O Grande e Triste Adeus



- Bom dia, Harry, aproveitando as férias?

- Levando em consideração que estou de férias a pouco mais de vinte e quatro horas, não estou aproveitando nada, como sempre!

- Mas a culpa não é nossa se ele não sabe aproveitar, ele fica mais int

eressado em provocar meu filho, o Dud... – disse tio Válter desesperadamente.

- Não tem ninguém culpando o senhor. – destacou Dumbledore tranquilamente.

- Mas o que o senhor faz aqui Professor? – perguntou Harry ao velho.

- Vim conversar com você e com seus tios, Harry. Será que poderíamos nos sentar em algum lugar?

- Por favor, Dumbledore, vamos até nossa sala. – disse tia Petúnia. Harry não havia reparado que a mulher estava parada junto à porta da entrada. Petúnia parecia não se incomodar com a presença de Dumbledore em sua casa. De algum modo essa atitude dava calafrios em Harry. Já tio Valter não parecia ter a mesma atitude da esposa, pois enquanto seguiam até a sala, ele observava Dumbledore de um modo estranho.

- Então, o que o senhor tem a nos dizer? Parece algo importante. – falou tia Petúnia com um tom de interesse.

- Bem, como o Harry já deve ter lhes contado, Sirius Black, o padrinho dele faleceu a pouco tempo...

- Não. - interrompeu Harry. - Acho que ainda não tive a oportunidade de contar.

- Na verdade, Sirius era o ultimo herdeiro Black. E como não tem filho, apenas um afilhado, todos os pertences da Família Black foram deixados para o Harry.

- Para mim?

- Para o Harry? – vociferou tio Valter.

- Sim. – respondeu Dumbledore. - Por isso vim aqui, pedir permissão aos senhores para levar o Harry para passar as férias na casa que herdou.

Harry olhou para o tio, e pode ver nos olhos dele a felicidade de poder se livrar do garoto dois meses antes do esperado.

- Se o senhor acha interessante que Harry vá, não iremos nos colocar contra. – disse tia Petúnia gentilmente.

- Então, se me permitem, irei ajudar Harry a arrumar as coisas. Vamos Harry? – falou Dumbledore se levantando.

- Vamos sim professor.

Enquanto subiam a escadas, Harry pode reparar que os tios cochichavam na sala. Entraram no quarto, onde Harry foi direto ao guarda-roupa, pegar poucas peças que haviam sido tiradas do malão.

- Então esse é seu quarto? – perguntou Dumbledore. – Está tão quieto Harry. – sentou na cama, fazendo sinal para que o garoto se sentasse também. – A morte de Sirius ainda machuca muito esse seu coração juvenil, não é? Mas o que mais me espanta é você não ter tido nenhuma reação com a noticia de que irá sair da casa de seus tios bem mais cedo que de costume. Pelo que sei não te agrada muito ficar as férias em companhia deles.

Dumbledore pegou a varinha e com um aceno o malão com os pertences de Harry se fechou e começou a flutuar. Harry pegou a gaiola de Edwiges e seguiu o professor até o andar de baixo.

- Mas como vamos embora professor?

- Da última vez que tivemos gente como vocês aqui, nossa sala foi destruída. – disse tio Válter, que provavelmente nem fazia idéia que no ano anterior, vários bruxos vieram buscar Harry para que ele fosse para a casa dos Black.

- Não se preocupe, um carro virá nos buscar, e não tardará a chegar. – falou Dumbledore.

Ao ouvirem um barulho de buzina de carro, Dumbledore guardou a varinha e com a Ajuda de harry levaram o malão para fora. Um grande carro, tipo Besta, estava parado na rua. Pelo que Harry pode ver, o automóvel era guiado por Lupin. Lupin desceu do carro e cumprimentou Harry, ajudando-o a acomodar o malão e a gaiola no carro, o que não foi difícil, pois espaço era o que não faltava.

- Bem, obrigado por serem tão compreensivos. Agora acho que só verão o garoto daqui a um bom tempo. – disse Dumbledore aos Dursley.

Harry observava os tios, e embora tivesse esperado esse momento por toda sua vida, sentiu um certo aperto no coração pro estar se separando da única família que lhe restara. Então abraçou tia Petúnia.

- Embora eu nunca tenha dito, sou muito grato por vocês terem me acolhido durante tanto tempo, mesmo que contra a vontade de vocês.

Pode reparar os olhos da mulher se encherem de lágrimas. Nunca havia imaginado quem houvesse um sentimento tão forte entre os dois. Por tio Valter não sentia nada.

-Obrigado tio Válter, e desculpe por alguma coisa.

Válter está petrificado, não conseguida falar nada, e Harry preferiu assim, não pretendia ter que fingir carinho pelo homem.

- Então vamos Harry? – disse Lupin ao garoto.

Harry viu que Duda vinha vindo de dentro da casa, então resolver ir falar com o primo.

- Estou indo embora Duda, finalmente consegui me livrar de você. Acho que deveria lhe dar isso. – disse tirando um enorme barra de chocolates do bolso da enorme calça, e vendo os olhos, que muito lembravam os de um porco, brilharem intensamente. – Mas como você foi um mau primo, não vou te dar nada. – dando uma mordida no chocolate e o guardando de volta.

Então Harry entrou no carro, e se foi, vendo pelo vidro traseiro as figuras dos Dursley, até o carro virar a esquina.

-

De certa forma vejo que você sentia algo por eles. – falou Dumbledore encarando o garoto.

- Por eles não, por ela. De certa forma é como minha tia tivesse algo de minha mãe, mesmo que fosse tão diferente.

- E ela tem Harry. – disse Dumbledore. – O sangue. Por mais que ela não demonstrasse, ela sentia algo por você. Mesmo querendo de alguma forma te tirar a magia, por preconceito ou algo mais, e evitando te mostrar o carinho que sentia, ela tinha sentimentos bons em relações.

- É, pode ser. A viagem demora?

- Um pouco Harry, mas não muito. – gritou Lupin de onde dirigia.

Harry olhava para a cidade. Nunca tinha reparado nas belezas do lugar.

- E quando a casa? Continua igual? Ainda é sede da Ordem?

- Sim Harry, esse é um dos motivos de estarmos te levando para o Largo Grimmauld. – respondeu Dumbledore. – Queríamos pedir a sua autorização para continuarmos usando a casa como sede para nossas reuniões.

- É obvio que permito, será bom saber que a vontade de Sirius está sendo feita, ele adorava saber que de alguma forma estava sendo útil para a Ordem.

Após algum tempo Harry sentiu o carro diminuir a velocidade e parar em frente a casa numero 11 no largo Grimmauld.Ao desembarcarem do automóvel, uma casa pareceu inflar entre as casas número 11 e 13. Um grande número 12 brilhava na porta da casa “inflável”.

- Bem vindo a “ Nobre casa do Potter”. – disse Lupin.





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