Capitulo 5
Capitulo 5
XXX--XXX
— Você enlouqueceu — retrucou Harry friamente, sem conseguir se afastar de Hermione. Fora mais frio e brutal do que pretendera, e deveria ter ficado assustada, mas parecia estar mais quente que o fogo da lareira. — Já tive o que você me oferece. Está se humilhando.
Deveria ser lembrado de que ela jamais se sentia humilhada, de que não tinha sentimentos. Hermione se limitou a encará-lo e sentou no braço do sofá, esticando o corpo languidamente. Harry não conseguia desviar os olhos. Era tão perfeita quanto se lembrava. A pele parecia algodão-doce, pêssegos com creme, e seu perfume de baunilha se espalhava no ar, deixando-o excitado. Pronto. Queria puxá-la para os braços, saborear seus mamilos e lambê-los, até que ela gritasse. Queria levá-la ao clímax e ouvi-la gritar seu nome, mas não podia se permitir: era venenosa.
— Não me sinto humilhada — falou em voz doce. Ele pensou que era mais uma mentira. — Não era isto que queria? Uma chance de me ver nua e prostrada diante de você? Implorando sua ajuda para que pudesse me rejeitar? — Hermione apertou os lábios com amargura, e Harry sentiu algo se retorcer nele. — Ou talvez não goste de fazer as coisas pela metade... — Ela pôs a mão no cós da calça jeans.
— Pare! — exclamou sem perceber. Hermione franziu a testa e ele se deu conta de que estava furiosa.
— Não compreendo — falou secamente. — Como vou prendê-lo com minhas artimanhas e falta de escrúpulos se estiver vestida? — O argumento pesou entre os dois. Harry trincou os dentes para conter a vontade de acabar a conversa de maneira mais direta.
— O que você quer? — Não podia ter o que queria dela, e nem deveria.
— Pensei que já sabia. Teve imenso prazer em me dizer, do alto de seu pedestal, já que mudou de vida e todos acreditaram. Sortudo. — Hermione levantou do sofá e se aproximou, oferecendo-se. — Bem, aqui estou, Harry, prostituindo-me, como você esperava. Mas se sou uma prostituta, o que isto faz de você?
— Disse que não podia ter você. — Esforçava-se para não estender a mão e tocá-la. — E agora se oferece seminua? Afinal, qual é a verdade?
— Só faltou me chamar de vagabunda, mas foi você quem me beijou. É que não consegue ficar longe de mim. No fundo, continuo sendo a mulher que o deixou.
— Seria mais inteligente não me lembrar disso — falou com voz macia, negando a própria raiva. — Não é uma das melhores lembranças que tenho de você. — Pensou que podia fingir tão bem quanto ela; fingir que ficaria zangado com qualquer outra pessoa conhecida que invadisse o seu sagrado pedaço de mundo.
— Não é disso que se trata? — Mostrava um brilho duro nos olhos que costumavam ser tristonhos. — Não é isso que o faz querer me dominar? Eu, uma vagabunda suja e sem vergonha, tive a temeridade de deixar o grande Harry James Potter!
Odiou que Hermione usasse aquelas palavras, e que pensasse que era o que ele pensava. Pior: sentiu o impulso de protegê-la, mas o confundiu com a cólera.
— Nunca a chamei de vagabunda...
— Não? — Os olhos castanhos chispavam, e desafiavam-no, gloriosamente seminua. Desejava-a tanto que doía, e inconscientemente se aproximou dela. Olhava-o com ar de ironia e de raiva que não deveria servir de afrodisíaco, mas...
— Hermione... — Crispou os punhos para não estender a mão e tocar seus deliciosos seios. — Vista seu suéter.
— Já apareci em capas de revista usando menos. — Movimentou os quadris, e ele sentiu a boca seca. — Quando se tornou tão puritano?
Quando você veio para a minha ilha, pensou amargurado, quando entrou na minha vida novamente. Não me importo com o motivo de estar aqui, eu só... Mas ele não poderia completar o pensamento. Harry pegou o suéter e tentou entregá-lo, mas sua mão esbarrou no ombro de Hermione e tumultuou as sensações. Ela suspirou e Harry sentiu sua respiração sobre a pele. Ficaram se olhando, a tensão cresceu e se encheu de erotismo.
— Vista a maldita coisa, ou vou vesti-la em você, e juro que isso não vai acabar do jeito que deseja.
Hermione apertou a boca, olhou para ele e piscou.
— Não sabe o que eu quero. — Vestiu o suéter com naturalidade e ficou ainda mais atraente e bonita. Os cabelos curtos e castanhos acentuavam seus traços. Harry se recordava de tudo que dissera no quarto do hotel, o que ele atribuíra a uma reviravolta na sua história, para incluí-lo num plano. Ela era como um rodamoinho no qual não pretendia ser apanhado, mas às vezes parecia tão frágil e desprotegida que o comovia, e não sabia por quê.
— O que aconteceu com você? — perguntou sem querer. Mal se lembrava de que naquela noite resolvera humilhá-la, vingar-se, mostrar que não entrava mais nos seus joguinhos. O fogo crepitou e a sala pareceu mais íntima. Hermione deu um sorriso que não se refletia em seus olhos.
— Sabe o que aconteceu comigo — disse, cansada. — Todos sabem. Foi registrado para a posteridade e divulgado na imprensa para aumentar a vendagem de jornais. Minha desgraça é um ótimo entretenimento.
— Theo. — Harry ignorou a pontada que sentia ao dizer o nome do outro. — Ficou com ele por longo tempo. Deve ter sido doloroso perdê-lo.
— Não do jeito que pensa. — Deu uma risadinha e desviou os olhos. — Encontrou alguém muito mais adequado e, ainda mais importante: parecia comigo, mas não era eu. Realmente não o culpo. Não posso dizer que gostava dele.
Não gostou do jeito como ela falara, mas não entendia por que se importava, e nem por que, de repente, parecia muito frágil e delicada, indefesa, alquebrada.
— Talvez não a tenha valorizado — ouviu-se dizer, sem saber quem ficava mais surpreso, se ele, ou Hermione. Ela deu um sorriso amargo e seus olhos se encheram de tristeza.
— Se é verdade, a culpa foi minha. — O silêncio se prolongou. Harry estendeu a mão e acariciou seu rosto, os lábios. Sentia uma emoção que o confundia: excitação, uma mistura de necessidade e paixão, e de algo mais. Olhava-o como se esperasse ser magoada. E isso era algo que ele não suportava. — Acho que preciso ir embora — falou Hermione, dando o sorriso de Mona Lisa que ele tanto odiava. — Nem todas podem dizer que se despiram para Harry Potter, no seu refugio no Maine. Vou acrescentar isto à minha lista de maiores...
— Fique — pediu, sem saber que pretendia falar. — Para jantar — esclareceu, juntando todo o seu charme e gentileza num sorriso. — Prometi que iria alimentá-la, não foi?
Hermione deu uma risada.
— Como poderia recusar?
Ela respondera o mesmo há cinco anos, quando Harry cedera a um desejo que jamais havia sentido e a convidara para ir embora de uma festa que não lembrava mais quem dera. Só se lembrava de tê-la beijado, de sentir sua pele sob os dedos, o calor dos lábios, da paixão que quase o derrubara.
Abraçar Hermione tinha sido como mergulhar num vulcão. Sempre a conhecera, e na época era a garota do momento: tudo que falava, dizia ou vestia, era analisado, criticado e copiado, e se surpreendera por ela ser tão inteligente e divertida. Acabara de perder a mãe e lutava para aceitar a perda e dar algum sentido à sua vida. Hermione Granger lhe parecera uma pedra de toque, uma âncora, a única coisa que o tirara da total apatia, do desespero.
— Venha comigo. — Não lembrava se pedira ou ordenara. Ela havia se abraçado ao seu pescoço, e o olhado de um jeito que parecera atravessá-lo. Era como se tivessem se juntado por efeito de algo mágico. Ela rira e não perguntara para onde iriam, e o que fariam. Beijara-o, como se estar com ele fosse seu destino.
— Como poderia recusar? — sussurrara docemente no seu ouvido.
Harry olhou para Hermione, procurando algum sinal de que ela também se lembrava, mas o seu rosto nada demonstrava. Talvez tivesse apenas imaginado, ou desejado, que houvesse algo a descobrir por detrás dos seus olhos tristes. Talvez fosse mais tolo do que pensava...
Levou-a à cozinha, abriu a geladeira, tirou alguns ingredientes e os colocou no balcão.
— Você cozinha? — perguntou ela sorrindo.
— Valorizo minha privacidade e por isto não tenho empregados. Ainda que houvesse um lugar que entregasse, não pediria comida fora, e como não sou um animal selvagem, sim, sei cozinhar.
— As celebridades de Manhattan ficariam transtornadas se soubessem que é tão competente. — Ela se aproximou sorrindo. — Destruiria as fantasias a respeito de quanto trabalho tem um homem como você.
— Depende do que considera trabalho — disse, mexendo nas prateleiras. — Ter preocupações que não se refiram a compras e festas? Ter um objetivo na vida, além de dilapidar a fortuna da família? Isso é muito trabalho?
— Sabe que é — falou novamente em tom risonho. Harry pensou num déjà vu, como se fosse comum Hermione estar ali, na cozinha, ao seu lado, como se dividissem mais do que um inflamado desejo. De onde viera aquela sensação? Ela torceu o nariz ao vê-lo pegar um pacote de macarrão, algumas salsichas, tomates, manjericão, alho e um pedaço de queijo. Harry teve a estranha sensação de que ela tivera a mesma fantasia a respeito de uma vida que não poderiam ter.
Mas não: o que havia entre os dois não passava de sexo explosivo que durante um período sombrio da sua vida ele confundira com algum sentimento. E como ela era a primeira pessoa do seu mundo habitual que levava até ali, isso justificava que estivesse pensando em coisas que não deveria desejar.
— Eu corto o alho.
— Não sei se quero que segure uma faca na minha cozinha — murmurou.
Ela riu: não o sorriso vazio que costumava dar, mas um daqueles que provocava uma covinha na sua bochecha e se refletia em seus olhos verdes. Ficou eletrizado ao pensar que aquele era um sorriso verdadeiro, que acabara de ver a Hermione real. Quase se arrependeu de tê-la convidado para vir, mas sempre tivera um lamentável fraco por Hermione, e um pouco mais não faria diferença.
Era como estar num sonho: ela picava os temperos, o azeite esquentava na panela e a cozinha se enchia de calor e de alegria.
Era como se cumprissem um ritual já compartilhado centenas de vezes, pensou Hermione. A situação mais íntima que já vivera com alguém, principalmente com um homem.
— É evidente que não é a primeira vez que pega uma faca — Harry parecia curioso. Hermione pensou que deveria torná-la um mistério, ou que simplesmente tentava confirmar algum preconceito em relação a ela, mas isso não fazia diferença na cozinha acolhedora, onde se espalhava o cheiro de alho e manjericão. Sentou à mesa para comer o jantar que ajudara a preparar, com o tipo de homem com quem sempre sonhara, e pensou que, se conseguisse esquecer o que acontecera na sala, talvez não precisasse fingir e pudesse simplesmente se divertir.
— Não cozinho há muito tempo... — hesitou, com medo de revelar mais do que deveria. Harry talvez a chamasse de pobre menina rica, e ela não sabia se naquele momento aguentaria ouvir alguma recriminação. Olhava-a com uma expressão inescrutável. — Minha mãe morava na França e tinha uma governanta. O nome dela era Hilaire, e era muito severa. — Hermione olhou as tigelas e pratos de cerâmica colorida e se sentiu de volta à casa da Provence, onde morava a mãe silenciosa, eternamente doente.
Quase podia ouvir os resmungos mal-humorados de Hilaire ao exigir que a garota mimada desempenhasse tarefas domésticas, de preferência as mais subalternas. Aquelas eram suas lembranças favoritas, mas não costumava comentá-las por medo de ser mal interpretada. Olhou para Harry e o viu relaxado na cadeira, revirando a taça de vinho.
— Hilaire acreditava que toda mulher deveria saber preparar uma refeição decente.
— Sempre ansiara por aquelas horas na cozinha, onde fazia a maior confusão e ouvia uma torrente de reclamações da terrível Hilaire.
Pelo menos alguém, em algum lugar, dera-se ao trabalho de corrigi-la, de educá-la. Mais tarde, passara a odiar a hora de voltar para casa e deixara de ir lá, pois Hilaire se aposentara, e agora só visitava a Provence quando se cansava dos passeios em St. Tropez e em Cannes. E sua vida se tornara vazia e entorpecida.
— Minha mãe achava a mesma coisa — falou ele em voz baixa, como se estranhasse o clima de intimidade. — Dizia que nenhum filho seu cresceria sem saber se cuidar sozinho. Era uma Evans de cima a baixo, assim como meu avô. Os excessos dos Potter lhe causavam desgosto.
— E quanto a você? — perguntou Larissa. — Onde se encaixa entre o puritanismo dos Evans e a extravagância dos Potter? — Lembrou-se de que ele fora um jovem desnorteado e playboy como todos os outros da mesma classe social. Comeu um pouco de massa e suspirou: os temperos pareciam espantar o frio, a umidade e a falta de harmonia, e Harry lhe oferecia o sorriso devastador que o tornara o solteiro mais cobiçado de Manhattan.
— As pessoas precisam mudar — falou ele num estranho tom, mas permaneceu impassível. — Que outra opção lhes resta?
— A maioria não muda. Empaca diante da menor sugestão de mudança e faz de tudo para impedir que alguma coisa mude.
— Então não passam de crianças — disse distraído, enchendo o garfo. Não pôde deixar de admirá-lo. Hermione andava sentindo coisas demais, principalmente quando estava com ele. — Um adulto deve se responsabilizar por seus atos e fazer o que se espera que faça. Se isso requer mudanças, que seja. Isso se chama amadurecer, e é um dever.
— É raro que alguém acorde de manhã e resolva mudar de vida sem motivo — disse, escolhendo as palavras com cuidado na tentativa de se proteger dos próprios sentimentos. — Acho que geralmente as mudanças são precedidas de algum desastre pessoal. Por que alguém se arriscaria a mudar? É muito doloroso. Ninguém tolera mudanças. Todos tentam manter as coisas no lugar, temendo o que possa acontecer. Ninguém muda, quando pode evitar. Ninguém.
Ficou calado por algum tempo, observando-a. Depois, piscou, a tensão desapareceu como que por encanto e, até o final da refeição, voltaram a conversar sobre assuntos variados e inócuos.
Hermione levantou, juntou os pratos e levou-os à pia. Quando se voltou, Harry estava atrás dela. Estendeu os braços, apoiou as mãos na pia e prendeu-a contra o balcão. Ela sabia que deveria fazer alguma coisa como gritar, correr, protestar, mas ficou olhando-o, enquanto sentia o sangue ferver nas veias.
— Você mudou, Hermione? — perguntou o estranho docemente, com um sorriso nos lábios e olhar severo. — Foi isso que tentou me dizer?
Ela sentiu o medo e a tensão voltarem com toda intensidade. Como pudera esquecer o perigo que ele representava? Deixara-se iludir totalmente pela fantasia inesperada e altamente duvidosa da intimidade doméstica? Ou foram as lembranças da Provence, que ela costumava esconder até de si?
— Não faço declarações a respeito de ter ou não mudado. Seria pretensioso. Já ouviu alguém dizer que mudou, sem logo em seguida provar o contrário?
— Raramente. — Olhou os lábios de Hermione e os seus olhos ficaram sombrios. — Mas nem todo mundo precisa ir tão fundo como você.
Havia uma parte dela que o odiava pelo comentário maldoso, e outra que queria simplesmente detestá-lo. E esta era a parte que se encolhia e imaginava por que ela baixara suas defesas e deixara que a magoasse. Depois da maneira como a noite correra, esperara demais. Cometera um erro. Jamais aprenderia?
— Não. Claro que não — falou, tentando reconstruir seus muros de defesa. — Sou o exemplo da decadência. Obrigada por me lembrar. — Por que se sentia destruída, quebrada? Como poderia dizer se o estranho interlúdio durante o jantar fora um ato de bondade de Harry ou apenas um ato de ingenuidade que bastara para que ela perdesse a cabeça? Ou ele deliberadamente lhe dera uma falsa sensação de segurança, fazendo com que Hermione se expusesse, remoesse lembranças e ficasse vulnerável? Não havia sido disso que fugira há cinco anos? Não fora o fim de semana que passara com ele, que a levara ao noivado sem amor com Theo?
— Por que quero acreditar nas coisas que você me disse esta noite, Hermione? — perguntou num sussurro que ela sentiu como uma carícia se espalhando por seu corpo. — E se você não é quem acho, por que não se defende?
Ela deu uma risada que era mais uma manobra para se defender do que algum tipo de humor.
— Nunca se defenda, nem explique — falou alegremente, embora lhe custasse. — Alguém não disse isto?
— Se não pode se defender — falou muito próximo, mas não o suficiente — , então deveria explicar. Estamos sozinhos: ninguém vai saber, além de mim.
— E eu — retrucou. A loucura é que ela sentia vontade de explicar. Por quê? Achava que, de alguma maneira, iria salvá-la? Era mais provável que ele debochasse. Por mais que lhe custasse, dessa vez teria que se salvar sozinha.
— Hermione... — falou o nome dela como se fosse um encanto, uma maldição, e enfiou os dedos em seus cabelos. Sentiu o corpo vibrar como um tambor, ecoando profunda e insistentemente. Tinha medo daquele homem, mas ao mesmo tempo nunca se sentira tão consciente e viva. Harry sempre fizera com que se sentisse daquele jeito, que sentisse.
— Se vive uma vida complicada — falou, olhando-o nos olhos, sentindo a pele queimar — , algumas pessoas irão odiá-lo e não há nada que possa fazer para que mudem de ideia. — Ele tinha olhos tão profundos e atraentes, que Hermione sentia vontade de mergulhar neles. — Só pode seguir em frente e tentar causar o mínimo possível de estragos, de danos. É o que lhe resta fazer.
— Menos danos? — Puxou-a pelos cabelos e falou junto a seus lábios. — Menores estragos? O que isto significa para alguém como você?
Não conseguia fazer o que deveria. Não conseguia se desvencilhar de Harry, afastar-se e partir. Sempre fora fraca e incapaz de resistir à tentação. E, ainda que a magoasse, ele era sua maior tentação. Estava cansada de se analisar, de enfrentar a própria imagem, de reconhecer honestamente o que fizera consigo. E sempre tivera um fraco por ele. Sempre. E ainda tinha. Reconheceu que estava perdida, colocou-se na ponta dos pés e o beijou.
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Sou só eu que estou com vontade de bater no Harry por nao acreditar na Hermione??
Obrigada a todos que estao lendo essa fic.. e obrigada a Pacoalina por seu comentario..
Comentários (3)
MAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIISSSSSSSSSSSSSSSS
2013-10-31acho q o harry está mt prepotente e metido a bomzão...quem tem tenhado de vidro não deve jogar pedra nos outros né...
2013-10-27Ele vai acabar machucando ela, nossa coitada ninguem nunca acredita nela!!!
2013-10-26