Substituída?

- Eu não entendo. Por que ainda quer que eu continue fazendo isso, se você não vai poder ter os poderes de volta? – Angela falava olhando para o espelho.

- Eu não posso ter os poderes de volta, mas só de destruir essa família eu ficarei satisfeita.

- Então você só quer vingança? E depois me deixa em paz?
- Sim.

- E se eu não quiser fazer isso?

- Ah... Eu sei que quer... Afinal, você está apaixonada não é? – A voz tinha um tom divertido.

               Angela olhou para o porta retratos em cima da estante. Rony estava ao lado de Hermione. Angela colocou sua mão sobre o porta retratos e sorriu. Tinha tampado Hermione na foto, deixando apenas Rony sorrindo.

- Você pode fazer parte dessa família, se continuar assim...

- Você me garante isso?

- Com certeza.

- Ouvi eles falarem sobre o torneio tribruxo... Pensei que ia querer se infiltrar para fazer alguma coisa com a menina.

- Não... O torneio tribruxo irá nos ajudar. Enquanto a menina estiver longe, você tem mais chances de conseguir tirar Hermione dessa família.

- O que a garota tem a ver com isso?

- Ela já é amadurecida. Acha que ela gostaria que uma mulher estranha ocupasse o lugar da mãe não é? E não se preocupe... Já cuidei de tudo.

               Angela não pôde continuar sua conversa. Hermione desceu as escadas.

- Bom dia. – Hermione disse desanimada.

- Bom dia Hermione! – Angela respondeu de bom humor. – Dormiu bem?

- Não muito... Sabe do Rony?

- Não... Ele não veio para casa com você?

- Veio, mas... Tivemos uma briga, ele não dormiu em casa.

- Oh... Sinto muito.

- Tudo bem. Ele já deve ter ido para o ministério. As crianças ainda estão dormindo... Mas não deixe que elas durmam até tarde, por favor.

- Já vou acordá-las nesse instante.

- Obrigada. – Hermione sorriu.

- Eu que agradeço. – Angela disse baixo, sorrindo.

 

 

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- Ela ainda não respondeu. – Rony disse balançando sua perna sentado em sua cadeira. – Se ela não responder, eu vou até lá.

- Calma Rony. Ela deve ter acabado de acordar, deve demorar um pouco para responder. – Harry tentou tranquiliza-lo. – Acho que você deveria se preocupar com outra pessoa agora.

- Ah, nem me fale.

- Não foi certo deixa-la dormir sozinha essa noite.

- Eu não poderia voltar. Íamos discutir e ficar duas semanas sem nos falar direito.

- Você não devia pensar assim. Tinha que entender o lado dela também. Acho que você não gostaria que alguém tentasse ocupar o seu lugar na casa.

- Ninguém quer ocupar o lugar dela na casa. Ela está ficando louca, Harry.

- Ou talvez não.

- O que quer dizer?

- Olha Rony, sei que eu e Gina já demos nossa opinião, mas... Não sei se colocar Angela na sua casa foi uma boa ideia.

- Como assim?

- Bem, vocês nem ao menos conhecem ela direito.

- Ah Harry, você também? – Rony se levantou. – Olha, eu vou até a sala de Hermione conversar com ela está bem?

- Faça isso. – Harry sorriu.

               Rony saiu da sala, e Harry riu balançando a cabeça.

- Parece que eu sempre vou ter que ajudar esses dois.

 

 

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- Obrigado pela ajuda Hermione, essa noite foi muito melhor. – Peter disse sorrindo. – Minha esposa pediu para que eu te agradecesse.

- Não há de que Peter, que bom que deu certo. Não tinha feito essa poção antes, mas conheci alguém que me explicou uma vez. Fico feliz por ter dado certo.

- E muito certo. Rony tem sorte por ter você como esposa. Fico feliz por sermos amigos. – Ele segurou a mão de Hermione e a beijou. - Você é um anjo.

               Hermione sorriu. Os dois se viraram para a porta que estava aberta, e o sorriso de Hermione sumiu. Rony estava prestes a explodir.

- Rony. – Hermione sorriu. – Fiquei preocupada com você.

- É mesmo? – Ele perguntou sarcástico. – Não parece preocupada.

- Ah não. – Hermione olhou para Peter. – Pode nos dar licença uns instantes?

- Claro! – Peter olhou para Rony, mas teve medo de dizer alguma coisa. Pegou os papeis em cima da mesa e saiu da sala.

- Por que mandou ele sair? Não queria atrapalhar a diversão.

- Rony, não começa.

- Oh... Então agora eu não posso ter ciúmes? O que foi que você disse ontem a noite mesmo?

- Ah você quer dizer ontem à noite, quando você deixou sua esposa GRÁVIDA e seus filhos pequenos sozinhos em casa e foi dormir fora?

- Eu não fui dormir fora, estava na casa do Harry, e você deveria saber disso.

- Não me importa onde estava você não devia ter me deixado sozinha.

- Talvez você não estivesse sozinha..

- O que quer dizer? – Ela cruzou os braços, furiosa.

- Quer saber? Eu nem sei pra que eu vim até aqui. Devia ter deixado tudo isso pra lá.

- Você é tão cabeça dura Ronald!

- Devo ser mesmo! – Ele respondeu bravo. – Divirta-se com seu “colega de trabalho”. – Antes que Hermione pudesse dizer algo, ele bateu a porta.

 

 

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- Então você enrola assim... – Angela falava para Anny e Rose, enquanto preparavam brigadeiro. – Allan, você pode ajudar?

- Eu não, isso é coisa de mulher. – Ele disse sentado na cadeira, apenas observando.

- Ele é muito chato Angela, não liga. – Anny disse.

- Hey... Eu deixo você fazer algumas poções depois. – Angela disse.

- Mesmo? – Ele perguntou se levantando. – Vai contar pros meus pais?

- Não. É o nosso segredo. – Ela piscou.

               Allan correu para perto delas, ajudando a enrolar os brigadeiros e passar no granulado. Eles conversavam animados, quando Tiffy saiu da porta da cozinha, indo para a sala. Deu de cara com Rony saindo da lareira, completamente vermelho.

- Senhor Rony! Chegou cedo.

- Oi Tiffy. É que... Não me senti muito bem.

- Quer alguma coisa?

- Não... Só preciso de um banho gelado e descansar. Onde estão todos?

- Ah... Angela está ajudando as crianças a fazer brigadeiro.

- Brigadeiro?

- Sim. Senhor Rony... Tiffy precisa dizer uma coisa...

- Pode ser depois Tiffy? Realmente não estou com cabeça agora.

- Claro...

               Rony andou até a cozinha e parou na porta, observando os filhos que estavam tão animados.

- Papai! – Rose olhou para ele.

- Chegou cedo pai. – Anny disse. – Aconteceu alguma coisa?
- Não... Só quis tirar a tarde de folga. O que estão aprontando?

- Tia Angela ta ensinando a gente a fazer brigadeiro. – Rose disse.

               Rony olhou para Angela, e ela sorriu.

- Até o Allan está ajudando. – Anny disse rindo.

- É, estou vendo. Finalmente conseguiram tirar ele de frente daquela televisão.

- Não foi tão difícil assim. – Angela disse e as crianças riram.

- Vou tomar um banho... E já desço para provar desse brigadeiro. – Ele sorriu e saiu da cozinha, deixando Angela totalmente satisfeita.

 

 

 

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- Sinto muito Hermione, não queria causar problemas. – Peter disse dando um copo de água para ela.

- Não se preocupe Peter, Rony é assim mesmo. E já estou cansada disso. Ele não sabe conversar.

- Acho que ele pensou mal quando nos viu aqui.

- Provavelmente, mas ele poderia saber o que estava acontecendo.

- Acha que terá que contar toda a verdade?

               Ele perguntou tenso e Hermione sorriu.

- Não Peter, não se preocupe. Seu segredo está guardado comigo.

- Obrigado Hermione, não sei como agradecer.

               Hermione suspirou, passando a mão em sua barriga.

- Está se sentindo mal de novo?

- Não... Deve ser preocupação.

- Não acho bom você ficar aqui desse jeito. Porque não vai para casa descansar? Eu cuido das coisas por aqui.

- Faria isso por mim?

- Depois do que você fez por mim, isso é o mínimo que posso fazer. – Ele sorriu.

- Obrigada Peter. – Hermione se levantou. – Estava mesmo querendo passar um tempo com meus filhos.

 

 

 

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- Vai papai! Joga a bola! – Rose gritava no jardim.

- Vai filha, vou jogar e você pega.

- Tá bom!

               Rony jogou a bola e Rose a agarrou.

- Muito bem! – Rony comemorou e correu até ela, pegando-a no colo. Anny e Allan batiam palmas. Angela estava sentada observando, sempre com um sorriso satisfeito. Rony era um ótimo pai. Sempre carinhoso e atencioso, e ver ele com os filhos fez com que Angela tivesse mais certeza do que queria. Uma família com Rony Weasley.

- Vamos brincar de monstro papai! – Rose disse.

- Monstro? Ahm... Não sei não... Acho que... Espera... Não estou me sentindo bem... Oh não... Acho que... Estou virando um monstro.

               Rose começou a rir e saiu correndo.

- Melhor correrem e se protegerem!

- Tia Angela vem proteger a gente?

- Eu? Ah não... Melhor não. – Ela sorriu.

- Vamos Angela! – Anny pediu. – Ele vai pegar a gente.

- Eu vou salvar todos! – Allan parou na frente delas e correu em direção ao Rony, pulando em cima dele. Rony o pegou e o colocou no chão, fazendo cócegas nele.

- Quem é o próximo? – Rony perguntou.

- Oh não, ele pegou o Allan! – Anny disse rindo.

- Continuem sem mim... – Allan disse caído no chão.

               Angela se levantou, e as três correram de Rony pelo jardim. Todos davam gargalhadas, enquanto Rony tentava pegá-las.

 

 

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- Bom dia Tiffy. – Hermione disse sorrindo.

- Senhora Hermione! – Ela pareceu assustada. – Chegou cedo, também.

- É, eu resolvi vir embora e... Como assim também?

- É que... O Senhor Rony também chegou cedo.

- Mesmo? E onde ele está?

- Bem... Ele...

               Na mesma hora elas ouviram o som de gargalhadas vindas do jardim. Hermione se aproximou da porta, e parou olhando assustada. Sua família. Seus filhos e seu marido estavam divertindo. Seria uma cena bonita de se ver, se Angela não estivesse junto, com Rony segurando a cintura dela.

- Oh não, ele pegou a tia Angela! – Rose gritou. – Vamos pega-lo!

               Rony a soltou e se deitou no chão, deixando que as crianças subissem em cima dele. Eles davam gargalhadas enquanto Angela observava, rindo.

- Senhora... – Tiffy se aproximou. – Vou preparar um chá.

- Sim... Acho que estou precisando. Estou começando a ter alucinações. – Hermione disse ainda parada na porta. Seus olhos se encheram de lágrimas, até que ela se virou, indo para o seu quarto.

 

 

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               Mia colocou a carta em cima da mesa e suspirou. Como explicar para o seu pai que já tinha sido escolhida para participar do torneio tribruxo?

- E aí, novidades? – Victória sentou ao lado dela.

- Meu pai... Me mandou uma carta. – Mia entregou-a para ela.

- “Mia, soubemos que esse ano terá o torneio tribruxo. Como conhecemos o seu extinto por aventura, imaginamos que você iria se inscrever. Sua mãe e eu estamos preocupados com isso. Não queremos que se arrisque assim, já que o torneio é muito perigoso, e já contamos que uma pessoa morreu da ultima vez que ele aconteceu. Sei que vai pensar que os dias estão mudados, mas mesmo assim, não queremos que se arrisque. Lembre-se que já tem dezessete anos, mas ainda nos preocupamos com você. Espero que pense bem, e aguardamos uma resposta. Caso contrário, eu irei à Hogwarts, fazer uma visita.

Abraços e beijos,

Papai.”

 

- Fala sério! – Victória disse olhando para a carta.

- Está vendo?  Como vou explicar para ele que já me inscrevi?

- É melhor você mandar uma resposta, antes que ele venha até aqui.

- É... Tem razão.

- Cara... Acho que dessa vez você está bem encrencada.

- Nem me diga.

               Mia afundou na cadeira, tomando um gole de suco. Estava realmente encrencada.

 

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