Capitulo 6
Capitulo 6
Esse cap contem cenas NC 17, o começo e o final dessas cenas estão marcadas, caso não queira ler pule o cap até onde diz FIM NC. Obrigada..
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NC
O beijo liberou a energia contida entre os dois. Enquanto o abraçava com força e beijava avidamente, Hermione percebeu que jamais iria se fartar, que ansiava por sentir sua pele sob as mãos, e levantou o suéter de Harry, acariciou-lhe o peito que parecia queimar e o ouviu resmungar seu nome, não se importando se dissera como uma maldição ou uma bênção.
Levantou-a do chão e sentou-a na beirada da pia. Hermione mal reparou: envolveu-o com as pernas e se perdeu novamente no contato eletrizante com seu corpo, na doce loucura de sua boca. Fora apanhada na reviravolta de lembranças que tentara esquecer por longo tempo e que se misturavam ao presente. Via imagens dos corpos dos dois se esfregando e sentindo prazer, voltava ao presente, sentia as mãos de Harry no seu corpo e perdia o fôlego. Fora ofensivo, e ela se incendiava, derretia e voltava a queimar. Sabia muito bem que aquilo seria um tremendo erro, que pagaria um alto preço por ceder à tentação, mas não se importava. Os lábios de Harry desceram da sua boca para o queixo, deixando um rastilho de fogo por onde passavam, e não conseguia parar.
Ainda se sentia fraca, depois de tudo que passara. Havia sido a mais tola das criaturas ao se dedicar à autodestruição, mas ali, com ele, estava quase convencida de que abraçá-lo daquele jeito, desfrutá-lo, valeria qualquer sofrimento que viesse mais tarde. Harry beijou-a novamente com seu jeito dominador, e ela pensou que aquilo valia tudo, e em vez de se debater com coisas que não mudariam naquela noite, naquele momento, Hermione puxou o suéter dele, impelindo-o a tirá-lo, e suspirou. Vai destruí-la, pensou. Mas já estava destruída em todos os sentidos, não estava? Por que se negaria àquele prazer? Por que se puniria mais do que já fizera, fugindo de algo tão inevitável quanto a chuva que fustigava as janelas? Era como se fossem favas contadas, desde o momento em que o vira na porta do bar.
Talvez o que acontecia agora tivesse se tornado inevitável, desde aquele fim de semana, há cinco anos. E não se arrependia ao senti-lo abraçá-la daquele jeito, como se sentissem a mesma ânsia, a mesma excitação. Harry acariciava lhe as costas por debaixo do suéter, agarrava suas coxas e a fazia sentir a rigidez do seu corpo através do jeans. Sentiu uma poderosa torrente de desejo, de necessidade, se espalhar pelo corpo. Ele inalou profundamente. Hermione engasgou, inclinou a cabeça para a frente, lambeu o peito dele e sentiu o gosto de sal e de homem. Esguio e atlético, com os músculos esticados e lisos, confiante do seu poder, perfeito, pensou, agradecendo aos deuses de quem há tempos se esquecera.
— Está vestida demais — disse quase num sussurro. Hermione teve a sensação de que era outra pessoa, e seja quem fosse a mulher que ele acariciava, iluminava-se ao seu toque e se tornava mais viva do que jamais estivera, perdendo seu eterno tom de cinza: ali, com Harry, ela se sentia brilhar.
Hermione olhou para ele: as maçãs do seu rosto pareciam mais pronunciadas, os olhos haviam escurecido de desejo e o seu olhar era mais intenso. Ela sentiu um latejar no ventre. Não se recordava de já ter desejado alguém, ou alguma coisa, como agora. Levantou os braços acima da cabeça, sorriu e esperou. Harry retorceu os lábios e os seus olhos brilharam. Sentiu um arrepio nas costas e um latejar insistente entre as coxas, enquanto ele a despia do suéter lentamente, deixando que o ar frio a atingisse centímetro a centímetro, como se a quisesse punir.
Com uma calma que desmentia a ansiedade estampada no seu rosto, ele pôs o suéter de lado e imediatamente dedicou sua atenção aos seios descobertos. Soltou um suspiro torturado, e ela sentiu o seu sopro sobre a pele, fazendo os mamilos se eriçarem. Como que em meio a um sonho, cobriu-lhe os seios com as mãos, acariciando-os com os dedos. Hermione arqueou o corpo ao sentir um estranho prazer que crescia e saía de controle. Quando Jack abaixou a cabeça e cobriu o seu seio com a boca, ela se perdeu totalmente: jogou a cabeça para trás e gemeu de satisfação; agarrou-se a ele, e o mundo começou a girar. Estava vagamente consciente de que a levantava da beirada da pia. Só conseguia se concentrar na sensação dos lábios dele em seu seio, no calor devastador que crescia no centro do seu corpo.
— Espere — murmurou, erguendo-a mais um pouco. Hermione o abraçou pelo pescoço e o envolveu com as pernas, deleitando-se com o contato dos corpos. A cada passo que ele dava, sentia que ficava mais excitado. Antes de se dar conta, viu-se deitada sobre a mesa da cozinha, como se fosse, lhe servir de banquete. Harry se inclinou sobre ela, admirou seu corpo, passou a mão em suas pernas e tirou uma das botas com expressão concentrada, deixando-a cair no chão com um ruído seco. Esperou ouvir o ruído da outra bota e pensou que nada mais lhe restava fazer a não ser erguer os quadris, enquanto ele tirava o seu jeans, deixando-a apenas com o pedacinho de tecido vermelho que escondia o sexo. Por um instante, ficou a olhá-la com os olhos cheios de fogo, paixão e ânsia. Sentia-se fraca, indomada, úmida.
Sentia novamente a torrente eletrizante que fazia aquele corpo parecer não ser seu, a impressão de que não existira durante os últimos cinco anos, a certeza de que isto era tudo que existia, de que nada havia e jamais houvera no mundo, além de Harry. Era demais para agüentar, para conseguir sobreviver. Ficou abalada pela profundidade do próprio desejo, do próprio desespero. Todas aquelas sensações a acometiam em ondas, uma após a outra, ameaçando afogá-la, e mal as compreendia. Sentia-se inquieta, com uma espécie de angústia sensual que ameaçava queimá-la viva, se não se mexesse. Ergueu-se na mesa e puxou-o pelo cós do jeans, assustando-se com o calor do seu corpo. Ele era demais. E Hermione não conseguia nem queria parar, embora soubesse que, depois, iria se arrepender. Depois.
Harry olhou para ela de um jeito tão sensual, que a deixou ainda mais agitada. Hermione abriu o zíper da sua calça com cuidado, sem deixar de encará-lo. Ouvia a tempestade e o vento fustigando a casa como se o som viesse de muito longe, mas ali dentro o único som que se ouvia era o ruído das respirações de ambos, enquanto o acariciava. Apenas Harry. Necessidade. Nunca seria o suficiente.
— Agora não — falou como se as palavras lhe doessem. Mal entendia o que ele dizia, ocupada em baixar a cabeça para sentir seu gosto. Afastou-a e beijou-a avidamente. Hermione caiu deitada e Harry a puxou, colocando seus quadris na beirada da mesa. Continuou a beijá-la com crescente avidez, enquanto acariciava o seu ventre, o umbigo, descia a mão, afastava o tecido vermelho e tocava-lhe o sexo. Por fim. Fogo. Hermione arqueou o corpo e sentiu a cabeça girar desesperadamente.
— Harry... — conseguiu dizer. E foi como se tivesse jogado gasolina na fogueira. Sentiu que ele se concentrava em traçar suas curvas secretas com um dedo, depois com dois. Estremeceu de prazer diante da intensidade do que a fazia sentir. Harry puxou de lado a calcinha de Hermione e encostou nela com sua ereção, pressionando um pouco, mais um pouco. E, de repente, parou e a fitou, como se procurasse ver... Tudo. Estava quase enlouquecida.
Quase. Sentia o olhar que a percorria de cima a baixo, por dentro e por fora. Era como se já a tivesse possuído. E mudado. Ela sabia, como sempre soubera, que aquele homem nada tinha de moderado, que exigia demais e conseguia tudo. Não havia como negar essa verdade. A outra verdade, é que o desejo que sentia por ele era como um veneno em seu sangue, revirando-a, deixando-a viva e alerta. Envolveu os quadris de Harry com as pernas e puxou. Ele a penetrou com segurança e firmeza. Ela fechou os olhos e explodiu de prazer.
Esperou que ela reabrisse os olhos castanhos e lentamente começasse a fixar a visão nele novamente. Só então ele se mexeu. Pensou que Hermione era mais perfeita do que se recordava, do que sonhara todos aqueles anos. As curvas macias, seu corpo flexível, a boca perigosamente atraente. Os ruídos que fazia com a garganta, enquanto ele começava a estabelecer um ritmo. O aroma de baunilha flutuava entre os dois, provocando-o, fazendo com que se tornasse mais frenético. Estimulou-a novamente, usando as mãos, a língua, a boca. Deleitava-se com o magnífico corpo que nunca esperara tocar novamente, e que estava ali, à sua disposição. Ela erguera os quadris, enfiara as unhas nas suas costas, pendurara-se nele, apressando-o.
Desejava-a demais, queria o máximo dela. Harry manteve o ritmo, enquanto estendia a mão entre os dois e tocava o centro de prazer de Hermione. Ficou muito tensa, contraiu os músculos, e, por fim, gritou seu nome. Seguiu-a na queda para abismo. Quando recuperou a respiração, afastou-se um pouco e observou o belo rosto de Hermione, tentando mais uma vez, com pouca esperança de sucesso, adivinhar o que havia dentro daquele corpo perfeito. Estava jogada sobre a mesa, com a pele corada, os braços levantados acima da cabeça em total abandono. Deus, como era linda! Tão linda que ficava excitado novamente e a desejava como se não tivesse acabado de possuí-la, como se quisesse coisas que deveriam ficar no passado, e que pensava que não haviam sido verdadeiras. Mas Hermione era real, estava ali, e naquele momento lhe pertencia.
Fim NC
Harry atribuía a pressão que sentia no peito à expectativa pela noite que teriam. Afastou-se, fechou o jeans que não chegara a despir, colocou a calcinha vermelha de Hermione no lugar e a viu estremecer, ainda de olhos fechados. Parecia frágil, vulnerável. Sentiu algo se remexer dentro do peito, mas não sabia o que era e não se questionou. Levantou-a da mesa e carregou-a no colo. Já estavam na metade da escada quando ela abriu os olhos e o fitou com ar muito sério.
— Não discuta — resmungou Harry, sentindo algo muito parecido com alguma emoção. Algo explosivo. Esperava que ela discutisse? Queria, ou temia que fizesse uma objeção? — Vai ficar aqui.
Ela mordeu o lábio e, de repente, pareceu assustada, mas não disse uma palavra. Levou-a para a sua suíte favorita, que ocupava a frente da casa e tinha uma bela vista da baía, e deitou Hermione no centro da enorme cama com altas colunas de ferro. E porque era Hermione Granger, não demonstrou nenhum sinal de arrependimento, de pensar em mudar de idéia, de perceber que o segundo andar era muito mais frio que a cozinha. Ela simplesmente fechou os olhos e se espreguiçou como um gato, fascinando-o com o corpo esticado na velha manta. Minha, pensou. A palavra ressoou nele com a mesma profundidade e confiança do som do velho sino da igreja da ilha, mas não se preocupou em analisar o que poderia significar. Não importava. Não podia importar.
Harry não hesitou, nem pensou. Sentou perto de Hermione e abriu a gaveta da cômoda ao lado da cama, onde guardava lembranças de verões passados em que encenara peças de teatro na tentativa de distrair sua mãe. Sentia o calor do corpo dela, seu perfume de baunilha, e não sentia culpa pelo que iria fazer. Tirou um par de algemas que usara numa das fantasias que estavam na gaveta, prendeu uma alça na cabeceira da cama e a outra no pulso de Hermione. Ela abriu os olhos lentamente. Talvez devagar demais. Piscou, mas não se mostrou assustada, puxou o braço com delicadeza, e depois descansou a cabeça no travesseiro.
— Degenerado — falou com um ar divertido. — E eu sem uma senha de segurança para que você pare...
— Não quero que tenha alguma idéia estranha.
— E quem diz isso é o homem que acaba de me acorrentar à cama...
— Como ir embora sem me avisar. Como aconteceu da última vez.
Hermione não reagiu, mas Harry sentiu aumentar a tensão que sempre os cercava. Ela ergueu o queixo e sacudiu o braço, e a algema tilintou nas barras de ferro da cabeceira.
— Qualquer homem teria simplesmente me pedido para ficar.
— Não sou qualquer homem. — Deitou ao lado dela, passou o dedo entre seus seios e ficou satisfeito ao ver que se arrepiava. — E certamente não é qualquer mulher, Hermione.
Por um instante ficou muito séria, com o brilho triste nos olhos, embora sentisse o desejo aumentar cada vez que ele movia a mão sobre seu corpo.
— Que tipo de mulher eu sou? — perguntou num fiapo de voz.
Harry teve a estranha sensação de que, apesar de estar deitada, aparentemente sem nenhuma preocupação, como se estivesse acostumada a ficar totalmente nua com a maior naturalidade, a pergunta lhe custara esforço e a resposta seria importante. Mas não queria pensar nisso.
Casaria-se com o tipo de mulher que seu avô aprovasse — confiável, responsável e aborrecida, que não o fizesse se lembrar do mar —, e com ela construiria uma família, uma vida adulta composta de obrigações e deveres, e nunca mais se sentiria naquela montanha-russa de desejo e fúria, de necessidade de se perder dentro dela novamente. Harry pensou que era isso que desejava acima de tudo. Mas, naquela noite, o dever lhe parecia algo muito distante. Tudo que existia era aquela mulher estendida na sua cama, à sua espera.
— Neste momento — disse com um olhar intencional, sugerindo promessas que não faria e não pretendia cumprir —, você é minha.
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Obrigada a todos por lerem e obrigado pelos comentários Juliana de Barros Cadan, Pacoalina, Júlia Potter Malfoy.
Muito picante pessoal?
Bem s alguem ai nao gosta de ler momentos NC, sinto muito que nao tenha sido um cap muito grande...
Comentários (2)
ameiii, só espero que no proximo capitulo o Harry não aja como um idiota!!!
2013-11-15achei mt bo, espero o próximo capítulo rpa ver o que eles vão aprontar agora!!!
2013-11-12