O relatório



Houve um relatório oficial, é claro. Sempre há para esse tipo de coisa, e sempre parece seguir o mesmo caminho. A hora, lugar, natureza do incidente, envolvimento externo, e então – se houver alguma forma de avaliar a situação – alguma espécie de conclusão. A conclusão nesse relatório em particular foi breve e incompleta, porque, exatamente, o queaconteceu naquela manhã era desconhecido no momento em que o relatório era preenchido. Naqueles dias, dezenas de relatórios semelhantes eram preenchidos com uma regularidade alarmante, e esse apenas se destacou em um aspecto: a localização.


Esse tipo de coisa não costumava acontecer em Hogwarts


o relatório oficial do Ministério da Magia dizia quando, onde e como, ousando até adivinhar um pouco o porquê. Não conseguiu, todavia, capturar o verdadeiro sentimento daquela manhã: o medo que pairava estagnado no ar, enquanto entrevista após entrevista e depoimento após depoimento eram colhidos.


James Potter foi entrevistado, é claro, como foram alguns de seus colegas de casa. Aquela foi a fonte de informação do "quando, onde, como", e foi como a maioria das demais pessoas na escola descobriu, mais tarde, sobre o que se passou às 6:10 da manhã de 2 de Setembro na sala comunal da Grifinória na Escola de Hogwarts. Foi também como Lily descobriu os detalhes do que ocorreu antes de sua chegada.


A jovem acabara de descobrir esses detalhes entreouvindo o testemunho de James ao investigador do Ministério, quando a Professora McGonagall pediu a todos os alunos que se preparassem para o dia e seguissem para o café da manhã – todos os alunos, isto é, exceto os que não tinham terminado de depor. Carlotta fora levada à ala hospitalar para que o Curandeiro Holloway pudesse fazer um exame completo. O resto, ninguém realmente sabia.

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