Intuiçao de mãe

- Rose! Rose! – Angela chamava andando pela casa.

- Estou aqui! – Ela disse sentada no topo da escada, parecendo triste.

- O que aconteceu? – Ela se aproximou.

- Anny não quer brincar comigo. – Ela disse triste.

- Oh... Eu posso brincar com você. – Ela sorriu.

- Mesmo?

- Claro!

- A mamãe nunca tem tempo pra brincar comigo.

                Angela sorriu satisfeita.

- Vamos... Podemos brincar lá no jardim.

                As duas se levantaram e saíram animadas para o jardim, onde brincaram a tarde inteira.

 

 

------------------------------

 

 

 

- Desculpe o atraso Hermione. – Peter entrou na sala correndo.

- Tudo bem... – Hermione o olhou. – Peter... Tem alguma coisa acontecendo?

- Não Hermione, por quê?

- Bom... Já é a quinta vez que você chega atrasado essa semana... Você não costuma se atrasar.

- Tive uns problemas durante a noite.

- Problemas? Sua esposa e sua filha...?

- Ah não, estão todas bem. É que... É complicado dizer isso...

- Peter... Não sou apenas sua colega de trabalho, sou sua amiga. – Hermione se levantou e o encarou. – Pode me contar tudo.

 

----------------------------

 

 

 

- Muito bem, então esse caso vai ser solucionado até o final da semana. – Rony disse colocando vários papeis na mesa. – Precisamos da ajuda do Igor...

- Igor não está aqui. – Nicholas disse.

- O que? Onde ele está? – Harry perguntou.

- Foi chamado para alguma coisa, não sabemos o que.

- Ah eu sei o que é. Ouvi os aurores conversando sobre isso no corredor. – Um auror disse. – Acho que ele foi até Hogwarts.

- Hogwarts? Por quê? – Rony perguntou.

- Ainda não sabemos por quê... Mas Kingsley chamou quatro aurores para uma reunião hoje.

                No mesmo instante a porta se abriu e Kingsley entrou na sala de reuniões. Os aurores se levantaram.

- Boa tarde!

- Boa tarde, Senhor. – Eles responderam.

- Rony, vim avisar que mandei quatro aurores para uma missão.

- Missão? Aonde Senhor? Não soubemos de nada e...

- Ah não se preocupe... Não é uma missão especial. Foram a trabalho... Para Hogwarts.

- hogwarts? – Harry perguntou.

- Senhor, Igor também foi para lá?

- Sim.

- Está acontecendo alguma coisa?

- Ah não se preocupe, está tudo bem.

                Rony respirou aliviado.

- É que esse ano irá acontecer o torneio tribruxo.

 

 

----------------------------------

 

 

 

- Então é por isso que tem chegado atrasado essa semana? – Hermione perguntou se sentando.

- Sim... Por favor, Hermione, não conte para ninguém... Posso ser demitido por isso e...

- Não se preocupe Peter... Seu segredo está guardado. – Ela segurou sua mão e sorriu.

- HERMIONE! – Rony abriu a porta assustando os dois.

- Rony! O que aconteceu?

                Rony olhou desconfiado para os dois, mas estava com um problema muito maior.

- Precisamos mandar uma carta para Minerva. Imediatamente!

 

 

 

-------------------------------

 

 

- Estou ansiosa. – Mia disse estralando os dedos.

- Relaxa... Por sorte o cálice não vai te escolher. – Teddy disse.

- Qual é Teddy, não seja chato! – Mia disse. – Olha só, esse ano está ainda melhor porque não tem outras escolas para o torneio, apenas Hogwarts.

- E daí? Continua perigoso. Olha Mia acho que seu pai não vai gostar nada que...

- Shhh, vai começar.

                Minerva parou no centro do salão onde os alunos aguardavam ansiosos.

- Chegou a hora tão esperada. Gostaria de ressaltar, que os alunos escolhidos pelo cálice não poderão voltar atrás. Um professor de cada casa irá ficar encarregado de cada campeão, que como todos sabem, são quatro.

- Quatro? Mas eram três. – Teddy murmurou.

- Devem ter trocado quando tio Harry também participou aquela vez. E também para cada professor ficar encarregado de um aluno.

- Cada prova será passada poucos dias antes dela começar... Lembrando que nenhuma prova ira atrapalhar as provas, portanto isso não será uma desculpa para o fracasso nos estudos.

                Todos ficaram em silencio observando o cálice. As chamas saíram de dentro dele, iluminando todo o salão. De repente um papel foi jogado para cima. Os alunos se assustaram, e Minerva pegou o papel.

- O primeiro campeão... Gabriel Gersoni. Da Corvinal!

                Todos aplaudiram e um garoto se levantou animado. Todos o parabenizaram e a mesa da Corvinal comemorou.

                Mais uma vez o cálice se acendeu e um papel voou na mão de Minerva.

- A segunda campeã, é Narumi Takammi, da Grifinória.

                A mesa da Grifinória fez a maior festa quando uma garota oriental se levantou e andou pelo salão, sentando-se ao lado de Gabriel.

- O terceiro campeão é da Sonserina, Johnatan Benzaquen.

                Os sonserinos aplaudiram e gritaram pelo nome dele.

- Ai eu estou tensa. – Mia disse.

- E eu então. – Teddy falou, torcendo para não ouvir o nome dela.

- E por ultimo, mas não menos importante... Nosso ultimo campeão.

- Viu? É um garoto! – Teddy disse animado.

- Ah... – Mia abaixou a cabeça.

- Desculpe... Campeã. – Minerva corrigiu, com a voz um pouco tensa. – Nossa ultima campeã, da Lufa Lufa... Amélia Weasley.

                Mia ergueu sua cabeça e olhou para Teddy, que estava completamente pálido.

- Eu consegui!

                Talvez pelo sobrenome tão famoso, Mia foi a mais aplaudida dos campeões. Ela abraçou Teddy rapidamente e andou pelo salão, emocionada. Parou em frente Minerva, e ela sorriu um pouco tensa e Mia sentou-se ao lado dos outros campeões.

- Lembrando a todos que isso não é um simples torneio. Nossos campeões terão que enfrentar três grandes provas até conseguirem a taça tribruxo. Cada professor de sua respectiva casa irá ficar encarregado dos campeões.

                Cada professor parou ao lado de um aluno. Neville parou ao lado da aluna da Grifinória, e Squitch parou ao lado de Mia.

- Seu pai sabe da sua decisão? – Neville perguntou sorrindo para ela.

- Eu... Ainda não disse para ele.

- Não? Poxa... Então acho que temos que nos preparar para que ele apareça aqui a qualquer momento.

- Acho que seu pai não vai gostar nada de saber que você está participando. – Squitch, que era tão legal quando Neville disse para ela.

- Mas eu fui escolhida... Quer dizer que sou forte o suficiente.

- Sim, mas é um torneio perigoso.

- Essa é sua função professor, me ajudar para que nada ruim me aconteça. – Ela sorriu.

- Claro... – Squitch respondeu sorrindo. – Claro.

 

 

 

----------------------------

 

 

 

- Torneio tribruxo? – Hermione perguntou escorada em sua mesa. – Ela não faria isso Rony.

- Não só faria como aposto que já fez. Hermione, não podemos deixa-la participar desse torneio... Pessoas... Morrem nesse torneio.

- Rony ela sabe como nos importamos com a proteção dela. Já tivemos a conversa sobre a sua proteção acabar aos dezessete anos... Ela não se arriscaria assim.

- Conhecendo Amélia como conheço, ela não pensou nisso.

                Os dois suspiraram tensos.

- Há essa hora não adiantaria mais mandar uma carta. – Hermione disse.

- Como essa menina é difícil, meu Deus!

- Calma Ron... Ainda não sabemos se ela se inscreveu.

- Eu espero que não Hermione.

- Ron... E se... Bellatrix, usar as provas do torneio... Como Voldemort fez com Harry.

- Hermione não existe essa possibilidade. Bellatrix se foi.

- Eu sei... Mas todos pensavam que Voldemort também tinha partido para sempre...

- Não... Não vamos pensar nisso. Vamos escrever uma carta para ela, e esperar ela responder. Se não responder... Eu vou até lá.

                Ele a puxou para um abraço.

- Nada vai acontecer com ela... Eu prometo.

 

 

 

--------------------------------------

 

 

 

- Olha Anny! – Rose entrou no quarto correndo. – Olha o que a tia Angela fez pra mim. – Rose apontou para uma bonequinha feita com retalhos.

- Ela fez isso?

- Sim, e ainda brincou comigo. A mamãe não brinca comigo a tarde toda.

- Rose... Não é certo você comparar a mamãe... – Anny disse.

- Mas a mamãe não passa a tarde toda comigo, a tia Angela passa.

- Rose...

                Anny olhou para a porta e Angela estava parada.

- Rose... Allan está te chamando para mostrar uma coisa. – Ela disse.

                Rose saiu do quarto correndo, deixando as duas sozinhas.

- Anny... Você não precisa se esforçar para gostar de mim... – Ela entrou no quarto e sentou na cama dela.

- Eu gosto de você Angela... Eu não quero que minha irmã fique comparando você com a nossa mãe... Ela não tem muito tempo para ficar com a gente... Mas ela nos ama mesmo assim, eu sei que ama.

- Eu não quero que sua irmã fique comparando sua mãe comigo... Longe disso.

- Desculpe... – Anny abaixou a cabeça.

- Estou te achando um pouco triste...

- Não... Eu estou bem. – Ela forçou um sorriso. – É que... Às vezes sinto falta de conversar com minha mãe. Parece que ela só tem tempo de conversar com a Mia.

- Sabe... Ter ciúmes de irmãos é normal...

- Mas é que... Às vezes parece que minha mãe se importa mais com ela do que comigo, por ela ser a mais velha...

- Oh querida... Não fique assim... – Angela a puxou para um abraço e Anny se aconchegou. Há muito tempo Hermione não a abraçava daquele jeito. – Sabe... Às vezes sua mãe só está ocupada demais... Mas fique sabendo que eu estou aqui, e quando quiser conversar, pedir conselhos, desabafar, pode contar comigo.

- Obrigada Angela. – Anny sorriu limpando as lagrimas. – Acho que Rose tem razão... Pelo visto vamos passar mais tempo com você do que com a nossa mãe... Você é nossa segunda mãe agora.

- Fico lisonjeada. – Ela sorriu e as duas voltaram a se abraçar.

 

 

 

------------------------------------

 

 

 

 

                Mia foi para o seu dormitório muito mais feliz e animada. Ter sido escolhida como uma das campeãs fez com que todos da escola a tratassem melhor. Muitos que não a conheciam passaram a conhecê-la. Ela não falou com Teddy e Victoria durante toda a noite, já que ficou por conta do torneio, lendo as regras e assinando termos.

                Deitou exausta em sua cama. Suas colegas de quarto já estavam dormindo, mas se não estivessem, com certeza iriam enchê-la de perguntas sobre o torneio. Tinha acabado de se deitar em sua cama quando sentiu um cheiro de um perfume conhecido. Ela sorriu e logo fechou as cortinas, sentindo o colchão ao seu lado afundar.

- Não deveria estar aqui. – Ela disse em tom baixo, pegando sua varinha e lançando um feitiço abafador. Teddy rapidamente tirou a capa e olhou para ela. – Não devia usar perfume quando está com a capa, sabe?

- Eu tinha me esquecido.

- O que quer?

- Bem... Eu vim saber se foi tudo bem...

- Foi sim. Assinei um termo de responsabilidade e o professor Squitch assinou um, dizendo que estaria ao meu lado para me ajudar.

- ótimo... Assim eu fico mais tranquilo.

- por que está tão preocupado comigo? Deveria estar assim se Victória tivesse sido escolhida.

- Argh Mia, essa história de novo? – Ela deitou na cama tampando o rosto.

- Sim, essa história de novo! – Mia deitou ao lado dele. – Ainda não entendi porque você gosta dela.

- Eu não gosto dela Mia... Foi... Apenas um beijo.

- O segundo beijo, você quer dizer.

- Não pira Mia.

- Por que você se importa tanto comigo? Porque esta tão tenso por eu estar participando do torneio?

- Porque eu gosto de você Mia. Você é minha melhor amiga. E sei também que seus pais se preocupam muito com você para você arriscar assim.

                Mia respirou fundo.

- Sem contar que você sabe muito bem sobre a proteção do seu pai. Ela acabou quando você fez dezessete e...

- Ai Ted, você ta igual a minha mãe!

- É porque eu também me importo com você. Todos nós nos importamos.

- Mas agora já está feito. E tudo o que vocês têm que fazer é confiar em mim. Eu vou conseguir ganhar esse torneio.

                Teddy olhou nos olhos dela, e então deu um sorriso de lado, que Mia tanto gostava.

- Sabe... Eu sempre achei que você seria a única que conseguiria chegar ao final.

- Mesmo?

- Mesmo... – Ele sorriu. – Mas Mia... É perigoso. Você tem que tomar muito cuidado.

- Eu vou tomar Ted, não se preocupe.

                Ficaram mais um tempo olhando um para o outro, quando Teddy se sentou.

- Melhor eu ir dormir...

- Sim, melhor...

- Boa noite, Lica.

- Argh Ted. – Ela virou os olhos e Teddy riu. – Boa noite. Vê se não é pego hein. Sinto o cheiro do seu perfume de longe.

- Claro que sente, você quem me deu.

                Mia riu e observou ele colocar a capa, e sair do dormitório com cuidado.

 

 

 

 

------------------------------------

 

 

 

 

- Pronto, amanhã ela recebe a carta, e quem sabe ainda dê tempo não é? – Rony olhou para Hermione.

- Eu espero que sim. – Hermione disse um pouco dispersa.

- O que foi amor? – Rony olhou para ela.

- Ah Ron... As meninas estão tão estranhas hoje. Rose estava tão feliz que Angela brincou com ela a tarde inteira, e reclamou que eu nunca faço isso.

- Rose é criança ainda amor, ela não sabe o que fala...

- E Anny me disse que hoje teve uma conversa com Angela, que ela sentiu como se estivesse conversando com a própria mãe. Pode isso Ron?

- Amor, você está com ciúmes... Não está pensando direito.

- Eu estou pensando muito bem Rony. Acho melhor eu conversar com Kingsley e mudar o meu horário. Preciso passar mais tempo com minhas filhas antes que eu as perca.

- Hermione, não viaja... Você não vai perdê-las... Elas te amam.

- Mas pode ser que passem a amar mais a Angela do que eu.

- Hermione você está parecendo uma criança pensando assim.

- Ah então agora eu sou criança por ter ciúmes? Quando você tem ninguém diz nada.

- Isso não tem nada a ver!

- Claro que tem!

- Hermione você está ficando neurótica, isso sim. Isso não tem nada a ver com a Angela.

- Ah então agora você protege ela?

- Olha o que você tem contra ela? Ela é uma ótima babá, trata os nossos filhos muito bem, e ajuda Tiffy com a casa. O que mais você queria? E não foi você que disse que ela era da família?

- Sim, mas isso está passando dos limites.

- Eu acho que você está ficando muito estressada por causa dessa gravidez.

- A culpa é do nosso filho agora?

- Hermione, deixa de ser maluca! – Rony disse vermelho. Hermione virou de costas cruzando os braços. – Quer saber? Esfrie a sua cabeça e depois conversamos.

                Ele saiu do quarto batendo a porta. Hermione sentou-se na cama, respirando fundo. Sabia que estava exagerando um pouco, mas sabia também que seu coração de mãe não errava nunca... Angela não era totalmente confiável como ela pensava.

 

 

 

Você precisa estar logado para comentar. Faça Login.