Nova sede, na nobre casa
Harry olhava para a casa, então foi descarregar seus pertences do carro.
- Pode deixar Harry, levarei suas coisas para dentro. – disse Lupin, abrindo o porta-malas do automóvel. – Pode ir entrando.
- Antes de entrar, venha até aqui um instante. – pediu Dumbledore. – Terei que ir para o Ministério, Lupin irá me levar, mas Molly Weasley está ai, ela saberá o que fazer com você.
- Está bem Professor, então vou entrar. Até mais.
- Até logo Harry!
Harry seguiu Lupin, e ao entrar na casa teve uma maravilhosa surpresa. A casa, que era mal iluminada e sombria, está clara e aconchegante.
- Molly, Harry chegou. – gritou Lupin do hall, após fechar a porta. – Bem Harry, estou indo, até mais tarde.
- Tá bom, até mais tarde Professor.
- Não me chame de professor, faz quase três anos que não te dou aulas, prefiro que me chame apenas de Remo, assim fica melhor.
Então Lupin se virou e saiu pela porta. Harry ficou observando o hall. Pelo que podia repara, a casa havia melhorado muito desde sua última visita.
Olá querido, como está?
Senhora Weasley, havia entrando no hall, e vinha em direção de Harry, cumprimentando o garoto com um forte abraço.
- Você está melhor, após tudo que houve? – disse olhando maternamente para o garoto. - Ter você aqui nas férias conosco era uma idéia que avaliávamos desde o ano passado, foi idéia do Sir... – parou Senhora Weasley.
- Não precisa evitar falar o nome de Sirius na minha frente. Já sofri muito por causa da morte dele, mas agora é como se eu estivesse perto dele novamente.
Os olhos de senhora Weasley se encheram de lágrimas, e ela abraço Harry novamente.
- Bem Harry, como você deve ter notado, a casa está bem diferente. – falou senhora Weasley enquanto se recompunha. – Estávamos reformando ela, para tenta torna-la em um lugar mais habitável, já que ela está se tornando o lar de todos nós. Eu mesma passo mais tempo aqui do que na Toca. Bem Harry, vamos, vou te mostrar como está ficando. – indo em direção a cozinha.
Harry pode notar que a casa estava levemente parecida com o Toca, só que melhor mobiliada e umas três vezes maior. A cozinha estava mais bonita, com azulejos e pisos. Do teto vinha um suporte onde panelas e utensílios ficavam pendurados. Na parede havia uma portinha, que levava à dispensa. Um fogão grande e negro estava aceso, se com algumas panelas em suas bocas. Ao lado havia uma pilha de lenha, muito bem equilibrada.
- Como conseguiram dinheiro para reformar a casa? – perguntou Harry, muito curioso.
- Sirius havia vendido uma velha tapeçaria que era de sua mãe, redeu-lhe um bom dinheiro, então ele investiu todo na casa.
- E o Monstro, que fim levou?
- Se matou, quando soube da morte de Sirius. Para não ter que servir a outra família que não fosse os Black.
Saíram da cozinha, Harry estava curioso para ver como o resto da casa estava, e ao passarem pelo local em que estivera pendurado o retrato de Senhora Black, o garoto pode ver que havia apenas papel de parede.
- Cadê o quadro da mãe de Sirius?
- Finalmente foi tirado daí, Dumbledore conseguiu. – explicou Senhora Weasley, passando a mão pela parede. – Ele teve que usar feitiços poderosíssimos.
Então Senhora Weasley foi apresentando todos os cômodos da casa, que na opinião de Harry haviam mudado para muito melhor. A sala que Harry, junto de seus amigos, havia faxinado no ano anterior estava muito bonita. Um sofá xadrez havia sido colocado, e a uma vassoura varria um tapete com o desenho de um hipogrifo que movimentava as asas. Continuavam a visita pela casa, quando senhora Weasley parou, no meio de um corredor.
- Aqui Harry, - falou ela apontando para uma porta muito bem talhada. – está o cômodo favorito de Sirius. Esse era o antigo quarto dele, que agora é seu.
Ao entrar no cômodo, Harry pode ver o quanto era simples, perto dos outros ambientes da casa. Havia apenas um armário e uma cama. Seus pertences já haviam sido levados até lá. Em cima da cama estava um bauzinho. Senhora Weasley pegou o baú, e deu na mão de Harry. O garoto abriu-o e pode ver que dentro deste havia muitas moedas de ouro.
- O que é isso? – perguntou Harry, intrigado.
- Sirius guardou esse dinheiro para te dar, para que você pudesse comprar as coisas para seu quarto novo.
- Eu não posso aceitar isso, existem coisas demais para se comprar para a cas...
- Sirius sabia que você iria relutar para aceitar esse dinheiro. Tanto que brincou dizendo que grudaria este baú com feitiço nas suas mão se você não aceitasse. Aceite, e use para este quarto. Sirius queria muito isso.
Harry sentou na cama, e ficou olhando pela janela.
- Ele era um grande homem, um ótimo padrinho. Sei que por ele eu já est aria morando aqui. Por que as coisas acontecem assim? Se eu não tivesse sido tão burro, Sirius ainda estaria vivo, aqui, conosco.
- Oh Harry. – falou senhora Weasley, sentando na cama também. - Não se culpe. Sirius sabia que corria risco, todos nós estamos correndo. A culpa não é sua... A culpa não é de ninguém.
A mulher se levantou, e Harry a seguiu, colocando o baú sobre a cama. Então descerão até o hall, onde um alto homem negro passou apressado por eles.
- Olá Harry, é bom vê-lo aqui. – disse Quim ao entrar em uma porta.
- Onde ele foi? – perguntou Harry a senhora Weasley.
- Vamos lá. Entre e descubra.
Harry entrou pela porta, que descobriu ser à entrada do porão da casa. Ao descer uma escada deparou-se com uma grande sala, de paredes e chão de pedras. Com uma grande mesa no centro, e estantes por toda a parede, a sala era equipada com uma serie de instrumentos detectores de arte das trevas. Havia alguns pergaminhos espalhados pela sala, e lousas com muitos desenhos e códigos. Harry achou a sala muito parecida com a sala que ele e seus amigos usaram para treinar Defesa contra as artes das trevas, em Hogwarts. Pouco mais de dez bruxos estavam sentados em uma das pontas da mesa, curvados sobre um pergaminho aberto.
- Eis a nova sede da Ordem da Fênix Harry. – sussurrou Senhora Weasley, - Agora vamos. Você deve estar com fome. Tem um almoço quentinho te esperando.
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