O destino trabalha de forma en

O destino trabalha de forma en



O destino trabalha de forma engraçada às vezes, porque James Potter fumava demais, mas se ele nunca tivesse começado (como Remus Lupin o aconselhou no ano anterior), ou se tivesse largado o hábito (como sua mãe aconselhara durante as férias de verão), Carlotta Meloni teria conseguido tirar a própria vida. No entanto, porque James nunca escutava ninguém, ainda estava bastante viciado na manhã de 2 de setembro, e se tivesse sido de outra forma, ele não teria saído para fumar às dez para seis daquela manhã. Por conseguinte, não teria retornado à sala da Grifinória às 6:10 e quinze segundos, bem a tempo de sacar a varinha e deter Carlotta Meloni de fazer algo que ela não sobreviveria para se arrepender.


Carlotta gritou. A lâmina em suas mãos foi jogada para o outro lado da sala com o feitiço que James automaticamente lançara. Ela gritou novamente, um grito sobrenatural, que não parecia ter sido produzido por sua garganta.


Aquilo acordou a maioria dos grifinórios que dormiam nos dormitórios acima.


Os olhos de Lily Evans se abriram. Ela desceu da cama e olhou em volta.


"Alguém ouviu um...?"


"O que foi isso?" interrompeu Donna Shacklebolt, afastando as cortinas de sua cama. "Vocês ouviram também?"


"Eu ouvi!" disse Marlene Price, aparecendo também.


Mary Macdonald emergiu. "Eu também!"


"Eu acho que veio dos dormitórios masculinos," disse Shelley Mumps, esfregando os olhos com sono.


"Eu acho que foi na sala comunal," discordou Lily. A ruiva agarrou o roupão e saiu pela porta em seguida, com Donna, Mary e Marlene em seu encalço.


Uma chama fraca na lareira fornecia a maior parte da luz na sala comunal quando Lily chegou ao andar de baixo, logo acima da própria sala. Muitos outros tinham chegado, e mais desciam correndo a cada segundo. A cena, sombria como estava, era algo mais ou menos assim:


A varinha de James Potter estava erguida, enquanto o rapaz lutava para manter um vínculo mágico que parecia estar prendendo Carlotta contra a parede. Ela gritou mais uma vez, e então parou. Sua cabeça pendeu em seu pescoço, como se não fosse capaz de segurá-la propriamente, todo o tempo emitindo um tipo sobrenatural de gemido.


"Solte ela, Potter!" gritou alguém da multidão.


"Eu não estou machucando ela!" afirmou James, furioso. Ela lutou contra o aperto e ele lutou para mantê-lo. "Eu acabei de entrar aqui e ela – ela estava tentando se matar. Eu afastei a faca e ela me atacou – eu não sei o que está acontecendo com ela!"


"James, coloque ela no chão!" ordenou um cética setimanista, mas o capitão a ignorou.


"Eu não estou machucando ela... é um simples feitiço para detê-la! Há algo errado com ela..."


Sirius Black apareceu. Ele desceu as escadas correndo e ficou ao lado do amigo. "Cara, talvez você devesse soltá-la," murmurou. "Vamos levá-la a enfermaria ou..."


"Eu vou chamar a Professora McGonagall," disse Donna, também descendo as escadas e saindo da sala comunal pelo buraco do retrato.


Relutantemente, James abaixou a varinha. Carlotta ficou imóvel por um momento, e então seu corpo começou a tremer.


"Ela está tendo um ataque," sussurrou Marlene. Lily empurrou-se pela multidão e desceu até o patamar inferior.


"Alguém encontre Frank Longbottom," ordenou a ruiva. "Ele é o Monitor-Chefe, ele tem que..."


"Eu estou aqui," disse o monitor-chefe, Frank, aparecendo. O rapaz se dirigiu à sextanista, que agora convulsionava. O rosto dele estava mortalmente pálido e suas mãos tremiam.


"Carlotta?" começou Lily, incerta. A garota não respondeu; seus olhos estavam fechados. A ruiva olhou para James, que apenas deu de ombros com medo.


"Carlotta, você está bem?" perguntou Frank Longbottom, dando um passo à frente.


"Frank, espere," disse Lily. "Apenas... apenas fique onde está."


Carlotta desabou um segundo depois. Ele correu para seu lado. "Ela está respirando." Uma dúzia de outras pessoas correu, amontoando-se em volta da jovem bruxa inconsciente. Lily se aproximou de James.


"O que aconteceu?" perguntou trêmula. Ele não tinha resposta, aparentemente sem palavras. Sirius bateu no ombro do amigo.


"Que maneira de começar o ano," comentou secamente. Eles não sabiam como todo aquele problema estava longe de terminar.

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