Vamos Esquecer o Passado



Capítulo 3 – Vamos esquecer o passado



“Eu preciso comprar um vestido novo, sapatos e jóias para essa noite... Isso deve esconder o fato de eu não estar sorrindo hoje...”.



Isso só ela pensava. Ela poderia estar com o vestido mais bonito do mundo, que de nada esconderia a tristeza escrita, praticamente, na testa dela. Hermione e Luna levaram-na à loja mais cara da cidade, para ver se ao menos isso a animava.



- Ah, vamos, Gin... Você não pode ficar emburrada pra sempre! – disse Hermione.



- Exatamente, Gin! Não agüento olhar sempre pra você e ver essa carinha triste. – completou Luna.



Gina olhou para as duas. Elas estavam ali, ao seu lado, mesmo quando a própria Gina estava chata, insuportável e rabugenta demais. É, elas eram suas melhores amigas, definitivamente. Assim, ela abraçou-as ternamente, pensando em não existir amigas melhores no mundo.



Elas passaram em 5 lojas, ao todo. Em nenhuma delas Gina achou o vestido perfeito.



- Gina, o verde combina perfeitamente com os seus olhos!

- Mas eu não quero um vestido verde, Luna! Eu quero uma cor discreta...

- Gin, a última coisa que você quer e precisa hoje é de ser discreta... – disse Hermione, soando óbvia.

- Eu sei, Mione... Mas eu sempre vou ser tímida. Nem que seja um pouquinho só, e vocês sabem disso! Não. Não vou levar esse vestido verde.



Gina era teimosa também, como Hermione já cansou de dizer a ela, com frases como: “Gin, para de ser teimosa!”, ou ainda: “Gin, você parece velha às vezes, de tão teimosa!”, ou “Pare com isso agora, Gina Weasley! Que teimosia...”. Até que Gina era acostumada com isso há algum tempo.

Quando Luna e Hermione já estavam desistindo de procurar um vestido, Gina parou em uma vitrine.



- Gente! Encontrei... Encontrei! É esse o vestido que eu quero! – disse Gina, aos pulinhos, apontado histericamente com a mão para o vestido preto, cintilante na vitrine.

- Preto Gin? – perguntou Hermione, a contragosto – Eu não acho que você combina com preto... Não mesmo!

- Mas eu gosto, Mione... E é esse, é esse o vestido que eu quero.

Gina pôde perceber, enquanto entrava na loja, que Hermione lançava um olhar confuso para Luna.



“Elas mal sabem o quão eu sou tímida... Verde? Até parece...”.



Gina logo pediu à assistente da loja para pegar para ela um vestido igual àquele da vitrine. Realmente, as amigas de Gina tinham razão. Uma boa compra mudou completamente o humor dela. Ela ficara tão feliz com o vestido, que mal se dera conta que estava sorrindo de orelha a orelha, visivelmente.



Gina experimentou o vestido, ficara perfeito para ela. Deixava à mostra as suas costas (que modéstia á parte, eram bem bonitas) e destacava a sua cintura, que era bem acentuada. Ela ficou uns 10 minutos só admirando o vestido no próprio corpo.



- Vamos, Gina... Ainda temos que comprar o sapato! – foi Luna quem tirou Gina de seus devaneios.



- Ok, vamos... Só espere-me tirar o vestido e colocar a minha roupa.

Mais 5 minutos. Ela saiu aos pulos da loja, com a sacola nas mãos. Mal podia esperar para colocá-lo novamente. Ela esperava realmente encontrar o seu príncipe encantado com ele, hoje à noite.



Elas entraram em uma loja, pouco tempo depois, de sapatos para ocasiões especiais. Saíra com um preto, de salto agulha, “brilhante”, como dissera Luna, para caracterizá-lo.



“Eu realmente não sei por que estou tão empolgada com a compra desse vestido... Por Merlin! Eu vou usar uma pessoa, para... O meu próprio benefício! Eu sou um monstro, mesmo... Se bem que isso vai ser engraçado”.



Gina apresentava, agora no carro, indo para o cabeleireiro (sendo que ela nem passara em casa), uma mistura incontável de sentimentos. Felicidade, desespero, pena, tristeza, arrependimento... Mas o que se encaixava mais era a felicidade. Ainda estava com aquele sorriso de quebrar tudo estampado no rosto.



Hermione teve que ir embora, pois ela trabalhava à noite também, em um jornal muito famoso da cidade. Nesse ponto, Gina a invejava, e muito. O que ela mais queria era escrever sobre assuntos sérios e ser respeitada,

Gina fizera sobrancelha, mão, pé e cabelo. A sobrancelha ficara mais fina, um pouquinho; as unhas da mão, ela pintara de preto, e as do pé de um rosa claro, muito delicado. O cabelo ficara com cachos caindo pela face e mechas lisas também, formando uma combinação bem interessante. Quanto ao resto do cabelo, ela fizera um coque, com cachos caindo por todo o lado, muitíssimo delicado. Novamente, ela ficara se olhando no espelho por, no mínimo, uns 5 minutos.



“O dia mudou... Isso é bom, muito bom!”.



Já eram 19:50 quando Gina chegou em casa. Enquanto Luna olhava um lugar legal onde ela encontraria um homem que “desse pro gasto”, como Luna mesmo dizia, Gina ia pro banho, no qual ela insistiu que fosse de banheira, mesmo que fosse curto. Encheu-a rapidamente com a varinha, se despiu e entrou, satisfeita, só tomara cuidado para não molhar o cabelo, com o penteado. Ela colocou uma touca, para que o vapor d’água não o estragasse.



Luna teve que gritar um “Alorromora” para tirar Gina dali. Ela não queria sair de jeito nenhum! Foi preciso que a amiga esvaziasse a banheira com a própria varinha para fazê-la, finalmente, se trocar.



Gina demorou o máximo que podia para se vestir. Parecia querer sentir a cada milésimo de segundo aquela sensação confusa.



- Até que enfim, srta. Weasley! – exclamou Luna, quando viu Gina aparecer na sala. A amiga, como Gina mesmo pôde ver, se arrumara também. Colocara o vestido verde (que antes oferecera para Gina levar, mas, pelo visto, a própria o comprara). Encontraram com Hermione no apartamento dela, que também havia se arrumado às pressas, devido ao trabalho, mas estava bonita do mesmo jeito.



Às 20:15 elas se encaminharam para a festa. Seria no Mullan, restaurante de muito sucesso na cidade, e onde se concentravam os homens mais ricos... E mais bonitos também.



“Ai, meu Merlin... Estou nervosa, muito nervosa. Tenho que me controlar, tenho que me controlar... AHHHH, EU QUERO GRITARRRR!!!”.



Gina estava tremendo de nervosismo. Passara lápis de olho preto, um pouco de blush e uma sombra prateada, para destacar os olhos castanhos, que estavam praticamente pretos, já que ela estava toda de preto.



O restaurante estava bastante movimentado, na opinião de Gina. Seria difícil escolher um homem legal ali, no meio de TANTOS.



- Luna, você acha mesmo que aqui eu vou encontrar o cara ideal?



- Claro que sim, Gin! Aqui estão os mais ricos, também... Se eu fosse você corria, se não eles vão embora e você não vai ter o cara-objeto. – Luna começou a rir, enquanto Gina fazia uma careta pra ela, não achando graça nenhuma na fala.



“Ok. Acalme-se Gina Weasley... Vamos à caça!”.



Gina começou a procurar com os olhos algum homem sozinho. Encontrara um, até bem bonitinho, bebendo um uísque.



- Lá vou eu... – Gina disse. Logo em seguida, se encaminhou até ele.



“O que eu vou dizer? Ahn... Oi sou Gina Weasley e estou desesperada para achar um cara legal pra depois jogar fora, você quer se candidatar? Arre, eu sou mesmo idiota e feia!”.



Gina se aproximou do homem e pediu um uísque igual ao dele.

- Oi... Prazer, Gina Weasley. – Gina se adiantou mais um pouquinho e estendera a mão.



- Oi, sou Gabriel Tyllin. - ele apertou a mão de Gina.



- Então, está sozinho?



- Não, minha esposa foi ao toalete. – nem precisava dizer, a dita cuja já estava com as mãos no ombro dele.



- Ah, claro... Bem, foi um prazer conhecê-lo. Até mais... – Gina já tinha se retirado, com a bebida em mãos.



“É, eu não tenho um ímã para homens... Definitivamente”.



Gina logo encontrou o olhar das amigas. Fez uma careta e um sinal com o dedão pra baixo, e saiu andando, tentando encontrar um outro solteirão e bonitão ao mesmo tempo.



- Oi.



Gina levou um susto. Olhou pra cima para ver de quem vinha a voz. Espantou-se quando percebeu que era um homem.



“Uau! Hoje, a partir de agora, esse é o meu dia de sorte! Que gato...”.



Gina abriu um sorriso bem simpático.

- Oi... – Percebeu que os cabelos dele refletiam à luz. Os cabelos batiam na orelha e diminuíam na frente. Os olhos eram azul-acinzentados, perfeitos. Surpreendeu-se novamente quando percebeu que ele abriu um sorriso... Perfeito.



- Ahn… Sozinho? – perguntou Gina, não ousando tirar os olhos de cima dele.

- Completamente.



“E ainda é dono de uma voz super sexy... Ai, ai, ai...”.



- Er... Louco?

- Só às vezes. – Gina estava encantada com a voz dele. Era arrastada, mas sexy de morrer. Parecia chamá-la para ir direto para os braços dele.

- Com fome? – dessa vez foi ele quem fez a pergunta.

“Ah, se você for pra minha casa... Eu não me surpreendo se fizer uma besteira”.

- Muita – Gina tornou a beber o uísque que ainda estava em sua mão, sempre olhando pra ele.

- Bem, então não vai se incomodar se eu te levar a um restaurante melhor, vai?



- Ah, pode ter certeza que não... Já te disseram que você é dono de uma das vozes mais sexy do mundo? – disse Gina, sem temer.



- Hahaha, não... Nunca me disseram. – Ele abriu um sorriso tão... Verdadeiro que Gina se amoleceu completamente – Então, vamos?



- Vamos. – Gina abriu outro sorriso – Só um minutinho... – Ela se virou e foi em direção à suas amigas, que, pelo visto, a procuravam com o olhar – Acabei de encontrar o homem perfeito – ela disse, entusiasmada.



- Estávamos te procurando! – disse Luna.



- Mesmo? Quem? Quero vê-lo... Onde ele está? – disse Hermione, mais empolgada até que Gina.



- É aquele na porta... Loiro. – Gina se desesperou quando viu que elas olharam descaradamente para a porta. – NÃO! Não olhem, meninas...



“Tarde demais. Bosta…”.



- UAU, GIN... AQUILO É UM DEUS GREGO! –gritou Luna.

- Luna, cale a boca!

- GINA WEASLEY, O QUE ESTÁ FAZENDO AQUI, AINDA? CORR...

Gina tampou a boca das duas, em desespero.



- Será que vocês poderiam ser discretas ao menos uma vez na vida? Que coisa! – disse Gina – Vou a um restaurante com ele. Eu ligo mais tarde.



Sem dizer mais nada, Gina se encaminhou à porta, onde ele a esperava. Quando a viu, abriu aquele sorriso perfeito que ela vira mais cedo. Por causa dele, Gina quase “atropelara” uma mulher que estava passando na sua frente no momento.



- Ah! Desculpe-me… - sentindo-se avermelhar a face, ela olhou para o chão, tentando, sem sucesso, esconder a timidez.

- Tudo bem...



Ele a guiava para fora do Mullan, pegando delicadamente na cintura dela. Gina, voltando ao normal, seguiu em frente, e só depois percebeu que ele estava indo para o lado, onde só havia uma moto vermelha. Gina não acreditava no que os seus olhos estavam vendo. Ele parecia tão rico. Mas andava de moto, de qualquer forma.



“Bosta! Eu estou de vestido... O que eu posso fazer? Vou ter que ir com ele, de qualquer forma...”.



Ele colocou o capacete vermelho, com proteção para os olhos. Gina achou engraçado que até com capacete ele ficava bonito.



- Você vai ter que ficar com o capacete feio – disse ele, pegando um outro capacete, preto, sem proteção para os olhos – Ele fica feio em todo mundo – a simplicidade no qual ele falava as coisas era encantador.



- Ah, claro que não vai ficar feio em mim. – disse Gina, pegando o capacete e colocando-o, em seguida. Fez um biquinho como se dissesse “eu sou sexy de morrer”.



- Hahaha... Bem, ficou até bonito em você – uma coisa Gina constatou naquele momento: ele era alegre. Isso a encantou ainda mais. Gina subiu na moto, atrás dele e segurou em seus ombros. Ele até era bem forte – É melhor se segurar bem forte – ele parecia achar graça na situação. Gina segurou com mais força os ombros dele – Quando digo com mais força, digo firmemente, de modo seguro... Assim – ele pegou os braços dela e colocou-os em volta da própria cintura. Gina corou mais ainda. Nunca tinha abusado tanto de um homem (e ela nem abusou tanto assim, vejam bem), em uma moto.



Ele fechou a proteção para os olhos e acelerou. A sensação de sentir o vento rolar pela face era realmente bom, relaxante... Ele também parecia gostar da sensação. Gina fechou os olhos por um momento. Sentia-se quente, assim, abraçada a ele... E se sentia bem consigo mesma, daquela forma. Ela abriu um sorriso de satisfação.



“As coisas podem mudar, se você esperar... E mudar pra melhor, como agora”.



-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-



Draco não sabia para onde levá-la. O convite para ir a um outro restaurante jantar fora súbito. Ele não havia pensado nisso antes.



“E agora, aonde a levo?”.



Ele já havia pensado em vários lugares, mas nenhum bom o suficiente para levar alguém que tinha que se apaixonar por ele. Virou rapidamente para a direita, fazendo com que Gina segurasse com mais firmeza em sua cintura. Isso foi bom, na opinião de Draco, dera uma sensação boa, de aconchego. Afinal de contas, Draco Malfoy não estava acostumado a levar mulheres para jantar de moto.



“Se eu soubesse o que aquelas gêmeas iriam tramar antes, não teria vindo de moto... E nem estaria levando ela para jantar”.



Por fim, resolveu levá-la ao düFrench, o melhor restaurante de comida francesa da região.



- Você gosta de comida francesa? – perguntou ele, aos gritos, para que ela ouvisse.



- Gosto. – ela disse, em resposta, gritando também.



“Ótimo. Acho que ela não é fresca... Isso é bom, muito bom”.



Estacionou minutos depois no estacionamento do restaurante. Tirou o capacete e a ajudou a descer da moto. Ela estava completamente arrepiada, pelo visto.



- Está com frio?

- Não. É só uma reação passageira, por causa do vento... Já vai passar. – Ela parecia ansiosa para entrar no restaurante. Draco riu internamente.



“Imagino como ela deve estar para entrar na minha casa... Hahaha”.



Draco estava gostando dela. Gina o fazia rir a cada segundo, mesmo que indiretamente.



Entrou com ela no restaurante, que era um luxo total. Piso de madeira, paredes revestidas em um tipo de carpete vermelho e as mesas de vidro, brilhantes. Não havia cadeiras, e sim sofás, vermelhos também.

Sentaram-se em uma mesa longe da janela, em uma “quina”. Draco pediu o cardápio, em francês.



- Você fala francês? Digo, fluentemente? – ela perguntou de forma dócil.

- Sim... Estudei durante quatro anos. Por quê?



- Curiosidade. – Ela era objetiva. Draco admirava muito isso, não era daquelas pessoas que ficam enrolando muito para chegar a um mesmo ponto do qual começou. Mais um ponto com ele.



Quando o cardápio chegou, Draco pediu uma lasanha acompanhada de um vinho, importado. Gina pediu o mesmo, sendo que não estava entendendo mais nada do que estava escrito no cardápio.



A lasanha de hoje estava melhor do que as de antes. Draco sempre almoça nesse mesmo restaurante, quando não tem tempo de voltar para casa, portanto, sempre sabe o que pedir, em cada situação. Ela parecia estar gostando também do prato.



- Acho que mal nos conhecemos ainda… - disse ela, bebendo, logo em seguida, um gole educado do vinho.



- Realmente...



- Bem... Então posso fazer umas perguntas? – perguntou ela, duvidosa.



- Poder, pode. Mas “umas” é muito vago... Deixo você fazer cinco. – disse Draco, de uma forma meio fria.



“Seja educado com ela, seja charmoso e irresistível”.



- Ok. O que você faz pra viver?



- Eu mecho com vendas. Sou dono de uma empresa de negócios, não sei se já ouviu falar, chama-se Malfoy’s Center.



- M-Malfoy’s? – ela estava parecendo aterrorizada. Deixara cair o garfo com estrépito no prato.



- Sim, por que o espanto? – Draco até deixara o prato de lado, e ficou olhando para ela, que estava com os olhos arregalados.



- Me diga... Diga-me, por favor, que você NÃO É Draco Malfoy! – ela fechara os olhos e parecia tremer. O que havia de errado em ele ser um Malfoy?



- Eu sou Draco Malfoy! O que há de errado nisso?

Ela abriu os olhos repentinamente e fez uma careta horrível.

- O que há de errado nisso? Bem, vou lhe dizer. Simplesmente... Um Malfoy não ficaria com uma Weasley, ou ficaria?



Draco arregalou os olhos. Seria ela a Weasley caçula? Se era, não parecia.



“Por que não percebi isso antes? Cabelo ruivo, sardas... Eu sou um idiota mesmo!”.



- Ah, não... Não... Você é uma Weasley?

Ela não respondeu. Simplesmente deixou uma nota de 50 na mesa e se retirou.



“Draco Malfoy, você é mesmo um idiota! Pra quê foi aceitar aquela aposta estúpida? E ela... ela é uma WEASLEY! Os Weasley’s são nojentos, pobretões, ridículos... E ainda são amigos do Potter! MERDA! Aquelas gêmeas estúpidas ainda vão pagar caro por isso... Ah, se vão...”.



Draco se levantou, deixou uma nota de 100 na mesa e correu atrás dela. Por sorte, ela ainda estava descendo as escadas.



- Ei, ei, ei... – Draco segurou o braço dela, calmamente, fazendo-a se virar.

- O que você quer? – disse ela, com um rancor horrível na voz.



- Escute... – ele não sabia o que falar, naquela situação – Nós... Nós não poderíamos simplesmente esquecer a desavença entre nós?



- Malfoy... Você sabe muito bem que isso é impossível! E, além do mais... Eu ainda guardo uma raiva crescente de você... Ridículo!– por mais estranho que fosse, ela olhava nos olhos dele.



- Vamos esquecer o passado... – ele estava se achando um idiota completo.

Ela olhou para o chão e parecia pensar, Draco ficou incomodado com isso.



- Isso é impossível. Não.

- Ah, vamos... – ele queria dizer “Não me faça te dar uma poção do amor!” – não seja tão cabeça dura assim, Weasley! – ele deveria ter sido mais delicado, pois ela fechou a cara logo em seguida.



- Agora que eu não aceito mesmo! – ela tentou se desvencilhar do aperto no braço dela, feito por Draco.



- Ok, ahn... Desculpe-me, tudo bem? Eu não queria falar assim, e...



- Ah, não perca o seu tempo pedindo desculpas! – ela disse, sem pestanejar e se soltou do aperto de Draco. Esse passou a mão pelos cabelos, coisa que ele fazia muito quando estava começando a ficar irritado.



Draco observou-a sair andando apressadamente, quase se enroscando nos próprios sapatos. Ele tinha que segui-la. Não podia simplesmente deixar de ofender ela e toda a família ruiva mentalmente, mas também não poderia deixar-se vencer em relação à maldita aposta.



“Eu não posso fazer isso! Ela é nojenta! Ela é uma Weasley, afinal... Ah, não acredito que vou fazer isso, não, não...”.



Draco foi atrás dela, imerso em pensamentos ofensivos àquela garota à sua frente, que, sem ele perceber, havia parado de andar. Ele continuou, e, quando foi ver... PUFT!



- Ai! Não olha por onde pára não, hein, Weasley? – disse Draco, sem perceber o que estava falando.



- Só de pensar que foi você, seu ser arrogante e inescrupuloso, que me pediu para “esquecer o passado”, eu sinto náuseas... – disse ela, se levantando, rapidamente. Draco teve vontade de chutá-la ali mesmo, sem dó, e mandar para os ares aquela bendita aposta, mas não teve coragem... Ou melhor, pensou no melhor para si mesmo, antes de fazê-lo.



- Por que você tinha de parar bem no meio do caminho, Weasley? – disse ele, mudando o assunto.



- E por que você tinha que estar me seguindo e também não prestar atenção em quem está na sua frente?



- Eu perguntei primeiro! – disse Draco, arrogante e impacientemente, também.



- Porque... Porque... – ela estava sem graça, ele pôde perceber – Ah, bem... Eu estava pensando... Esse restaurante é isolado da cidade... E, bem... Não devem passar táxis aqui, e... – Draco mal conseguia segurar a vontade gigante de rolar de rir bem ali, na frente dela – Ah, eu... Não tenho como voltar pra casa.



- Não tem porque não quer, Weasley. – disse Draco, com um sorrisinho irônico na face.



- Nem sonhe que eu vou voltar com você, Malfoy... – disse ela, só que com uma cara de nojo bem convincente.



- Ah, não? Então quer me dizer como você vai voltar?

- Eu... Eu...- ela olhou para a própria bolsa – Eu ligo pra Hermione! Ela pode vir me buscar!



Draco não havia pensado nessa possibilidade. Ela tinha de voltar com ele, para que ao menos pudessem ter uma conversa civilizada, em outro lugar.

Ela estava retirando o celular da bolsa. Como última hipótese, Draco pegou o celular dela, sem pestanejar e o arremessou no chão.



- O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO? – ela estava realmente irada com a atitude dele.



- Nada. Oh, me desculpe, você quer dizer o que eu fiz? Ah, bem, eu joguei o seu celular no chão... E, agora, eu estou pisando em cima dele – Draco estava na verdade pulando em cima do ex-celular de Gina. Ele estava todo quebrado, no chão, coisa que nem um “reparo” poderia concertar – Bem, agora eu acho que vai ter de voltar comigo, não?



- NUNCA! – Ela entrou decidida no restaurante novamente e foi direto à recepção, e Draco a seguia – vocês têm um telefone que eu possa usar? – Era hilária a forma como Gina tentava parecer calma, sendo que estava muito irritada. Draco dava risadinhas, para estressá-la, bem em frente ao nariz dela.



- Infelizmente não, senhorita.



- NÃO É POSSÍVEL! UM RESTAURANTE DESSE NÍVEL TEM QUE TER UM TELEFONE PÚBLICO! – ela estava ficando quase da cor dos cabelos, de tanta raiva... E Draco, claro, ria dela.



- Senhorita, nos desculpe... Mas, poderia abaixar o tom de voz, por favor? Incomoda os... – Gina não esperou. Saiu andando e bufando de raiva, ao mesmo tempo e Draco, calmamente, ia atrás dela.



- Bem, eu deixo você usar o capacete menos feio, dessa vez. – disse Draco, contando vantagem, já do lado de fora do restaurante.



- E quem disse que eu vou voltar com você?



- Eu disse – Draco ia se aproximando cada vez mais um pouquinho, deixando-a encurralada na parede.



- E... E quem disse... Quem disse que... Que você manda alguma coisa... Aqui? – ela estava com a respiração pesada, fechava os olhos demoradamente, e procurava um apoio na parede, que não veio.



- Eu disse – Draco tinha as mãos apoiadas na parede, agora. Uma de cada lado de Gina, deixando-a mais nervosa ainda.



- Eu... Não v-vou voltar... Voltar com vo... – Ela não conseguiu terminar a frase, pois ele já estava com a boca colada na dela, e as mãos dele não estavam mais na parede, estavam envoltas na cintura dela. Gina nem pensou em não corresponder a um beijo tão quente. Logo ele aprofundou o beijo, penetrando a língua na boca dela e explorando cada centímetro do espaço... Ela fazia o mesmo.



Quando Draco finalmente retornou à sã consciência, mal tinha coragem de parar aquele beijo... Perfeito. Ela beijava muito bem, e ainda ficava mais bonita ainda, de olhos fechados.



“O que eu estou fazendo? Beijando a Weasley? Ai, meu Merlin... Eu tenho que parar isso já!”.



Mas não foi o que ele fez. Continuou o beijo, com mais intensidade ainda. O que aquela Weasley possuía, afinal? Um ímã para atrair os homens? Só podia... Draco mal raciocinava no meio daquele beijo. E ela também não, pelo visto.



Ela deixou a bolsa cair, com estrépito no chão, mas nem isso impediu os dois de continuarem a se beijar.



Ela agora tinha os braços em volta do pescoço dele, que acariciavam, ansiosamente, os cabelos platinados do rapaz.



“Eu tenho que parar com isso... Ela é uma Weasley... EU TENHO QUE PARAR COM ISSO!”.



Draco se distanciou dificilmente, enquanto ia parando o beijo. Ele mesmo protestava para si mesmo, por estar fazendo isso. O mais curioso foi que ela não deu um tapa na cara dele depois que finalmente abriu os olhos. Só ficou fitando Draco com extrema sutileza, e ainda passava as mãos pelos fios dourados dele.



- Eu... Eu... Tenho que te levar pra... Pra casa...



“Draco Malfoy! O que você mesmo está fazendo? Gaguejando por causa de um beijo! Sim, sim, sim... Até que essa Weasley beija bem... Nossa... Merlin! O que estou pensando... Essa Weasley é nojenta, estúpida, beija mal... Não, ela beija bem... Ela beija mal... Não, ela beija bem... Demais”.



- É... É mesmo... – ela disse, não desviando o olhar. – Mas você poderia... Poderia me mostrar... Mostrar a s-sua casa... Primeiro...



Não era somente ele que estava gaguejando... Ela também estava. Isso significaria que ele também beijava tão bem quanto ela? Draco não sabia. Mas se assim fosse, formariam uma bela dupla.



Draco sorriu. Ele não abria a porta da sua casa pra qualquer uma...



“Mas eu posso abrir mão, por hoje... Para ela”.



Draco se xingou novamente ao perceber que estava perdidamente caído pelo beijo dela. Ele não resistia a um bom “carinho”.



- Ok... – ainda sorrindo, Draco foi até a moto, subiu e deu o capacete feio para ela.



- Você disse que me daria o outro, se eu voltasse com você... – ela disse, já do lado dele, esperando.



- Hum... É mesmo... – Draco retirou o próprio capacete e entregou á ela, enquanto pegava o outro, de suas mãos.



- Vamos ver quem vai ficar mais feio aqui... – ela disse, rindo em seguida, seguida por Draco. – Ou, até que você não ficou tão feio assim...



- Eu sou irresistível a qualquer momento, em qualquer pele...



- Algumas coisas não mudam, não é mesmo, Malfoy? – Gina disse, sentando atrás dele em seguida.



- Pode ter certeza... – ele sentiu as mãos delicadas dela passando pelo seu braço, e logo percebeu que ela estava “enlaçando” as mãos em volta da cintura dele. Ele sorriu internamente.



“O que um bom beijo não faz... E meu, ainda por cima... Ai, ai... Eu sou mesmo irresistível”.



-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-=-



N/A: Oieeeeeeee XD~~... belezinha??? Olha só, gentem, dixculpa pela demora com atualizações, mas é que eu já tinha começado esse cap, mas ficou muuuuito ruim, então eu comecei outro (que nem ta tão bom assim ), e isso levou teeeeeeempo O.O.... Sorry, de qualquer forma, ta? O próximo capítulo não deve demorar, já que eu mesma estou ansiosa pra saber o que vai sair dessa cabecinha de minhoca, aqui...



E, por favor, não confundam “atração sexual” com o começo de uma paixonite entre os dois, aqui, ok? É que Draco não resiste a um bom rabo de saia, e Gina apenas se rendeu, sem se dar conta, aos caprichos de Draco, por causa do beijo... E, outra coisa... Eu me empolguei e acabei escrevendo um pouquinho demais por parte do Draco, mas acho que vocês não se importam, não é mesmo? *-*~~



E espero que já tenham lido e mandado comentários pra minha mais nova songfic : MINHA OBSCURIDADE... Com Going Under, do Evanescence. Ta meio melodramática d+, mas vale a pena... Ateh pq eu já to trabalhando na continuação dela, que provavelmente vai ser com Broken, da Amy Lee Feat. Seether... Eh mucho phopha ^^...



Beijões pra Nath, Rafinha Potter e todo mundo que ta mandando reviews...

Falando nisso... GENTEMMM, BRIGADÉRRIMO PELAS REVIEWS QUE VCS TEM MANDADOOOO... isso me estimula muuuuito *-*... Continuem aximmm!!!



Bjaço,

>> >> Lívia << << (Emma ou cecília, como quiserem)



N/B: Oiêê

Aqui estou eu, mais uma vez, betando a fic da Ciça n.n

E MORRAM DE INVEJA, de novo, eu sou a beta oficial dela, agora.

Sim, eu sei o que acontece antes de todos... Mwahahaha – risada maléfica.

Esse capítulo foi muito bom, eu gostei mesmo. Teve momentos bastante engraçados, os quais eu não vou citar XD Porque eu sou má... Huahuia... Mentira... u.u

Vou citar um, mas vcs vão ter que ler tudo pra saber os outros:

“Draco Malfoy! O que você mesmo está fazendo? Gaguejando por causa de um beijo! Sim, sim, sim... Até que essa Weasley beija bem... Nossa... Merlin! O que estou pensando... Essa Weasley é nojenta, estúpida, beija mal... Não, ela beija bem... Ela beija mal... Não, ela beija bem... Demais”.



Então, é isso n.n

Kissus

Lilli-Evans – (www).(fanfiction).(net)/(~lillievans)



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