Extra: de volta à leitura
A escola não terminara de absorver tudo o que acontecera no último fim de semana, dias depois, ainda havia quem achasse que iria acordar e seria tudo um sonho.
Mas os alunos acordavam, comentando o que pensavam ser um sonho, para ouvir seus colegas se perguntarem onde estariam os três visitantes do futuro, e o que estariam fazendo naquele momento.
Astoria Greengrass acordara naquele domingo imaginando, pela sétima vez, se não teria tido um longo e estranho sonho. A primeira coisa que fez foi pular da cama e ir em direção a Reiko, que dormia como uma pedra. Nem parecia que há alguns dias eles haviam testemunhado a visita de viajantes do tempo.
- Como é que você consegue dormir assim? – questionou Astoria baixinho. Pensou se Derek já estaria acordado, pensando na situação. – Vem, vamos para baixo.
- Hum?! – gemeu Reiko. – Astoria, ainda nem são seis da manhã.
- Por isso temos que descer, antes que os outros desçam – retrucou Astoria, ajudando a amiga a se levantar. – Temos que estar acordados antes de todo mundo... – esqueceu que dia é hoje?
- Domingo – murmurou a garota, ressentida. – Dia em que podemos dormir até tarde, porque não podemos no resto da semana.
- É dia de leitura! – sussurrou Astoria, o mais alto possível. – E se quisermos escolher um bom lugar, temos que chegar antes dos outros.
- Que diferença faz o lugar que escolhermos?
- Como pode ser tão obtusa, Srta. Sibazaki? – debochou Astoria. – Quanto mais perto ficarmos dos garotos do futuro, melhor.
Aquilo animou um pouco a garota; e mais quando viram quantos outros alunos já estavam acordados. Foram encontrar o amigo Derek sendo levado por um mar de outros colegas, quando ele acenou e juntos, chegaram pouco depois ai Grande Salão.
Houve uma guerra geral para escolher lugares; centenas de alunos corriam, se empurravam e até se atropelavam para escolher os melhores lugares. Astoria jurou ter visto um aluno da Grifinória usar um Feitiço da Perna Presa quando um colega maior tentou chegar na sua frente. Não foi o único; do outro lado da Sonserina, Malfoy e seus guarda-costas imensos abriam espaço entre os alunos menores; só um garoto franzino da mesma turma.
À mesa dos professores, todos já estavam acomodados, e o diretor tinha em mãos o livro Ordem da Fênix; mas o que todos realmente esperavam ver, os três visitantes do futuro, ainda não haviam aparecido. Nem tampouco a turma de Harry Potter.
Os dois trios estavam à caminho do Grande Salão, Harry e Rony na frente, Al, Rose e Scorpius atrás, como se estivessem escondidos, Hermione entre os dois grupos.
- Bem, é isso – murmurou Alvo.
- Mais um fim de semana, mais alguns capítulos – comentou Rose.
- Não dormi nem um dia direito – comentou Scorpius, esfregando os olhos. –, me perguntou se viajar no tempo interfere no sono.
- Vocês deviam saber – sussurrou Rose quando os outros se afastaram.
- Nós nunca ficamos numa mesma época do tempo à tempo de dormir lá – comentou Scorpius. – Quando eu fiquei naquela dimensão em que o Vol...
- PSSST! – fez Alvo. – Eles estão voltando!
- Estão preparados? – perguntou Hermione. – Depois de todos esses dias?
- Acho que sim – disse Scorpius.
- Com certeza – afirmou Rose.
- Vamos lá! – bradou Alvo.
E saíram na frente de Harry e Rony, que franziu a testa.
- O que foi, Rony? – perguntou Hermione.
- Eles ficaram a semana toda aqui, e não nos contaram quase nada! – resmungou ele a Hermione. – Ainda não entendi essa história de coruja gigante no deserto.
- Eles já disseram que não podem nos contar tudo de uma vez – insistiu Hermione.
- Mas agora isso não vai sair da minha cabeça! Como eu vou ficar tranquilo, sabendo que um dia a Rose vai ser atacada por um pássaro gigante doido? – e agitou os braços, imitando o que quer que fosse a coruja de que Rose falara.
- Está enchendo a garota de perguntas de novo, maninho? – ouviram a voz de Fred atrás deles.
- É, ele tem enchido os três de perguntas a semana toda – comentou Jorge, logo atrás.
- Você não tem nada melhor para ocupar seu tempo? – disse Hermione, em tom de reprovação. – Como estudar para os seus N.O.M.s, por exemplo?
- É, deixe a garota Rose em paz, Rony – debochou Fred. – Você está parecendo o pai dela – e piscou para Jorge.
Rony ficou muito vermelho de repente, e saiu em disparada na frente, enquanto os gêmeos riam. Quando Harry e Hermione chegaram, ele se recusou a falar.
Alvo foi abordado várias vezes no caminho até a mesa da Grifinória, mais do que seus outros amigos, que duas vezes tiveram que ser escoltados até a mesa para que não fossem arrastados pelos outros alunos cheios de perguntas.
- Esse pessoal não dá folga, hein? – resmungou Alvo, acomodando-se de frente para Harry.
- Não sei o que você esperava, sendo alguém do futuro – comentou Hermione.
- Bem, eles vão ter que esperar – afirmou Rose, em tom sentencioso. – Por enquanto, as únicas coisas que podemos contar são as que estão nos livros.
- Bum, mlhr cmssar lugo issu! – murmurou Rony, a boca cheia de salsichas.
Desviando o olhar do amigo, Hermione se virou para Alvo e Scorpius.
- Vocês têm certeza de que querem continuar aqui? – perguntou. – Quero dizer, se quiserem ficar na mesa de vocês...
- NUM MSMU! – rosnou Rony, e engoliu tão rápido que quase engasgou. – E se a turma de Malfoy ouvir vocês? Que foi?
Rony recebeu olhares de censura de Hermione, Gina e Harry, mas então Scorpius disse:
- Acho que ele tem razão – admitiu, em um suspiro. – Não podemos arriscar que as pessoas erradas escutem as nossas conversas... mesmo que as pessoas certas estejam no meio delas.
- Que pessoas certas? – indagou Rony, curioso.
- Eu falo depois – e olhou de relance para alguns alunos à mesa da Sonserina, e depois para a mesa dos professores. Alvo Dumbledore aguardava a hora de começar, enquanto os outros membros da Ordem discutiam em silêncio.
- O ministro não vai estar presente hoje, então? – comentou Minerva McGonagall.
- Não – foi Snape quem respondeu. – Saiu da escola no momento em que nos reunimos a Dumbledore naquele dia.
- Ele voltou algumas vezes durante a semana para falar com Dumbledore – disse McGonagall. – como se tivesse escolha. Mas passou pouquíssimo tempo no castelo. Sinto que pode estar nos evitando o máximo que pode. Se ele não estiver aqui quando revelarem algo importante...
- Não se preocupe com isso, Minerva – tranquilizou-a Tonks. – O que for falado aqui, ele vai saber pela informante pessoal – e indicou com um olhar Dolores Umbridge, que não parava de lançar olhares indiscretos aos outros.
O ministro deixara a escola por longos períodos, mas ainda contava com ela para descobrir o que fosse daquela Ordem, e daqueles supostos viajantes do tempo. E ninguém a impediria de cumprir sua missão.
- Ela continua tentando nos ouvir, Dumbledore – sussurrou Olho-Tonto ao diretor.
- Deixe que continue – disse Dumbledore, calmamente. – Nada que façamos vai impedi-la de tentar, e duvido que consiga nos arrancar algo importante no momento. Será melhor que não demos atenção à ela por enquanto.
Não era apenas Umbridge que tinha uma missão em mente; Draco Malfoy passara a semana tentando achar alguma informação, algo que o ajudasse contra a Ordem da Fênix. Infelizmente, não pensara em nada até então, e Crabbe, Goyle e Pansy eram incapazes de pensar em algo, pelo visto. E Theodore Nott se recusava a lhe contar qualquer coisa que tivesse pensado; devia estar guardando para si. Assim, sua única opção era esperar por mais informações.
- Acho que está na hora – disse Dumbledore, erguendo-se da cadeira.
Todo o Salão se silenciou; alunos, professores, convidados e fantasmas se viraram para o diretor, que estendia o exemplar de Ordem da Fênix.
- E agora que estão todos acomodados, voltemos ao que todos devem estar esperando: à leitura.
- Quem vai ler agora? – perguntou alguém da mesa da Grifinória.
- Vejamos... – inúmeras mãos e pedidos se ergueram de todas as mesas, e Dumbledore refletiu por alguns instantes, quando disse: – Derek, você gostaria de ler?
Todos à volta do garoto se viraram para ele; o rapaz pareceu muito constrangido; era a a segunda vez que o diretor se dirigia diretamente à ele. E ele nem pedira para ler.
- Vá, dê algum sinal – sussurrou Astoria para o amigo. – Teremos o livro para nós, não desperdice essa chance.
Um instante depois, o garoto tinha em mãos Ordem da Fênix.
- Por que aquele garoto, Dumbledore? – perguntou Olho-Tonto.
- Preferi escolher alguém que não estivesse tão ansioso – respondeu Dumbledore, como se dissesse algo levemente engraçado.
Os outros se entreolharam; o diretor não parecia tenso depois de tudo que acontecera.
Derek abriu o livro na página marcada, e depois de trocar um olhar ansioso com Astoria, começou a ler:
Capítulo IX – As tribulações da Sra. Weasley
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Olá, depois de tanto tempo, consegui voltar a escrever algo. Os capítulos de Ordem da Fênix voltarão em breve, já comecei a escrever o próximo. Eu sei que demorei muito tempo, e devo uma explicações aos leitores: fiquei muito tempo sem inspiração e quando fui ver, meu computador deu problema, mais de uma vez! E na última vez, ele teve de ser formatado, e eu perdi tudo. Tive que recomeçar a escrever o que já tinha escrito do zero! Ainda bem que a maior parte eu tinha salvo na minha cabeça, ou podia ter demorado muito mais. Eu fiz o possível para entregar um capítulo dia primeiro de setembro, porque é nesse dia de 2017 que o nosso novo trio chega a Hogwarts. Farei o possível para entregar mais capítulos em 19 de setembro (aniversário de Hermione), 31 de outubro e no Natal (pois o Natal é sempre especial em HP)
Sonhadora Dixon: eu farei o possível para entregar mais capítulos de Ordem da Fênix em breve, prometo.
Comentários (1)
Estou aqui, como a sempre fiel leitora, espero que não pense que eu te abandonei! Estou estagiando então tenho pouco tempo, mas sempre entro na F&B com a esperança de ver a sua fanfic! Nossa espero MUITO que de para entregar um novo capítulo no aniversário da mione porque está bem perto! Adoro essas partes pararelas sem capítulos porque dão algumas informações, matam a saudades da fanfic e não são massantes, mas estou louca para ver mais revelações do futuro! Continue contando comigo e nunca abandone a fanfic por favor!
2017-09-15