobre seus pais! Saíra de traz de uma das árvores com a varinha em punho mandando vários e vários raios coloridos e feitiços os quais ele apenas tinha ouvido falar. Não queria saber se passaria o resto de sua vida em Azkaban, ou se morreria ali mesmo, estava cansado de tudo, cansado de todos!
- E não é que o moleque sabe duelar? – ouviu a voz de Lestrange agora rindo.
– Estou ficando cansado dessa brincadeira meu jovem... – disse Voldemort agora parecendo mais sádico e cruel que antes. Ele então fizera um floreio e mandara um raio púrpura o qual jogou James para um lado e a varinha para outro.
- VAMOS!! ACABE LOGO COM ISSO! – bradou o James com os olhos em fúria – NÃO ERA ISSO QUE VOCÊ QUERIA? ACABAR COM TODOS OS POTTERS???? POIS BEM, EU SOU O ÚLTIMO!
Agora a gargalhada não só de Voldemort, mas também dos outros dois encapuzados que apenas assistiam foi praticamente uníssona.
- Você é muito arrogante se pensa que estou aqui por você rapaz.... – falou Voldemort calmamente como se ele, James Potter não fosse absolutamente nada - ... tenho de admitir que ter um Potter no meu círculo seria muito proveitoso, mas não passam de meras baratas assim como todos os adoradores de trouxas e sangue impuros que existem... – ele então começara a andar na direção do garoto lentamente com a varinha em punho - ... não meu rapaz, você vale menos pra mim do que seus pais...
Voldemort novamente fizera um floreio e como se tomasse uma chicotada James foi jogado contra uma árvore e caiu novamente no chão.
- Você pode ter frustrado meus planos hoje... – disse Voldemort com a varinha em punho andando lentamente em direção a James - ...mas vou garantir que não cometa o mesmo erro novamente. AVADAAAAAAAAAA
O garoto apoiara-se em um dos braços apenas esperando o pior, era orgulhoso, era mimado, quando o raio verde fora lançado sobre ele, o raio de Voldemort ricocheteou.
- POTTER! – retumbou uma voz grossa vindo do meio das árvores. James virou sobre virou a cabeça rapidamente. Lorigan estava saindo por entre as árvores lançando um monte de feitiços. – LEVANTE-SE LOGO E SAIA DAÍ!
Ainda sentindo o gosto de sangue na boca, o garoto rolara para onde estava sua varinha e a pegou, desviara por pouco de um raio vindo em sua direção, finalmente os outros dois servos de Voldemort haviam entrado na brincadeira. Lançara dois feitiços, e então sentira o braço arder feito ferro em brasa.
- PARE DE BANCAR O HERÓI E SE PROTEJA! – ouviu Lorigan que lançava uma saraivada sobre um dos encapuzados o jogando longe. Tentou ajuda-lo mas fora jogado magicamente para longe outra vez. Erguera os olhos e vira a imagem altiva de Dumbledore aparecendo logo em seguida entre ele e Voldemort o que ele pode notar que pareceu titubear.
- Vejam só... Dumbledore em pessoa.... – disse Voldemort com os olhos cintilando. – Então saíra da toca somente para salvar o moleque Potter???
- Engraçado você dizer isso Tom... – respondeu Dumbledore o encarando com a varinha em punho. - ... Você duelando com um jovem de 17 anos... pensei que gostasse de desafios....
- E gosto meu velho... – disse Voldemort com um sorriso - ... Mas ainda não é a hora para um desafio desse nível.... - Reducto!
Um raio azulado fora lançado contra Dumbledore, que o bloqueou magnificamente. Levantara-se enfurecido, essa briga era dele! Como se atreviam a ficar entre ele e Voldemort! Tentou mesmo que cambaleante ir até os dois mas sentiu alguém o segurando com força.
- ME DEIXE ACABAR COM ELE! – disse James mas Lorigan segurou-o firmemente em seu braço. O vento novamente soprou forte, e a voz de sua mãe em seus ouvidos com mais clareza.
“Fique a salvo....”
Sentiu uma pontada no seu umbigo e toda a clareira começou a girar. Seus olhos escureceram repentinamente e o chão se desfez como em um sonho, Lorigan o tinha tirado do local.
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Quando a jovem Gryffindor colocara os pés para fora da cama, sua mente ainda estava atordoada e confusa. Porque em nome de Morgana tinha sido assaltada e ao invés de levarem os seus brincos (que por sinal eram de grande valor) os dois homens que a tinham encurralado haviam levado apenas o seu pingente da AG, que embora fosse de grande valia “sentimental” para ela, não tinha valor comercial nenhum. O que exatamente eles esperavam conseguir com ele? Não comentara com ninguém sobre o ocorrido, primeiro porque Olivia com certeza absoluta teria tido um treco e lhe diria vários impropérios. E segundo, era apenas o colar onde a AG passava informações, que já nem mais era usado normalmente desde que James tinha abandonado todos.
- Mas que não deixa de ser estranho... – pensava ela abotoando os botões da sua camisa. - ... ah isso é...
A garota então fora até seu malão pegar suas coisas, no que ele abriu uma bola peluda laranja saltou de dentro para seu colo a fazendo sentar com o susto.
- LUYDE??? – sim, era o gato danado de James Potter, fazia um bom tempo que não o via pelo castelo, na verdade pensou que James o tivesse levado quando ele Sírius foram para a casa dos Potter. – Que raios está fazendo dentro do meu malão mocinho?
O gato então inclinou a cabeça para a direita e a encarou, talvez estivesse apenas se escondendo da corja de Carrow, ou quem sabe alguém o tivesse posto ali. Mas ela não tinha recordações de tê-lo visto na noite anterior quando se arrumou para ir dormir. Então ela sentou-se e ele sentara-se diante dela, lembrava de como o tinha conhecido, e o quanto gostava de sua companhia.
- Você por acaso não sabe onde está seu dono não é? – perguntou ela e então o gato apenas dera um miado fraco como se dizendo que não. – É eu imaginei...
Sarah então levara os dedos até a orelha do gato e começou a fazer-lhe carinho, sabia que Luy gostava desse tipo de cafuné o não demorou muito para ele começar a ronronar e virar com a barriga para cima o que fez a garota rir.
- Velhos hábitos nunca mudam... – disse ela agora o colocando no seu colo – Por onde será que anda aquele cabeça de vento... – o gato então lhe encarou - ... não me julgue! – respondeu ela quando Luy a encarou – Estou cansada de ter de corrigir as mancadas dele.
O gato então meneara a cabeça como em aprovação, Sarah não entendia exatamente o que ele queria dizer mas, talvez estivesse tão zangado com o dono como ela.
- As vezes eu queria nunca ter me envolvido com ele... – doía no fundo do seu coração ter de pensar assim. Não que sua vida fosse melhor antes, pois sabia que mesmo ela sendo uma Perks, mestiça, provavelmente seria caçada, ou quem sabe até mesmo morta se não tivesse a proteção da Professora McGonagall, ou até mesmo a de James. Fora então que o gato saltara de seu colo e mergulhara novamente em seu malão. – O que você está procurando Luy?
Ele então saltara novamente a fazendo cair novamente sentada no tapete pelo susto. Luy então sentou-se diante dela com a rosa, a rosa que James lhe dera quando terminaram. Ela continuava intacta, pelo menos era o que parecia. Estava tão vivida e bela quanto da primeira vez que a tinha visto. O coração pesou nessa hora, porque ele tinha que ser tão cabeça dura?
- Porque se não... não seria James Potter... – disse ela baixinho com um sorriso triste. Nunca havia pedido a ele o significado, obviamente a rosa estava encantada para nunca morrer. Mas não lembrava-se de alguma vez já ter visto alguma poção ou feitiço que pudesse fazer isso. Luy então mergulhara novamente no seu malão e agora saia com um pequeno pomo dourado. Porque aquele gato danado estaria puxando essas recordações tão dolorosas ela ainda não tinha noção. – O pomo do primeiro jogo... – murmurou ela, lembrava-se claramente do dia em que ele lhe dera. Era o inicio do campeonato de quadribol, quando as coisas não eram tão complicadas como agora. Luy então pulara em seu colo como que tentando lhe trazer conforto. Talvez ele quisesse lembra-la de quem ela era, a Sarah Leah Perks. James despertara o melhor nela, não podia deixar se abater. Era uma Gryffindor antes de tudo, coragem e lealdade... e por que não dizer teimosia? Sim, Sarah Leah Perks era leal aos seus amigos, era teimosa... com certeza cabeça dura... tanto quanto Potter... e acima de tudo, corajosa... corajosa a ponto de estragar todo e qualquer tentativa de domínio de Carrow. – Obrigado Luy.... por me lembrar quem eu sou! – disse ela por fim fazendo um carinho no gato. Levantara-se com ele nos braços e o acomodara confortavelmente em sua cama. – Está na hora da Leoa Perks voltar a rugir... e o senhor, Luy... não saia dessa torre!
Pela carinha que o gato fizera, com certeza ele não estava com a mínima vontade de sair dali. Sarah então novamente enfeitiçara a rosa em uma redoma de vidro, e colocara o pomo dourado em seu bolso. Agora seria o seu talismã. Tinha um lugar mais seguro para guardar aquela rosa. A sala da AG, pelo menos lá ela tinha certeza de que não correria perigo se houvesse alguma batida ou revista em seus dormitórios. Algo que vinha acontecendo com muita frequência ultimamente. Respirou fundo, ajeitou as vestes, pegara sua mochila e mordendo uma maçã a qual Peter havia surrupiado da cozinha na noite anterior, ela desceu as escadas rumo a sua próxima aula.
Teria aula de Defesa Contra as Artes das trevas, e embora Lorigan não estivesse mais no posto, esperava que pelo menos o professor substituto, ou membro do Ministério que ficasse encarregado, bem, que pelo menos ele lhes ensinasse alguma coisa descente. Com a aproximação dos NIEMs era visível o nervosismo nos alunos, no caso, os que ainda estavam na escola. Dia após dia Sarah percebia a escola se tornando mais e mais vazia. Nem os elfos eram vistos e por vezes ela mesmo tinha de dar jeito de limpar o dormitório, ou pelo menos, a sua cama. Mandy também havia desaparecido. Fazia uma semana que não a via e a única da sua “comissão” de neuróticas era Joen e ela dizia que a amiga estava na Ala hospitalar. Sarah por sua vez não quis ir verificar, mas sabia que a menina andava pra cima e para baixo com a priminha de Sírius e essa amizade era tão boa quanto a que Lily tinha com Severus. Estava descendo as escadas para o primeiro andar quando topara sem querer com Alice, que estava toda suja de terra.
- Teve algum problema com as estufas? – disse a garota para a amiga e Emme agora se juntava a ela tão empoeirada quanto a amiga.
- Bellatrix... – respondeu Emme entre os dentes - ... Ela achou divertido lançar os sacos de adubo de hipogrifo em nós enquanto passávamos pelo jardim.
- E onde vocês foram tão cedo? – perguntou a garota agora pegando a varinha, já não tinha mais motivos para temer uma retaliação por usar a varinha nos corredores. Pelo menos Carrow I havia meio que “desabilitado” essa função já que seus comparsas estavam sempre aprontando com alunos desavisados pelos corredores. – Purgato celer.
- Obrigada... – disse Alice agora com um sorriso - ... eu pensei que perderia a próxima aula...
- E acho que era essa a intensão daquela cobra... – respondeu Emme agora respirando profundamente.
- Aqui... – disse Olivia chegando com as mochilas das duas amigas - ... Vocês acabaram deixando-as para trás quando sofreram o bombardeio...
Sarah então pode ver Remus e Sírius se aproximando do grupo, a cara não era das melhores. O que fez com que a garota já até soubesse a resposta.
- Temos que fazer alguma coisa com essas minhocas... – disse Sírius entre os dentes, obviamente não querendo chamar a atenção.
- Mostraram o jornal para a professora McGonagall? – perguntou Sarah e então Remus confirmou com a cabeça.
- Ela rapidamente usou uma pena vermelha para mandar uma mensagem a.... – então ele baixara o tom de voz - ... bem você sabe.
- A velha Mc ficou tão furiosa quando viu, que disse que se pudesse, iria pessoalmente a caça do galhudo e tiraria os dentes dele com pinças... – respondeu Sírius piscando inocentemente.
- Não é pra tanto Padfoot... – respondeu Remus meneando a cabeça e pegando a mochila de Olivia. – .... vamos para a aula...
- De quem é a vez? – sussurrou Sarah para Sírius que fizera cara de quem não estava entendendo o que ela estava dizendo e Remus então dera-lhe um pescotapa.
- Ah... – respondeu ele, começando a procurar um pedaço de pergaminho na mochila. – ... pelo que vejo aqui, é a vez do Frank...
Desde o sumiço de James, os meninos estavam se revezando em usar a poção polissuco. Não era algo muito fácil de se fazer, mas estava mantendo os olhos de Amycus afastados, embora Sarah começava a achar que ele estava começando a suspeitar de alguma coisa. James sempre o desafiava quando estava cara a cara com ele, e os outros “James” bem, tentavam não chamar muito atenção. E justamente por estarem à véspera dos NIEMs, os Membros da Ordem Disciplinar Mágica (organização criada agora pelo Ministério da Magia) estavam ainda mais insuportáveis. Quando chegaram a costumeira sala de Defesa contra as artes das trevas, Sarah sentira um aperto terrível no seu coração. Ali parado diante deles, Amycus Carrow I estava encostado na mesa no alto do patamar diante ao imenso quadro negro. Como sempre, os alunos sonserinos sentados nas carteiras diante ao seu professor favorito. A garota pode perceber o olhar acusador de Carrow quando apontara na porta com Sírius, a sensação de que alguma coisa iria acontecer acabou tomando conta de seu corpo e parou instintivamente antes mesmo de entrar.
- Não precisam ficar acanhados... – disse ele tentando passar uma voz amigável mas seu olhar ameaçador não tinha nada de bom - ... vamos senhores, entrem... com a falta do seu professor que debandou da escola... bem, estou assumindo o posto por enquanto... afinal... – ele agora olhava cada um deles que entrava na sala - ... estão as vésperas de se por a prova não?
Seu olhar recaiu sobre Sírius que agora estava sentado ao lado de Sarah, não fora de propósito que sentara ao lado do garoto, na verdade ela nem notara que tinha acontecido isso. Fora algo automático que acontecera. Pode notar que Sírius ao contrário, mantinha a sua maior e melhor cara de inocente. Ele então jogara o braço sobre a cadeira de Sarah sentando-se confortavelmente, como se nada tivesse acontecendo. Tentando “imitar” por assim dizer a jovem também manteve a sua postura. Pode perceber que um a um, dos alunos, tanto Grifinórios quanto das outras casas começaram a fazer o mesmo. Se tinha uma coisa que se lembrava claramente que Lorigan lhe dizia, é que bruxos das trevas se aproveitavam do medo. O fato de terem o domínio da escola não queria dizer que tinham domínio total sobre os que ainda tinham um resquício de esperança. A lembrança de como as coisas eram, a fazia ter forças para que voltassem a ser como eram antes, ou pelo menos mais próxima possível.
Pode notar que Carrow então esquadrinhara toda a sala, e uma fisgada no seu estomago dizia que ele estava procurando alguém, esse alguém que já devia estar na sala sentado no lugar que ela estava sentada.
- Ora ora... até que enfim senhor Longbottom... – disse ele e todos, incluindo ela olharam para a porta. Frank aparecera desgrenhado na porta, a camisa um tanto suja e um filete de sangue corria por seus lábios. Alice então arregalara os olhos e pela primeira vez, vira Sírius ficar tenso ao seu lado.
O garoto ainda cambaleante entra na sala de aula e praticamente deixa seu corpo cair sobre o banco ao lado de Peter.
- Que bom que o senhor conseguiu chegar a tempo... – disse o homem agora abrindo um sorriso ainda maior. - ... pelo visto melhorou do seu problema intestinal. Achei que teria que lhe fazer uma visita, afinal, não queremos que alguma virose contamine os alunos às vésperas de seu exame não?
Sarah pode notar também o sorriso triunfante dos alunos verdes, principalmente Mayfair, e Bellatrix. Malfoy, por alguma razão não havia chegado. Ela então trocara olhares com Remus e Olivia que estavam sentados na mesa ao lado, e engoliu em seco. A garota por sua vez pega um lenço e entrega ao garoto e indica sua boca.
- Obrigada.... – murmurou ele e então Sírius toma a palavra.
- Não era você quem tinha que... – então olhou em volta para ver se não era ouvido - ... o que aconteceu? Cadê o “James”.
- Pegaram todo o nosso estoque... – disse ele agora limpando os lábios - ... quando cheguei ao esconderijo para pegar mais um frasco, o lugar estava vazio. Haviam dois babacas de prontidão, consegui azara-los, mas mesmo assim...
- Quem teria descoberto... – murmurou Sarah e então ouviu a voz de Carrow mais a frente.
- Como disse Srta. Perks?
- Ah... não é nada Senhor... – disse ela inocentemente - ... apenas estou curiosa por ver pessoas “não ministeriais” andando pelas terras do castelo, existe algum perigo de algum trouxa desavisado aparecer?
O sorriso que Amycus Carrow I lhe deu fez os pelos da sua nuca arrepiarem. Ele então levantou-se da mesa a qual estava apoiado e se dirigiu para o meio do patamar a frente de toda a turma.
- Foi bom entrar nesse assunto minha jovem... – respondeu ele com uma falsa doçura que seria detectada até mesmo por um trasgo - ... devo dizer que, o Ministério assim como vários outros órgãos estão em plena... – então ele alargara ainda mais o sorriso - digamos.... reestruturação... devido a várias falhas de segurança, tivemos de pedir auxílio nada convencional se é que me entendem... – então olhou para os alunos e sorriu outra vez . Seus olhos então esquadrinharam a sala, novamente um arrepio passou pelo pescoço de Sarah, e tanto ela quanto Sírius ficaram tensos. Ele estava procurando James. – Hummm... eu devo me preocupar com o atraso do Sr. Potter? – seus olhos recaíram sobre Remus que o encarou com sua melhor cara de “monitor”.
- Não senhor... – disse Remus com um ar todo “profissional” - ... ele apenas estava estudando poções e, bem... não dera muito certo... se é que o senhor me entende...
Sarah pode ver Carrow cerrar um pouco os olhos desconfiado, e tanto ela quanto Sírius encararam o monitor com olhares interrogativos. A turma toda da Slytherin começara a rir e Sírius virou-se para trás.
- James Potter errando uma poção? É sério? – perguntou discretamente a Remus.
- Eu fui pego de surpresa... – desculpou-se o monitor e então o homem novamente voltou sua atenção aos alunos.
- Bem... espero que o Sr. Potter se recupere... detestaria vê-lo perder a chance de se tornar um Auror... mesmo que seus pais não estejam mais aqui para ver... – a falsa cara de pesar que ele fizera causou ainda mais risos nos alunos. Sarah teve que segurar com firmeza o braço de Sirius dessa vez, pois sabia que ele pelo “rosnado” que soltara entre os lábios ele voaria no pescoço do atual diretor. – Então... meus jovens está na hora de vermos um assunto, o qual, tenho a mais absoluta certeza de que irá cair em seus exames... MALDIÇÕES...
Tirando as cobrinhas, Sarah sentiu que o ar havia desaparecido da sala quando Carrow falou em maldições. Os olhares de seus discípulos haviam cintilado, o que queria dizer que nada de bom sairia daquela aula. Pode ouvir os alunos engolirem em seco. E então com toda a “maestria maléfica” que conseguiu, Carrow começou a falar.
- Imperius, Cruccio e Avada Kedavra.... – começou o bruxo enquanto andava sobre o patamar diante dos alunos, com passos curtos e sem dúvida, conhecimento sobre o assunto, Sarah pode perceber que era algo que ele gostava e muito de falar, o que queria dizer, que não era nada bom. - ... creio que os senhores já devem ter ouvido falar sobre eles estou certo? – sem ouvir a resposta ele continuou – Também já devem estar a par, de que... – então parou diante da carteira de Bellatrix que o olhava com tanta admiração que Sarah sentiu vontade de vomitar - ... nas atuais circunstâncias, foram liberadas para a defesa do próprio bruxo... – nesse momento, um sorrisinho pairou sobre os lábios do bruxo que começou a andar lentamente entre as mesas - ... contudo... sabemos que uma vez liberadas essas maldições.... – então virou-se novamente com um olhar ameaçador para a turma sentada a sua frente - ... também se perderá o controle sobre quem os usa....
Sarah conseguiu ouvir o “engolir seco” de Peter que estava sentado no banco atrás dela. Visivelmente Carrow queria instaurar o medo. Uma vez os alunos amedrontados, eles estariam suscetíveis a fazer qualquer coisa que ele pedisse. Não pensem que a jovem havia se esquecido do fato de Frank não estar como Potter, não, ela ainda estava certa de que o sumiço das poções ou que havia sobrado de suas idas e vindas da sala de Slughorn haviam sumido. E o culpado disso estava ali entre eles, o problema era saber como e por que.
- Manipulação, Dor.... e Morte... – continuava Carrow andando entre as carteiras. Carrow falava sobre o assunto com tanta “paixão sádica” que Sarah sentia o estomago dar voltas. Sentiu então Sírius que estava sentado ao seu lado segurar sua mão e aperta-la. Curiosa o encarou e ele ainda olhava para frente encarando Carrow, falara entre os dentes.
- Preciso manter minhas garras ocupadas... – a menina então olhara a mesa ao lado, haviam lascas de madeira sem mencionar as 3 penas, incluindo a dela destruídas sobre a bancada. Novamente olhara para a frente enquanto Carrow “saltitava” por assim dizer novamente sobre o patamar e encarava os alunos.
- ÓTIMO.... agora que vocês já sabem toda a definição e blá blá blá descritos nos livros, bem... chegou a hora de aprenderem na prática! – disse ele com o sorriso torto brotando nos lábios.
Agora fora a vez de Sarah engolir em seco, involuntariamente apertara ainda mais a mão de Sírius que estava segurando por baixo da mesa e sentira o corpo do garoto ao seu lado endurecer. Sabia, ou melhor, tinha certeza de que isso seria um pretexto para tortura-los e descobrir onde estaria James. Tinha a mais absoluta certeza.
- Ele não vai usar essas maldições em nós ou vai? – ouviu Alice resmungar mais ao fundo.
- Ah ele vai... – murmurou Sírius e então ela o encarou - ... e posso dizer que estou preparado para isso.
- Você não está falando sério... – agora era Frank quem murmurava atrás do banco de Sarah - ... ele não.... digo, não com a McGonagall aqui.
- Acredite.... – agora era Remus quem falava - ... ele não só pode, como ele vai.... e sabemos exatamente “quem” ele vai ser...
Olivia dera um gemido audível, porém Carrow metralhava os leões com um olhar, pelo que a garota pode notar, ele estava avaliando a reação de todos. Remus tentara tranquilizar Olivia, afinal os corvos já estavam tremendo de medo, não podiam dar o braço a torcer e se entregar entrando em pânico. Respirara fundo, e se tinha de ser a vítima, seria, se tivesse que ir para o St. Mungus, bem, iria, não tinha ideia de onde James estava.
- Vamos ver então... – seus olhos fuzilaram os alunos e pararam em Amos Diggory, o aluno da HufflePuff que fazia parte da AG. Ele sem titubear ficara em pé. Sarah sentiu o estomago dar uma volta. – Não se preocupe Sr. Diggory, irá se recuperar logo. IMPERIUS!
Sarah pode ver o garoto começar a andar como se fosse um boneco. Suas feições endureceram, seus olhos pareciam vidrados e então ele começara a sapatear, cada gesto que Carrow fazia com a varinha Amos o repetia, fez ou outra o fazia dar pulinhos estúpidos, mas quando Amos começou a repetir o que ele dizia, a jovem pode sentir o quanto era humilhante.
- “Sou um texugo perdedor amante de trouxas.... olhem como sou patético” – dizia Amos em alto e bom som.
A garota no entanto observava que, tudo o que Amycus Carrow I sussurrava próximo a varinha, o jovem Amos servia de uma espécie de “auto falante humano”. Amy Cavendish, a monitora soluçou e então Sarah pode ver o quanto aquela atitude era humilhante. Ao contrário, os Slytherins gargalhavam de tanto rir. Sentira seu estomago dar mais uma volta dentro de si. Dessa vez fora a vez de Sírius apertar sua mão. Sabia que o próximo feitiço, seria o Cruccio, e com a mais absoluta certeza eles é quem seriam as cobaias.
- PARE.... POR FAVOR.... – ouviu a voz de Amy e então percebera que Carrow agora fizera o garoto ficar batendo com a cabeça no tampo da mesa.
Meneando a cabeça em desagrado, ou talvez saindo do seu torpor de maldade, Carrow então libertara o pobre jovem que caíra de joelhos. Sírius correra para socorre-lo assim como Amy e Justin.
- Não sejam patéticos... ele está perfeitamente bem... – disse Carrow I agora frente a frente com Sírius. O garoto o encarava cara a cara, sem nem ao menos piscar, Sarah tinha a mais absoluta certeza de que o garoto estaria rosnando para o bruxo.
- Vamos “professor” – ouviu a voz de Sírius – temos mais duas maldições para serem testadas não?
- Está se voluntariando Sr. Black? - disse Carrow segurando sua varinha. Um sorriso ameaçador se formando em sua face.
- Pode apostar... – respondeu o garoto. Até aquele momento, Sarah não entendia exatamente o que Sírius estava querendo fazer. Seu estomago novamente dera uma volta completa agora. Tinha a leve impressão que a maçã que comera como café da manhã momentos antes iria voltar a qualquer momento. - ... então, não precisa de uma nova vítima? – perguntou Sírius dando dois passos para trás e abrindo os braços - ... Estou aqui, pode mandar.
- Sírius enlouqueceu??? – ouviu a voz de Olivia e então Remus meneou a cabeça.
- Não... – respondeu o garoto meneando a cabeça - ele simplesmente é mais apto em aguentar essa maldição do que qualquer um de nós... era o meio de castigo favorito da mãe dele...
Sarah então sentira o ar todo desaparecer da sala, como se uma sombra pairasse sobre o teto e descesse sobre o patamar onde estava Sírius e Carrow. Mas apenas ouvira uma gargalhada vinda do seu “diretor” e ele apenas cruzou os braços.
- Boa tentativa Sr. Black... – começou Carrow se aproximando do garoto. Ele não falara tão alto, mas fora audível o suficiente para que Sarah, Olivia e Remus ovissem - ... mas conheço muito bem sua resistência aos meus métodos... – então Carrow empinara seu rosto com um ar de soberania e sorriu - ... acho que, posso conseguir o que quero com uma vítima um pouco mais suscetível aos meus métodos... – então ele virou-se novamente para o grupo de alunos – Sr. Longbottom... por favor...
Pode ouvir novamente um gemido audível de Alice enquanto Frank levantava-se. Sabia que o garoto era amigo dos marotos, e bem, ele também havia guardado seus segredos assim como qualquer membro. E duvidava que ele falasse alguma coisa mas, ainda não tinha enfrentado um meio tão cruel de interrogatório e fazer isso na frente da classe?
- Ele quer mostrar para nós o que é capaz de fazer... – disse Remus baixinho. - ... Está tentando nos amedrontar.
- E está conseguindo... – murmurou Olivia ao lado do garoto.
Frank então andara até o patamar e tocara no ombro de Sírius, este sem desviar o olhar de Carrow.
- Está tudo bem... – disse ele baixinho para Black que só então o encarou.
- Pode voltar ao seu lugar Sr. Black... – respondeu Carrow enquanto Frank ficava em sua frente.
Sírius então começou a andar de costas até a mesa onde estava sentado com Sarah mas não sentou-se. Ficou a encarar Carrow como se pronto para puxar a varinha caso fosse preciso.
O bruxo no alto do patamar então encarou Frank com desdém, já Frank correspondera o olhar, dava para ver que aprendera muito com Lorigan e James nas aulas da AG e Sarah tinha de concordar que ele realmente era um grande e admirável bruxo.
- Vou lhe fazer uma simples pergunta Sr. Longbottom... – começou Carrow andando em volta de Frank - ... Caso não esteja satisfeito com a resposta que o Sr. Me der... usarei o feitiço como demonstração...
Carrow então dera alguns passos para entre as mesas dos alunos e chegando bem na frente de Sírius - Onde está James Potter?
- Provavelmente na Ala hospitalar Sr.... não foi isso que Lupin disse? – respondeu prontamente o garoto.
Sarah não olhara para Frank mas estava com os olhos fixos em Sírius e Carrow. O Bruxo então dera um profundo suspiro e sem tirar os olhos de Black novamente.
- CRUCCIO! – dissera ele apontando a varinha para Frank que caiu sobre os joelhos gritando de dor. - Eu vou repetir a pergunta.... – disse ele outra vez – Onde está James Potter!
- No Hospital.... – urrou Frank com a voz falhando. Não era preciso dizer que Sarah já estava em pé ao lado de Sírius ouvindo uma Alice chorosa enquanto ouvia o gargalhar dos sonserinos.
- CRUCCIO! – bradou Carrow novamente fazendo Frank se contorcer e gritar diante dos alunos. Sarah sentira o coração aos saltos, não podia mais continuar vendo aquela atrocidade toda. Alice atrás dela aos prantos sendo amparada por Emme. Ela então tentou se mover mas Sírius a segurou. Por sorte Carrow não a viu e apenas o ouviu dizer – Não... ainda não é a resposta que eu quero...
Mais um floreio com a sua varinha fizera Frank no alto do patamar girar no chão gritando de dor. Sarah agora tremia dos pés a cabeça. Oliva enfiara a cabeça nas costas de Remus que apertava a sua própria varinha sem poder mover um músculo ou todos pagariam. Alice ao fundo implorando para que Carrow parasse com aquela tortura mas ele não lhe dava ouvidos. Estava adorando aquele pavor e ódio todo que emanava dentro daquela sala. Com um sinal feito com a cabeça, Bellatrix e Lastrange mais que depressa jogaram na frente de Frank uma cascata de frascos, Sarah os conhecia, eram os frascos roubados com a poção polissuco. A jovem levantara os olhos enquanto Carrow encarava de Sírius a Remus com o olhar maníaco de sempre. Sua postura que após a morte da aluna tinha se tornado um tanto mais “amena” havia sumido por completo.
- Eu sei sobre seus dotes culinários Srta Perks.... – dissera ele mais baixo agora e encarara a garota - ... e também conheço muito bem uma poção polissuco quando vejo uma.... – novamente fizera um floreio e Frank rolara no chão aos berros. – ONDE ESTÁ JAMES POTTER!
- Eu estou bem aqui professor... – a voz de James surgiu da porta de entrada da sala fazendo todos virarem a cabeça. Bem ali, emoldurado pela porta de carvalho, James Potter estava parado ao lado de nada mais nada a menos que Minerva McGonagall.
- Posso saber que demonstração horrenda é essa Sr. Diretor Carrow? – Sarah pode ver um sorriso brotar nos lábios de Sírius quando Carrow parecia confuso procurando uma forma correta de responder que não lhe complicasse ainda mais. – Sr. Lupin e Sr. Hardy... por favor queiram levar o Sr. Longbottom para a enfermaria.
Prontamente os alunos correram ate a frente da sala e pegando um em cada lado de Frank o ajudaram a levantar. Vendo que Frank pelo menos conseguia andar começaram a leva-lo lentamente rumo a enfermaria. Alice saiu correndo logo atrás, não ligando se quer para o que iria acontecer com ela.
- Está questionando minha autoridade nessa escola Prof. McGonagall? – perguntou então Carrow tentando manter a compostura que Sarah sabia que não existia.
- Não, apenas questionando seus métodos educacionais medievais... ou vai me dizer que demonstrar a crueldade de uma das maldições... – começou a dizer ela mas Peter interrompeu. – Duas na verdade... professora, Amos foi a vítima do Imperius.
- Oh, obrigada Sr. Pettigrew... – disse ela - ... muito bem, DUAS – então olhou para Peter e dera-lhe um sorriso – maldições imperdoáveis, mesmo que liberadas momentaneamente não creio que seja algo que o Ministério ou o Conselho Mágico possa permitir.
- Além disso... – agora era a voz de James, ele podia até estar um tanto abatido, e bem mais magro do que Sarah lembrava-se dele, mas o brilho em seus olhos quando encontrara os seus continuava o mesmo - ... não sei o motivo pelo qual tamanha preocupação com a minha pessoa... – inclinou então sua cabeça para o lado e dera um tchauzinho para Lestrange que arregalara os olhos não acreditando no que via - ... apenas tive um incidente com o caldeirão... mas como pode ver Sr. Diretor... estou bem aqui.
O sorriso maroto brotara em seus lábios e ouviu a risada em forma de latido de Sírius bem ao seu lado. Por um momento, uma certa alegria tomou seu coração porém via nos olhos de Carrow que aquilo não tinha acabado ainda. Não só eles pagariam, como até mesmo professora Minerva sofreria as consequências.
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