Recordações



N/T: Tradução da fic “Never Alone, Never Again”, da autora Bored Beyond Belief. Capítulo 10/42.




Sirius mexeu-se de leve antes de abrir os olhos, a visão turva. ‘Que horas serão?’, perguntou-se, passando o olhar pela sala escura, naquele momento apenas iluminada pelas chamas acesas da lareira. Definitivamente, ainda era noite. Então, o que o acordara? Olhou para Harry, que finalmente sucumbira a um sono conturbado.

No dia seguinte, o afilhado enfim voltaria a tomar a Poção para Dormir Sem Sonhar, mas apenas por três noites. Devido às condições físicas fragilizadas de Harry, assim como sua falta de reservas de energia, Madame Pomfrey tivera que, com pesar, diminuir o tempo sob o efeito da poção, ao mesmo tempo em que estendia a quantidade de dias que passaria sem tomá-la.

Sirius sobressaltou-se quando Harry começou a fazer caretas e contorcer-se, ainda adormecido. Cerrou os punhos e começou a encolher-se numa posição fetal, comprimindo as pernas contra o peito. Sentindo pontadas de medo correrem por sua pele, Sirius observou enquanto os músculos da mandíbula do afilhado ficavam mais salientes, seus dentes rangendo audivelmente.

“Harry?”, chamou pelo garoto, agora deitado no sofá com a cabeça apoiada no travesseiro que Sirius tinha sobre as pernas. Trouxera Harry para a sala de estar dos Weasley após perceber que o afilhado vinha colocando feitiços silenciadores ao redor da cama pelas duas últimas noites. O constrangimento e a vergonha de acordar a todos fizeram o garoto retrair-se ainda mais dentro de uma concha que parecia ter surgido, completamente formada, durante o verão.

O animago correu os dedos pelos cabelos de Harry. Estavam ensopados de suor. O homem sacudiu o garoto em seus braços firmemente. “Harry”, voltou a chamar, seu tom de voz mais alto. Em resposta, o afilhado começou a ofegar.

“Harry!”, exclamou, quase gritando, seu tom de voz adquirindo certo pânico quando, abruptamente, as pernas do mais novo chutaram o ar, rigidamente esticadas. Suas costas arquearam-se de dor, o grito que escapou por entre seus lábios fazendo calafrios percorrem o corpo de Sirius.

Lumus”, uma voz pronunciou, provinda das escadas. Passos apressados soaram, dirigindo-se a eles, enquanto Sirius piscava contra a luz repentina que invadira o âmbito.

“Não!”, Harry gritou, seu corpo agora tomado por convulsões. Contorceu-se tão violentamente que quase caiu do sofá.

“Harry, acorde!”, Sirius gritou, tentando conter os movimentos do afilhado ao segurá-lo contra o próprio corpo, de forma a evitar que atingisse algo e se machucasse ainda mais. Ergueu o olhar para encontrar Hermione parada à sua frente, os olhos arregalados e assustados. Ela olhava fixamente para Harry, seu lábio inferior estremecendo.

Sirius sentiu as convulsões começarem a ceder, mas foi invadido pelo medo de que fosse por outro motivo que não o fato de o garoto estar acordando. Na verdade, o corpo de Harry parecia ter amolecido nos braços do padrinho, a pele de seu rosto quase acinzentada. Merlin, Sirius o estava perdendo.

O homem quase não percebeu que Hermione abandonara o cômodo, mas, ao notar, seu rosto adquiriu uma expressão mal-humorada. Pensara que ela fosse uma amiga melhor. “Por favor, Harry, abra os olhos!”, implorou, e então o choque o silenciou quando uma onda de água gelada se espalhou sobre o sofá, ensopando tanto ele quanto Harry. Os olhos do garoto abriram-se fracamente, enquanto o animago encarava a garota ofegante, parada à sua frente com a varinha em uma das mãos e um balde vazio aos pés.

“Desculpe”, ela disse, dando de ombros diante da expressão aturdida de Sirius, e ajoelhou-se ao lado do garoto. “Harry, você pode me ouvir?”, perguntou gentilmente. Harry tentou focar os olhos no rosto da amiga, franzindo a testa. Hermione notou os óculos dele na mesa de centro. Alcançando-os, secou-os em seu robe antes de recolocá-los no rosto do amigo, que sorriu fracamente para ela.

“Obrigado”, ele sussurrou, e então silenciou, seu corpo relaxando. Enquanto observava o afilhado, Sirius esperou até que seu coração desistisse de tentar sair por sua garganta. Harry não estava mais dormindo, estava inconsciente. Hermione ergueu-se e dirigiu-se às escadas mais uma vez. Sirius já se sentia mal pelos pensamentos ofensivos que dirigira à garota anteriormente. ‘Você deveria saber melhor do que ninguém’, repreendeu-se enquanto a observava em silêncio.

Alguns instantes depois, ela retornou com toalhas, lençóis e novos pijamas para Harry. ‘Bem pensado’, Sirius pensou, agradecido por ela ter se precavido, pois já podia sentir o afilhado começar a tremer. Levantando-se e gentilmente retirando Harry do sofá molhado, Sirius sentiu uma mão em seu ombro.

“Eu fico com ele,” Aluado ofereceu gentilmente, complementando, “você também está molhado.” Sua chegada repentina fez com que o padrinho de Harry se perguntasse de onde raios o amigo havia surgido, pois de certo não o vira descer as escadas.

Percebendo a pergunta silenciosa, o ex-professor assentiu em direção à porta da frente. “Eu não consegui dormir”, explicou, seus olhos tornando-se sombrios ao olhar para o garoto nos braços de Sirius. “Pode ir se trocar. Nós cuidaremos disso”, instruiu, voltando o olhar para Hermione, que assentiu enquanto murmurava em baixo tom, secando o sofá. Ela dispôs os pijamas de Harry sobre a peça de mobília e voltou-se para Sirius.

“Ele estará seco antes que você se dê conta”, Hermione tranqüilizou-o. Sirius assentiu, saindo do cômodo para se trocar.



~

Remo observou enquanto Hermione secava os cabelos de Harry gentilmente. A garota dera-lhe as costas timidamente quando tivera de trocar as roupas do garoto, mas, depois disso, gentilmente envolvera o amigo em um lençol e assumira a posição que Sirius abandonara: a cabeça dele agora repousava sobre um travesseiro em seu colo. O lobisomem estava sentado de frente para ela, observando os dois.

Para crianças… não, adolescentes, Rony, Hermione e Harry tinham um vínculo muito forte. Rony fora o responsável por velar pelo afilhado de Sirius antes da chegada de Hermione, acordando o amigo quando necessário e fazendo-lhe companhia quando ele não conseguia voltar a dormir.

“Há quanto tempo tem sido assim?”, Hermione perguntou após algum tempo.

“Desde que o resgatamos”, Remo respondeu. “Mas eu não sei até que ponto está piorando ou não. Eu não sei como era na época em que Harry ainda vivia com… eles”, complementou, sentindo-se incapaz de sequer pronunciar os nomes. Sentia nojo sempre que pensava nos Dursley. Como Harry poderia ter se transformado na pessoa que era tendo vivido por tanto tempo com aqueles… porcos? Como um garoto tão admirável sobrevivera à forma como o haviam tratado?

Lupin agora sabia que deveria ter ficado responsável por Harry. Deveria ter se esforçado mais para convencer Dumbledore após a morte de Tiago e Lílian. Sempre soubera o quanto Lílian desprezava a irmã – ouvira seus comentários desdenhosos a respeito de Válter Dursley no ano em que se formariam, logo após Lílian ter retornado do casamento. Ela fora obrigada a ir pelos pais, mas sempre soubera o quanto Petúnia odiara o fato de a irmã ter aparecido em sua cerimônia.

Malditos feitiços de proteção’, pensou. Deveria ter estado presente para apoiar o filho de Tiago, e não poderia colocar a culpa unicamente na necessidade de estar preso nas noites de lua cheia. As únicas justificativas que tinha para oferecer eram a preocupação de Dumbledore pela proteção de Harry e a vergonha que sentia de sua própria licantropia. Temera ser um perigo para o garoto. Em compensação, um lobisomem não era nada comparado aos Dursley.

Remo lembrou-se da primeira noite de Harry n’A Toca. Quando o garoto acordara a todos e chamara por Sirius, ele soube… Sirius deveria ter estado ao lado do afilhado no instante em que ele gritara pela primeira vez. Soube imediatamente que o amigo retornara aos Dursley… E, se não fosse pelo fato de que teria sido capaz de sentir o cheiro do sangue caso Sirius os tivesse matado, Remo o teria socado no instante em que retornara.

A varinha do animago fora quebrada no dia em que recebera a sentença perpétua em Azkaban, então Lupin sabia que ele não teria tido como executar feitiços contra os Dursley. Esperara até que todos voltassem a dormir, fuzilando Sirius com o olhar enquanto não estavam a sós.

“No que você estava pensando?!”, perguntara rispidamente, atirando-o contra o console da lareira sem hesitar. Sirius, porém, sequer esforçara-se para afastá-lo. A vergonha era evidente em sua face.

“Eu não pensei”, ele respondera suavemente. Naquele momento, Sirius parecia tão leve sob seus dedos. Leve demais. Magro demais. Tão parecido com o próprio Harry…

“De todas as coisas mais egoístas… mais egocêntricas… mais
cruéis…”, Remo sibilara em resposta.

Cruéis?”, Sirius o interrompera, seus olhos azuis arregalando-se em surpresa. “Aluado, você só pode estar brincando! Cruéis?!”

“Sim, cruéis”, Lupin reafirmara, largando o amigo com um ar de cansaço e esforçando-se para controlar sua raiva. “Se você os matasse ou machucasse, o que aconteceria com Harry? Você é a ligação mais próxima que ele tem com o passado, com os próprios pais. Você deu a ele a esperança de uma vida melhor, longe dos trouxas… você e ele juntos.” Remo o encarara.

“Harry tem estado tão animado com a idéia de viver com você, Sirius. Ele o conhecia há – o quê? – cinco minutos e já confiava em você”, dera continuidade. “Você jogaria tudo isso fora? Jogaria fora a chance de provar sua inocência e reclamar a vida que um dia já teve – uma vida que poderia compartilhar com Harry – dando ao Ministro uma razão pela qual persegui-lo? Tudo por uns trouxas desprezíveis? Seria algo cruel a se fazer com Harry”, concluira, sentando-se fatigadamente na beirada da mesa, a raiva praticamente esgotada.

Sirius, por todo aquele tempo, havia permanecido onde estava, a cabeça abaixada, o cabelo escuro escondendo seu rosto em sombras. Seus ombros caíram em derrota, e só então Remo percebera que ele estava chorando.

“Eu não os machuquei. Simplesmente senti que deveria fazer alguma coisa. Eu nunca estive aqui para apoiá-lo, Aluado…
nunca, e me sentia tão inútil vendo-o sofrer tanto, eu estava quase enlouquecendo sem poder fazer nada. Ele não precisa de mim, Aluado… mas eu preciso dele”, Sirius dissera, lentamente escorregando até o chão. “Eu preciso dele, e a cada dia o estou perdendo mais um pouco.”

Remo sentira os últimos vestígios de sua raiva desaparecerem. Já havia visto Almofadinhas demonstrar tantas coisas – raiva, culpa, mágoa, ódio –, mas nunca uma dor como aquela. Imediatamente agachando-se próximo ao amigo, envolvera-o em um abraço e o trouxera para perto de si como faria com uma criança que precisava de conforto. Como havia feito com Harry algumas horas antes.

“Ele precisa de você mais do que nunca, Almofadinhas”, Remo tentara assegurá-lo, porém o homem apenas balançara a cabeça.

“Harry nunca conseguiu depender de alguém. E agora, com tudo isso que está acontecendo… veja tudo o que ele já teve de suportar esse verão sozinho. Quanto tempo levou para que nós percebêssemos o que era tão óbvio, Remo?”, o padrinho de Harry questionara, e fora a vez de Lupin negar.

“Agora nós estamos aqui para ele, Sirius. Podemos tentar ajudar”, o lobisomem insistira, tentando ser razoável.

“Ele não se permite contar com a ajuda de mais ninguém, Aluado. Não é mais uma questão de confiança. Harry aprendeu a confiar em Rony e Hermione, e confia nos Weasley, mas agora, com a morte daquele garoto… ele sabe o que está em jogo, sabe o que pode acontecer com qualquer um de nós, e é tarde demais”, Sirius dissera com aflição, sentindo-se derrotado. “Se eu tivesse fugido antes da prisão e me aproximado mais antes de tudo isso ter acontecido… talvez ele não conseguisse se afastar tanto de mim. Mas Harry está acostumado com a dor e o isolamento, Aluado… e agora, pela forma como teme pela nossa segurança, ele nunca vai deixar que nós nos aproximemos de verdade.”

“Sirius,” Remo o impedira de continuar, erguendo o rosto do amigo para que o encarasse, “Harry precisa de você mais do que a qualquer um de nós”, constatara firmemente, mas era óbvio que Sirius não acreditava. “Veja o que ele enfrenta todas as noites. Harry tem quinze anos e testemunha… bem, todos nós sabemos que ele vê coisas terríveis, coisas que uma só pessoa nunca deveria ver em toda a vida.”

Diante do silêncio do amigo, permitira-se continuar.

“Agora, quantos anos você tinha quando foi enviado para Azkaban? Você tem enfrentado seus medos e pesadelos há muito tempo, Almofadinhas, e ainda está aqui. Harry o tem como exemplo de que, apesar de tudo, ainda se pode sobreviver com sua sanidade até certo ponto intacta; de que ainda se pode rir e amar depois de tudo. Quem mais poderia mostrar a ele que, depois de tudo pelo que passou e
ainda vai passar, ele ainda pode ter uma vida plena?”

Sirius permanecera imóvel por tanto tempo depois daquelas palavras que Remo acreditara que o amigo havia adormecido. Porém, depois de quase meia hora com a cabeça apoiada no ombro do lobisomem, Sirius suspirara longamente e movera-se um pouco.

“Eu também preciso de você, Aluado”, fora a única coisa que o padrinho de Harry dissera quietamente após o longo silêncio.


O ex-professor fechou os olhos, tentando conter a onda de emoções que novamente ameaçava subjugá-lo ao lembrar-se daquela noirte. A noite de Halloween em que perdera todos que lhe eram queridos. Tiago e Lily, levados por Voldemort. Pedro, que pensara ter perdido graças a Sirius. O padrinho de Harry, levado para Azkaban. Dos Marotos, ele fora o único restante… dolorosamente sozinho como sempre estivera, exceto por aqueles poucos e preciosos anos em Hogwarts.

Agora, tinha Sirius mais uma vez, e a traição que havia deixado uma cicatriz tão profunda revelara-se uma mentira. Remo havia conhecido e amado Pedro, mas nunca fechara os olhos para os defeitos do antigo amigo. Odiava admitir aquilo, mas sentia-se confortado por ter sido Pettigrew, e não Sirius, que traíra os Potter.

“E eu preciso de você, Almofadinhas. Mais do que nunca”, fora sua resposta, os olhos voltando a fechar-se cansadamente, impressionado pela verdade daquelas palavras.

“Remo”?, uma voz feminina o trouxe de volta ao presente. Hermione. Remo sorriu fracamente em resposta. “Por alguns instantes, pareceu que você estava em outro lugar”, a garota observou enquanto terminava de secar os cabelos de Harry. Distraidamente, jogou a toalha sobre a mesa-de-centro e enrolou algumas mechas do cabelo negro entre os dedos, um pequeno sorriso em seu rosto. “Sabe, ele nunca me deixaria fazer isso se estivesse acordado”, comentou.

“Então talvez eu devesse estar”, Harry disse fracamente.

Hermione deu um gritinho agudo, baixando o olhar para o amigo com surpresa, um rubor de culpa espalhando-se a partir de seu pescoço.

“Como você está se sentindo?”, Remos perguntou, rapidamente ajoelhando-se ao lado do garoto e encarando-o atentamente.

“Melhor do que antes”, respondeu, fechando os olhos por alguns instantes.

“Ele está acordado!”, Sirius gritou ao vê-los conversando. Um enorme sorriso espalhou-se por seu rosto enquanto praticamente pulava os degraus da escada, quase derrubando Lupin em sua pressa para alcançar o afilhado.

“Ainda se pede desculpas”, Remo disse secamente enquanto levanta-se para dar espaço ao amigo. Hermione sorriu para o ex-professor antes de voltar-se mais uma vez para o amigo, a expressão voltando a ficar séria.

“Harry, eu não sabia que seus sonhos haviam piorado dessa forma”, ela disse seriamente. Harry tentou dar de ombros, mas, graças à posição em que se encontrava, o gesto assemelhou-se mais a uma careta. “Foi sobre…?”, ela experimentou perguntar, não se dando conta do olhar de aviso que Sirius lançava em sua direção.

Ninguém perguntava sobre os sonhos do garoto; ao menos, não mais. Ele enviara seu diário de sonhos para Dumbledora naquele primeiro dia. Ao retornar, na manhã seguinte, Madame Pomfrey havia relatado as intruções estritas de Dumbledore de que ninguém mais perguntasse a respeito do que o garoto sonhava. Harry falaria sobre aquilo quando estivesse preparado… se algum dia estivesse.

Remo explicou aquelas instruções a Hermione, que adquiriu uma expressão perplexa.

“Harry, me desculpe…”, ela imediatamente disse, ao que o garoto sorriu de maneira a tranqüilizá-la, alcançando uma das mãos da amiga e apertando-a.

“Hermione, está tudo bem. Mesmo. Sim, foi sobre Voldemort, e eu prefiro não falar sobre isso, mas não porque não confio em você”, ele fez questão de ressaltar. “Eu tenho registrado todos os meus sonhos para Dumbledore, e já é difícil o bastante ter de escrevê-los; falar sobre eles é pior. Eu estava usando aquele diário que você me deu, mas agora está com Dumbledore. Então, eu tenho anotado os sonhos em pergaminhos,” Harry continuou, sorrindo gentilmente, “mas acho que, em breve, ninguém mais vai conseguir entender o que eu escrevo.”

Sirius retraiu-se diante daquele comentário, e Remo sentiu seu coração apertar diante da resignação por trás do humor de Harry.

“Bem, parece que a festa já começou, Fred”, George comentou, quebrando o momento enquanto descia as escadas animadamente, os cabelos vermelhos chamativos e bagunçados apontando em variadas direções. O ruivo vestia um pijama listrado amarelo e verde limão que fez Hermione balançar a cabeça. Fred surgiu logo em seguida, arrastando os pés e de olhos ainda embaçados pelo sono. Ao ver o grupo de pessoas reunidas ao redor de Harry, ele apenas resmungou algo ininteligível.

“Noite difícil?”, Sirius perguntou inocentemente. Fred lançou-lhe um olhar feio, o que fez Remo olhar para o amigo. Ele havia feito alguma coisa com os gêmeos? Sirius discretamente negou com a cabeça. Porém, era óbvio que estava se divertindo às custas da ansiedade dos dois garotos, que estavam sempre à espera de alguma peça por parte do homem.

Remo sabia que aquele seria um dia interessante.

“Harry, você está acordado!”, Rony exclamou, a camisa do pijama vestida ao avesso, enquanto descia pelas escadas e bocejava sonoramente, os braços espreguiçando-se longamente acima da cabeça.

Harry sorriu ao ver o restante da família Weasley reunir-se no ambiente.

“Feliz aniversário, Harry”, Ron falou com um sorriso afetuoso, sem notar que o sorriso de Hermione se alargava ao ver o estado de seu pijama. Remo notou a troca de olhares entre ela e Harry. Ele também havia notado a camisa ao avesso, e os dois adolescentes riam silenciosamente.

“Obrigado, Rony”, o garoto respondeu, cuidadosamente tentando erguer-se para sentar. Sirius estava ao seu lado ajudando-o em um piscar de olhos. Lupin notou que a paralisia nos membros de Harry piorara desde os sonhos da última noite e teve de esforçar-se para manter seu sorriso intacto, porém Sirius não conseguiu o mesmo, franzindo a testa enquanto ajudava o afilhado e encontrando o olhar do ex-professor por alguns instantes.

“O que acham de um café da manhã agora?”, Sirius perguntou, ao que Remo respondeu com um olhar.

“Não se você for cozinhá-lo”, acrescentou.





NT: Bem, aqui está, após mais de um ano de hiato e uma longa batalha (rsrs). Tenho certeza que ninguém quer um resumo de tudo que aconteceu na minha vida por todo esse tempo, então me resumo a pedir mil desculpas por esse imenso atraso e dizer que coisas aconteceram que me atrasaram, impediram e até mesmo desestimularam a traduzir.

Eu não tenho mais contato com a Amber, autora da fic – ela não tem respondido meus e-mails –, então agora somos só nós (rs). Aos que eu torço que vão continuar a ler a NANA, meu imenso agradecimento por toda a paciência e um pedido de um pouco de paciência. Ano novo, acredito que as coisas fiquem mais fáceis e mais calmas (Deus queira – rs).

Como sempre, permanece o pedido de que deixem reviews. São os comentários de vocês que me estimulam a continuar (mesmo que seja para me xingar pela demora - eu sei que eu mereço - rs) ;)

Sem mais a acrescentar, um feliz ano novo para todos! O capítulo 11 chega em breve (já está traduzido, só falta revisar).

Abraços!

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