O contrato





Cap. 14 O contrato

Draco se jogou no sofá, ficou um tempo pasmo, odiando seu pai, isso estragava tudo, Gina nunca ia querer saber por livre espontânea vontade, seria tortura! Ela nunca iria voltar a confiar nele como antes, nunca, se não soubesse realmente o que aconteceu!

Levantou, foi para seu quarto, trancou a porta, abriu o armário, tirou o fundo falso, e lá estava o pergaminho, todo escrito em letras douradas, apontou a varinha e murmurou:

¾ Revele-se!

No mesmo instante, entre as linhas douradas, apareceram linhas negras.

“Não poderá contar para ela sobre a chantagem, se ela não estiver disposta a ouvir, perguntar o que aconteceu!”

“ Você não pode me matar ou se por no meu caminho se eu não tiver intenção de ferir alguém da família dela!”

“Terá que provar a ela que realmente a ama, antes de tudo acabar!E ela a mesma coisa.”

Ele caiu na cama, olhou bem para sua assinatura, ela estava lá, não poderia fazer nada!

¾ Como pude ser tão tolo? Como pude...!

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¾ O que? – disse Selene ao ouvir a história. – me da isso, deixa eu ver!

Selene pegou o pergaminho, e pode ver nitidamente as linhas negras e as viu. Sua sorte,foi que já estava sentada na cama dele, não tinha como cair.

¾ Não dá para induzir mais ela, eu já fiz isso muitas vezes! – disse ela séria.

¾ Me conte! – disse Draco imperativo.

¾ O que? – se fez Selene de desentendida.

¾ O que você sabe sobre ela, você sabe algo, só que não quer me contar! – disse Draco, um tanto irritado.

¾ Não sou eu que tem que te contar!

¾ Mas ela não conta nada! – disse Draco

¾ Eu sei, mais, eu não posso, não posso! – disse Selene com voz impotente!

¾ Meu pai também sabe, ele insinuou coisas, mais...

¾ Draco, quando você souber, vai me odiar por não ter te contado antes, mas eu não tenho esse direito! – disse Selene. – Com licença!

E saiu do quarto.

Selene andou pelo corredor, mas nunca chegou ao seu final, lúcida, ao quinto passo, ela desmaiou.

************

Gina entrou no quarto e não viu Selene, procurou no banheiro, e na biblioteca, ficou um tempo raciocinando, e decidiu falar com Draco, ele deveria saber onde ela poderia estar.

Foi andando em direção ao quarto dele, e ficou muito surpresa ao ver Selene desmaiada a poucos passos da porta dele.

Abaixou depressa, viu o pulso, batimentos irregulares e fracos, tentou levanta-la, mas era muito pesada, bateu na porta de Draco.

¾ Draco, por favor, abre a porta! – gritou ela, e logo ele abriu, com a car de confuso.

Ele viu Selene desmaiada, e logo se abaixou.

¾ Como está o pulso?

¾ Fraco, me ajude a leva-la!

Draco a pegou no colo, e a levou para o quarto dela, a colocou na cama. Ela estava pálida, fraca.

¾ Saia! – disse Gina, prendendo o cabelo.

¾ Eu vou esperar notícias na sala aqui do lado, ela vai estar aberta!

¾ O. K. , eu te chamo se precisar de algo!

¾ Tudo bem! – disse Draco saindo, foi até a porta, abriu com uma chave que levava consigo, deu para uma sala simples, ele se sentou no sofá, e passou a mão pelo cabelo de nervoso, bufando de preocupação.

Gina fechou a porta, pegou a varinha, fez verificações, pegou ingredientes...

**********

Quatro horas depois, ela abriu a porta da sala de Draco, com a cara cansada, como se ela própria fosse desmaiar, estava suando.

Draco se levantou, preocupado.

¾ Como ela está? – perguntou ele.

¾ Ela está dormindo, eu fiz tudo o que podia, agora só resta esperar se ela vai agüentar! – disse Gina, tentando parecer profissional. – não há nada mais para fazer mesmo, se eu der mais poção, ai é que ela pode não resistir, já fiz tudo, agora é só sentar e esperar! – continuou ela, abalada.

Draco abraçou ela, que fechou os olhos.

¾ Calma, eu estou aqui, com você, vai ficar tudo bem! – disse ele, acariciando o cabelo dela, agora solto.

¾ Eu não deveria ter me envolvido, ela é minha amiga...

Eles se sentaram no sofá, Gina se encostou nele esqueceu a dor, esqueceu as lembranças tristes, lembrou apenas que o amava, e estava abalada, sempre ficava mexida quando acontecia algo com algum paciente, mas tinha se afeiçoado a ela, e não queria que ela morresse, mas não podia fazer mais nada!

¾ Calma! – disse Draco, ele estava preocupado com Selene, mas ela sempre conseguia se livrar, e se agarrou nessa esperança para não ficar desesperado. Mas ficou muito surpreso, Gina estava muito abalada, sabia que algo estranho estava acontecendo naquela casa e que a mais afetada por isso era ela.

¾ Você precisa dormir! – disse ele, ela estava muito cansada e poderia ficar doente. – venha comigo!

Ele a guiou para seu quarto, que era perto daquele corredor, apenas um corredor atrás, como o quarto dela, abriu a porta com a chave, ela estava quase dormindo, a deitou na cama, tirou o seu jaleco, a deixou somente de blusa social, tirou seus sapatos e a cobriu, tirou sua temperatura, estava febril. Chamou Locke, seu empregado de confiança e pediu para ele cuidar um pouco se Selene.

Depois, tranqüilo sabendo que Selene estava em boas mãos, se concentrou em Gina.

Ela ainda estava sonolenta, mas acordada, mas não demorou muito a dormir. Passou longos minutos mexendo em mexas do seu cabelo, acariciou sua face, ela dormia como um anjo calma, sem preocupações.

Depois foi ver Selene, ela também dormia, calma, e parecendo saudável, havia um papel com anotações detalhadas dos remédios, da reação dela, de sua saúde, tudo feito caprichosamente.

¾ Pelo que vejo, ela não poderá tomar mais remédios, isso pode afetar o sistema imunológico dela!

¾ Vá se deitar senhor Malfoy, eu cuido dela!

¾ Locke...

¾ Durma, e depois cuide de sua ruiva! – disse Locke.

Ele saiu, não falou nada mas lançou um olhar a Locke de mal-humorado que fez ele sorrir.

Dormiu um pouco em sua poltrona, mas logo acordou para ver como estavam as coisas, fez isso, durante a noite inteira, indo de um lado para o outro, cuidando das duas.

Locke também dormiu, pouco também, estava preocupado em não desgrudar os olhos de Selene, mas também deu algumas passadinhas no quarto de Draco para ver Gina.

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